Pov. Blásio Zabini.

...

Eu andava rapidamente pelos corredores do Beco Diagonal. Com a minha cama tampando até meu rosto para não ser reconhecido andando a essa hora da madrugada pelas lojas completamente destruídas pelos comensais.

Se descobrissem o que eu iria fazer a Ordem toda me prenderiam em casa ou até seria considerado um traidor. Mas eu passaria por esses riscos se fosse ajudar a saber como estava a minha melhor amiga.

Entrei num beco sem saída e logo vi duas silhuetas com capas também cobrindo seus rostos. Mas eu já sabia quem era.

– Demorou. – aquela voz feminina vez meu coração palpitar – Você sabe que eu detesto esperar.

– Desculpa – respondi tentando ser o mais frio que eu conseguisse naquela situação – Mas eu estou realmente empenhado em achar Hermione, algo que acho, que vocês não estão.

– Você acha realmente que eu não estou? – a voz masculina disse – Estou aqui, falando com você, colocando a minha vida em risco com isso.

Dei um sorriso torto.

– Draco, todos aqui estamos arriscando nossas vidas. – Pansy disse tirando o capuz.

Ouvi um barulho e virei para trás e logo observei que não tinha ninguém a não sermos nós ali.

– Eu vim aqui para saber uma coisa. – falei sendo direto – Foram vocês ou Bellatriz que sequestraram a Hermione?

Malfoy rosnou.

– Acha mesmo que se tivesse sido a gente estaríamos aqui?

Eu estava inquieto, se alguém da Ordem ou algum comensal nos vissem juntos, seriam as nossas cabeças a premio pelas duas ‘organizações’.

– Não precisa ficar tão nervosinho. – falei – Malfoy, foi você que me chamou aqui, não eu.

Há uns dois dias atrás eu recebi uma mensagem no nosso antigo comunicador que usávamos para conversar sem que ninguém visse, nela estava dizendo para vir aqui sozinho nesse horário.

Mesmo sabendo que era arriscado eu não poderia perder essa chance de quem sabe conseguir descobrir com quem ou onde Hermione esta.

– Se ela não está com a Ordem nem com os Comensais, então com quem ela esta? – Pansy perguntou.

Olhei para ela.

Fazia tempo que não a via, e meu coração estava batendo cada vez mais rápido. Não conseguia admitir em voz alta, mas eu sentia falta dela, de cada detalhe seu, das suas maluquices, dramas e até coisas que antes me faziam odiá-la, hoje sinto falta.

Balancei a cabeça tentando afastar os meus pensamentos.

– Ainda esta viva, certo? – ela perguntou quando reparou que nenhum de nós dois tinha a resposta para a sua pergunta.

Balancei a cabeça positivamente, não consegui nem cogitar na ideia que ela poderia já estar morta.

– Foi alguém dos comensais. – eu disse convicto. Pansy ia negar mas Draco levantou a mão pedindo para que ela se calasse – Viu, até Malfoy concorda comigo.

– Mas Draco... Bella disse que não...

– Tem mais comensais além de Bellatriz. – o loiro disse parecendo pensativo. – Mas quem faria isso contrariando as ordens do Lorde?

O jeito que ele falava me deixa enjoado.

Ouvi passos vindo em nossa direção e percebi que era a hora de partir, me preparei para aparatar.

– Se souberem de algo, me contatem. – falei e logo em seguida aparatei.

...

Pov. Draco Malfoy.

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Logo que Blásio aparatou apareceu vários comensais com suas longas capas pretas e suas mascaras. Olharam e no momento que perceberam que era o herdeiro dos Malfoy e a herdeira dos Parkinson continuaram seus trajetos como se não tivessem nos visto ali.

– Irei voltar para a mansão Malfoy. – avisei – Você vem comigo?

Pansy balançou a cabeça negativamente e falou rapidamente que queria dar uma volta.

Sabia que nessa hora ela precisava de alguém, mas eu não era a pessoa que conseguiria fazer ela ficar melhor depois desse encontro com o ex namorado. Ela tinha seus problemas e os meus eram nesse exato momento achar Hermione Black.

Aparatei para o portão da minha casa e entrei.

– Mãe? – chamei.

Uma pequena criatura apareceu na minha frente.

– Sua mãe não esta senhor Malfoy.

Assenti para o elfo e fui em direção ao meu quarto, entrando e me jogando na cama logo em seguida, comecei a pensar quando a minha vida começou a ficar essa bagunça.

Se foi quando me apaixonei por Hermione? Mas cheguei a dedução que minha vida sempre fora uma eterna e entediante bagunça.

...

Uma semana depois

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Estava tudo agitado na mansão Malfoy.

Milorde disse que queria dizer algo para alguns comensais, por isso, mamãe estava planejando aquele grande jantar para acolher todos os ‘amigos’.

