Pov. Sirius Black.

    - Não consigo acreditar. – ouço a voz de Dumbledore depois de muito tempo em silencio. - Hermione sua filha com a Bellatriz, é algo inacreditável.

     Assenti.

     - Como soube?

     - Enquanto estávamos no ministério. – eu disse, fiquei um pouco envergonhado por não tê-La prendido, era o que eu deveria ter feito, mas não consegui. – Sinto muito, não consegui prende-la.

        - Não se preocupe, sei que deve ter sido difícil. – Dumbledore tentou me acalmar.

      Sentei numa cadeira em frente a mesa do diretor, o velho estava sentado na cadeira atrás da mesa.

       - O que eu faço? – perguntei desesperado.

      - Primeira coisa que tem que fazer é contar para a senhorita Granger. – o diretor disse, contorci meu rosto. – Desculpa, senhorita Black.

        Hermione Black.

        Esse era o nome verdadeiro dela, eu estava louco para poder  colocar o meu sobrenome nela.Poder chamá-la de filha e sair todas as férias a levando em todos os lugares que queria.

       - Mas não sei como farei.

      - Não se preocupe, eu te ajudarei. – Dumbledore disse me deixando bem melhor. – Nas férias iremos falar com seus pais para que possam nos ajudar a dar a noticia.

        Assenti. Teríamos muita coisa pela frente.

      - Deixa eu ver se entendi. – uma terceira voz se alastrou pela sala. – A senhorita Granger não é uma nascida trouxa?

         Dumbledore e eu nos viramos e encaramos o chapéu seletor que estava a refletir.

        - Se isso é verdade. Ela precisará passar pela seleção de casa outra vez.  – o chapéu murmurou.

          - Por quê? Pensei que ela fosse da Grifinória. – eu disse perplexo pela afirmação do chapéu, ninguém nunca na história de Hogwarts tivera que passar duas vezes pelo chapéu seletor.

          - Bem por que a senhorita Hermione tinha traços para as duas casas, Sonserina e Grifinória. Tinha até, mas traços para Sonserina.- o chapéu começou a explicar pegando a atenção completa minha e a de Dumbledore. – Pensei seriamente em colocá-la na Sonserina, mas por causa de seus antecedentes percebi que sua vida seria um inferno. Mas se na verdade ela é um sangue puro terei que rever minhas idéias.

          - Entendo. Entendo. – Dumbledore disse tão pensativo que o chapéu.- Então no começo de ano teremos que refazer sua seleção.

          Suspirei angustiado. Ela não gostara nada disso.

       ...

       Pov. Hermione. Dia seguinte.

      ...

      - O que fará nessas férias Harry? – perguntei assim que me sentei em sua frente.

        Estávamos no trem de Hogwarts voltando para casa.

      - Passarei o começo das férias com Sirius, depois irei passar uma semana com meus tios... – Harry fora interrompido.

        - E irá para minha casa. – Rony terminou.

        Assenti.

        - Se quiser pode ir também Mione. – Rony me convidou.

        - Verei com os meus pais. – eu disse sorrindo.

        E a viajem toda fora nós três conversando e rindo das idiotices que Rony dizia. Ninguém tocou no assunto da luta ou do ministério.

        - Então encontro vocês lá em casa nos finais das férias. – Rony disse assim que saímos do trem e íamos para a barreira do mundo trouxa para o mundo bruxo.

         - Sim. – Harry e eu dissemos juntos.

         Percebi que Harry estava meio desanimado, desde que saímos do trem, estava cabisbaixo com o olhar longe.

        - Tudo bem Harry? – perguntei tomando a atenção do moreno e do ruivo que estava minutos antes procurando o resto de sua família.

         - Claro. – Harry respondeu com a voz rouca.

        - Você não engana ninguém Harry. – Rony disse.

        - É que com tudo que aconteceu esse ano estou temeroso, e se eu perder um de vocês.- Harry desabafou. – Vocês são meus melhores amigos.

         - Não se preocupe Harry. – tentei acalmar o moreno. – Sempre estarei do seu lado.

        Rony assentiu dizendo que ele também.

       - Amigos para sempre. – sussurrei enquanto o abraçava, Rony se juntou a mim.

        - Para sempre. – os dois concordaram.

     Sorri e me soltei deles.

     - Tenho que ir, nos vemos nas férias. – eu disse me despedindo, passei pela barreira indo para o mundo trouxa e logo encontrando um casal de trouxas, o homem olhando para o relógio e a mulher rindo do marido.

         - Mãe, pai. – gritei e corri para eles e os abracei.

        - Meu bebe, minha criança. – minha mãe olhava para todo o meu corpo como se eu tivesse voltado de uma guerra.

         Ministério. A professora Minerva deve ter contado. Estou ferrada. 

          - Hermione Jane Granger. – meu pai disse meu nome inteiro serio. – O que estava com a cabeça indo para um duelo com seus amigos?

         Suspirei, não gostava daquelas lembranças.

       - Vamos para casa. Ela nos conta lá. – mamãe disse percebendo que não poderíamos ter essa conversa no meio da estação.

        - Jane assim você a esta incentivando fazer loucuras suicidas.  – papai disse irritado.

