Infelizmente Juntos escrita por Luangel


Capítulo 24
A curiosidade matou o gato!


Notas iniciais do capítulo

Oiê! Como vão você minhas ninjas lindas? Bem, eu finalmente estou de férias, ou sej,a + tempo p postar ( eu acho >.<). Esse cap é muito tenso e por ser assim eu confesso que não é um dos meus favoritos da história XD, mas espero q ñ me matem, mas se quiserem me encontrar estou em uma fortaleza depois das colinas mais altas, ok? XD Ah, eu fiz uma One-shot sobre InoxSai, se chama INSPIRAÇÃO, vão lá dar uma olhadinha.



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            Mesmo com o tempo tendo passado eu ter amadurecido com o passar da vida, os fantasmas da morte de meus pais ainda me assombravam e muito... Deixando um grande espaço vazio em minha alma, quase incurável.

Sakura Haruno:

                Suspirei, finalmente havia acabado a bendita faxina. Olhei ao redor, examinando rigorosamente o meu serviço, o cheiro de cereja pairava deliciosamente no ar, as cortinas estavam bem mais limpas, devido á uma boa lavagem e agora as mesmas estavam abertas, deixando a pálida e tímida luz do sol entrar. Olhei para o chão, que refletia o meu reflexo e por alguns instantes eu rezei para que eu realmente não estivesse naquele estado tão deplorável. Coloquei algumas mechas para trás de minha orelha, angustiada, realmente não sabia o porquê de estar daquele jeito, meu coração parecia pesar chumbo e meu humor estava tão cinzento quanto um.

                Nem Itachi e nem Sasuke estavam casa, e eu ainda não me decidi se aquilo era bom ou ruim. Exasperada comigo mesma, saí daquela casa e respirei profundamente a brisa desse dia nublado. Sem destino certo, eu comecei a caminhar pelo complexo Uchiha e nunca percebi como aquele lugar era gigantesco! As casas com certeza já estiveram em situações melhores das que estão hoje, mas ainda mantinham uma áurea de imponência intacta, como se deixassem um bilhete claro e silencioso: “Aqui viveu um Uchiha, tenha respeito, mero mortal insignificante...”.

                Continuei a vagar sem nenhum rumo determinado pelas terras de meu “noivo” e foi quando eu ouvi o som de um guizo. O som era agudo, mas alto o suficiente para me chamar atenção. O som se repetia rapidamente, me deixando confusa em discernir de qual direção o som vinha. De súbito o som parou com a mesma rapidez em que aparecera, mas curiosa, eu olhei para os lados e meus olhos se fixaram em uma bola de pelo negra que estava a uns metros a minha frente.

                —Um... Gato?—Perguntei ao ver os olhinhos azuis do felino me olharem com curiosidade e pude notar que em seu pescoço havia um guizo que fazia barulho até quando o animal lambeu a própria pata.

                Sorri timidamente para o bichano, ele era realmente uma graça e eu estralei os dedos, tentando fazê-lo vir até mim. O pelo negro dele estava sujo e o guizo estava quase em sua cabeça, o que lhe dava um ar inocente e cômico, mas com certeza o animalzinho não tinha dono. Dei um passo para frente e o gato assustado, começou a fugir de mim, e eu tentava alcançá-lo, não iria fazer mal a ele, só queria adotá-lo oras... De repente o gato pulou pela janela de uma das casas e eu o segui, afinal de contas eu não poderia deixar o bichano perambulado por aí!

                O breu dominava o interior da residência, não me deixando ver mais do que dez centímetros à frente. Fui-me guiando pelo som do guizo do gato e o som parecia ecoar ainda mais ali dentro. Eu caminhava devagar e com os braços estendidos para frente, para evitar que eu derrubasse ou trombasse em algo. Enquanto apalpava uma parede procurando uma porta, eu acabei encontrando um interruptor e alegre eu o apertei. A luz vacilou por alguns longos segundos, me dando a impressão de estar presa dentro de um filme de terror, mas felizmente a fraca luz se manteve, revelando o lugar em que eu estava...

                Parecia uma espécie de escritório, ou uma sala de estar sem nenhum conforto. Havia uma mesa de madeira cara, porém o tempo a envelheceu tristemente e a cadeira que um dia fora confortável, hoje estava aos pedaços, mas o que verdadeiramente chamou a minha atenção foi uma grande placa presa rente ao teto.

                —... Honra e Glória ao líder Uchiha... —Li a velha inscrição da placa. —Ah não...

Olhei ao redor, ao realmente perceber onde eu estava... Na casa principal dos Uchiha. A antiga casa de Sasuke... A casa em que a família dele era feliz... E a mesma onde enterraram sua felicidade e inocência.

