Pov. Hermione Granger.

...

Os dias foram se passando rapidamente, eu aproveitava cada vez mais o tempo com as pessoas que eu gostava e sempre que eu pegava o profeta diário ficava muito aliviada por saber que os nomes das pessoas que amo não estavam ali.

Harry me contou mais aprofundado sobre as Horcruxes, contou-me também sobre o peixinho Francis do professor Slughorn e também que o professor disse que assim que desse iria visitar sua mãe. A cada coisa que ele me contava sobre tudo que estava ‘estudando’ com Dumbledore mais medo de enfrentar esse inimigo que estava no destino do meu melhor amigo apoderava do meu coração.

O que mais me da medo é perder alguém que eu amo, o que está em alta nas probabilidades já que tenho pessoas entre os dois lados. Mas depois de tanto pensar consegui me auto convencer que nada é impossível e que eu irei salvar a todos.

Agora uma pergunta que todos devem estar querendo saber. Draco Malfoy é bom de cama? Vou dar uma resposta rápida por que somente pensar nisso já me deixa envergonhada. Sim, muuuuito bom pra ser mais especifica. Não entro em detalhes por que a vida sexual é minha e faço dela o que eu quiser.

Mas falando de Draco, ele anda estranho. Vive falando que devemos ficar juntos pra sempre, no começo achei fofo e tudo mais, só que sempre ele vem perguntando isso o que logo me faz desconfiar que ele esta aprontando alguma, e me deixa nervosa por que Draco só começou a agir dessa forma depois de uma carta que recebeu de Narcisa.

- Bom dia. – cumprimentei beijando a canta da boca de Draco e me sentando ao lado de Blás.

- Bom dia. – os três responderam.

Vi Blás olhar impaciente para o alto.

- Esta esperando alguma coisa? – perguntei.

- O profeta diário. – o moreno respondeu. – Estou com mau pressentimento.

Suspirei.

Em tempos de guerra esse mau pressentimento era muito popular entre os alunos, claro menos entre os Sonserinos.

Olhei para a mesa dos professores e vi que Dumbledore não estava sentado, algo que se tornou diário nesses dais. O diretor pouco ficava no castelo.

Vi Harry perto do portão do salão comunal ao lado do Rony, assim que percebeu que eu estava olhando acenou com a cabeça pedindo para que eu fosse até eles.

- Já volto. – falei me levantando.

- Onde você vai? – Pansy perguntou.

- Falar com o Harry. – respondi já me distanciando.

Antes de não conseguir mais ouvir meus amigos Sonserinos ouvi Draco bufar e Pansy revirar os olhos com desdém. Eu os amava mais essa parte Sonserina deles era muito arrogante e prepotente.

- Me chamou? – perguntei assim que cheguei perto dos Grifinórios.

Harry assentiu coma cabeça para fora enquanto Rony pegava com o braço esquerdo a minha cintura e com o direito o meu braço me empurrando tentando com que eu não me desequilibrasse.

- Aconteceu alguma coisa? – perguntei.

Eles haviam me empurrado para um parte do castelo que era completamente vazia, escura e deserta.Adivinha onde? Acertou quem dia o terceiro andar no lado direito. Aquele lugar me dava muitas recordações.

- Dumbledore não esta no castelo. – Harry finalmente disse.

- Isso já consegui deduzir por mim mesma Harry, não é por que mudei de casa que a minha inteligência se foi também. – falei sarcasticamente.

Ron revirou os olhos.

- Não foi isso que eu quis dizer. – o moreno disse impaciente. – Ele esta atrás de uma Horcruxes, e disse para que eu fique alerta que assim que precisar eu vou com ele.

Suspirei nervosa.

- Mas você pode? – indaguei.

- Como assim se ele pode? – Rony perguntou.

- Porque legalmente se você sair com Dumbledore sem os seus pais saberem isso fica como um seqüestro. – falei.

- Não estamos no mundo trouxa Hermione. – Harry respondeu. – E sim, eu sei que é errado sair sem a permissão dos meus pais...Espera um pouco como você sabe que os meus pais não sabem?

Dei um sorriso largo.

- Sou a sabe tudo Granger esqueceu? – falei. – Sei de tudo, só mudou que agora é sabe tudo Black.

- Hermione. – Ron disse serio. – Desde que você foi pra Sonserina anda muito mais convencida.

Bati no braço do ruivo.

- Gente isso não é hora. – Harry disse um pouco vermelho. – Só estou com medo.

- Do que? – Rony e eu perguntamos juntos.

Olhamos um pro outro e reviramos os olhos juntos.

- Dumbledore disse que acha que Voldemort vai atacar Hogwarts. – Harry disse baixinho.

- O que? – perguntei incrédula. – Não é possível. Hogwarts tem muitos feitiços de defesa, mesmo que ele quisesse seria quase impossível conseguir entrar.

- Não com alguém de dentro ajudando. – Harry respondeu me olhando severamente.

E na hora eu entendi o que ele estava querendo dizer.

- Não! – afirmei convicta. – Draco não ajudaria Você Sabe Quem a entrar no castelo. Tire isso da sua cabeça Harry.

