Hermione E O Seu Passado Desconhecido. escrita por Isabelle Munhoz


Capítulo 51
Capitulo 49


Notas iniciais do capítulo

boa leitura :3



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Pov. Pansy Parkinson.

...

Merlin, você só pode estar de brincadeira comigo.

Era a única coisa que eu conseguia pensar nesses últimos tempos.

Enquanto eu tentava superar a morte de Hermione, eu tentava ajudar Draco também a superar. Ele estava sofrendo tanto que eu cheguei a pensar que ele nunca conseguiria seguir em frente. Quando passou da parte de sofrer pra negação comecei a ficar bem preocupada. Dizer que ela ainda estava viva quando tínhamos provas do contrario estava me deixando nervosa.

Se a situação já não fosse ruim o suficiente Draco resolvera sumir. Narcisa esta completamente enlouquecendo a procura do loiro que sem mais ou menos depois de entrar em depressão e não querer mais sair do quarto sumiu. No começo tentei acobertá-lo para ele não se enrascar com os comensais, mas logo depois a senhor Malfoy não sei como tinha certeza que ele havia sumido.

Para todos ele ainda esta passando um tempo comigo, enquanto Narcisa e eu tentamos achá-lo. Eu já não sabia onde mais procurá-lo! Todos os lugares que eu imaginei que poderia estar já fui e não encontrei.

Então naquela tarde, no meu completo desespero peguei meu comunicador que não usava desde a época de Hogwarts – quando Draco quis marcar o encontro com Blás usou o dele – e mandei uma mensagem.

Antes que eu me arrependesse me arrumei e rumei ao caldeirão furado para aguardar.

Quando vi o moreno entrar procurar ao redor e focar em mim vindo em minha direção tentei acalmar-me. Primeiramente não sei por que, mas acho que não acreditei realmente que ele viria. Segundo eu estava tão nervosa com tudo que aconteceu que assim que vi um rosto familiar meus olhos se encheram de lagrimas e levantei da cadeira.

– Pansy...? – Blás se assustou quando chegou perto de mim e eu me joguei em seus braços chorando.

Eu senti seu cheiro e logo meu choro piorou.

– Ta chorando? – ele perguntou.

Não respondi e isso só fez ele me apertar mais forte em seu abraço. Eu estava tentando segurar-me, eu queria esquecê-lo. Tinha que esquecê-lo. Sabia que no minuto que eu entrei para os comensais e ele fora para a Ordem só um de nós sobreviria.

– Blás.... – comecei e tentei me soltar mas ele não deixou. – Eu sinto tanta a sua falta.

– Pansy, aconteceu alguma coisa? – ele pergunta.

Com isso senti meu coração se partindo.

Ele não sentia minha falta?

– Tudo esta tão errado. – falei e resolvi me soltar dele e sentar.

Sentei-me de volta na cadeira que estava anteriormente e vi Blás sentar na cadeira da frente. Passei a mão nos meus cabelos nervosas com o olhar interrogativo que ele me enviava.

– Como o que? – ele perguntou.

Levantei a sobrancelha como se perguntava se ele fosse idiota.

– Ah, não sei. – falei ironicamente. – Talvez que não deveríamos estar no meio dessa guerra. Só temos 17 anos! Como posso estar nisso? Eu não quero fazer parte disso. Tivemos que nos separar! O quarteto sonserino, você e Hermione para um lado. Draco e eu para outro. Você deve me odiar tanto. – e nessa hora eu já tava chorando novamente. – Hermione... Céus, Hermione esta morta e Draco sumiu Blás, eu não o acho.

Eu falava tão rápido que me surpreendo por ele ter entendido o que eu dizia.

– Pansy... – ele parecia num conflito interno se deveria falar ou não. – Eu não te odeio. Você sabe que eu nunca poderia odiar você.

Sequei as lagrimas que estavam em meu rosto com a mão.

– E... – Blás continuou. Olhou para os lados como visse se alguém poderia ouvir. – Hermione... Eu estou te contando isso por que sei que posso confiar em você.

Enruguei a minha testa.

– O que foi?

– Hermione esta viva.

Com aquela frase de Blás senti meu coração disparar.

– Ahn?

– Draco descobriu que era tudo uma armação de Narcisa. – Blásio continuou. – E com isso conseguiu resgatá-la e agora eles estão em segurança. Foram atrás do cicatriz e cenoura.

Deixei uma lagrima cair de alivio.

– E você sabe disso por que... – perguntei nervosa.

– Draco me chamou quando conseguiu tirá-la da casa.

Senti algo se apoderar em meu coração.

Eu era uma Sonserina, todos sabemos. Muita gente acha que a inveja, rancor e esses sentimentos ruins são típicos de um Sonserino, mas venho lhe dizer que não é algo natural como todos pensam. Todos uma vez na vida já sentiu isso porem não era por causa da minha casa que eu sentiria mais vezes que um Grifinório por exemplo.

