Hermione E O Seu Passado Desconhecido. escrita por Isabelle Munhoz


Capítulo 53
Capitulo 51


Notas iniciais do capítulo

Hey gente >
Espero que gostem desse cap.
Boa leitura.



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– Vocês podem me explicar o que esta acontecendo? – Sirius perguntou.

Draco estava do outro lado do quarto quieto parecendo uma múmia. Eu o havia chamado para entrar e até explicar para meu pai que meu namorado agora estava do nosso lado para que o moreno não o matasse foi demorado.

– É difícil e demorado não temos tempo. – falei.

– Como assim não tem tempo? – Sirius perguntou alterando a voz. – Você já esta em casa!

– Diminua o volume. – Draco resmungou.

– Loiro fique quieto que eu ainda tenho um pé atrás com você.

Vi Draco se encolher e não dizer mais nada.

– Pai entenda ninguém pode saber que estou viva. – eu disse e o vi franzir a testa. – Blás nos alertou disso, é um trunfo. Todos acham que morri, até você sabe quem, por isso não irá atrás de mim posso fazer as coisas livremente.

– Blásio sabe que esta viva? – ele perguntou. – Quem mais sabe?

Vi Malfoy rir.

– Blás... Harry e Ron. – respondi. – Só.

Sirius parecia um pouco transtornado.

– Merda Hermione, eu sou seu pai. – ele resmungou. – Deveria ser o primeiro a saber disso.

Eu ri.

– Desculpa se eu só conseguia pensar se os meus melhores amigos estavam bem...

Os olhos de meu pai iluminaram.

– Eles estão né?

– Bem... – comecei mas nisso Draco levantou com um pulo de onde estava sentado e veio até mim colocando a mão na minha boca calando-me.

– O que diabos... – Sirius começou mas Malfoy fez sinal para que ele se calasse.

Nós dois olhamos para o loiro confusos e ele colocou a mão no ouvido para que prestássemos atenção nos barulhos ao redor. Quando estávamos quietos comecei a ouvir passos vindo em direção ao quarto de Sirius.

– Não fale que estamos aqui. – resmunguei enquanto Draco me puxava para dentro do banheiro e fechava a porta.

Estava escuro no banheiro do meu pai mas não me importei apenas fiquei pressionada contra a porta para ver se conseguia ouvir quem que estava ali. Draco seguiu meu gesto.

– Tiago o que esta fazendo aqui tão tarde? – Sirius perguntou tentando parecer normal. – Não deveria estar dormindo?

Ouvi o barulho do colchão afundando por isso imaginei que eles deveriam ter se sentado.

– Ouvi sua voz e vim ver o que estava acontecendo. – a voz de Tiago Potter parecia mais angustiada que o normal. – Sirius... Eu sei que os últimos dias estão sendo difíceis mas eu só peço que agüente e teremos a nossa vingança faremos Voldemort pagar por ter tirado Harry de mim e Hermione de você.

Olhei para Draco nervosa.

– Harry não esta morto, Tiago, não fale assim.

– Eu já não tenho certeza mais. – a voz do pai do meu melhor amigo estava tão triste que me deu um aperto no coração. – Lily esta desesperada e eu nem consigo ajudá-la já que também estou assim. Já faz muito tempo desde que tivemos noticias do meu filho e não sei se esta bem ou não.

– Se Voldemort tivesse matado Harry todos já saberiam agora. – Sirius disse.

Ouvi Tiago suspirar do outro lado da porta.

– Isso que estou me agarrando. Mas não foi isso que vim dizer. Só espere Sirius e iremos ter nossa vingança, acabaremos com todos que um dia fizeram mal para nossos filhos.

Eu estava preocupada. O homem que estava falando com meu pai não parecia o mesmo Tiago Potter que eu conheci nos últimos meses alegre e maroto. Parecia que ele tinha envelhecido muito nas ultimas semanas.

– Pontas vai dormir. – ouvi Sirius dizer. – Você não esta falando coisa com coisa.

– Não Sirius só me ouça...

– Vai dormir Tiago, conversamos amanhã. Não estou com o humor para falar besteiras agora.

Ouvi Tiago tentar convencer meu pai a conversar mas logo um estrondo me fez perceber que estávamos sozinhos novamente já que era a porta batendo. Me distanciei da parede e abri a porta saindo de volta para o quarto onde encontrei Sirius sentado na cama com a cabeça apoiada nas mãos.

– Tiago parece um pouco... Vingativo. – falei.

– Ele esta pirando por causa de Harry e toda a guerra. Estou realmente preocupada com ele. – meu pai disse levantando da cama. – Harry esta bem certo?

Assenti.

– Até o dia anterior enquanto eu estava com ele sim Harry esta bem.

– Vamos logo ao ponto que não temos muito tempo. – Draco disse depois que entrou novamente no quarto.

Sirius me olhou.

– O que o Malfoy quer dizer?

Suspirei cansada.

– Harry me disse que Dumbledore me deixou uma coisas e que estaria com você. – eu disse. – Precisamos disso.

