Hermione E O Seu Passado Desconhecido. escrita por Isabelle Munhoz


Capítulo 48
Capitulo 46


Notas iniciais do capítulo

Hey.
Muito tempo certo? Eu voltei, por enquanto muahahaha
Nunca abandonaria vocês, acreditem nisso.
Não tenho muito o que comentar, então, boa leitura.



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Pov. Draco Malfoy

Deslizei novamente aquele colar por meus dedos fitando-o fixamente sem o olhar realmente. Meus olhos estavam nele mas minha mente estava em algo realmente mais distante do que isso.

Eu estava louco.

Finalmente toda a história tinha feito-me enlouquecer, e isso já era um fato verídico.

Por que de tudo isso?

Eu estava ouvindo coisas, ou até pior vendo.

Deixe-me explicar melhor essa história. Já fazia mais de uma semana que cá estou eu deprimido. Mas para a minha defesa eu acho que tenho completa desculpa para isso, no ultimo mês aconteceram varias coisas.

Como o que? Ah, fui praticamente “obrigado” a entrar para os comensais deixando muitos que eu amava –amigo e namorada- para trás, apenas pra proteger minha mãe, meu pai já é caso perdido. Minha passagem para comensal não foi realmente agradável, e alias, não sei se eu comentei, mas sabe aquela namorada que eu tive que deixar? O grande amor da minha vida? Então... Ela morreu.

Sim, sim, ela morreu.

Pelo menos isso é o que todos estão dizendo na realidade.

Depois do baque inicial ao saber que Hermione estava morta, depois da tristeza, todos esperavam que eu começasse a me recuperar mas eu simplesmente retrocedi. Voltei para a fase de negação.

Não que eu não saiba que ela morreu, por que eu ouvi todos falarem isso para mim umas quinhentas vezes! Mas eu realmente não acredito. Eu sinto que, se Hermione tivesse realmente morrido, eu sentiria. E não seria apenas palavras de pessoas que eu não sabia se podia confiar, que iria me fazer acreditar nisso.

Balancei a cabeça negativamente ainda olhando para a minha parte do colar.

Eu sei que poderia estar apenas me iludindo, por que diabos eu não queria aceitar a morte da Hermione certo? Então esse era o motivo de eu conseguir ouvir sua voz dela me pedindo socorro, e aquela sensação de estar perdendo algo.

Esse era o fato que eu estava declarado como louco, já que ninguém acreditava em mim para dizer que minha namorada morta estava falando através da minha cabeça.

Porque.. Inferno! Se fosse outra pessoa dizendo isso eu também duvidaria até a morte.

Remexi na cama e a dor de cabeça começou a doer, de novo. E logo eu sabia o que estava por vir.

Draco... Socorro... Meu tempo esta acabando... Sua mãe...

E só.

Essas eram as únicas palavras que eu ouvir da Hermione. Isso acontecia uma vez por dia, já a uns... Cinco dias? Por ai.

Ouvi batidas na porta.

– Entre – falei.

E logo um elfo estava dentro do meu quarto.

– O café esta na mesa, sua mãe pediu para chamá-lo.

Assenti e o vi desaparecer.

Respirei fundo e arranjei vontade para sair da minha cama, passei no banheiro rapidamente e me troquei lavando o rosto. Dei uma rápida olhada no espelho e vi o meu reflexo, minha pele estava mais pálida do que o normal – realmente, isso é possível – e meus olhos estão sem brilho. Tudo em minha aparência mostra a minha infelicidade.

Desci e encontrei minha mãe sentada sozinha na mesa grande tomando café, ao me ver ela deu um grande sorriso, ato que não retribui, já que não via motivo para isso.

– Draco – Narcisa me chamou – É impressão minha ou você esta mais pálido?

Sentei-me ao seu lado sem responder a sua pergunta.

– Eu realmente esperava que você não ficasse assim. – ela disse mesmo sabendo que eu não prestaria atenção – Você esta decaindo meu amor, cada vez mais, não quero ver você assim, eu te amo tanto.

Tomei um pouco de suco de abobora.

– Sei suas alucinações estão piorando, não a nada que eu possa fazer a esse respeito ainda. – Narcisa continuou a tagarelar – Mas logo... entenda, logo a teremos de volta, eu não vou falhar, e tudo ficara bem, confie em mim. Hermione... logo esta...

Olhei para ela espantado, o que a fez calar a boca e reavaliar o que iria dizer.

