O Leão A Feiticeira E O Guarda-roupa escrita por LaryFluffy


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Bem isso é mais uma introdução, mas a historia não é narrada pelo Edmundo, ela é narrada por uma das personagens criadas por mim!!!
Mas vamos lá, essa é minha primeira fic então vou precisar de muitas opiniões.



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Eu olhava pela janela da minha casa vendo tantos aviões, eu sabia que era perigoso, mesmo assim, não deixava de ser um grande espetáculo, fui interrompido por um grito ensurdecedor:

- Edmundo, saia da janela! Pedro! – era minha mãe, que seguido do seu grito me tirou de lá a força e chamou pelo chato do meu irmão mais velho - O que está pensando? Pedro vá para o abrigo Agora! – Ela continuou, ouvi minha irmã mais nova gritar e logo ela apareceu na sala sendo puxada por Susana minha irmã, fui meio que empurrado pra fora de casa sendo levado pela correria dos outros, ouvia muitos gritos mais tentei prestar atenção na correria, aí lembrei um detalhe importante, meu pai, ele lutava na guerra e se... e... eu não gostava de pensar nisso, mas nessas circunstancias, e se eu nunca mais o visse... eu não teria nada concreto pra lembrar-me dele, só as lembranças de uma infância feliz... Não definitivamente, Não.

Corri em direção a casa ouvindo minha família gritar por mim, entrei feito um louco e vi que Pedro estava atrás de mim, ótimo! Ouvi uma bomba caindo provavelmente a quilômetros dali mais Pedro voou em cima de mim nos atirando no chão enquanto o vidro da janela se espatifava em cima de nós, Meu irmão começou a me puxar, mas eu tive tempo suficiente pra me agarrar ao porta-retrato do meu pai que ficava na sala, Pedro gritava falando alguma coisa que eu não entendi, fomos correndo em direção ao alojamento, cambaleei pra dentro e cai na cama, amparado pela minha mãe.

- Porque você só pensa em si mesmo? Seu egoísta, podíamos ter morrido! – esse, claro, foi Pedro.

-Chega – mamãe parou Pedro.

- Porque não consegue obedecer?- Pedro falou e virou fechando-nos lá no abrigo.

Arrumamo-nos lá dentro se alguém dormiu? Eu sinceramente não sei, mas eu não preguei o olho a noite toda, pensando em milhares de coisas do tipo, como seria o tal professor que iria nos receber em sua casa, quer dizer, era um tempo de guerra mamãe decidiu nos mandar no tal programa que envia crianças para um lugar que está em paz, normalmente fica no campo, eu e meus irmãos vamos pra casa de um professor, bom espero que ele não seja do tipo velho chato que só fala bobagens e enche o saco o dia todo, sem contar que não quero ficar longe da minha mãe, não quero admitir mais vou ficar com saudade dela.

No outro dia de manhã, fomos a estação de trem, mamãe iria nos etiquetar a mim e a Lucia, já que somos os mais novos, é claro que eu saberia fazer sozinho mais ela fez questão, Pedro e Susana se etiquetaram sozinhos.

- Precisa usar isto querida, está bem? Está quentinha? – Mamãe perguntou a Lucia enquanto a etiquetava, recebeu um aceno em resposta e sussurrou um “bom”. Voltou-se para mim e me etiquetou, olhei um cartaz na parede falava exatamente sobre mandar as crianças e blábláblá.

- Se o papai estivesse aqui nós não iriamos! – eu disse, e Pedro como sempre tinha algo a dizer.

- Se estivesse, a guerra teria acabado e não teríamos que ir – Disse simplesmente. Hump!

-Vai obedecer o seu irmão, não vai Edmundo? –Claro que essa foi mamãe. Eu não quero ficar longe dela! Ela olhou nos meus olhos e levantou-se para me dar um beijo que eu recusei, mas ela beijou mesmo assim. Deu um abraço em Pedro e falou alguma coisa que eu não ouvi. Depois abraçou Susana com um “Seja boazinha!” ou algo assim e então disse:

- Muito bem, agora vão! – Ela disse tentando parecer forte.

