Jovens Americanos escrita por kevincardoso


Capítulo 2
Capítulo 2 - " How I am? " Quem eu sou?




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/188835/chapter/2

(...)

Aquela sensação fria e dolorosa que eu sentia na casa de Will, voltara e mais forte. Me perdi em meio a escuridão.
Acordo em um lugar fora do normal, parecia até que eu estava em um filme antigo, Ruas Limpas, crianças brincando nas calçadas, senhoras passeando com seus bebes, velhos jogando xadrez....uma coisa inacreditável. Eu até tentei me beliscar para ver se acordava, mas nada adiantou.
Em um piscar de olhos vi algo escuro cair do céu, parecia um avião, mas tava com cara de uma bomba. Tudo ficou deserto. As casas típicas dos anos 90 estavam em chamas, as ruas estavam cheias de lixos e carros destruídos. Eu me virei e vi vários pôsteres de políticos que prometem paz e liberdade até os dias de hoje. Eu vi crianças chorando em cima dos corpos de seus pais sobre a bandeira americana cheia de sangue inocente.
Aquela dor que me assolava apertou mais ainda. Cai de tanta dor. Será gases? Talvez. Mas um clarão veio em meus olhos e de repente tudo ficou escuro.
-Será que ele ta morto? –disse uma voz familiar.Era Will
-Claro que não seu idiota, ele tá respirando...Ah, olha ele ta acordando! – disse Tunny.
Eu mal conseguia abrir meus olhos, eles estavam ardendo;Mas puder ver dois garotos brigando em cima de mim. Estranho, mas era.
-Hey, sai de cima! – gritei com um sorriso no rosto.
-Ahh, o filinho da mamãe acordou- disse Will.- falando no diabo, ela ta lá embaixo esperando voce acordar.
-Quem me trouxe? – perguntei.
- Nós, é claro! – disseram em coral.
Eu sorri. –mas porque vocês me trouxeram logo pra aqui?
-Aqui é a sua casa Johnny, e eu preciso dar uma saidinha. Até mais pessoal – disse Will, saindo pela porta do meu quarto todo destruído.
-Cara, tenho que ir também, mas qualquer coisa me liga, e boa sorte com a sua mãe. – falou Tunny.
-como assim? – eu disse.
-Bom, parece que vocês precisam ter uma conversinha e o Brad também esta aí.
-O que?? Mas porque aquele desgraçado quer falar comigo?
-pelo visto, os dois não ficaram muitos felizes quando viram Will e eu subindo pra cá, com você desmaiado.
-Ai, essa não.
Tunny estava se aproximando da porto quando eu disse: -Cara, se eu não ti ligar até as 8:00, você vem me buscar, e depressa!
Ele riu, e saiu reclamando que eu era louco.
Esperei uns 30 minutos até descer. Enquanto isso fiquei pensando naquele sonho....quer dizer, pesadelo. Duvidas me surgiram. E uma sensação estranha.
Eu desci as escadas apavorado. Minha mente estava confusa, meus olhos ardendo, e com um aperto no estômago. O que podia piorar?
Cheguei até a sala, onde minha “mãe” estava. Sentada na frente da TV, com 2 maços de cigarro na boca.
-Mãe? –Falei.
Ela me olhou com  um olhar estranho. Brad, meu padrasto, estava vindo da cozinha  em minha direção.
-Senta ai moleque! – Ele praticamente me empurrou. Eu odeio esse cara.
-Então, o que foi? Falei quase gaguejando.
-o que foi? O que foi? Como você me explicar, dos seus amigos te trazerem você desmaiado ate aqui? O que você anda aprontando ? Me responde seu desgraçado!
Meu corpo começou a ferver, minha Mente continuava estranha, meus olhos ainda estavam ardendo, mas o aperto no estomago havia passado. Quando dei por mim, minhas  veias estavam saltitando do meu corpo, enquanto ouvia aquela mulher que disseram que era a minha mãe, me chamar de desgraçado. Eu já estava surtando.
-Responde a sua mãe seu moleque nojento! – disse Brad, me dando um soco nas costas.
-Você é igual seu pai Johnny. Um drogado perdedor.Você vai pro inferno ficar do lado dele seu maldito.
Não deu pra segurar. Me levantei dei um soco na cara do Brad. Ele caiu pra trás e bateu de cabeça na TV. Bem feito. Virei a mesinha do meio da sala. Joguei o cinzeiro da minha mãe contra a parede. Fiquei parado pra ela a olhando. Meus olhos não ardiam mais, apenas estavam chorando, sem eu sentir nada.
-Saia da minha casa, seu filha da mãe. E nunca mais volte aqui. –disse “Ela”.
Eu subi as escadas correndo, e fui ate o meu quarto. Juntei tudo o q eu precisava e dei o fora daquela maldita casa. Não olhei para trás.
Fiquei pensando, quem eu era, pra onde eu iria? O que devo fazer?





I'm the son of rage and love
The Jesus of Suburbia
From the bible of "none of the above"
On a steady diet of
Soda pop and Ritalin
No one ever died for my sins in hell
As far as I can tell
At least the ones I got away with

And there's nothing wrong with me
This is how I'm supposed to be
In a land of make believe
Who don't believe in me

Get my television fix
Sitting on my crucifix
The living room on my private womb
While the Moms & Brads are away
To fall in love and fall in debt
To alcohol and cigarettes
And Mary Jane
To keep me insane
Doing someone else's cocaine

And there's nothing wrong with me
This is how I'm supposed to be
In a land of make believe
That don't believe in me.
                                           (CONTINUA)


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Jovens Americanos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.