Infelizmente Juntos escrita por Luangel


Capítulo 21
Conselhos... Part.2


Notas iniciais do capítulo

Oiê! Como vão meus queridos? *le eu desviando de um tomate*, ok peço um infinito d desculpas pela demora, mas é q meu pc deu pau e logo quando ele voltou ao normla, eu tive prova de matemática XD. Peço desculpas pelo cap não ser lá essas coisas, mas tem algumas pistas sobre o pai da Saky...



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                —E o que eu poderia ter feito, Sasuke? Nada vai mudar o fato de que eu já fui um Nukenin, quero que ela seja feliz, só isso... Você ainda é bem jovem Sasuke , talvez até não entenda, mas aqui vai mais uma dica sobre o amor: Nem sempre acaba com “Felizes para todo o sempre”...

Sakura Haruno:

                Minha mãe tinha a mão sobre o queixo, visivelmente perdida em pensamentos, absorvendo tudo o que eu havia contado. O silêncio era torturante para mim, que já tinha vontade de perguntar o que a Haruno estava pensando, mas felizmente a mulher respirou fundo e começou a falar de forma lenta, como se estivesse escolhendo as palavras certas:

                —Você reclama que o Sasuke-san é orgulho, não é?—Perguntou e eu assenti rapidamente, querendo que ela continuasse a falar, mas para minha surpresa mamãe sorriu, como se estivesse se divertindo ás minhas custas. —Mas querida, você também bem orgulhosa, viu...

                Minha curiosidade deu lugar a indignação e disse cruzando os braços:

                —Não me compare a ele, mãe...

O riso quase contagiante de minha mãe ecoou em meus ouvidos, me surpreendendo.

                —Não me compare a ele, mãe... —Repetiu tentando imitar o meu tom de voz, sem muito sucesso. —Sakura, por favor, não seja tão tola!

                —Eu?! Tola?!—Exclamei começando a ficar bem irritada com a Haruno a minha frente. —O Uchiha que é um idiota, um petulante babaca que pensa que o mundo gira ao seu redor por causa do seu maldito orgu...

                —Você está apaixonada por ele, Saky... —Murmurou a mulher com um sorriso amável nos lábios.

                Por alguns instantes fiquei sem fala, e o impacto das palavras de minha mãe me deixaram sem ar, há algum tempo eu já havia percebido que estava voltando a nutrir esse sentimento pelo Sasuke, mas mantive isso no mais profundo silêncio de meu confuso coração, como ela descobriu?! Surpresa, eu tentei desmentir, mas nada de produtivo saía de meus lábios, excetos palavras sem nexo e ridículas.     

                —Dá para perceber, querida, do jeito que você fala dele... É engraçado, mesmo quando você está xingando o garoto, seus olhos parecem ganhar um brilho diferente, o mesmo brilho que eu tinha quando eu olhava ou falava com o seu pai...

                Confesso que eu me senti surpresa ao ouvir minha mãe falando de meu pai, já que eu sempre evitava falar sobre o patriarca, pois quando falavam dele, parecia que a cor sumia da face da Haruno, seus olhos perdiam a alegria, sendo trocados pela dor e saudades. Por fim eu suspirei e disse:

                —Mãe eu juro que cada vez que eu tento te entender, eu acabo cada vez mais confusa... —Assumi balançando a cabeça de um lado para o outro enquanto a mulher esboçava um sorriso.

                —Um dia você vai ser mãe Sakura, e vai entender tudo o que eu faço por você. —Assegurou.

                —Por que esse casamento arranjado, mãe?—Perguntei quase que suplicante, ignorando a fala de minha mãe. —Não entendo, o que ser mãe tem a ver com casamento arranjado com um cara que nem te ama?

                —Logo você vai entender minha querida. —Disse com um semblante abatido. —Você sabe de minha doença, não é? Não quero te deixar sozinha, sem ninguém.

                —Pare de falar besteiras. —Interrompi entre dentes, desvie o meu olhar do seu e fechei as minhas mãos em punhos, odiava falar aquele assunto tão fúnebre.

