Cherish escrita por Agome_Higurashi


Capítulo 1
Real Face


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é um presente de Natal para Kaori-chi ^-^



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—Alguém me explica o porquê de estarmos aqui mesmo... – choramingou um assustado Yukinojo.

—Mas eu já disse! Foi tudo graças a uma querida... amiga – respondeu Ranmaru, sorrindo maliciosamente ao dizer a última palavra.

—Isso não me traz boas lembranças...

—Pare de reclamar Yuki. E nem pense em abrir o flashback! - bradou um severo e impaciente Takenaga.

—Hai...

E assim se encerrou a conversa, com os três olhando desolados para o ambiente que se erguia diante deles.

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—UWAHHH! Que fome! – reclamou Kyouhei , jogando-se no sofá mais próximo.

—Como assim?! Você comeu todos os biscoitos do Teddy-chan que eu comprei para a viagem!

—Yuki, aquilo não era comida. Dá próxima vez, lembre de trazer algo para comer de verdade.

Yuki já iria revidar, afinal, não aceitava que falassem dessa maneira do Teddy-chan, quando Takenaga resolveu intervir:

—Hai, hai. Parem de brigar. Toda essa situação já está me dando dor de cabeça.

—Só não sei o que faremos com a Sunako-chan..... – lembrou o ruivo.

Isso era a última coisa que todos gostariam de lembrar .

A situação realmente estava crítica. Eles não sabiam o que aconteceria quando Nakahara Sunako acordasse e descobrissem que tinham levado ela até um Onsen! Saber que tinha sido dopada para que a viajem fosse mais tranquila também não ajudaria.

—Ela não pode fazer mais nada! Já estamos aqui e ela não tem escolha. Admitam, foi ou não foi um plano perfeito? - Kyouhei riu triunfante, muito orgulhoso de sua ideia, aos seus olhos, genial.

—Pare de se gabar, Kyouhei. Você sabe que mesmo sendo ideia sua, ela também vai jogar maldições na gente – suspirou o tradicional homem japonês.

—É você que tem que relaxar Takenaga. Não fique carrancudo só porque a Noi não veio.

—Se bem que seria muito bom se ela tivesse... – refletiu um pervertido Ranmaru.

Takenaga não precisou lançar mais que um olhar mortal para os dois para que se calassem.

—Takenaga kowai.... – disse um assustado Yukinojo abraçado a seu ursinho.

—Não importa mais – e com um ar cansado Takenaga foi até o banheiro – Realmente não há mais nada que se possa fazer. Provavelmente ela vai acordar daqui a aproximadamente uma hora e é melhor eu me acalmar um pouco antes de lidar com o Jason em versão feminina.

—É assim que se fala! – concordou Kyouhei dando tapinhas nas costas do amigo – Vamos aproveitar bem essas últimas horas de paz e tranquilidade!

—Podem ir – manifestou-se Ranmaru - Enquanto isso, vou fazer uma vista a dona do estabelecimento e agradecer de maneira apropriada o presente – e o galanteador se foi, junto com sua aura maliciosa.

— Não sei se quero estar com você, Kyouhei, quando a Sunako acordar – refletiu Yuki, após ouvir a porta se fechando.

—Não seja idiota Yuki! Por que você acha que ela viria diretamente até mim?

Tanto Takenaka quanto Yukinojo encararam Kyouhei, sem precisar de nenhuma palavra para responder a pergunta dele.

—Parem de se preocupar, eu lido com ela. Mas chega de me culparem! – e com isso Kyouhei foi tomar o banho, já irritado.

Após se lavarem, eles se dirigiram até o local das fontes termais, com as toalhinhas encobrindo suas partes íntimas. Quando entraram na água e se acomodaram, eles soltaram um suspiro de alívio, tendo o ambiente calmo começando a surtir efeito neles.

—Estou quase começando a gostar de ter vindo até aqui – sorriu alegremente Yuki.

