Olivia, o que aconteceu?” perguntou Fin, ao vê-la sair da casa de Kathy rapidamente.

“Nada aconteceu” ela mentiu “Casey já esta a caminho com o mandato?”

“Sim, ela esta vindo” afirmou Cragen.

Ela caminhou até o carro e apoiou-se contra ele. Ela ficou em profundo silêncio até que Cragen veio falar com ela “Are you ok, Liv?”

Ela afirmou com a cabeça, sem dizer uma única palavra. Será que eu sou mesmo uma vadia? Ela se perguntou “O que aconteceu para você sair de lá assim?” Don perguntou, na esperança de obter uma resposta.

Ela deu de ombros “Apenas algumas coisa que eu não gostaria de ouvir”

Mas antes que ele pudesse dizer algo, eles ouviram alguém correndo em direção a eles.

Assim que Olivia viu quem era, correu em sua direção e disse: “Maureen! O que você está fazendo aqui? Você vai congelar aqui fora!”

Maureen ignorou o que ela disse e passou os braços em volta dela, dizendo Liv, eu sinto muito. Eu não sei quantas vezes eu ouvi alguém gritando na casa ao lado e não fiz nada a respeito, e agora eu sei que é você, eu me sinto tão culpada” ela chorou, agarrando-se firmemente a Olivia.

Olivia foi ficando cada vez pior. Não bastasse ser o principal motivo de destruição desta família, as crianças se culpavam pelo seu rapto “Não querida, isto não é sua culpa. Eu nunca te culparia pelo que aconteceu comigo” ela disse na esperança de acalma-la “Isto é culpa dos homens que fizeram isso para mim”

Mas antes que Maureen pudesse responder, ouviu Kathy gritando: “Maureen! Venha para dentro agora!”

Ela não queria ir, queria ficar com Olivia, que era muito mais afetuosa com ela do que sua própria mãe.  “Eu sinto muito que mamãe disso tudo aquilo. Você não é nada disso que ela chamou-lhe” sussurrou ela, antes de sair correndo para dentro de casa.

E Olivia ficou lá, imóvel, sem saber o que fazer. Ela não podia acreditar que as crianças estavam se culpando, sendo que quem realmente era culpado, era ela. Mesmo que todos tentavam dizer-lhe que nada disso era sua culpa, ela não poderia evitar esse sentimento.

Foi então que eles ouviram Casey chegar. Ela possuía três mandatos em sua mão, um mandato de busca, um para a prisão de Jeremy e outro para a prisão de Diego.

Eles chamaram Elliot, que até então estava na casa com suas crianças, provavelmente tendo uma briga com Kathy pelo que ela havia dito sobre Olivia. Assim que ele, Fin, Don e Olivia estavam de arma na mão, Elliot perguntou: “Liv, você tem certeza que quer fazer isso? Eu digo, não é adequado para você voltar no local onde foi mantida em cativeiro”

“El, eu vou ficar bem, apenas vamos acabar com isso” Olivia disse e Elliot chutou a porta aberta.

Eles entraram todos de arma na mão. Cada um seguiu para um canto da casa, apenas para encontra-la vazia.

“Parece que eles não estão aqui” Elliot afirmou, passando para outro cômodo.

“Elliot...” Olivia chamou, embora ele não tenha a ouvido. Ela foi a única que tinha notado aquela porta, mesmo sabendo que ela lá embaixo que eles provavelmente estavam,

Além do mais, a porta estava destrancada. Eles nunca a deixaram assim a não ser que estivessem lá embaixo.

Ela abriu a porta, nem se preocupando em chama-los para descer com ela. Talvez houvesse alguém lá embaixo, e ela não a deixaria passar por tudo que passou.

“Onde está Olivia?” perguntou Cragen, ao ver Elliot se aproximar deles.

“Ela esta...” mas ele parou, ao perceber que ela não estava perto de ser vista “Eu não entendo, ela estava bem atrás de mim” e eles ouviram uma porta sendo aberta “Não, ela não pode ter descido lá sozinha” ele praticamente gritou, assim como saiu em disparada para encontra-la.