                —Por favor, Sakura, já debatemos sobre assunto, você como ninja médica sabe que eu não vou viver tanto como as outras pessoas... Mas enfim, enquanto estou com você desejo vê-la feliz.

                —Mãe esse casamento não vai dar certo!—Falei quase gemendo, angustiada.

                —Você e Sasuke me lembram eu e seu pai. —Disse com um sorriso tímido. —Como você já sabe, eu e ele tivemos um casamento arranjado por nossos pais e assim que um pôs os olhos um no outro, o ódio foi mútuo. —Disse rindo, se lembrando. —Nos casamos para o bem de nossos clãs, mas no inicio nem nos falávamos sabe?

                —E como vocês se apaixonaram?—Perguntei guiada pela curiosidade.

                —Apesar de ser muito arrogante, seu pai era um rapaz muito bonito e com o passar do tempo eu passei a me sentir atraída por ele. Óbvio que era atração física, mas após conhecê-lo um pouco mais a cada ano, eu fui admirando o seu jeito calmo e até mesmo o seu lado arrogante, adorava quando ele ficava bravo ou confuso e eu não sei te dizer quando exatamente eu me apaixonei por ele, não foi de um dia para o outro, mas a cada dia nós trabalhávamos esse sentimento sem saber e então, depois de sete anos casada, Deus nos presenteou com você, minha cerejeira. —Disse acariciando o meu rosto, seu olhar parecia perdido, como se ela estivesse pensando em outra coisa. —Pode parecer confuso agora, mas tudo ficará bem... Só tente, tente compreende-lo...

                —Mas ele só beijou, deve ser somente alguma atração... —Sussurrei sentindo meu coração pesar.

                —E o amor não se inicia quando uma pessoa se sente atraída pela outra, filha?—Retrucou de modo gentil.

                De súbito minha mãe se levantou do sofá e disse já subindo as escadas que levava para os quartos:

                —Fique aí, quero te dar uma coisa.

Dei de ombros e esperei até que minha mãe descesse as escadas lentamente, em sua face havia um sorriso brincalhão e suas mãos escondiam algo atrás de seu corpo, como se ela quisesse fazer uma “surpresa” para mim. A Haruno se sentou na minha frente novamente e colocou o presente em meu colo, uma caixa preta de veludo, pequena demais para caber uma peça de roupa e grande demais para ser algum doce.

                Curiosa, levei minhas mãos até a caixa, mas quando eu ia abrir, minha mãe pousou as suas mãos sobre as minhas, me interrompendo. Levantei o olhar e a vi com um semblante calmo.

                —Antes que veja o que é, quero que saiba que seu pai fez isso para você, Sakura. —Disse e minha respiração parou, eu me lembrava muito pouco de meu pai e o que eu lembrava não era nem um pouco agradável. —Ele desejava dar a você no dia do seu casamento, mas... —Deixou sua voz morrer, mas sua face permanecia calma, como se ela estivesse no céu. —Espero que você goste, seu pai trabalhou dias nele, desde que eu disse que estava grávida de uma menina. —Disse sorrindo, sua memória presa em algum fato engraçado, talvez o Haruno pulando de alegria ao saber de minha tão frágil existência dentro do ventre de minha mãe.

                Meu coração martelava violentamente contra minhas costelas, e logo após que minha mãe retirou as suas mãos das minhas, eu abri a caixinha, que carregava um colar, o colar mais lindo que eu já tinha visto! Seu cordão parecia ter sido feita de pérolas e seu pingente era o desenho de uma delicada flor de cerejeira que parecia ter luz própria, e mesmo eu não sendo líder neste assunto, tenho certeza de que esse pingente é feito de rubi, pedra muito rara em nosso país. Lágrimas borraram a minha visão, enquanto minha mente vagava para a época em que meu pai estava vivo, quando ele chegava a casa depois de suas missões e ainda arranjava forças apara brincar comigo.