—É, isso aqui está muito bom – concordou Oga.

—Eu disse. Vocês deveriam me escutar mais!

—Mas ainda não estou totalmente relaxado. A imagem da Sunako cortando a gente em fatias não sai da minha cabeça – tremeu o loiro menor.

—Não sei por que vocês estão tão preocupados. Ela pareceu gostar da última vez. Aliás, estamos em outro Onsen.

—Será que você não lembra do que aconteceu da última vez, Kyouhei? – Takenaga levantou uma sobrancelha.

—Ahn? O quê? Não lembro de nada demais, tirando a confusão que aconteceu.

—Como não lembra do beijo, Kyouhei, do beijo! – exasperou Yuki, surpreendendo-se com o seu amigo tapado.

—Ah! Aquilo. Vocês acham que ela realmente se lembra daquilo? – após isso Kyouhei sorriu, um sorriso amarelo – Provavelmente ela deve ter feito questão de esquecer tudo.

—Não acho que isso tenha acontecido – falou Takenaga, cruzando os braços e fechando os olhos – Sabemos como aquilo a afetou da última vez. Foi realmente complicado contornarmos aquela situação. Tenho medo que esse ambiente recorde ela e acabe por redobrar a sua ira.

—Isso se a Sunako-chan não lembrar de todas as outras coisas que o Kyouhei já fez – finalizou Yuki.

—HÁ! Tenho certeza que ela vai estar mais preocupada em arrancar o meu couro por termos trazido ela contra vontade do que por causa dessa lembrança.

—Eu não acredito muito nisso.

—Nem eu.

—Que seja – emburrou Kyouhei.

Mas a conversa teve que terminar aí, pois uma atmosfera sombria e gélida tomou o ambiente de repente, com uma aura de um demônio recém despertado surgindo atrás deles.

Os rapazes não queriam se virar, eles tremiam, pois sabiam o que viria. Até que Yuki se levantou abruptamente, tomando coragem e com os olhos fechados exclamou:

—Desculpe Sunako-chan! Eu não concordei com isso. Eu sinto muito!

Mas ao abrir os olhos, teve uma surpresa.

—Como assim vocês vem para cá e não me avisam?! – reclamou uma furiosa Noi – E que conversa é essa de trazer a Sunako a força?

—Noi? – levantou apressado Takenaga ao reconhecer a voz.

—Takenaga-kun?

E só com isso ela já voltou ao normal e seus olhos ficaram sonhadores, corando em seguida.

—E desde quando precisamos dar satisfação a você? – como sempre, Kyouhei estragou tudo.

—Sempre grosso, Kyouhei! Eu me preocupo com a Sunako! E se eu não estiver por perto ela com certeza estará perdida!

—Desculpa esfarrapada para ficar perto do Takenaga – Kyouhei torceu o nariz.

Tanto Oga quanto Noi coraram, mas nada disseram.

—De qualquer forma – interveio Yukinojo, que já estava se sentindo isolado – Que bom que você veio Noi! Assim será mais fácil para acalmar a Sunako-chan.

—Agora querem a minha ajuda? Pensei que não precisassem, já que não me chamaram – era notável que ela estava ressentida.

—Não é que não queríamos Noi. Só que esse idiota fez tudo sem pensar e não deu tempo de nos preparamos direito.

—Verdade mesmo, Takenaga-kun? – os olhos sonhadores voltaram.

—Sim – sorriu calorosamente o quase sempre sério Takenga.

—Que ótimo. Agora vá esperar ela acordar enquanto estamos aqui – cortou, sem surpresa nenhuma, o garoto cabeça quente.

—Vou mesmo! Mas espero que a Sunako acabe com você quando acordar – e com isso Noi saiu com passos firmes, mas não sem antes jogar o balde de madeira na cabeça de Kyouhei.

—Você poderia ser um pouco mais delicado, não é Kyouhei? – suspirou Oga.