Sirius assentiu e foi até seu guarda roupa abrindo-o e puxando algo de lá. Quando olhei novamente o vi com uma caixa preta muito bonitinha. Ele estendeu seus braços e me entregou-a fazendo meu estomago revirar. Olhei para Draco que pareceu me incentivar a abrir.

O quarto estava naquele silencio tenso.

Suspirei tomando coragem e abri a caixa de Dumbledore havia deixado para mim. Estava praticamente vazia o que me fez pensar que ele poderia ter usado uma caixa menor para guardar apenas um livro e uma carta.

– Que livro é esse? – perguntei tirando-o da caixa e tentando lembrar se já havia lido antes.

– Você nunca leu Contos de Beedle, o Bardo? – Draco pareceu espantado. – É um livro de fantasia para crianças. O que sua mãe lia pra você quando pequena?

Sorri.

– Criada no mundo trouxa esqueceu? – falei. – Jane me contava sobre A branca de Neve e Cinderella.

Vi meu pai e namorado fazer uma cara de: Hã? Então resolvi não continuar.

– Por que Dumbledore me deixaria isso? – perguntei.

– Leia a carta Hermione. – Draco pediu.

– Eu já li e não tem nada demais. – Sirius disse e levantei minha sobrancelha. – Qual é? Eu não sabia que você voltaria.

Revirei os olhos e entreguei a caixa par Draco ficando apenas com a carta. Mesmo com medo do que estaria vindo eu abri-a com cuidado e passei meus olhos pelas frases.

Senhorita Black.

Se esta lendo essa carta significa que morri. Espero que eu esteja em paz pelo menos. Deixei para você o livro por que sei como ama ler e achara instrutivo tudo que esse livro tem a te ensinar.

Também venho aqui lhe agradecer por tudo que fez para ajudar o senhor Potter mesmo depois de tudo que aconteceu com sua vida.Espero que ainda esteja com vontade de continuar nos ajudando e para isso o morto voltado tem coisas que precisara.

Nem tudo é apenas uma história. Tenha isso em mente.

Adeus.

Alvo Percival.

Levantei a cabeça completamente confusa.

– Eu disse que não teria nada de importante. – Sirius disse se sentando na cama. – Acho que Dumbledore já estava começando a ter problemas de coerência antes de morrer.

– O que esta dizendo? – Draco perguntou.

Entreguei-o a carta.

– Ele estava doido. – Malfoy disse assim que terminou de ler.

Eu não disse nada. Aquela sensação de que estava deixando algo passar estava no meu corpo desde que li as ultimas palavras de Dumbledore para mim. Ele não me deixaria isso simplesmente por deixar certo? Tinha que ter algo a mais.

– O que vamos fazer agora Hermione? – meu namorado perguntou.

Balancei a cabeça tentando me concentrar no presente.

– Temos que sair daqui. – respondi.

– Você não vai embora Hermione. – Sirius disse.

– Claro que vou.

– Eu acabei de tê-la de volta, não vou deixar você nesse mundo onde muitas pessoas querem te matar. – ele disse.

– Sirius! – falei irritada. – Todos acham que estou morta, por enquanto estou a salvo.

Não completei que não estaria a salvo por muito tempo. Ele não precisava saber dessa parte.

– Mas Hermione...

– Temos que ir. – falei indo em direção a porta e antes de sair virei-me para Sirius e pedi: - Cuide de Tiago e o faça entender que Harry esta bem. Mas lembre-se ninguém pode saber que estou viva.

***

Sirius tentou fazer com que eu ficasse mas eu precisava pensar e sabia que não conseguiria ficando lá onde a qualquer momento alguém poderia me descobrir. Então Draco e eu fomos para a Londres trouxa aparatar.

– Onde estamos? – o loiro me perguntou quando nos materializamos numa rua deserta.

Olhei para minha frente e vi uma casa que eu bem conhecia. As luzes da garagem estava ligada como costumava ficar desde que eu me entendia por gente.

– Era aqui que você morava? – Draco perguntou quando notou que eu estava emocionada. Apenas assenti. – Vai querer ir falar com seus pais?

Ele deu um passo para a frente mas o impedi.

– Eles acham que estou morta. Deve ser mais seguro para eles assim.

Draco me deu um olhar de dó e eu não poderia agüentar isso. Balancei a cabeça e suspirei tentando tirar toda a emoção que era estar ali de volta.

– O que você acha que Dumbledore quis dizer na carta? – perguntei.

Malfoy balançou a cabeça.

– Não faço idéia. – suspirei novamente. – Mas fico pensando no livro. Lembra que ele disse algo sobre histórias não ser apenas histórias? Então tem vários contos no livro será que ele não estava dizendo um deles?

Olhei para Draco intrigada.

– Mas qual?

Draco passou a mão rapidamente por sua capa puxando o livro para que olhássemos. Ele começou a folhear mas nenhuma outra folha apareceu ou nada diferente estava ali.