Depois de uns minutos entendi o que ela estava dizendo o que me fez estreitar os olhos, minha mãe falava como se ela ainda estivesse viva, mas o que mais me assustou no começo não foi o que ela estava dizendo, já que eu não prestava atenção, foi na verdade, ter dito o nome de Mione, já que, desde que morrera, não falam esse nome na minha frente.

– O que eu estava tentando dizer Draco, é que Hermione esta num lugar melhor agora, podemos querer ela aqui conosco, mas talvez, esteja melhor do que estaria por aqui.

– você mencionou como se ela estivesse viva, mãe – falei, primeira vez desde que sentei aqui – Você sabe como sinto que ela não morreu, o que não esta me contando?

Mil suposições apareceram na minha cabeça, conspirações sobre tudo para me manter afastado da morena.

– Querido, eu disse no presente, sinto muito. – sua voz era realmente preocupada com o erro – Mas sabemos o que aconteceu, não tem como ela ter...

– Ela não morreu. – gritei. – Por que ninguém acredita nisso quando eu digo? Ela não... Ela não pode ter morrido.

Meu coração estava quebrado novamente.

– Draco...

– Deixa eu conversar com ele senhora Malfoy, melhor irmos Draquinho. – a voz de Pansy fez com que o que seja que minha mãe planejava dizer fosse para as estrelas, nunca sendo encontrado.

Minha mãe se levantou e foi em direção a saída do cômodo sem dizer nada, e o ultimo olhar que ela me mandou antes de desaparecer, eu juro que estava repleto de dó e compreensão.

– Você não deveria tratar assim sua mãe – Pansy me recriminou – Ela também esta sofrendo.

Revirei os olhos.

Desde que meus sonhos e alucinações com Hermione começaram, e ela sempre falando da minha mãe, eu comecei a prestar mais atenção em Narcisa, do que na minha própria dor, e percebi que sua atitude estava completamente diferente de alguém em luto.

– Não estou afim de conversar com você Pansy – falei levantando e indo em direção as escadas – Nem com ninguém.

– Sabe que um dia terá que superar certo? – Pansy gritou para que eu conseguisse ouvi-la. – Não poderá ficar em luto por ela para sempre.

Se eu me olhasse no espelho saberia que já estava vermelho, eu realmente estava cansado de lição de moral por todos a minha volta.

– Eu a amo, por que diabos não pode entender isso? – perguntei – Não vou aceitar que ela se foi quando sei que não.

– Também a amo Draco, mas eu tive que aceitar que minha melhor amiga se foi. – ela deu um sorriso triste – E não iria querer nos ver sofrendo assim.

Dei o olhar mais frio que consegui.

– Não estamos falando do mesmo amor.

Pansy suspirou.

– Eu também já amei Draco, e tive que deixá-lo ir.

E a essa hora eu já estava explodindo de raiva.

– Mas ele não morreu! – eu disse – Assim que você quiser pode se juntar a ele, por que sabe que ainda te ama. Enquanto... Hermione, todos insistem em me dizer que esta morta, mas eu não posso aceitar, meu coração não pode aceitar, por que se isso realmente for verdade... Isso quer dizer... Quer dizer... Que perdi a única coisa que realmente fez sentindo na minha vida.

Finalmente consegui fazer Pansy ficar calada com minhas palavras. Usei essa como minha saída e me joguei escada a cima, rumo ao meu quarto.

Abri a porta e vi algo brilhando entre meus cobertores. Cheguei mais perto e meu coração quase parou.

Era o colar... Ele brilhava.

Eu sabia.

Pov. Hermione Black

Eu já não sabia o que fazer.

Ser mantida como refém não era uma das coisas mais divertidas a se fazer. Eu já estava a dias aqui, e não sabia exatamente quanto, por não ter meios de contar.

Depois de uns dias presa nessa casa, sozinha sem nada para me distrair a não ser aquela vozinha no fundo da minha alma dizendo que eu precisava sair daqui – não como se eu não soubesse disso – Eu finalmente comecei a pensar sobre uns feitiços que li nos livros da sessão restrita, que falava sobre magia sem varinha.

Lembrava poucas informações, como era difícil fazer, poucos bruxos na história conseguiram grandes feitiços. Que todo mago quando criança manifesta seu poder assim antes de receber sua varinha, mas ai começa a depender tanto da varinha que acaba esquecendo como usar magia por si próprio, sem um condutor.

E depois de muito tempo pensando, eu lembrei de um feitiço de ajuda, extremamente difícil, comecei a praticar e tentar enviar um sinal a alguém mostrando que eu estava viva.

