-Percy! Acorda! Annabeth já chegou! – Gritou minha mãe provavelmente da sala, onde Annabeth deveria esta.

Levantei imediatamente. Aquele ia ser um dia maravilhoso, logo depois iríamos para o Acampamento Meio-Sangue.

-Rapidinho, dez minutos! – Gritei de volta.

Arrumei-me, e fui pra sala. Lá estava Annabeth, deveria ter crescido uns dois centímetros, o que me deixou maior que ela. Seu rosto havia amadurecido assim como o resto do corpo. Dessa vez seu cabelo não estava preso num rabo de cavalo como de costume, estava solto esvoaçante assim quando a conheci. E sua roupa do Acampamento Meio-Sangue também não se encontrava lá. A camisa laranja foi trocada por uma blusa branca de verão, e sua calça jeans de cor desbotada também fora trocada por um short jeans escuro e estava usando uma sapatilha branca.

Ela veio até a mim e abraçou-me.

-Estava com saudade Cabeça-de-Alga – ela disse num tom agradável.

-Eu também estava Sabidinha. Como foi seu ano?

-Bem. Estudei em um colégio perto de casa.

-Isso quer dizer que está tudo bem na casa? Os gêmeos e sua madrasta?

-Eles não são maus – ela respondeu sorrindo.

-Vamos indo?

Ela assentiu. Minha mãe nos levou até a porta.

-Foi um prazer revê-la, senhora Jackson.

-O prazer foi todo meu, Annabeth – falou minha mãe. – Se cuidem.

 Saímos ainda de manhã fomos ao Central Park, na área Loeb Boathouse e andamos de bicicleta por meia hora apostando corrida.

-Vamos almoçar? – Perguntei a Annabeth quando sentamos no gramado após a corrida.

-Aonde?

-Pode ser no Boathouse Restaurant.

Enquanto almoçávamos eu fiquei só olhando pra Annabeth. Quando percebeu franziu as sobrancelhas e corou fortemente abaixando a cabeça e voltando a atenção a seu prato. Eu também corei, mas eu só desviei o olhar e voltei a observar.

Na sobremesa tomamos uma bola de sorvete de baunilha enorme, vinha em uma taça para banana split.

-Devem achar que somos namorados – eu disse assim que o garçom deixou o sorvete.

Ela corou.

-O que há de curioso em mim?

No começo eu não entendi depois eu lembrei que eu a observava cautelosamente no almoço.

-Er... Eu fiquei pensando no quanto você mudou – Droga de TDAH pensei. Fez-me falar o que não queria. Minhas orelhas pegavam fogo.

Ela pôs a mão no cabelo recolhendo uma mecha e a embolando no dedo indicador como se quisesse enrolar a madeixa. Ela sorriu.

-Você também mudou Percy – ela falou graciosamente.

Terminamos o sorvete sem desviar o nosso olhar. Às vezes nós corávamos. Mas, fingíamos que não houvera vergonha.

Andamos até a ponte Bow Bridge, e olhávamos nossos reflexos no rio corrente. Annabeth sentou na mesma.

-Por favor, não faça isso – eu pedi.

Ela riu. Assim que foi olhar para o lado ela escorregou. Eu a abracei por trás.

-Percy! – Ela gritou. – Não me solta! – Ela parecia da choramingando.

-Amor, não vou deixar você cair – falei rápido.

Ops!, Eu falei amor.

Uma força veio de repente me fazendo puxar Annabeth. Assim que a tirei da beira, rolamos da ponte. Quando paramos, eu ainda abraçava Annabeth. Ela estava em cima de mim com os olhos fechados e seus braços em torno do meu pescoço. Assim que ela abriu os olhos cinza cor de tempestade, uma força desconhecida surgiu em mim. Aproximei-me do seu rosto corado fechei os olhos e a beijei.

Seu beijo tinha gosto de uma tempestade em dia de sol. Algo raro, mas ainda assim maravilhoso.

Nossos lábios se afastaram.

-Desculpe – murmurei.

Ela passou a mão do pescoço até o cabelo, e o segurou firme puxando para ela. Fazendo a gente se beijar novamente. Quando o segundo acabou, ela corou fortemente. Levantamos e eu segurei sua mão. Fomos ao cinema como o combinado. Na maior parte do tempo nós nos beijávamos, ignorando parcialmente o filme. Que eu nem me lembro qual era. E logo depois do fim do filme, fomos para o Acampamento Meio-Sangue.