Opostos escrita por Nyne


Capítulo 51
De homem pra homem


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos leitores!
Aqui estou com um capítulo fresquinho pra vcs.
Talvez eu me surpreenda com as opiniões de vcs nos reviews, especialmente quanto as fãs do Murilo e do Mateus.
Pq digo isso? Logo saberão =)
Dedico esse capítulo a todos os leitores e leitoras fantasma que acham que a autora pode morder se deixarem um review =P
ótima leitura a todos!



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Na escola Mateus conseguia disfarçar bem perto de Patrícia, mas já no serviço era um pouco mais complicado.

 - Mateus, planeta terra chamando – dizia Murilo estalando os dedos diante do rosto dele.

 - Desculpa, to viajando aqui.

 - Percebi. Ta tudo bem?

 - Digamos que sim.

 - Digamos? – pergunta Murilo desconfiado.

 - Coisa minha Murilo, você não vai mesmo querer saber.

 - Ta bom então. – diz Murilo virando as costas e saindo.

Mateus, porém resolve o chamar.

 - Murilo... Desculpa cara, mas preciso falar com alguém. Alguém que se pareça comigo.

 - Não leva a mau cara, mas eu não me acho parecido com você em nada!

 - Você é homem não é?

 - Claro, ta me tirando?

 - Então pronto. O que quis dizer é que to precisando falar com outro cara entendeu? Alguém com um pensamento igual ou semelhante ao meu.

 - Saquei. No fim do expediente trocamos uma idéia então, pode ser?

 - Pode sim.

Mateus continuava meio aéreo, porém finalmente veria um ponto de vista masculino sobre o que pensava em fazer. Ao fim do expediente ambos vão a uma lanchonete não muito longe dali. Ao se sentarem, Murilo dá uma risada.

 - Ta rindo de que?

 - Se a Cecília ver essa cena ela não vai acreditar. Eu e você assim, conversando numa boa.

Mateus dá um sorriso sem graça e concorda.

 - Verdade. Mas você ainda não vai muito com a minha cara não é?

 - De boa? Você no seu canto e eu no meu. Pronto, sem brigas ou coisa do tipo. Mas tenho que admitir que você tem mostrado ser outro cara agora, menos imbecil digamos assim.

 - Orra, valeu pelo “elogio”.

Murilo sorri sarcástico.

 - Ta, mas o que você quer falar comigo afinal?

 - Bom você sabe bem que eu era um cara completamente irresponsável né? Fiz muitas besteiras e acabei magoando muita gente.

 - To sabendo. E daí?

 - To procurando mudar, ser um cara melhor e tal. Acho que to conseguindo.

 - E...

 - É o seguinte Murilo, to querendo casar.

 - Casar? Com a Patrícia?

 - Claro que é com ela, que pergunta!

 - Realmente, foi estúpida mesmo! Por isso que você está todo perdidão?

 - Digamos que é. Falei com a minha mãe e a mãe dela, elas deram a benção e tal, mas no fundo eu sinto que não estão colocando a menor fé em mim.

 - De boa Mateus? Você coloca fé em você?

 - Como assim?

 - Se coloca no lugar delas. Você é um moleque ainda, por mais que esteja se esforçando pra mudar não tem maturidade necessária pra encarar um casamento. Ninguém com a nossa idade têm.

 - Nem você?

 - Muito menos eu. Eu amo a Cecília, mas não é por isso que vou enfiar os pés pelas mãos entendeu? Penso em casar, constituir família, mas depois que tiver uma boa estrutura pra isso. Afinal de que adianta eu tirar a Cecília da casa dela pra ela passar necessidades comigo?

 - É verdade, não tinha pensado por esse lado.

 - Você está pensando em casamento por causa da gravidez dela?

 - Olha, é um dos motivos que mais está pesando.

 - Ta vendo? Vai se precipitar e isso não é legal.

 - Eu amo a Patrícia. Demorei pra me dar conta disso, mas amo mesmo aquela menina cara. Não quero casar com ela só pelo neném, mas poxa, se não está sendo fácil pra mim, quem dirá pra ela entendeu?

 - Entendi.

 - Fora que não quero que o neném não tenha um pai que nem eu e ela. Eu não conheci o meu e o dela não faz a menor questão de manter um contato.