- Não confio nele, você sabe disso. – Harry respondeu. – Mas quando eu quis dizer aquilo não foi apenas para o Malfoy, quero que você vigie todos os Sonserinos entre eles o Malfoy, Parkinson e Zabini.

Olhei nervosamente para o lado.

- Eles não fariam isso. – disse mais minha voz falhou mostrando a minha incerteza.

- Melhor prevenir do que remediar certo? – Harry disse.

Assenti.

- Posso ir? – pedi querendo ficar sozinha.

Os dois assentiram.

Sem dizer nada sai indo para a escadaria enorme a minha frente. Desci indo rumo ao jardim mais me lembrei que provavelmente Draco estaria nervoso com a minha demora por isso mudei novamente meu trajeto voltando para o salão comunal.

Mas o que eu encontrei ao chegar não foi bem o que eu esperava. A parte que estávamos sentados na mesa da Sonserina estava meio que destruído, o professor Snape estava com a varinha apontada para a mesa tentando arrumar. Correi meus olhos procurando os três mais a única coisa, ou melhor pessoas que eu consegui encontrar foi Pansy que estava com os olhos um pouco vermelhos e sua pose de durona não estava mais presente.

Corri até ela sem ao menos continuar procurando os outros dois sabendo que não iria encontrá-los agora.

- O que aconteceu? – perguntei. – Cadê o Draco?Blás?

Pansy nada me respondeu. Apenas estendeu a mão e me entregou um pedaço de jornal que logo reconheci sendo o profeta diário. Peguei de sua mão e comecei a ler.

Casal de puros sangues mortos.

Nessa ultima segunda feira (6) foram encontrados mortos em sua mansão o casal de sangue puro Zabini, com ainda por volta dos 50 anos o casal Zabini que tem um filho ainda estudando em Hogwarts foram encontrados mortos em sua sala de estar.

A causa da morte foi intitulada como o uso de uma maldição imperdoável. Não temos ainda noticias de por que ou quem fez essa barbaridade com eles. Só esperamos que esses ataques que Você Sabe Quem anda fazendo pare o mais rápido possível.

E queremos mandar nossos pêsames para o garoto agora órfã Blásio Zabini.

...

E a reportagem acabava ali. Agora eu já não estava mais nervosa eu estava perplexa. Porque sempre foi do meu conhecimento que os pais do Zabini como de quase todos os Sonserinos eram comensais. Mas se isso era verdade por que Voldemort os matarias?

- O que aconteceu? – perguntei para Pansy que já estava um pouco mais calma. – cadê o Blás?

- Ele pirou e começou a quebrar tudo que estava na frente dele. – Pansy disse. – E quando a professora Minerva veio parar dar uma bronca ele explodiu e gritou com ela e saiu correndo do salão. Draco foi atrás para acalmá-lo e eu fiquei te esperando.

- Mas...Pensei que os pais deles fossem... – não consegui terminar a frase.

Pansy assentiu e saímos do salão comunal que estava uma bagunça por causa do escândalo ocorrido.

- Blás me contou que os pais dele estava com medo por que tinha falhado em uma missão para o lorde. – o jeito que ela falava era muito parecido como uma comensal mais deixei passar, pelo menos dessa vez. – E estavam com medo da reação dele.

- Por isso ele os matou? – perguntei.

Pansy assentiu.

Fomos para perto do lago e conseguimos avistar Draco encostado em uma arvore observando logo a frente só que um pouco distante Blás deitado na grama com os olhos fechados.

- Ele esta bem? – perguntei ao Draco assim que chegamos perto dele.

- Não sei. – o loiro respondeu. – Desde que deitou ai não disse nada.

- Será melhor chamarmos um professor? – perguntei.

- Acho que é melhor ele ficar sozinho por enquanto. – Pansy respondeu.

Draco e eu assentimos.

- Eu estou aqui e consigo ouvir qualquer coisa que vocês estão falando. – Blás falou ainda de olhos fechados.

Nos aproximamos dele e me ajoelhei ao seu lado e Pansy no outro.

- Esta tudo bem? – perguntei idiotamente.

Draco ergueu a sobrancelha pra mim.

Blás nada respondeu mais consegui ver uma lagrima saindo do canto de seus olhos que ainda estavam fechados.

- Sinto muito. – falei.

Observei Pansy passar a mão pelo braço dele e ir subindo até chegar em seu pescoço onde ela começou a fazer círculos com as pontas dos dedos.

- Eles não mereciam esse fim. – Blás disse pela primeira vez e em sua voz ódio e amargura estavam presentes.

- Claro que não. – Draco disse tentando tranqüilizar o amigo.

Blás se sentou e abriu os olhos olhando fixamente para o lago na sua frente.

- Eu... Quero. – Blás disse hesitante. – Eu... Quero...

- O que você quer? – Pansy perguntou gentilmente.

Blás deu um sorriso cabuloso.

- Vingança. – ele disse. – Eu quero vingança.

E pela primeira vez eu não via na minha frente o cara descontraído e brincalhão que era o Blásio. Eu via a parte Sonserina, muito mais... a parte maléfica.

E por um segundo consegui ver em seus olhos uma onda vermelho sangue.

...

Continua...