Enquanto ele folheava o livro por um segundo vi um desenho que me fez notar que não estava ali no original. O parei e voltei para a pagina que começava o conto dos três irmãos. Tinha desenhado um símbolo estranho de um triangulo com uma bola e um traço no meio.

– Fala sobre o que esse conto? – perguntei.

Draco olhou para o livro e começou a me explicar sobre a história dos irmãos e a morte presenteando-os. Sobre como os dois primeiros foram gananciosos e pediram coisas que só fizeram morrer no futuro.

– Espera um dos presentes foi uma capa de invisibilidade? – perguntei.

– Sim, usada pelo terceiro irmão para fugir da morte.

Meu coração quase parou.

Tipo a capa de Harry?

Minha mente trabalhou tão rapidamente que nem consigo entender de onde veio todos os pensamentos. Em um minuto estou tentando entender sobre as relíquias da morte e depois me veio na cabeça Cedrico e a carta de Dumbledore pareceu fazer sentido.

– Merlin. – exclamei pegando a carta para ler novamente. – Como não percebi isso antes?

Li e reli a caligrafia de Dumbledore.

– O que você descobriu?

Levantei o olhar para o loiro.

– Temos que ir atrás de Cedrico.

***

– Ainda não entendi por que estamos aqui. – Draco resmungou enquanto esperávamos do lado de fora da casa dos Diggory.

Eu já havia explicado para ele umas cinco vezes que Dumbledore havia mencionado um morto matado ou algo assim e que isso só poderia significar Cedrico! Tinha algo com meu amigo que o diretor queria que víssemos.

– Assim que Amos sair para o trabalho nós vamos. – falei.

Malfoy não estava nem um pouco feliz com isso tudo mas apenas fingi que não reparei. O que ele tinha contra meu amigo afinal? Mas se pensar bem Malfoy tem algo contra todos os meus amigos.

– Mas Hermione... – ele não pode terminar de falar já que do outro lado da rua Amos Diggory saia com uma maleta na mão.

O homem olhou para os dois lados e vendo que não tinha ninguém aparatou. Vi que era a nossa deixa e puxei Draco comigo até a porta de batendo-a logo em seguida.

Minutos depois ouvi o ranger da porta se abrindo e Cedrico abrindo e arregalando os olhos ao ver que era eu.

– Hermione?

– Não estou tão morta como todos imaginavam. – brinquei.

Ele deu um sorriso enorme e me puxou para um grande abraço que fiquei feliz em receber. Tinha tanta coisa acontecendo que mal pensei em como ele deveria estar se sentindo e ver que ele ainda estava vivo era muito reconfortante.

Draco pigarreou.

– Podemos entrar antes que algum comensal apareça e mate nós três.

Cedrico levantou a sobrancelha confuso e eu apenas balancei a cabeça e ri. Entramos na casa dos Diggory e logo reparei como a família dele deveria ter dinheiro. A sala principal era enorme com vários moveis de madeira e quadros pendurados por todos os lugares.

– Imagino que vocês não estão aqui apenas para uma conversa amigável. – Cedrico disse quando sentamos. Sorri, ele me conhecia bem. – O que querem?

– Dumbledore deixou alguma coisa para mim? – perguntei diretamente.

Cedrico sorriu.

– Estava pensando quando você perguntaria sobre isso. – ele disse se levantando. – Esperem um minuto, vou pegar.

Assim que ele saiu da sala olhei para Draco que parecia desconfortável no meio dessa situação mas não deu tempo para dizer nada já que logo Cedrico estava voltando com apenas um vidrinho na mão que continha um liquido transparente.

– Ele deixou isso? – Draco pareceu decepcionado.

Cedrico assentiu.

– O que é isso? – perguntei confusa.

Mordi o lábio quando Cedrico terminou de falar.

– Imagino que são memórias.

Lembrei-me que no ano anterior Dumbledore estava ensinando coisas para Harry a partir de memórias será que era algo assim que ele me deixara.

– Você tem uma penseira? – perguntei.

Meu amigo assentiu.

– Venham.

O seguimos para mais afundo dentro de sua casa e quando passamos por uma porta de madeira e entramos em um tipo de escritório vi uma penseira deslizar pelo ar e vir até nós para em nossa frente. Peguei o frasco e derramei todo o liquido que continha.

– Fiquem aqui. – falei rapidamente. – Melhor eu ir sozinha.

Quando vi que Draco iria contestar apenas abaixei minha cabeça e entrei nas memórias de Dumbledore.

Notas:

Como poucos realmente le as notas iniciais ou finais vim apenas colocar aqui os links das minha outras fics:

Fremione: http://fanfiction.com.br/historia/557358/Juntos_por_uma_Horcrux_-_Fred_Hermione/

Short Fic do Sirius: http://fanfiction.com.br/historia/546431/Caro_Pontas/


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Notas finais do capítulo

Até o proximo cap.
Review? Recomendação?
Passem nas minhas outras fics o/
Beijos.