 - Você não precisa casar pra ser um pai presente. Conheço tanta gente que mora com o pai e é o mesmo como se não tivesse um...

 - Eu sei, não é isso que quero dizer. To muito confuso cara!

 - Posso dar uma opinião?

 - Por favor, to precisando mesmo de uma opinião.

 - Ta, vamos supor que você se case com a Patrícia, ou só morem juntos, que seja. Onde vão viver?

 - Com a minha mãe. Já falei com ela sobre isso.

 - E pretende ficar quanto tempo com a sua mãe?

 - Sei lá, um tempo, até eu puder ver uma casa pra Paty e pra mim.

 - Você não vai conseguir.

 - Obrigado pelo apoio.

 - Não é isso cara. Vamos ser realistas ok? Mesmo que não seja sua intenção, você vai acabar se acomodando com a situação. O tempo vai passar o neném nascer, crescer, ir pra escola e você vai continuar na casa da sua mãe.

Mateus ouve atentamente e apesar de estar com a cara de poucos amigos, sabe que Murilo tem razão.

 - Você quer ajudar a Patrícia, assumir sua responsabilidade como pai, legal isso, mas se tomar uma atitude precipitada vai perder a ela e seu filho também.

 - O que eu posso fazer então cara? Não sei mais o que fazer entende?

 - Já ouviu falar em um passo de cada vez?

 - Já, mas isso não se encaixa na minha atual situação.

 - Aí que você se engana.

 - O que quer dizer Murilo?

 - Ao invés de casar as pressas, sem preparação nenhuma, fica noivo primeiro.

 - Noivo?

 - É. Com o noivado você não vai só mostrar que quer fazer as coisas direito e tal, mas também que está se preparando melhor pra isso entendeu? Afinal durante esse tempo você pode ir guardando uma grana pro futuro de vocês, procurar um trampo melhor. Ou vai dizer que você pretende ficar eternamente na papelaria?

 - Na real não.

 - Claro que não Mateus, nem eu quero. O salário de lá me ajuda, mas não é o suficiente pros meus planos no futuro e com certeza não é pra você também.

 - Você tem razão.

 - Entendeu o que eu quis dizer? Não falei pra não casar com ela, mas também pra não ir com tanta sede ao pote.

 - Entendi sim Murilo. Valeu você me ajudou e nem sabe o quanto.

 - E aí, o que vai fazer?

 - Já tinha na mente umas coisas quanto ao casamento. Só vou ter que mudar alguns detalhes.

Enquanto Mateus fala, o celular de Murilo toca, era um torpedo de Cecília.

 - Bem, seja o que for te desejo sorte cara. Agora vou ver minha princesa. – diz colocando a quantia de dinheiro equivalente ao que consumiu na mesa.

 - Vai lá – diz Mateus se despedindo de Murilo com um aperto de mão – E valeu mesmo cara.

Murilo faz um sinal positivo e sai indo ver Cecília. Mateus não demora muito e sai quase em seguida.

Ao chegar à casa de Cecília, Murilo a encontra na porta, esperando por ele.

 - Porque demorou tanto? – pergunta ela o abraçando pelo pescoço.

 - Nem demorei tanto assim vai! O que aconteceu? Porque tanta pressa em me ver?

 - Estava com saudade oras!

 - Sei que não é só isso, tem algo mais aí. O que foi hein?

 - Vem – diz o guiando pela mão – lá dentro eu te falo.

Murilo não entende nada, mas a segue mesmo assim. Ao entrar se senta no sofá e Cecília senta ao seu lado após trancar a porta.

 - E sua mãe? – pergunta Murilo.

 - Saiu.

 - E seu pai?

 - Saiu com ela. E sabe o que é melhor? – diz sentando sobre Murilo que parece surpreso, porém gosta da situação – Não tem hora pra voltar...

 - Certeza?

Ela faz um sinal positivo com a cabeça, o que faz com que Murilo a beije com vontade.

 - Danadinha, por isso você estava com tanta pressa pra eu chegar não é?

 - Como você é esperto bêbê! – diz rindo e o beijando.