Mas aquela sensação no fundo do peito não queria sair.

Eu pensei que fazia parte do nosso quarteto então quando algo assim acontece por que diabos eu não fui notificada?

– Pensy... – Blás começou ao notar o que se passava em minha cabeça. – Não é assim. Draco só me chamou por que era mais seguro para todos.

Ficamos em silencio depois dessa sentença.

Por que ambos sabíamos que não era completamente verdade. Aquela sensação de traição continuou dentro do meu peito, mas tentei desviar meu pensamento para longe disso. No futuro eu iria raspar aquele cabelo platinado de Malfoy por enquanto tenho que me concentrar em algo mais importante no momento.

Mas não consegui.

Blás me olhava com aqueles olhos que eu sempre amei e um sorriso misterioso em seus lábios. Encarei-o de volta só reparando em como sua aparência havia mudado nesses últimos tempos que estivemos separados.

Acho que ele reparou que tinha algo errado comigo já que eu não conseguia tirar meus olhos dele. Meu coração parecia que iria sangrar de tanta dor e meus olhos se encheram de lagrimas.

– Pansy...?

Mordi o lábio inferior.

– Não é nada. – tentei recompor a minha voz.

Maldita Hermione que me fez virar uma molenga que nem os Grifinórios.

– Eu sei que tem alguma coisa.

– Eu te amo. – falei sem pensar. – Como eu te amo Bás, você nem consegue imaginar o quanto. E como eu disse antes não queria estar no meio dessa guerra, não queria ter que me distanciar de você. E o pior nisso tudo é que eu sei que não estou fazendo a coisa certa.

Não esperei ele dizer nada apenas levantei e sai deixando um Bás confuso para trás.

Pov. Sirius Black.

– Não é possível que vocês não vão fazer nada! – Tiago gritou e bateu o punho direito na mesa frustrado.

Desde que Harry e Ron sumiram meu melhor amigo estava cada vez mais envolvido com a Ordem e querendo desesperadamente acabar com a guerra que trouxe tanto sofrimento para nossa família.

Essa era apenas mais uma das milhares reuniões semanais que andávamos tendo e sempre com o mesmo tema. Achar Harry. Mas pelo jeito ninguém além de Lily e Tiago achavam isso importante já que Harry estava por ai a mando de Dumbledore para alguma missão secreta.

– Ele sabe se virar, Potter. – Mody rosnou irritado. – Quantas vezes terei que falar isso para você? Dumbledore deixou algo para Harry cumprir, então ele TEM que fazer. Não é por que você esta com medo do filhinho seja um fraquinho que vai interromper algo que é maior do que você.

Eu juro que não sei como Tiago não pulou no pescoço do Mody ainda no estado que esta.

– Adoraria que fosse o seu filho que estivesse lá sem dar noticias há dias. – Lily rosnou.

Moddy deu um sorriso sínico.

– Foi por isso que não tive filhos.

Quando vi Tiago virar em direção ao auror levantei da cadeira que estava sentado até agora e segurei seu ombro fazendo-o ficar no lugar que estava.

– Essa parte da reunião esta encerrada. – falei alto tentando manter minha voz firme. – Não quero isso de novo, Tiago sinto muito mas não temos nada para fazer se Harry quis seguir Dumbledore temos apenas que confiar nele e esperar que tudo fique bem.

Vi meu amigo me mandar um olhar de incredulidade e senti-me mal por ter sido tão insensível. Mas eu já havia perdido a minha filha, porra! Eu agora só queria que essa maldita guerra acabasse e ficar brigando assim não ajudaria em nada.

Todos ficaram conversando mais sobre estratégias de batalha, mas eu estava cansado demais para continuar naquele lugar. Apenas me despedi e vi que Remus e Tiago insinuaram de vir atrás de mim mas Molly Weasley – santa Molly que anda me ajudando tanto a passar por meu tempo de luto – não os deixou sair da sala.

Tranquei-me novamente em meu quarto.

Eu estava passando tempo aqui nos últimos dias que eu já conseguiria achar qualquer coisa que quisesse de olhos fechados. Pensei em me jogar na cama mas fui me torturar um pouco pegando o álbum de fotos que eu havia tirado no verão antes de Tiago voltar onde estava Hermione e Harry rindo na maioria das fotos.

Eu não conseguia acreditar que eu nunca mais a veria rir.

– Você vai me pagar. – gritei para o nada jogando o álbum longe. – Ouviu Voldemort, você vai me pagar por ter tirado a minha filha de mim.

Aquele aperto no peito piorou e as lagrimas voltaram para os meus olhos. Mas eu não as deixaria elas saírem. Não. Eu vingaria Hermione e depois disso... bem não sei o que aconteceria, mas se fosse preciso eu iria atrás dela.

