Olivia foi levada as pressas para o hospital. Seu corpo estava realmente danificado, e s paramédicos achavam que estava com hemorragia interna, devido aos inúmeros cortes de faca em seu corpo.

Agora, ela estava em cirurgia. Elliot, junto a Cragen, John e Fin esperavam ansiosamente por notícias de sua amiga.

Passaram-se horas, e nenhum médico veio para dar-lhes notícias sobre ela, o que os deixavam preocupados. A situação dela era pior do que parecia.

Foi apenas depois de nove da manhã, quando um médico finalmente apareceu para falar com eles “Família de Ms. Benson?” ela pediu.

Eles se levantaram simultaneamente “Nós somos sua família”

“Eu sou Dra. Cuddy, encarregado de seu caso. Bem, sua situação é crítica. Ela possuía muitos sangramentos internos, mas felizmente, conseguimos para-los a tempo. Suas feridas externa, posso dizer que ela foi torturada frequentemente. Além disso, ela possuía diversas costelas quebradas mas que devem se curar logo, e seu pulso direito estava torcido. Agora, ela está com hipotermia, eu não posso dizer quanto tempo ela foi exposta ao frio, mas creio que muito. Nós fizemos uma ultrassom para checar o feto, e mesmo estando quase mortos nós conseguimos salva-los. Vocês querem saber o sexo?” perguntou Dra. Cuddy, e todos fizeram que sim com a cabeça. Ela olhou para sua ficha e disse: ”Um menino e uma menina”

Todos olharam surpresos para ela. Elliot foi o primeiro a perguntar: “Ela está grávida de gêmeos?”

“Sim, gêmeos fraternos” afirmou ela. Eles não podiam acreditar. Se perguntavam como Olivia seria capaz de criar duas crianças sozinhas na condição que estava, sabendo que ela nunca ousaria aborda-los.

“E ela sabe sobre os bebês?“ perguntou Fin.

“Ainda não, ela esta muito instável desde a cirurgia”

“Vocês fizeram o kit de estupro?” perguntou Cragen, com seu instinto policial.

“Sim, e o kit revela que ela foi abusada frequentemente, além de termos encontrado três diferentes sêmens. Nós a manteremos internada até termo certeza que ela e o bebê não corram risco de vida” finalizou a médica.

“Ela pode receber visitas?” perguntou John.

“Sim” e ela os levou até o quarto de Olivia.

Eles entraram em seu quarto. Olivia dormia pacificamente, com a mão posicionada sobre sua barriga. Eles só imaginavam como ela ficaria ao saber sobre os bebês.

Eles permaneceram em silêncio até ela começar a despertar, o que foi apenas depois de onze horas. Ela abriu os olhos calmamente, percebendo os olhos preocupados de seus amigos Será que eu perdi o bebê? ela perguntou para si mesma.

“Hey Liv, como você esta se sentindo?” perguntou Elliot, ao pegar sua mão.

“Como se eu fui atropelada por um caminhão” ela disse. Elliot ficou feliz que mesmo por tudo que tinha passado, ela ainda tinha seu senso de humor “Is everything ok?”

Eles olharam entre si. Ela não estava pronta para receber essa noticia, ela acabara de ser resgatada de seu pior pesadelo. Mas eles conheciam Olivia, ela não desistiria até saber o que estava acontecendo “Por favor, me digam o que esta acontecendo...” ela implorou.

“Ok, vamos direto ao ponto” começou Cragen “Você está grávida de gêmeos”

“Gêmeos?” ela indagou. Como eu serei capaz de criar duas crianças sozinhas? ela se questionou. “Vocês sabem o sexo?”

“Um menino e uma menina” disse Fin.

Ela encostou a cabeça no travesseiro, relembrando tudo que aconteceu nas últimas horas. Num instante, ela estava temendo por sua vida, e no outro, lutando para sua liberdade, e ela conseguiu. Agora, estava com pessoas que realmente gostavam e importavam com ela, e seus preciosos fetos. Ela só esperava que Diego e Jeremy fossem para a cadeia para o resto de suas vidas.

“Liv,” começou Elliot “O médico fez um kit de estupro, e ele encontrou três sêmens diferentes. Como você pode explicar isso?” ele tentou soar calma com ela, mas não era fácil. Aqueles bastardos tinham machucado sua melhor amiga e ele praticamente estava descontando sua raiva nela, algo que não era suposto acontecer.

Ele viu que ela estava preste a chorar Seu idiota! Olhe o que você fez à ela! Cragen olhava para ele com olhos fulminantes, como se estivesse pronto para mata-lo por ter machucar ainda mais sua filhinha “Liv, sinto muito, eu não queria gritar com você. Eu apenas quero pegar todos os desgraçados que fizeram isso com você. Por favor, diga-nos”

Ela suspirou finalmente liberando aquelas lágrimas presas em seus olhos. “Muitas vezes, eles levavam amigos para... para... “ ela não conseguia terminar a sentença, ela ainda não estava pronta para admitir ao seus amigos que foi estuprada milhares de vezes. Ela olhou para Elliot, como se implorasse para que ela não precisasse falar mais.

Ele balançou a cabeça, entendendo o que queria dizer. Elliot sabia que não seria fácil que ela admitiria a todos que foi abusada de inúmeras formas, por inúmeros bastardos, que seu único desejo era mata-los.

“Por quanto tempo você ficou perambulando até chegar à delegacia?” perguntou John.

“Eu não sei, acho que por horas” ela murmurou.

Olivia fechou seus olhos. Ela estava muito cansada, mesmo que tivesse acabado de acordar depois de horas inconsciente. Eles não podiam deixar de perceber seu cansaço, possuía olheiras por debaixo dos olhos e sua pele era pálida.

“Liv, você deve descansar um pouco” disse Cragen e Olivia assentiu com a cabeça “Nós voltaremos mais tarde para ver como você esta”

E eles saíram, deixando Elliot e Olivia sozinhos. “Durma um pouco, honey” pediu Elliot “Eu prometo que estarei aqui o tempo todo”

Ela consentiu e poucos segundos depois, já dormia profundamente. Elliot pôs uma mecha de seu cabelo por trás de sua orelha, enquanto apenas segurava sua mão, orando para Deus faça que todos que abusaram de sua parceira, apodreceriam no inferno, além de passarem o resto de sua vida trancados em uma solitária, sem ter contado com ninguém, em plena depressão.

Ele viu como seu sono começou a ficar agitado. Gentilmente sentou-se ao lado dela na cama, abraçando-a, sussurrando-lhe palavras de conforto, que mesmo inconsciente, pareciam fazê-la acalmar. “Eu estou aqui, eles nunca mais poderão tocar em você” ele disse, mais para si mesmo do que para ela. Ficou observando-a até dormir.