"Fin, John" começou Cragen, depois que ele e Olivia sairam de sua sala "Vocês dois vao para o apartamento de Liv, CSU deve estar la em poucos minutos" ele disse e olhou para Olivia "Eu e Elliot iremos tomar seu depoimento"

Os dois sairam da delegacia, deixando apenas os tres na sala vazia. Depois de alguns minutos de silencio, Elliot finalmente perguntou: "Você esta pronta?" e ela fez que sim com a cabeça. Entao, eles foram em direçao a uma das salas de depoimento.

Crage pegou um gravador, e começou: "Capitao Cragen e detetive Stabler presentes. Diga-me seu nome"

"Olívia Benson"

"Qual sua ocupaçao?"

"Detetive na Unidade de Vitimas Especiais de Manhattan"

"Você pode dizer o que aconteceu?"

"Eu fui estuprada na madrugada da terça, dia 8, em meu apartamento..."

E ela começou a contar sobre seu ataque, cada simples detalhe, tao rapidamente que Cragen e Elliot mal podiam acompanhar.

Ela contou todos os detalhes horrorosos em menos de uma hora, sem derramar uma unica lágrima. Elliot nao podia entender como ela conseguiu contar tudo tao detalhadamente e em um curto periodo, sendo que para ele, ela demorou horas e horas e várias lágrimas perdidas. Ele sabia que Olivia tentava mostrar-se mais forte do que era, mas ele nao entendia como em um momento ela era tao fragil e insegura, e e dois segundos depois, ela era tao forte e determinada a aplicar a lei.

Quando eles terminaram o depoimento, Elliot e Olivia voltaram para suas mesas a espera de john e Fin voltarem do apartamento dela. Olivia ficou preenchendo alguns relatorios inacabados, evitando ao maximo as perguntas de Elliot.

Ele ficou ali, apenas olhando para ela. Ela sabia que ela faria de tudo para evitar ter contato visual com seus amigos, principalmente com ele. Ele queria muito falar que ela nao tinha motivs para se envergonhar sobre o aconteceu, mas era improvavel que ela iria escuta-lo.

Depois de alguns minutos, ele finalmente perguntou: "Liv, voce eta bem?"

"Yeah..." ela sussurrou, um sussurro quase imperceptivel, mas antes que Elliot pudesse falar algo, Fin e John entraram no recinto, com um saco de evidencias na mao. John colocou-o na mesa de Olivia e ela perguntou: "What is that?"

"Isso foi achado na sua cama" falou John e ela pegou a evidencia "Parece que eles deixaram um pequenino recado para você"

"o que esta escrito?" Elliot perguntou.

Olivia começou a ler em voz alta:

"Querida Livvie,

Quero que você saiba que de todas mulheres que nós ja pegamos, você foi a melhor de todos, e saiba que um dia nós iremos nos encontrar de novo e você vai se arrepender por nao ter aproveitado toda a diversao que nós lhe demos.

Com amor,

Seus estupradores

"Esses bastardos já estupraram várias outras mulheres!" exclamou Fin, com surpresa.

"Eles com certeza devem estar no registro" afirmou John.

"Mas nós nao temos o DNA deles" lamentou Cragen.

"Na verdade, nós temos" afirmou Olivia, e todos olharam para ela com espanto "Eu tenho certeza que ouvi a enfermeira falando que havia encontrado fluidos em mim"

"Espere," pediu Cragen "Você fez um kit de estupro?" ele perguntou, incabulado.

Ela balançou a cabeça e falou: "Se nós tivermos sorte, o hospital ainda tenha o exame guardado"

"Bem, Elliot e Fin vao ao hospital pegar o kit e leve-o para Melinda" pediu Don e eles se dirigiram ao hospital. Assim que eles sairam da delegacia, ele falou para John" Vá para casa, John, nao há nada que nós possamos fazer hoje" e ele assentiu com a cabeça.

Cragen viu o quao distante Olivia estava e assim que John deixou o recinto, ele se dirigiu para falar com ela.

"Liv?" ele chamou-a, pondo a mao em seu ombro e ela saltou ligeiramente.

"I´m so sorry cap" ela começou a se desculpar ao maximo "Eu..."

"Liv, nao se preucupe" disse Cragen "Você nao teve a intençao de se assustar"

"Eu sei mas-"

"Sem mas, Olivia" ele a interrompeu "Por que você nao vai para casa? VOcê esta doente e deveria estar em casa, nao aqui"

Ela olhou para ele. Era obvio que ela nao queria ir para casa, ela preferia ficar aqui ao inves de seu apartamento, mas ele nao iria permitir. O berço era muito desconfortalvel para ela, e mesmo se ele precisasse arrasta-la para sua casa, ele iria.

"Hmm, acho que vou tirar umas horas no berço mais tarde..." ela afirmou.

"Vamos Liv,eu te levarei em casa" Cragen disse, tentando convense-la.

"Hmm, esta bem entao" ela disse, pegando seu casaco, levantando-se. Cragen passou o braço em volta dela, surpreso que ela concordou tao facilmente, sem ao menos um protests. Ele assim como qualquer um de seus amigos, poderiam perceber que o estupro tinha mudado muito ela.

Eles se dirigiram ao carro e tiveram uma viagem silenciosa. Algumas vezes, Cragen olhava para ela, e ela sempre mantinha seus olhos para a janela. Ele queria tanto que ela se abrisse um pouco, mas nao, ela continuava a ser tao fechada, tentando esconder seus sentimentos.

Eles chegaram ao apartamento dela e ela estava tao distraida, que nao percebeu que eles ja tinham chegado. Alguns minutos depois, Cragen falou: "Liv? Você esta bem? ele perguntou, colocando a mao de leve em sua coxa, como cuidado para nao assusta-la novamente.

Ela olhou para ele e disse: "Sim, eu estou bem" ela olhou novamente para a janela, percebendo que eles ja haviam chegado em seu apartamento "Obrigada pela carona"

Ela estava saindo do carro quando Don falou: ''Liv, você quer que eu fique com você, eu digo, até Elliot chegar?"

"Nao, nao sera necessario" e Cragen percebeu que ela nao estava falando a verdade. Ele viu que tudo que ela queria era nao ter que ficar na solidao de seu apartamento.

"Você tem certeza? Eu nao acho que Elliot iria querer que você ficasse sozinha justo agora"

"Cap, eu agradeço muito, mas eu nao quero ser um fardo..."

"Você nunca seria um fardo, Olivia. Você apenas esta passando por dificuldades e precisara de ajuda para passar por isso. Sozinho, você nao consiguira nada, entao, por favor, deixe-me ajuda-la"

"Esta bem" ela falou e saiu do carro, com Cragen logo atras dela. Eles se dirigiram ao quarto andar e entraram no apartamento dela "Você aceita algo para beber?" Olivia perguntou.

"No, I'm good, thanks" ele respondeu-lhe.

"Bem, se vocÊ nao se importar, eu irei tomar um banho..."

"Liv, você nao precisa me pedir permiçao para fazer qualquer coisa, eu só estou aqui para ter certeza de que você ficara bem" ele disse.

Ela balançou a cabeça com um simples sorriso em seu rosto e, depois de pegar uma troca de roupa em seu quarto, ela dirigiu-se ao banheiro.

Ela despiu-se e olhou para seu corpo no espelho. Era obvio que iria deixar várias cicatrizes em seu abdomem, e grandes cicatrizes, alem dos numeros bem grandes gravados. Bem, ela sabia que nunca mais seria a mesma pessoa. Uma lágrima correu por seu rosto, e ela entrou no banheiro.