Eles vão até a cozinha, onde Murilo faz um lanche para ambos. Cecília aparenta estar mesmo com fome, pois come o lanche depressa.

Murilo a olha e sorri. Ela percebendo pergunta o que houve.

– Nada, só to um pouco bobo ainda, só isso.

– Você diz isso pelo o que acabamos de fazer?

– É.

– Nem acredito que a Fabi não atrapalhou dessa vez. – diz Cecília rindo.

– Na verdade ela ajudou e muito. – diz Murilo indo lavar a louça com um meio sorriso no rosto.

– Como assim?

– Quer mesmo saber? Não vai dar chilique se te contar?

– Espero que não. Vai, conta logo. – diz ficando ao lado dele, encostada na pia.

– Quando eu falei com a minha mãe ao telefone, na verdade não era minha mãe, era a Fabiana.

– Como assim?

– É complicado explicar... Digamos que ela me devia uma e eu disse que na hora certa ela ia me ajudar. Acabou que aquela foi a hora certa entendeu?!

– Mais ou menos. Então a Fabi não foi viajar coisa nenhuma não é?

– Não, mas a parte que encontrei com ela no mercado é verdade.

Cecília ri olhando para o chão. Murilo seca as mãos em um pano de prato e fica na frente de Cecília, colocando as mãos em sua cintura.

– Agora que você sabe que a Fabiana não foi viajar vai querer dormir lá?

– Só se você quiser que eu vá, se acha que vou te atrapalhar aqui.

– Até parece né? - diz lhe dando um beijo.

– Aí meu Deus Murilo! Mas meus pais disseram pra eu ir pra lá. E se ligarem pra Fabi?

– Relaxa, eles não vão ligar não e se ligarem a Fabiana dá um jeito de despistar eles. – diz beijando o pescoço dela.

– Não faz isso não... – diz passando as unhas de leve pelo braço dele.

– Isso o que? – pergunta se fazendo de desentendido.

– Mexer assim no meu pescoço. Me deixa mole...

– Eu sei, porque acha que estou fazendo isso? – diz dando algumas mordidinhas no local.

Cecília consegue desviar seu pescoço dos lábios de Murilo e o encara sorrindo.

– Você já se ligou nos meus pontos fracos né?

– Faz tempo... – diz sorrindo e colocando-a sentada na mesa da cozinha. – E sei que você gostou de eu ter me ligado nisso também não foi?

– É, gostei mesmo. – diz rindo.

– E aí, quer fazer o que agora?

– Posso pedir qualquer coisa?

– O que você quiser.

– Quero fazer outra vez!

– Já? Tem certeza?

– Claro que tenho! Isso é muito melhor do que eu imaginava! – diz sorrindo.

– Pelo visto criei uma monstrinha pervertida. – diz rindo e a beijando. – Mas sabe que até que gostei disso?

– Gostou mesmo? Só acredito vendo!

– Não seja por isso! – diz Murilo tirando-a de cima da mesa e a levando de volta para o quarto.

– Tem certeza que ninguém vai chegar né?

– Absoluta. Minha mãe só volta amanhã à noite. A casa é todinha nossa.

Cecília o beija, envolvendo os braços em volta do pescoço dele e entrelaçando os dedos entre seus cabelos. Murilo a deita na cama, abrindo o criado mudo e já deixando uma camisinha a postos.

– Vamos ver se você virou uma monstrinha pervertida mesmo. – brinca Murilo enquanto abre os botões da camisa que ela veste.

– Não completamente, mas quero virar! – diz Cissa tirando a bermuda dele o fazendo rir. – Apaga a luz vai.

– Querendo se esconder né?

– Não é bem isso...

– Não? Então é o que?

– É só até eu me acostumar a ficar sem roupa na sua frente. Por favor...

Murilo apaga a luz como Cissa havia pedido.

– Espero que essa sua vergonha boba de se mostrar pra mim não dure por muito tempo.

– Não vai durar, especialmente se você me ajudar a perder ela de vez.

– Isso com certeza! – diz a beijando.

Murilo joga a camisa que Cecília vestia no chão do quarto e se deita sobre ela, fazendo carinho em seu corpo.

– Gosto de sentir sua pele. É tão macia.

Cecília fica envergonhada, fechando os olhos, porém deixa um sorriso nos lábios.

– Você fica ainda mais linda com vergonha sabia? Mas queria te ver um pouquinho mais solta.

– Sério mesmo?

– Claro. Somos só você e eu, qual o problema?

Cecília sorri e dá um selinho em Murilo. O beijo fica mais quente e logo Murilo acha melhor já colocar a camisinha.

– Já colocou? – pergunta Cecília.

– Já, mas dá pra segurar um pouco mais nas preliminares se você quiser.

– Não é isso. – diz Cecília sorrindo – É que você disse que queria me ver um pouco mais solta não é?

– Com certeza! Porque a pergunta?

– Quero tentar uma coisa.

– Claro. Quer fazer o que?

Cecília sorri mordendo o lábio e se coloca por cima de Murilo.

– Entendi. Quer ficar por cima dessa vez!?

– Quero, só não sei se vou conseguir.

– Eu ajudo você. Vem cá.

Murilo encosta suas costas na cabeceira da cama e traz Cecília pra mais perto dele.

– Vem, senta devagar.