Ouvi berros do andar de baixo e lembrei do desespero de Tiago por causa de Harry e como ele estava comandando a Ordem ultimamente. Ele não precisaria mais de mim quando tudo estivesse bem e Harry voltasse para casa. Eu poderia ir... Sem causar problema.

Com esse pensamento em mente lembrei-me de Harry e como ele estava em algum lugar do mundo na missão de Dumbledore. Virei-me e olhei para minha escrivaninha e vi uma caixa pequena preta que estava ali.

Era pra ter sido entregue a Hermione.

Dumbledore havia deixado aquela caixa para ela. Mas minha filha nunca pode receber já que só abriram o testamento depois...

Pov. Hermione Granger.

– O que esta fazendo com esse pomo Harry? – perguntei depois de observar diversas vezes Harry colocar aquele pomo de ouro na boca de um jeito realmente estranho.

Draco riu.

– Não viu? Ele deve estar sentindo tanto de pegar a namoradinha que achou uma substituta enquanto estão separados.

Sorri.

– Cala a boca Malfoy. – Harry gritou. – Eu apenas... Não que isso te interesse, mas o pomo foi um presente de Dumbledore, que nos deixou em seu testamento.

Andei e me sentei ao seu lado.

– Como assim? Me explica isso. – pedi.

Eu lembro de já ter lido em algum lugar sobre como o pomo de ouro não poderia ser tocado antes uma partida de Quadribol e como eles reconhecem o toque humano.

– Depois de você... Bem morreu, o ministro foi até a Toca nos entregar o que Dumbledore tinha nos deixado. – Harry disse incomodado. – Estava escrito que era o pomo da minha primeira partida de Quadribol, e como eles reconhecem toque humano...

Franzi a testa confusa.

– E o que sua boca tem haver com isso? – Draco transformou em palavras a minha duvida.

Rony roncou alto na cama que estava desmaiado de cansado assustando-me por um momento.

– Na minha primeira partida de Quadribol eu não peguei o pomo com a mão eu peguei pela...

– Boca. – falei bobamente. – Como não pensei nisso. Você quase o engoliu. Harry deve ter alguma coisa que Dumbledore quis nos dizer.

O moreno deu de ombros.

– Eu tentei, mas apenas apareceu essa palavras que eu não entendi. – ele disse e mostrou para que eu lesse. – Abre no fecho. Não faço idéia do que isso quer dizer.

Tentei relaxar para conseguir pensar com clareza, mas para mim também não tinha nada que pudesse significar essas três palavras.

– Alias Hermione, Dumbledore também deixou algo pra você. – Harry disse depois de algums minutos em silencio.

– Deixou?

– Esta com Sirius.

Assenti com meu coração apertado.

Eu estava com saudades de meu pai e não queria imaginar como deveria estar sendo horrível para ele achar que eu estava morta. Lembro-me muito bem da nossa ultima conversa e como ele ficou arrasado em deixar eu participar do plano.

Sem dizer muita coisa sai de perto deles e fui para fora da barraca sentando como se estivesse de guarda. Eu só queria ficar sozinha e pensar em paz. Mas não tive muito tempo para isso já que minutos depois Draco se sentou ao meu lado.

– Não se preocupe. – ele disse com aquela voz serena que já havia me acalmado tantas vezes. – Logo ele descobre que você esta bem e tudo vai se resolver.

Sorri.

– Como sabia que eu estava pensando nele?

– Hermione, Hermione... Quando vai aceitar que eu sempre saberei tudo sobre você? – ele perguntou com um sorriso presunçoso nos lábios.

Ri.

– Ah querida Doninha, ai que você se engana.

O vi revirar os olhos e bati meus ombros contra o seu.

Desde que Harry falara sobre a herança que Dumbledore havia deixado para nós eu ficara curiosa e sabia que eu precisaria achar o que meu antigo professor tinha deixado para mim.

– Acha que é sensato deixar os dois molengas sozinhos? – Draco perguntou.

– Realmente como você faz isso? – perguntei assustada. – Não é possível realmente saber o que eu to pensando.

Draco sorriu.

– Você é um livro aberto Hermione. – encostei minha cabeça em seu ombro. – Pelo menos para mim.

– Acho que eles vão ficar bem sem mim. – falei voltando no assunto. – Acho que Dumbledore me deixou algo que pode nos ajudar a resolver todo os problemas com as horcruxes.

Draco passou os braços por mim e por um curto período de tempo eu me senti protegida.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Achei esse cap meio chatinho mas precisavamos para entender o que viria a seguir.
A proposito, se quiserem ver uma fic sobre cartas de Sirius escreveu depois da morte de James vão no meu perfil, eu comecei a escrever :3