                Senti algo peludo encostar-se ao meu tornozelo e então assustada um frio percorreu inconscientemente a minha espinha, me fazendo estremecer e temerosa eu olhei para meus pés, onde o gatinho brincava com os cadarços do meu tênis, tentando a todo custo chamar a minha atenção.

                —Agora você veio até mim, né seu feioso?—Brinquei o pegando no colo, e o mesmo ronronou de forma manhosa.

Alguns segundos de silencioso se sucederam, mas a minha mente permanecia a mil, vários pensamentos sussurravam opiniões totalmente opostas para mim.

                Um parte de mim dizia sedutoramente “ Tsc. Vai Sakura, nós duas sabemos que você está curiosa com os segredos que essa casa carrega... Porque você não explora um pouquinho? afinal não tem ninguém aqui,e também Sasuke cresceu entre essas paredes, deve haver alguma coisa aqui que a ajude a entende-lo, não é isso o que você sempre quis?...Entendê-lo?... Ah, não seja covarde Haruno.” Já outra parte de minha consciência sussurrava de forma desesperada: “ Não acredito que essa ideia está passando pela sua cabeça, Sakura! Quantos anos você tem? 7?! Seja racional Haruno! O que você vai encontrar em uma casa abandonada? Larga mão de ser infantil e volte logo para casa. Seu objetivo era pegar o gato, não era? Pronto já pegou o bicho, então: Fora daí!”

                Como uma criança curiosa eu dei um passo hesitante para frente, a minha curiosidade quase suicida tomava posse do meu corpo com uma velocidade surreal e poucos segundos depois a parte mais racional de minha mente foi totalmente neutralizada pela minha excitação infantil e idiota. Agora eu caminhava pelos cômodos da casa, tentando encontrar o cômodo que um dia pertenceu a Sasuke. Abri uma porta que encontrei pelo caminho, e felizmente a mesma deslizou com facilidade. O breu intenso não me ajudou a enxergar muita coisa, e então como antes, eu decidi procurar um por um interruptor, mas desajeitada como sou e sem nenhuma luz, eu acabei por tropeçar em algo e cai com violência para frente e gato que estava até agora quieto em meu colo, soltou um miado esganiçado e irritado como se dissesse: “Sua gorda, não me esmague!”.

Você nunca vai me amar,

Então de que serve?

Qual é o ponto em jogar

Um jogo que você irá perder?

Qual é o ponto em dizer que

Você me ama como um amigo?

Qual é o ponto em dizer

Que isso nunca vai acabar?

                Antes que eu pudesse abrir meus olhos, um odor repugnante invadiu minhas narinas, fazendo meu rosto se contorcer assim como meu estômago que estava prestas a colocar o meu almoço para fora. Afastei-me dali colocando a mão sobre o nariz, tentando evitar aquele cheiro horrível novamente. Aquilo... Era cheiro de... Sangue seco?! Um arrepio percorreu a minha espinha e senti como se a força da gravidade fizesse mais pressão sobre mim. Estreitei o meu olhar e como eles já haviam se acostumado com a escuridão pude infelizmente notar que estava em um quarto de casal, um quarto que pertenceu á Fugaku e Mikoto Uchiha e que também serviu de leito de morte para ambos.

                Meu sangue era bombeado com violência em minhas veias e eu queria me levantar e correr daquela casa que parecia um toca de terror para mim. Ao meu lado, o gato miava de forma aguda e mordia a minha roupa, como se tentasse me tirar daquele lugar, como se visse um perigo iminente ali. Afundei as mãos em minha cabeça e me amaldiçoei por ter sido tão idiota, tão impulsiva e infantil, tão... Cruel com a intimidade de Sasuke. Apesar de não sermos os noivos ideais, ainda sim somos noivos e... Prometemos que nós tentaríamos ser amigos... Como eu posso passar a minha vida assim, como uma garota ridícula que só quer satisfazer a própria curiosidade?! Onde está o meu lado racional?!

Você é orgulhoso demais para dizer que cometeu um erro

Você é um covarde até o fim

Eu não quero admitir, mas nós não vamos encaixar

Não, eu não sou do tipo que você gosta

Por que nós não só fingimos?

                —Sakura?—Perguntou a única voz que eu não desejava ouvir naquele momento. —O que você está fazendo aqui?—Sua voz soava como uma navalha em meu peito.

                —Sasuke... Eu... Posso explicar... —Tentei argumentar, mas as palavras pareciam se embolar em minha garganta, formando um nó.

                —O que você está fazendo aqui Sakura?—Repetiu o Uchiha, sua voz estava tomada por uma fúria indescritível!

                —Nada eu só... Estava atrás do gato e... —Onde está esse bendito gato?Olhei para todos os cantos, mas parecia que o bicho havia evaporado!