       - Não estou incentivando nada. – Jane Granger  falou brava com o  marido, agora ele apelou com a mãe.

         Depois de um espetáculo causado pelo meu pai, minha mãe conseguiu o convencer a irmos para casa, entramos no carro trouxa e fomos para casa. A  viagem foi em silencio.

         - Vamos para cozinha, podemos conversar enquanto comemos. – mamãe disse indo em direção a corzinha, com meu pai e eu a seguindo.

        Ela preparou o café e arrumou a mesa com bolo e bolachas de todos os tipos.

        -Agora pode nos explicar o que aconteceu? – papai perguntou.

       Suspirei, já deveria ter percebido que não poderia esconder dos meus pais por muito tempo.

        - Ok tudo começou... – expliquei tudo, contei da cor de rosa, do sonho de Harry e até nos indo para o ministério tentando salvar Sirius. Não contei sobre o comensal não queria assustá-los a toa.

      Seus rostos estavam perplexos, ele não conseguiam acreditar que tudo aquilo era real, e que aconteceu com a filha deles.

         - Você conhecia os tais... com... comen... – papai tentou perguntar.

         - Comensais? – soprei.

         - Comensais da morte, você conhecia algum? – ele perguntou.

        - Poucos, Dolov que estava em Askaban, Lucio pai de Draco. – torci meu rosto lembrando do loiro mal educado. – E Bellatriz Lestrange.

         Os olhos de meus pais se arregalaram quando disse o ultimo nome.Os dois se entreolharam e acho que foi imaginação minha ou medo passou pelos olhos de minha mãe.

        - Be... Be-be... Bellatriz? – minha mãe perguntou.

        - sim Bellatriz. – eu disse. – Qual o problema?

        - Nada filha, sua mãe ficou só impressionada. – papai disse vendo que minha mãe não conseguia responder. – Melhor você ir desfazer as malas.

      Franzi a testa confusa, eles ficaram muito estranhos quando mencionei Bellatriz Lestrange.Assenti, peguei minhas malas e fui para meu quarto desfazer minhas malas.

         As férias foram se passando assim, nos primeiros dias eu chegava na cozinha ou na sala e os ouvia sussurrando algo sobre vim pegar algo, ou sobre Bellatriz, acho que meus pais estão ficando paranóicos.

         Mas algo me deixou realmente intrigada foi quando achei a carta.

     Flashback on.

    ...

     - Hermione, seu pai e eu vamos no mercado. – mamãe disse para mim.

       - Certo.

       Estava na cozinha, só ouvi o barulho da porta se fechando. Corri até o meu quarto e procurei meu celular, não estava ali.

      Deve estar no quarto dos meus pais. – pensei.

      Fui até o quartos dos meus pais e comecei a procurar nas gavetas e em todo o canto possível. E vi uma carta com o brasão de Hogwarts.

        Abri e comecei a ler:

     ...

      Caros senhor e senhora Granger.

      ...

    Mando essa carta para confirmar a ida do meu amigo Sirius Black para falar com os senhores na semana seguinte.

    O assunto que temos a tratar é muito importante por essa razão espero que estejam disponíveis.

     Obrigado pelo tempo.

      Alvo Dumbledore. Diretor de Hogwarts.

    ...

      Guardei a carta e fingi que não sabia de nada. Por que eles iriam esconder de mim a vinda de Sirius pra cá?

    Flashback off.

     ...

       Isso está me atormentando muito desde que vi, o que será de tão importante que eles não querem me contar.

      Dia seguinte.

       - Já arrumou seu quarto Hermione? – mamãe gritou do andar debaixo.

        - Já mãe.

       Toc. Toc.

         Ouço a porta no andar debaixo se abrir.Corri até o andar debaixo e vejo Sirius e Dumbledore entrando em minha casa.

       - Sirius? Professor Dumbledore? – perguntei me fingindo de confusa.

        Sorri para eles.

       - O que fazem aqui? – perguntei.

      - Viemos conversar com seus pais senhorita Granger. – Dumbledore disse.

       - Se for sobre o ministério eu já expliquei tudo o que realmente aconteceu. – eu disse, essa seria a única coisa em que Sirius poderia falar com meus pais.

         -Não é sobre isso Hermione. – Sirius disse, eu estava completamente confusa.

        - Filha vai andar pela praça aqui perto. – papai disse. – Ou  vai tomar um sorvete.

       Assenti confusa e sai de casa.

      Dei umas voltas pela praça, tomei um sorvete de chocolate, era tão estranho eu estar nessa rotina trouxa. Já me acostumei com minha vida bruxa.

       Voltei quando estava quase anoitecendo e encontrei os quatros na sala. Minha mãe chorando e meu pai tentando consolá-la.

        - O que aconteceu? – gritei e corri até minha mãe. –Mãe, mãezinha que eu amo. Calma. – me virei para o diretor e Sirius e perguntei. – O que aconteceu com ela?

        Eu estava desesperada, nunca vi minha mãe naquela situação.

         - Sente-se Hermione. Temos que te contar uma coisa. – Dumbledore disse.

      Suspirei e sentei.

     ....

Continua...