—Hunf. Ela joga um balde na minha cabeça e eu sou o indelicado.

Mesmo com tudo voltando a ficar mais calmo, Kyouhei não conseguia mais relaxar. Agora que seus amigos lembraram daquele episódio, ele não era capaz de parar de pensar naquilo. Ele, no fundo, mesmo não sabendo, não queria que ela tivesse esquecido; mas muito menos gostaria que ela se lembrasse daquilo como algo ruim.

—Ahhhhhh, droga! Vou comer, estou com fome.

E saiu bravo, deixando os seus companheiros curiosos.

Ele chegou bem na hora em que a assistente estava trazendo o banquete. Ver comida animou um pouco o seu humor.

—O Senhor Ranmaru pediu para avisar que ele jantará em outro lugar – dirigiu-se a mulher para Kyouhei.

—Ah. Obrigado.

Quando se encontrou sozinho, o loiro deixou-se cair no chão com um suspiro, passando a encarar a comida. No momento, ele só queria era comer o ebby-fry da Nakahara.

—Ahhhh! O que estou pensando?! Toda essa comida e eu me preocupando com meros camarões empanados! – e caiu matando em cima dos pratos cheios de alimentos maravilhosos, sem realmente apreciar eles. Se os outros dois não se apresassem, ele iria acabar com tudo sem notar.

Quando Yuki e Oga voltaram, milagrosamente havia sobrado comida; não muito, mas tinha. Provavelmente porque Kyouhei continuava irritado e estressado por nenhum motivo, ele não conseguia se concentrar na comida e isso o deixava mais bravo ainda.

—Vou tomar um ar lá fora – e com isso se retirou, intrigando ainda mais os outros dois, fazendo com que refletissem sobre o assunto.

—Ei, Takenaga, o Kyouhei está muito estranho.

—É, eu percebi.

—Será que é por causa do que estávamos falando antes da Noi aparecer?

—Não tenho certeza, mas provavelmente.

Depois de um instante, Yukinojo voltou a falar:

—Que chato, só eu fiquei sozinho nessa viagem!

—O-O-O que você quer dizer?! – engasgou-se Takenaga, visivelmente corado e embaraçado.

—Talvez eu deva me juntar ao Hiroshi-kun e a Josephine, não há mais lugar para mim aqui.

—N-N-Não seja idiota!

—Ai, ai, isso não é justo. – Yuki fez bico.

Enquanto isso, Kyouhei refletia perto de uma árvore, olhando a lua. Ele estava se lembrando de todos os momentos marcantes que tinha passado com Nakahara até agora. Realmente ela o tinha marcado.

—KUSO! – gritou Kyouhei, batendo na árvore.

Ele então finalmente percebeu que ele estava apaixonado era pela pessoa que fazia os camarões empanados e não o contrário. Na realidade, ele somente admitiu algo que ele tentava negar faz tempo.

A verdade era que com essa viagem ele planejava conseguir (além da comida e hospedagem de graça) repetir algo parecido com o que aconteceu da outra vez, só que com um desfecho diferente. Muito além do aluguel, muito além de toda a comida que ela preparava, ele queria algo mais. Ele já não suportava isso. Ele queria que a Sunako também admitisse os sentimentos dela.

—Isso é irônico – disse em voz alta Kyouhei com um meio sorriso – Como ela vai admitir algo que nem eu consigo?

—A única coisa que admito... é que vou matar você – uma voz sombria surgiu do meio dos galhos, mostrando uma pessoa muito, muito irritada e perigosa.


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Notas finais do capítulo

Minha primeira fic não original, estou tão nervosa x.x
Eu tentei deixar o mais próximo da personalidade dos personagens, mas desculpe se não consegui T-T
Era para ser oneshot,só que me empolguei e vai ter mais um capítulo x.x
Obrigada as outras pessoas que lerem n.n



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