Olivia descia cada degrau cautelosamente, para não correr o risco de ser ouvida, e pega-los na fraga. Ela abriu a porta, que por sinal rangeu um barulho alto.

Assim que ela entrou, varreu com sua arma todos os cantos do porão. Ela queria chorar, ficar aqui lhe trazia tantas lembranças dolorosas. Foi então, que ela sentiu algo em sua cabeça.

Elliot, Fin e Cragen chegaram rapidamente ao porão, apenas para verem Olivia sendo mantida como refém, com Jeremy apontando uma arma para sua cabeça, e Diego, com uma faca em seu estomago, ameaçando matar seus bebês, algo que ela morreria se acontecesse.

Olivia estava totalmente imóvel, sem sentir nem ouvir nada. Era como se ela estivesses em outro mundo, mas na realidade, ela estava tendo um flashback...

Ela estava deitada naquela cama imunda, com as mãos atadas sobre ela. Esta foi uma das primeiras vezes que Jeremy trouxe u, de seus amigos para tirar proveito dela-, e não foi apenas um, foram dois.

Dor imensa atravessava seu corpo. Eles estavam estuprando-as simultaneamente, o que lhe trazia mais dor ainda, tanto fisicamente como emocionalmente.

Ela pensou em lutar contra eles, mas logo descartou a ideia. Jeremy tinha uma arma em sua cabeça, e ele não hesitaria em atirar por qualquer movimento que ela fizesse. E ele não estaria a matando, mas sim também seu feto.

Mas ela queria que ele atirasse, ao menos, ela poderia acabar com todo seu sofrimento. Ela só queria morrer!

E ela só os sentia abusando-a. Tentava pensar que estava em um lugar melhor, com seus amigos, onde a dor na existia. Mas não conseguia. Por mais que ela tentasse, sua mente apenas se focava no que estava acontecendo com ela agora, na dor que sentia cada vez que entravam dentro dela.

Fim do Flashback

“Jeremy, estou lhe dizendo, se você deixa-la ir, nós podemos facilitar as coisa, nós não iremos atirar em você, mas se mata-la, , vocês saíram mortos. Matar um policial é pena de morte” argumentou Elliot, pela enésima vez- vez, tentando negociar a vida de Olivia.

“E qual seria a diferença?” perguntou Diego, pressionando ainda mais a faca contra sua barriga “Nós vamos para a cadeia de qualquer jeito”

“Sim, mas não receberam a pena de morte. Por favor, deixem-na ir ” suplicou Elliot.

Eles olharam entre si, sabendo que qualquer coisa que fizessem contra ela, apenas pioraria sua situação. Eles jogaram Olivia contra a parede, fazendo-a cair. Em seguida, jogaram suas armas no chão e levantaram as mãos em redenção.

Enquanto Fin prendia-os, Elliot e Cragen correram até Olivia. Era como se ela estivesse fisicamente morta, mas emocionalmente, totalmente viva. Eles viam como algumas lágrimas escorriam lentamente de seus olhos.

“Ela esta em choque. Devemos leva-la a um hospital?” perguntou Elliot.

“Não, leve-a para casa, agora que sabemos que Jeremy e Diego não são um perigo a ela. Eu direi a Huang para encontrar vocês lá” afirmou Cragen.

Elliot assentiu. Ele pegou Olivia em seus braços. Embora ela estivesse grávida, de gêmeos, estava muito leve. Provavelmente eles não davam comida suficiente a ela, ele pensou tristemente. Ele apenas queria mata-los por tudo que fizeram a ela.

Ele saiu com ela para fora da casa, vendo duas viaturas no local, cada uma com um criminoso dentro. Fin, vendo Olivia nos braços de Elliot, foi ao encontro deles, perguntando: “O que aconteceu com Liv?”

“Ela está em choque. Vou leva-la para casa e Huang tentará falar com ela” afirmou Elliot, assim como eles firam para o carro, pondo Olivia no banco do passageiro, que ainda não mostrara nenhum sinal de vida. Entrou no lado do motorista e se dirigiram ao apartamento de Olivia.