Mentiras, Não quero saber, não quero saber oh

Eu não posso deixar ir, não posso deixar você ir oh

Eu só quero que isto seja perfeito

Acreditar que tudo tenha valido a luta

Mentiras, não quero saber, não quero saber oh

                —Que gato?! Eu não estou vendo merda de gato nenhum!—Gritou, e para o meu terror, seus olhos se tornaram escarlate, mesmo sendo o primeiro nível do sharingan, eu não pude evitar o tremor de pânico que abalou meu corpo. —Quer saber, você...

                —Sasuke eu...

                —Continua sendo a mesma irritante de sempre, sabe, eu não vejo diferença entre você com 16 anos e quando você tinha 12! Continua sendo a mesma garota fútil e inútil de antes, pode ter crescido, mas é a mesma... É somente uma pirralha idiota querendo se comportar como uma mulher digna, mas isso Haruno você nunca conseguirá ser.

                —Me desculpe! Eu errei mas, por favor, me escute!  

Você é orgulhoso demais para dizer que cometeu um erro

Você é um covarde até o fim

Eu não quero admitir, mas nós não vamos encaixar

Não, eu não sou do tipo que você gosta

Por que nós não só fingimos?

                O moreno cuspia as palavras como se queimassem em sua língua, e queimavam o meu peito também.

                — Você se ridiculariza rosada. Maldito seja o dia em que o meu irmão pensou que você seria uma boa esposa para mim, na verdade você nunca será uma boa esposa para ninguém, é somente uma cobra traiçoeira e superficial, um fardo para a vida de todos os seus amigos...

                —Cale a boca!—Gritei tampando os meus ouvidos com as mãos, como se aquilo pudesse abafar tudo o que ele dizia. —Você não tem o direito de falar de mim desse jeito seu Uchiha maldito! Eu sou a sua noiva seu desgraçado, dobre a sua língua ao fal...

Mentiras, não quero saber, não quero saber oh

Eu não posso deixar você ir, não posso deixar você ir oh

Eu só quero que seja perfeito

Acreditar que tudo tenha valido a luta

Mentiras, Não quero saber, não quero saber oh

                Eu queria desaparecer daquele lugar, queria fugir, mas sabia que aquelas palavras continuariam tatuadas em minha mente, como uma canção depressiva em um disco velho e quebrado.

                —Você se acha demais Haruno. —Falou com a voz mais branda, mas não menos assustadora. Ele pegou meus pulsos com violência e me puxou para mais perto de si, e sussurrou em meu ouvido. —Desde o inicio, eu sempre te vi só uma mulher que vai me dar filhos, que vai dar continuidade ao clã, somente isso...

                Mentiras.

                Ainda me segurando pelos pulsos, o garoto me puxou do chão e com a mesma violência me puxou para fora do quarto dos pais, e literalmente me arrastou para fora Ed casa, enquanto eu gritava para que ele parasse, já que estava ferindo meus pulsos com a sua força descontrolada. A luz do por do sol feriu meus olhos me obrigando a fechá-los novamente, e só os abri quando estava sentada de bunda no chão, como o rude Uchiha havia me jogado no chão, como se fosse apenas mais uma meretriz que ele havia cansado de brincar. Não agüentei mais e deixei que lágrimas escapassem dos meus olhos, banhando o meu rosto, tanto de dor quanto de raiva e humilhação.

                Ao ver a minha expressão, Sasuke pareceu se controlar um pouco e seus olhos se focaram em meus pulsos, onde marcas arroxeadas começavam a se formar. O Uchiha parecia surpreso e hesitante deu um passo a frente, mas eu fui mais rápida e após me por de pé, dei um forte e estalado tapa em sua face alvo, o que deixou o moreno surpreso com minha ação.

                —Sei que errei ao entrar aí, sei que não tinha o direito de querer o que eu quis, mas... Você Sasuke passou dos limites! Juro que desde pequena, eu tentei te ajudar de todas as maneiras possíveis, tentei fazer tudo perfeitamente para ser a garota perfeita para você, mas eu desisto. Você não é humano, você não possui sentimentos! É um monstro escravo da própria ira e do passado!Uchiha, você nunca vai ser capaz de amar alguém, nunca será! Vai viver o resto da sua vida com esse seu maldito orgulho e completamente sozinho. Se eu sou infantil, você também é só que fadado a sua prepotência ridícula. Eu te odeio com todas as minhas forças... E tenho pena de pessoas covardes e arrogantes como você, pessoas que vão morrer desejando uma segunda chance na vida sem nem ao menos saber o significado de viver.

Mentiras, Não quero saber, não quero saber oh

Eu não posso deixar você ir, não posso deixar você ir oh

Eu só quero que seja perfeito

Acreditar que tudo tenha valido a luta

Mentiras, Não quero saber, não quero saber oh.


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