                Lembrava de quando ele me contava histórias de suas missões e dos feitos de nosso clã que apesar de não ser muito grande era leal e corajoso. Lembrava também de quando eu, minha mãe e ele ficávamos quase a noite toda vendo as constelações no céu e quando o Haruno me ensinou a montar estratégias, mesmo que fosse para furtar doces da cozinha... Eu sentia falta dele, sentia falta de seu sorriso e até das suas broncas, sentia falta de abraçá-lo e de dormir em seus braços fortes e aconchegantes...

                —Pode pegar filha, é seu. —Disse minha mãe com a voz levemente embargada.

                Com um extremo cuidado, eu toquei a peça e lentamente a tirei da caixa.

                —A senhora poderia colocar em mim?—Perguntei depois de enxugar as lágrimas que teimavam em escapar de meus olhos.

A Haruno assentiu e pegou o colar de minhas mãos colocando em meu pescoço em seguida.

                —Como estou?—Perguntei e minha mãe começou a chorar enquanto assentia repetidas vezes.

                —Está linda, querida. —Respondeu me abraçando com força.

                Retribui o abraço com a mesma intensidade enquanto minha mãe soluçava e molhava minha camisa com suas lagrimas salgadas. Ambas perdidas em lembranças tanto boas ou ruins com o patriarca Haruno...

Sasuke Uchiha:

                Olhei para o relógio, Era quase sete horas da noite e mesmo não querendo admitir, eu estava começando a ficar preocupado com a Sakura. Suspirei e logo ouviu o som da porta sendo aberta e meu sangue pareceu congelar em minhas veias quando eu vi a rosada entrar. Ela pareceu não notar a minha presença e eu não sei se isso é bom ou ruim. Em seus braços haviam incontáveis sacolas de mercado que para a Haruno não pareceram pesar muito. Ainda sem me notar, a garota colocou as comprar sobre o balcão e começou a guardar as compras enquanto cantarolava uma musica pouco conhecida.

                Eu ainda não sabia o que fazer, talvez pudesse fingir que estivesse dormindo e ela nem percebesse... Não! Suspirei e pensei em outra estratégia, eu poderia assumir a minha postura fria ou indiferente... Não! Ou... Não! Frustrado eu me encolhi no sofá, não poderia deixar Sakura se sentindo mal, mas também não quero parecer um idiota. Juntando toda a coragem que tinha, eu me levantei e andei até a cozinha, onde silenciosamente comecei a guardar as compras, até que a rosada percebeu a minha presença, levando um susto.

                —Que susto Sasuke!—Exclamou a Haruno colocando a mão no peito.

                —Hmm. —Respondi não achando as palavras para poder falar.

                Ao ouvir minha resposta, a garota deu de ombros e recomeçou a sua tarefa, mas a todo custo ela tentava não me olhar, como se estivesse acanhada.      

                —Ah... Sakura?—Chamei e Sakura levantou a cabeça lentamente, encontrando o meu olhar.

                —Sim?—Sussurrou sendo educada.

                —Er... —Começei. —Sobre ontem eu queria...

                —Está tudo bem. —Disse me interrompendo, sua face estava extremamente ruborizada, mas seus olhos continham compreensão. —Afinal logo seremos marido e mulher...

                A rosada sorriu e eu engoli a seco. Ainda um pouco constrangida pela conversa, a Haruno deu um passo para o lado e luz do sol foi refletida em algo que estava em seu pescoço. Curioso olhei para o pescoço da garota que pareceu perceber o meu interesse e pegou o pingente do belo colar que eu nunca havia visto ela usar. A ninja sorriu para a bijuteria e disse:

                —Minha mãe me deu hoje quando a visitei, foi meu pai quem fez para mim... Não é linda?

Não respondi, mas permaneci olhando para o pingente nos dedos de Sakura.

                Pouco eu sabia do pai dela, e da outra vez que perguntara a rosada me cortara, não querendo me contar o que realmente aconteceu com seu pai. Ele morreu quando a Haruno era muito nova, uma criança na verdade, mas dá para perceber que ele ainda tem muito significado na vida da garota.


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Notas finais do capítulo

E aí? Mereço reviews? Recomendações?*-*