Três dias depois
General Mercy Hospital

Olivia finalmente foi permitida a sair da entubadora, e hoje, poderia sair de seu quartom indo ver seus recéns nascidos pela primeira vez.
Elliot estava a acompanhanhando o tempo todo, desde que fora liberado. Ele segurava firmemente sua mão enquanto um enfermeira levava-a em uma cadeira de rodas para a maternidade.
Ela estava com medo, medo de que ver seus bebês seria devastador. E quando a enfermeira os mostrou, não pôde fazer nada além de chorar.
Ficou chocada ao vê-los. Ambos tinham um pequeno tubo em suas bocas, para ajudá-los a respirar, e possuíam vários cateteres em seus pequenos corpos "Eles sobreviverão?" perguntou delicadamente, quase como um sussurro.
"Bem, mesmo nascendo com cinco anos, estão saudáveis, mas provavelmente terão que ficar por algum tempo no hospital" ela disse "Vou deixa-los um pouco sozinhos" e com isso, saiu.
Olivia não podia evitar que mais lágrimas caíssem de seus olhos. Tudo que queria agora era segurar aqueles pequenos corpos contra seu peito para nunca mais soltá-los.
Elliot viu a tristeza em seus olhos e disse: "Não se preocupe, Liv, eles ficarão bem" passou um braço em volta dela "Agora, vamos voltar para seu quarto, você parece cansada"
Levou-a, e ela deitou-se novamente na cama. Estava preocupado com ela. Desde que foi desentubada, não havia dito mais de cinco palavras por dias, o que era estranho. Tinha medo que a situação de August e Emily piorassem ainda mais seu emocional.
E ele ficou apenas assistindo-a dormindo, com medo de que se tirasse os olhos dela por mais de dois segundos, desapareceria para nunca mais voltar. Segurou sua mão firmemente, vendo como choramingava em seu sono, provavelmente tendo um pesadelo. Mas ele não ousava acordá-la. Finalmente parecia que dormia pacificamente, e não queria acabar com seu momento de descanso, se não, provavelmente, ela ficaria acordada para o resto da noite.
Seu sono agora ficou mais agitado, sendo que agora, se mexia incontrolavelmente de um lado para o outro. Mas Elliot não aguentava vê-la em toda essa tortura. Gentilmente, tocou seu ombro até que seus olhos se abrissem.
Abriu os olhos rapidamente, cheios de lágrimas. Estava cansada de toda vez que dormia, acabava por sonhar com eles.
Elliot então a abraçou. Ele sentia que sua camisa já estava molhada por lágrimas dela. Não imaginava o que estava passando, em ter seus bebês presos em máquinas, o trauma de ser mantida em cativeiro no próprio tribunal, os pesadelos e flashbacks constantes, os ataques de pânico e outras inúmeras coisas passavam por sua mente.
"Você acha que eles sobreviverão?" Elliot escutou um sussurro vindo de seu peito.
Embora já fizera essa pergunta inúmeras vezes, precisava continuar a ouvir a resposta "Eu sei que eles vão, Liv" ele assegurou "Eles são teimosos igual a sua mãe"
O comentária causou-a a rir. Ela sabia que, ao menos, tinha Elliot ao seu lado "Thank you"
Ele ergueu uma sobrancelha "Pelo quê, querida?"
"Por estar comigo o tempo todo, mesmo pelo pé de saco que tenho sido ultimamente. Obrigada por não desistir de mim"
"Você não é um pé de saco, Liv" ele riu "E eu nunca desistiria de você, Liv, porquê eu te amo e sei que você também não desistiria de mim"