Em falar em minha mãe eu não conseguia mais falar com ela direito, sempre ocupada com algo que eu não sabia o que era. Todo dia saia de manhã e chegava ao fim da tarde com o rosto cansado de tanto discutir.

– Draco. – ouvi aquela voz doce de Narcisa Malfoy me chamar. – Não esquece que hoje você vai estar no jantar, esteja apresentável.

Dei um sorriso torto, ela me olhou com seus olhos piedosos e assentiu sabendo que era o máximo que eu conseguiria dar até achar Hermione.

– Sempre estou apresentável mamãe. – falei e ela riu pegando sua bolsa indo para a porta – Aonde vai? Esta sempre fora de casa.

– Sim querido, estou ocupada. – levantei a sobrancelha. – E aposto que onde eu vou sempre você adoraria ir também.

Ela deu uma risada do tipo, eu sei coisas que você nem desconfia e saiu de casa.

Revirei os olhos e me enfurnei novamente no quarto, onde ultimamente tem sido o meu refugio.

...

Arrumei minha gravata e me olhei no espelho.

Acho que eu me enquadrava na definição da minha mãe de apresentável. Já estava na hora do jantar e aquela inquietação estava por todos na casa, o que tinha de tão importante para o Lorde nos contar.

Desci as escadas e encontrei já todos se dirigindo a sala de jantar e os segui vendo que não havia muitos comensais ali. Entramos na grande sala com a mesa de dezesseis lugares no centro, cada um e sentou e começaram uma conversa animada esperando o Lorde chegar.

– Estou louca para saber o por que de estarmos aqui. – ouvi a voz de Pansy, virei o rosto e a vejo sentando ao meu lado.

Assenti sem dizer nada, logo vejo você sabe quem entrando e todos na mesa ficam em silencio. Ele se direciona a ponta da mesa e se senta mostrando seu ar de superioridade.

– Por que nos chamou Milorde? – minha tia Bella perguntou.

A olhei atentamente, ultimamente ela estava mais pálida e estava claro as olheiras de não dormir em seus olhos.

– Eu vim contar o que fiquei sabendo pelas minhas fontes, que vai interessar a todos nessa sala. – ele disse com a voz debochada e parecendo querer rir.

Ninguém disse nada só esperamos ele continuar:

– Hermione Black, esta morta.

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Pov. Harry Potter.

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Já fazia mais de uma semana que não tínhamos nenhuma noticia dela. Eu já estava temendo o pior mas tentava ser positivo, todos acreditavam que acharíamos ela.

O pior nessa situação toda era Sirius, ele entrou no grupo para procurar por ela e passa quase todos os dias fora a sua procura. Eu queria ter ido junto, mas não me deixaram.

Lavei meu rosto e olhei novamente para o espelho do banheiro Weasley e ouvi uma batida na porta, olhei era Ron.

– Harry... Temos que conversar. – ele disse.

Assenti e fomos para o seu quarto.

Rony estava com a expressão seria e senti um desconforto com medo de ouvir o que ele tinha a dizer.

– Não sei como dizer isso Harry, por que eu mesmo não quero fazer o que vou dizer... Mas não tem outro jeito. – ele começou meio gaguejando enquanto olhava para todos os lados menos para mim – Acho que é melhor irmos procurar as horcruxes sem a Hermione.

Arregalei os olhos.

– Como Ron?

– Sei que talvez não sobreviveremos nem um dia, mas não sabemos quando irão achar Hermione, ou se vão... – ele não continuou parecendo que apenas a hipótese o fosse matar de dor – Esta demorando muito, também queria estar atrás dela, mas ela iria preferir que continuássemos a busca para acabar com você sabe quem.

– Não Rony. – falei parecendo que aquela ideia era absurda – Não estou afim de ir sem ela, não me importa nada agora que não seja Hermione.

– Mas Harry... Não podemos deixar o mundo bruxo como esta. – Rony parecia muito mais centrado do que era normalmente – Também não quero isso, mas todos precisam de nós.

Eu iria contestar mas ouvi um grito vindo do primeiro andar.

– Gina? – Ron indagou.

Peguei a minha varinha sem pensar duas vezes e desci as escadas correndo. Mas ao chegar na sala vi que não havia nenhum comensal, ou perigo, estavam a família Weasley, meus pais, Sirius, Moddy e Lupin todos parados como se estivessem em choque.

Logo Ginny começa a chorar desesperadamente me deixando angustiado.

– O que aconteceu? – perguntei para qualquer que estivessem em condição de falar.

Vi Ron chegar ao meu lado também confuso.

Minha mãe começou a chorar também, e Sirius parecia paralisado ou semi morto. Meu pai e Lupin chegaram ao seu lado e seguraram seu ombro.

– O que aconteceu? – Ron insistiu.

Gina veio até mim e me abraçou forte chorando em meu ombro.

– Hermione... – Mody começou – Ela esta morta meninos.

...

Continua...