 - Calma gata, calma! Você me pegou desprevenido, vou ter que correr na farmácia.

 - Não vai não! – diz com um sorriso malicioso, tirando uma camisinha de baixo de uma das almofadas.

Murilo a olha surpreso.

 - Uma garota prevenida vale por duas não é?

Ele sorri e volta a beijá-la.

 - Onde você quer? No seu quarto?

 - Não aqui mesmo, no sofá. Quero testar coisas novas. – diz Cecília sorridente.

 - Ta toda soltinha... Gosto disso. – diz tirando a blusa de Cecília e em seguida a própria camiseta.

 - Bem que a Fabi me falou que isso viciava.

 - Isso o que? Sexo?

 - Exatamente! – diz Cecília abrindo o botão e o zíper da calça de Murilo.

 - Vicia mesmo, mas não pensei que você fosse ficar dependente tão rápido. – diz enquanto a beija e tira seu short e calcinha.

 - Culpa sua! – diz rindo ao abaixar a calça juntamente com a cueca dele.

 - Eu sei, mas também sei como resolver isso. – diz enquanto abre o pacote da camisinha e a coloca.

 - Sabe é? – diz se ajeitando sobre ele – Então me mostra!

 - Agora! – diz ao segurar Cecília pela cintura e a colocar sentada sobre ele.

Ela fecha os olhos por alguns segundos, o que faz Murilo pensar que pode ter a machucado. Porém assim que os abre, o encara com luxúria.

 - Uau, que olhar é esse?

 - Isso é o melhor que você pode fazer?

Murilo a olha surpreso. Onde estava a menininha tímida e quietinha da escola? Ele descobriria logo.

 - Me mostra você do que é capaz. – diz Murilo com um sorriso irônico.

Cecília não esperava por aquilo, mas estava decidida a surpreendê-lo ainda mais. Saiu de cima de Murilo que a olhou com reprovação. Em seguida o deita no sofá e volta a ficar em cima dele mais uma vez.

 - Ainda não sei direito, mas vou tentar ta bom? – diz ao olhar para Murilo, um pouco corada.

 - Sua boba, é praticando que se aprende. Relaxa e manda a ver!

Cecília sorri maliciosa e timidamente ao mesmo tempo. Murilo segura sua cintura, mas ela não deixa.

 - Não, quero tentar sozinha dessa vez.

Murilo então coloca as mãos cruzadas atrás da cabeça. Cecília está com os olhos fechados. Ele sabe que isso é porque ela ainda tem vergonha de olhar para ele nessas horas. Ele está adorando aquilo tudo, mas resolve dar uma folga pra ela, além de arriscar uma coisa.

 - Ta a fim de testar coisas novas ainda? – pergunta pra ela que o olha um tanto temerosa, apenas fazendo um sinal positivo com a cabeça.

 - Certo então, agora é minha vez.

Ele deita Cecília de bruços no sofá e se coloca por cima dela. Pode ver que ela aperta as almofadas próximas e abafa seus gemidos nelas. Murilo beija suas costas e seu pescoço, seu ponto fraco e não demora muito até que ambos se entreguem um ao prazer do outro.

 - Gostou? – pergunta ele.

 - Sim. Me senti como na nossa primeira vez.

Murilo sorri e beija Cecília. O beijo não demora muito, pois ambos estão sem fôlego.

 - Vou tomar um banho, quer ir comigo? – pergunta ela segurando as roupas em frente ao corpo agora suado.

 - Ta falando sério?

 - To. Vem comigo ou não?

 - Vai indo na frente, eu já vou.

Cecília vai até o banheiro enquanto Murilo recolhe suas roupas espalhadas. Ele então resolve olhar debaixo da almofada onde havia mais duas camisinhas. Sorri maliciosamente e as pega indo para o banheiro. Ele bate a porta e pergunta:

 - Posso entrar?

 - Deve! – escuta Cissa dizer do outro lado.

Murilo olha as camisinhas em sua mão e sorri, entrando no banheiro em seguida.


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Notas finais do capítulo

E aí, acham que o conselho do Murilo foi bom ou ficaram com raiva dele?
E o que estão achando da "evolução" da Cissa?
Deixem seus reviews e recomendem tá?
Bjus e até o próximo!