– Que vergonha! – diz com uma das mãos no rosto enquanto apóia a outra no peito de Murilo o fazendo rir.

– Esquece a vergonha princesa. Vai, confia em mim.

Cecília senta sobre Murilo que joga a cabeça pra trás.

– Uau! Isso é bom! – diz ela o beijando.

Murilo retribui o beijo e sorri pra ela.

– Ta confortável aí? – pergunta a ela.

– Está sim. Muito, diga-se de passagem. – diz sorrindo.

– Agora eu quero fazer uma coisa.

– Pode fazer o que quiser. – diz mordendo o lábio – Desde que não me tire daqui.

– Relaxa, não vou te tirar daí não, só se fosse louco.

Murilo beija a boca de Cecília, descendo em seguida para o pescoço, fazendo-a se contrair.

– Pescoço... – diz ela com a voz abafada.

– Adoro seu pescoço. É tão gostoso quanto sua boca. – Diz Murilo dando mordidas leves no local.

– É tão bom... Não para não, por favor.

– Parar? Nem comecei! – diz com os lábios bem próximos a pele do pescoço dela.

Murilo então desce os beijos até os seios de Cecília. Enquanto beija um, acaricia o outro. Agora era a vez de ela jogar a cabeça pra trás.

Ela está extasiada e nem se dá conta que está cravando as unhas nas costas de Murilo mais uma vez. Apenas percebe quando  ele se afasta um pouco.

– Desculpa bebê, foi sem querer.

– Não esquenta, eu gosto. Só tenta não tirar sangue de mim tudo bem?

Ela concorda com a cabeça e volta a beijá-lo.

– Se mexe um pouco. – pede Murilo.

– Não consigo, to com pernas moles.

Murilo sorri e segura a cintura de Cecília, ajudando a se mover sobre ele.

– Vou te soltar, tenta se mexer sozinha.

– Ta.

Murilo tira as mãos da cintura dela, que coloca as mãos sobre o peito dele e começa a se mexer. Murilo leva uma das mãos ao cabelo de Cecília, que agora está com os olhos fechados.

– Olha pra mim princesa, olha pra mim.

Cecília abre os olhos e olha para Murilo que está com a respiração ofegante. Ela está com o rosto suado e alguns fios de cabelo estão grudados nele.

– Ta cansada?- pergunta tirando os cabelos do rosto dela e os colocando atrás de sua orelha.

– Cansada não, mas minhas pernas estão moles, não consigo ir mais rápido.

– Descansa, agora deixa o esforço por minha conta.

Murilo tira Cecília de seu colo e se coloca sobre ela, penetrando-a em seguida.

– Pescoço, pescoço, pescoço! – praticamente implorava Cecília.

– Nem precisa pedir. – diz rindo beijando e mordendo o pescoço dela em seguida.

– Me fala qual é o seu vai. Qual o seu ponto fraco?

– Descobre sozinha. – diz Murilo ainda mordendo o pescoço dela.

– Não vai me falar não é?

Murilo faz que não com a cabeça enquanto morde o lábio inferior de Cecília.

– Beleza, descubro sozinha! – diz pegando impulso e virando na cama, fazendo Murilo ficar por baixo dela.

– Suas pernas melhoraram rapidinho né?

Cecília ri e começa a dar mordidas pelo pescoço de Murilo.

– Saquei qual é a sua, mas eu não vou falar nada... – diz Murilo sendo interrompido quando Cecília morde sua orelha.

– Hum... Acho que descobri o ponto fraco de alguém... – diz vitoriosa.

– É descobriu sim, mas não devia ter feito isso...

– Ah é? E por quê? – diz em um tom irônico.

Murilo a vira de uma vez na cama retomando o total controle sobre ela.

– Adivinha!?

Eles se beijam com um forte desejo e não demora muito até chegarem ao limite.

Murilo sai de dentro de Cecília que está tão ofegante quanto ele e deita sua cabeça entre os seios dela.

– Seu coração ta batendo rápido.

– Culpa sua. – diz com a respiração descompassada.

– Não gostou não?

– Não. Adorei! – diz rindo e mexendo nos cabelos dele.

Murilo sorri, levantando a cabeça e dando um selinho em Cecília.

– Já volto. – diz indo até o banheiro.

Cecília se cobre com um lençol e espera por ele, que não demora a voltar.

Murilo senta na cama apoiando as costas na cabeceira dela mais uma vez e traz Cecília pra junto dele.

– Se ainda pegando a prática da coisa você é assim, quando pegar o jeito vou ter trabalho. – brinca com ela que ri.

– To com sono. – diz deitando sobre o peito dele, que a envolve com os braços.

– Eu também. Pode dormir.

Ela se aninha nos braços dele e fecha os olhos. Após alguns minutos, já quase vencida pelo sono, pede uma coisa a Murilo.

– Promete que vai ficar comigo pra sempre.

– Não posso te prometer isso. O pra sempre, sempre acaba, mais cedo ou mais tarde. – diz fazendo com que ela olhe pra ele – Mas posso prometer outra coisa, uma que tenho certeza que vou cumprir.

– O que?

– Enquanto eu respirar vou estar com você.

– Promete?

– Já falhei com você em alguma promessa que fiz?

– Não, nunca.

– É assim que vai continuar sendo.

Cecília sorri e volta a aninhar-se nos braços dele, dormindo em seguida.