Muito Além do Fim... escrita por BrunaGonda


Capítulo 9
O menino que sobreviveu de novo.




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-       Harry!

-       HARRY!

-       É o Potter! Ele está se mexendo!

-       MEU DEUS!

-       Chamem os curandeiros!

-       ELE ESTÁ VIVO.

Fotos. Estalos de flash. Gritaria e Pânico.

Uma reviravolta se fazia no pequeno sepulcro de Harry Tiago Potter. Fotógrafos, jornalistas e curiosos gritavam de pavor. Alguns até mesmo desmaiavam. Em meio a tudo, o garoto que fingia espreguiçar-se no caixão de madeira viu um homem loiro de rosto magro, com uma cicatriz desfigurando-o e óculos retangulares gritando e agitando a multidão.

Henry sabia muito bem interpretar seu papel.

...

Harry foi escoltado por aurores que chegaram pouco depois e levado por aparatação dali. Ele agora esperava sentado em uma sala em St. Mungos. Uma enfermeira o examinou e foi logo dispensada. Ele estava saudável.

O garoto estava sozinho agora, e brincava com o tecido azul da maca onde esperava sentado. Ele ouvia a multidão do lado de fora do hospital berrando seu nome. Não podia sair sem ser esmagado por uma multidão errante.

A porta se abriu e Henry entrou. Estava com os braços cheios de coisas. Caminhou até Harry e largou uma pilha gigantesca de coisas diversas aos seus pés.

-       Que é isso? – perguntou Harry confuso.

-       Veja – ele falou com sua cara indiferente de raposa.

A maioria dos objetos eram cartas. Tinha também buques de flores, presentes e rosas.

-       O que é isso? – ele repetiu confuso.

-       Cartas e flores de pessoas emocionadas. Isso é só o que jogaram em mim quando eu passava, com pessoas berrando, chorando e ameaçando, tudo para eu entregar a você – ele observou, as sobrancelhas erguidas.

-       O que eu faço? – Harry se desesperou.

-       Bem, o Profeta publicou uma edição de emergência esta tarde. Especulavam sobre erros de curandeiros, magia negra, ressurreição, imortalidade, bruxaria das trevas e um eterno “susto gelado na espinha”. Enfim, estão horrorizados por você reviver de novo. – Henry comentou calmamente, empurrando as cartas pro chão e indo se sentar ao seu lado – Deu um bom material pro novo livro da Skeeter, além de que você a fez trocar o título – ele riu.

Harry ficou pálido.

-       Se eu fosse você ia até lá fora, dar uma acenada pras pessoas.

-       Vou fazer isso depois – Harry murmurou.

A porta se escancarou e logo Harry foi atacado por um borrão de cabelos vermelhos.

-       SEU. FILHO. DA. MÃE!

Gina o abraçava tão forte que seus ossos doíam.

-       AI GINA. Tudo bem, me perdoe. – ele sussurrou.

-       Você... – ela soluçou – quase me matou de susto!

Ela tremia e chorava convulsivamente, Harry se assustou com seu desespero, e olhou pro sonserino horrorizado. Henry deu de ombros, como se não quisesse interferir.

-       Você foi a única coisa que a tirou da cama – falou uma voz séria.

E o Sr. e Sra Weasley entraram no quarto.

Harry foi recebido com festa pelas primas de Gina. A Sra. Weasley chorou convulsivamente em seu abraço, e depois, quando Rony e Hermione entraram correndo, recebeu abraços trêmulos, mas enfim felizes, junto com um: “quando vai parar de nos fazer achar que está morto?”. Harry limpou as lágrimas, e Rony sorriu quando limpou as dele. Já Hermione desatou a chorar em seu ombro. Ele e Hermione haviam se tornado irmãos quando ficaram sozinhos em uma barraca fria, congelando até morrer.

Gina estava sempre em seus braços, tremendo, enquanto ele explicava aos outros sua milagrosa sobrevivência. Sr. Weasley falou que agora Harry poderia ver o quão linda era a Ordem de Merlim que ele recebera, tirando o fato que Sra. Weasley a enquadrara após tirar o documento da lareira, em um acesso de fúria em que Gina tentara destruí-lo.

Rony lhe falou que Skeeter quase caíra da cadeira quando soube. Rony estava no Beco Diagonal com Hermione quando soube, e por acaso Skeeter se encontrava ali por perto.

“Não era a mesma coisa sem você Harry. Parecia que faltava algo muito grande. Era estranho só nos dois, andando por aí. Como se eu tivesse plena certeza que me faltava um braço.”

Harry riu com o comentário. Olhou para Hermione. A garota tinha uma cara estranha, mordia o lábio preocupada. Ele ajeitou melhor Gina em seus braços, que mal se moveu, e perguntou-lhe:

-       O que foi Hemione? O que aconteceu?

Ela o olhou com a mesma cara que o olhara quando sugeriu a criação da AD.

-       Eu estava pensando Harry... Todos acham que você está usando magia negra... Andam inventando teorias malucas sobre você ter derrotado Voldemort... E Sketeer ajudando... – ela fixou seus olhos – Tomos que contar a verdade as pessoas. Quero escrever um livro sobre isso. Contando a verdade.

-       Quer? – Harry ergueu as sobrancelhas.

-       Quero – ela sorriu de lado – Eu peguei gosto. Estou traduzido “Os contos de Beddle, o Bardo.” Minerva me deu uma caixa de anotações de Dumbledore sobre isso e... Não vem ao assunto. Eu estava pensando em por o nome de “Harry Potter e a Pedra Filosofal”.

-       Quantos está pensando em escrever? – Harry deu um sorriso debochado.

-       Para abordar toda a história? – Hermione riu – Mais de oito talvez!

-       Hmm. – Harry sorriu.

-       Na verdade ela começou a escrever uns dias depois de você ter morrido, ela me disse que ajudava a esvaziar a mente das lembranças que vinham – comentou Rony, sempre insensível.

A garota enrubesceu.

-       E-eu não queria falar assim... Me parece um insulto escrever sobre você uma vez que você tinha...

Harry riu.

-       Não me importo Mione. Sério.

Harry por um momento preocupou-se com Gina, que permanecia dura em seus braços. E suspirou.

-       Vamos então lá na sacada. Temos que mostrar que estamos vivos Gina.

E carregou uma Gina semi-morta, agarrada a sua cintura até a sacada do Hospital, enquanto os Henry olhava pra baixo. Quando Harry o olhou, não conseguiu ver seus olhos, pois as lentes estavam brancas com o brilho. Mas Harry teve a impressão de ver algo por trás deles.


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Notas finais do capítulo

EAE! Que saudade!!!



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