Opostos escrita por Nyne


Capítulo 19
Final feliz


Notas iniciais do capítulo

Olá queridas leitoras =)
Desculpem por não ter postado ontem, mas tive umas correrias aqui no serviço. para compensar, estou postando um pouco + cedo do que o horário habitual.
Espero que gostem!
Ah, apesar do título desse capítulo quero que fique claro que ainda tem muita água pra correr por debaixo dessa ponte ok?
Essa fic não tem final previsto e de certa forma agradeço a cada uma de vcs por isso, pois a cada review que vejo surgem novas idéias na minha mente.
Espero que não fiquem bravas comigo por prolongar a história.
Esse capítulo é dedicado a cada leitora que recomendou a fic (desculpem por não citar os nomes,mas sei quem são e fiquei mega hiper feliz por ver viu!)e a nossa + nova leitora e amiga
aninha_clara
Ótima leitura =)



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Cecília olha para ele ali na sua frente, com a mão estendida, pronto para pegar em sua mão. Ele estava lindo. Vestindo uma calça jeans em tom preto, tênis também preto, uma camiseta azul petróleo com uma camisa xadrez por cima, além de uma corrente bem grossa no pescoço. Isso sem contar o perfume, que parecia estar colaborando ainda mais para que Cecília entrasse em transe diante dele.

– Hei mocinha, vamos ou não? – pergunta Murilo ainda com a mão estendida esperando que ela pegasse.

– Ah é, vamos.

Ela exita um pouco em dar a mão para Murilo, mas acaba o fazendo. Ele por sua vez logo entrelaça seus dedos com os dela.

– Mão gelada. – diz ele olhando para ela e vendo que ela parece sem graça. – Vai querer mesmo ver esse filme chato?

– Claro! Ganhei a aposta!

– Não existe a menor possibilidade de você mudar de idéia quando chegarmos?

– Nem pensar!

Murilo ri, afinal não tinha como fugir, apesar de ele não desejar isso em momento algum.

Chegando ao cinema, a fila estava relativamente grande. Cecília pega a bolsa com sua carteirinha de estudante e o valor do ingresso, entregando para Murilo em seguida. Ele pega apenas a carteirinha, devolvendo o dinheiro.

– Não Murilo, é pra comprar o meu ingresso.

– Eu compro, vou pagar meia entrada mesmo. – diz com um sorriso, fazendo Cecília sorrir também.

Após chegarem ao caixa, Murilo compra os ingressos e os entrega a Cecília.

– Se quiser podemos ir pra sala já, pegar um lugar bom.

– É que eu to com sede, vou comprar refri primeiro. Tudo bem?

– Você que sabe.

Cecília compra dois refrigerantes e entrega um deles para Murilo.

– Porque dois? – pergunta ele.

– Um pra mim e um pra você oras! Já que você quis pagar meu ingresso, sobrou dinheiro. – diz com um riso sarcástico.

– Espertinha. Vamos logo, porque por incrível que pareça você não é a única que quer ver esse filme.

Eles vão para a sala e Murilo não consegue entender como em tão pouco tempo o cinema lotou daquele jeito.

– Onde vamos sentar?

– Tem lugar ali – aponta Cecília

Era no canto, onde só havia poltronas duplas. Ela olha para Murilo, esperando por sua aprovação.

– Tudo bem, vamos pra lá antes que alguém sente.

Eles vão para os lugares vagos e sentam. Murilo cruza os braços e fica olhando para a tela do cinema, ainda desligada.

– Não faz essa cara, você vai gostar. – diz Cecília.

– Se você diz...

– Bobo! Eu fui ao show com você com essa mesma cara e gostei.

– Gostou mesmo?

– Claro que sim.

– De tudo?

Cecília entendeu qual era o sentido daquela pergunta e mesmo sem graça respondeu:

– De tudo, não mudaria absolutamente nada.

Murilo sorri e leva a mão ao rosto de Cecília, porém nesse instante a tela se acende, o filme teria início.