Mas sempre que começava com isso, só vinha em minha mente Draco... O desespero eu dizer-lhe que eu estava viva, e que sentia tanta saudade que queria morrer, era isso que eu precisava.

Nada mais importava, se estávamos em lados opostos numa guerra, se eu tinha me sentido traído por ele. Não me importava mais, eu só precisava mais uma vez sentir seu corpo junto ao meu, seus braços ao meu redor e seus lábios junto aos meus para eu conseguir ficar em paz.

E com isso tudo eu finalmente consegui perceber que com quem eu precisava falar era Draco Malfoy. Então comecei a tentar praticar o feitiço direcionando a ele, mas ficava cada vez mais difícil.

Por que primeiro, ele achava que eu estava morta, então sempre que eu aparecia em seus sonhos ou tentava sussurrar algo em sua mente, ele ficava aterrorizado, achando que tinha enlouquecido, e quando eu finalmente conseguia a atenção, eu não tinha poder suficiente e tinha que sair de sua cabeça.

Essas praticas todas me deixavam magicamente esgotada, então sempre que Narcisa vinha aqui para tentar me convencer a entrar para o time malvado, eu estava mau humorada e sem condições para sequer tentar não ser rude.

Eu ainda não entendia o motivo de eu estar trancafiada nesse lugar, ela tentava com palavras me transformar numa comensal, mas eu nunca faria isso, então o que? Ela me deixaria trancada fingindo de morta para sempre?

Ouvi a porta da frente ranger e logo soube que Narcisa estava na casa pelo barulho de seus passos. Sentei-me no sofá que estava esparramada e olhei para ver a loira chegar.

Com um sorriso no rosto a senhora Malfoy entrou parecendo que nada a abalava, o que me causava grande irritação.

– Hermione, lindo o dia não?

Resmunguei:

– Por que esta tão animada assim?

Ela deu um sorriso maior ainda, mas eu jurava que tinha visto tristeza passar por seus olhos.

– Você esta aqui e bem, isso é o que importa. – pensei que ela só iria dizer isso, mas depois de uma longa pausa a loira continuou – Draco ainda acredita que você esta viva, não sei dizer como, mas ele não consegue admitir que morreu, eu realmente fico feliz por saber que o sentimento dele por você é tão grande para senti-la, mas ele anda sofrendo, e muito. Não consigo ver meu filho assim.

E só foi mencionar o sofrimento dele que já não estava mais lúcida. Era uma coisa que me infernizava sempre que eu tentava mandar um sinal, era ver seu estado. Mesmo que fosse meros vislumbres de apenas alguns segundos cada, eu via como ele estava, e cada dia pior.

Como aquele loiro auto confiante que um dia eu amei poderia ter virado aquele garoto jogado na cama extremamente pálido que parecia estar doente? Eu realmente não sei.

Narcisa continuou tagarelando, mas não me interessei no assunto, apenas continuei nos meus pensamentos até que ela finalmente fora embora para me fazer notar que minha tia havia esquecido algo, brilhante no lugar que antes estava sentada.

Me aproximei do objeto brilhante e logo o peguei ao perceber que era o colar que Draco havia me dado.

Um formigamento passou sobre mim assim que senti aquilo em minhas mãos, e todo o medo que eu sentia nas ultimas semanas se foram, por que eu sabia de duas coisas.

Eu amava Draco Malfoy, e ele viria me buscar.

***

Mas dias se passaram e eu estava cada dia mais desanimada, me sentindo mal, e impotente por não conseguir fazer nada. Sentia como se tivesse falhado com todos que um dia eu me importei.

Enquanto eu tomava um pouco de água e segurava fortemente o colar entre meus dedos ouvi um grande estrondo vindo do lado de fora da casa.

Por mais que eu quisesse ver o que era, não poderia de qualquer jeito, eu estava presa, então só me afundei novamente naquele sofá que tantas vezes já me viu dormir depois de chorar.

Outro estrondo me sobressaltou, fazendo algo dentro de mim se remexer, mas só fui olhar em direção ao grande corredor pouco iluminado quando comecei a ouvir passos vindo daquela direção.

Meu coração quase parou.

Um loiro um pouco abatido entrou por ali me olhou completamente encantado e disse:

– Levante-se amor. – e um sorriso típico sonserino apareceu em seus lábios – Estou na operação resgate.

...

Continua...


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Eu realmente achei que foi um dos melhor capitulos que eu escrevi ultimamente.
Obrigado por esperarem tanto por esse cap.
Beijos.
Até o proximo