E nós pegamos nossas coisas para ir, claro que eu disse que podia ir sozinho, mas também é claro que ficaram agarrados comigo. Nós entramos no trem e vi que todos foram se despedir da mamãe dando tchau por uma janelinha minúscula, resolvi dar tchau também, depois que o trem se foi nós fomos nos sentar, Pedro e aquela mania dele de fazer tudo por mim sinceramente isso é muito chato!!! Haviam duas crianças no vagam conosco, depois de horas vimos os garotos saírem do trem, mas... Olhamos, estavam sendo recebidos pelas pessoas a quem foram destinados, eu sinceramente espero que o tal professor e a mulher lá, qual o nome dela? D. Marta, parece que é a governanta dele. Não nos recebam assim, mesmo meus irmãos sendo uns chatos não quero me separar deles e pelo que vejo neste caso a menina e o seu irmão foram separados e mal recebidos. Depois de horas dentro do trem, chegamos a um lugar no meio do nada, exatamente, uma estação solitária e vazia arrodeada de mato, ficamos lá os quatro parados, até que ouvimos o barulho de um carro, acompanho meus irmãos numa corrida descendo os degraus, Lucia prepara-se para dar um “olá” simpático, mais fica com a sua mãozinha no ar, pois carro passa direto e buzinando, como se fossemos pra sair do meio.

- O professor sabia que veríamos – Susana falou e todos olharam pra ela. É acho que nós sabemos disso.

- Será que fomos etiquetados errado? – eu comento olhando o papel preso a minha roupa e todos olham pra mim, ouço o barulho de uma charrete, e uma mulher de idade, mais nem tanto, usa óculos, possui um cabelo um tanto castanho meio ruivo, preso numa espécie de coque trançado, nariz fino, ela vai gritando com o cavalo meio que o incentivando a continuar, mas acho que é pra isso que ela usa o chicote que tem nas mãos, eu espero realmente que seja usado só no cavalo, pobre animal. Para na nossa frente com uma espécie de “Ôôôô” parando o cavalo que puxa a charrete. Ela nos olha e Pedro resolve falar:

- A senhora é a D. Marta? – Ele pergunta e todos olhamos atentos. Ela nos olha suspirando e responde com tanta firmeza:

- Eu preferia não ser - O que me deixa meio assustado, eu não sou um menino medroso, é só que ela que vai cuidar de mim e pelo que deu pra perceber não esta gostando muito da ideia – Só esta a bagagem, não trouxeram mais nada? – Ela perguntou, vem cá ela queria o que? Agente esta fugindo de uma guerra não indo passar as férias numa fazenda-parque pra se divertir. Até porque a casa de um professor seria pra estudar.

- Não senhora... somos só nós! – Pedro respondeu, Lucia meio que acenou com a cabeça concordando com o que ele disse. A mulher ergueu as sobrancelhas:

-Acho melhor assim! – Inclinou a cabeça meio para o lado nos incentivando a subir. Nós subimos sem muitas dificuldades, o caminho a seguir foi esquisito haveria provavelmente puríssimo silencio se não fosse por D. Marta gritando com o cavalo branco que guiava. Eu olhava pra meus irmãos de vez em quanto tentando decifrar o que pensavam ou sentiam mais pelas expressões era o mesmo que eu, medo, curiosidade, susto, não sei... um misto de emoções sem tamanho, eu também olhava D. Marta, ela me parecia uma solteirona mal amada e... Parei meus próprios pensamentos no momento que vi um casarão a frente normalmente seria só um casarão com aparência de castelo, mas percebi que estávamos indo pra lá, arvores cercavam todo lugar altas e fortes, extremamente majestosas, a casa parecia um castelo ela era daqueles tijolos vermelhos e tinha partes cinza, e as janelas sim, as janelas, estas estampavam uma beleza descomunal, eram cheias de desenhos e imagens divertidas eu continuava a imaginar que passaríamos pelo casarão até D. Marta parar ali em frente, nós descemos junto com as bagagens, D. Marta toma nossa frente e as grandes portas da casa se abrem.


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Notas finais do capítulo

Bom deixem suas opiniões, porfavor!
XD