Após os avisos de sempre e trailers o filme enfim tem início. Inicialmente Murilo parece meio perdido, não entende nada sobre a história do filme, mas depois de alguns minutos parece estar mais inteirado no que está vendo. Ele cochila algumas vezes, mas sem deixar que Cecília perceba.

Depois de quase duas horas o filme termina. Eles esperam que a grande maioria saia e saem em seguida. Já longe do cinema, do lado de fora do shopping, Murilo nota que Cecília está com um sorriso de orelha a orelha.

- Tanta alegria por causa de um filme? – pergunta ironicamente.

– Não só do filme, mas outras coisas também.

– Outras coisas é? - diz Murilo segurando Cecília pela cintura encostando-a em uma parede próxima – Tipo o que?

Cecília mais uma vez sente um frio na barriga, mas continua de onde parou.

– Várias coisas. Vi o filme, ganhei de você no xadrez, alias graças a isso você está aqui hoje.

– Posso te confessar uma coisa?

– Nem vem dizer que ganhei porque você deixou!

– Não, isso não. Você ganhou sem trapassas, admito. Quero confessar outra coisa.

– Ah ta, então pode falar..

– Mesmo que você tivesse perdido eu teria vindo ao cinema com você.

– Sério? Pra ver esse filme?

– Esse ou qualquer outro. O filme era o que menos importava pra mim.

Cecília fica visivelmente sem graça e corada e acaba abaixando a cabeça. Murilo levanta seu rosto pelo queixo, olhando para ela e sorrindo.

– O filme, o show, tudo o que fiz foi pra eu ficar mais perto de você Cecília. Você talvez não saiba, mas quando você ia embora eu me trancava no quarto e lia e relia tudo o que você me explicava, refazia várias vezes os exercícios que você me passava. Tudo isso porque não podia perder a chance de sair com você.

– Sua nota está explicada então. Seu esforço foi bem recompensado. – diz sem jeito.

– A nota pra mim não fazia tanta diferença. Odeio física e se tirasse a nota mínima exigida para passar estaria bom pra mim. O que eu mais queria era você, ficar perto de você.

Cecília não sabia o que dizer. Ela estava adorando ouvir cada uma daquelas palavras, mas não conseguia acreditar que era verdade.

– Cada vez que você perdia um jogo pra mim eu tirava sarro com a sua cara, mas acho que torcia pra você ganhar até mais que você mesma.

– Desde quando isso começou? Quer dizer, desde quando você começou a se interessar por mim?

– Desde o primeiro dia de aula quando te vi na sala. Na hora eu senti alguma coisa, algo que eu nunca senti antes por ninguém.

– Sei que você pode achar a pergunta que vou te fazer agora tosca, mas preciso fazer. O que você viu em mim?

– Eu vi você. Já te disse uma vez Cecília, você não é cópia de ninguém, moldada por ninguém, você é autentica você é de verdade. Meio desligada, mas de verdade.

– Desligada?

– É. Eu pensei muito mesmo no que estava começando a sentir por você e quando tive certeza do que sentia, do que queria te dei várias brechas pra ver se você notava alguma coisa, mas você nem se ligava.

– Ah... Não é bem isso. Eu até percebia, mas achava que era coisa da minha cabeça. – diz Cecília sem graça, fazendo Murilo sorrir.

– Não era coisa da sua cabeça. Mas se você achava isso, no fundo você também esperava algo mais não é?

Cecília fica corada.

– Eu me sentia estranha perto de você, sentia umas coisas que também não sentia com ninguém, nem com o Mateus.

– Podemos pular a parte desse imbecil? – diz Murilo fazendo agora com que Cecília sorrisse.

– Certo, mas como eu dizia me sinto diferente perto de você, me sinto bem sabe? É como se quando estivesse com você não tivesse medo de nada, não tivesse receios, vergonha de nada.

– Nem medos, nem receios e nem vergonha de nada?

– Sim, pelo menos é assim que me sinto.

– Será mesmo?

Agora Murilo abraça a cintura de Cecília ficando bem próximo aos lábios dela. Automaticamente ela faz o mesmo com ele, atitude que o faz sorrir e no mesmo instante tomar os lábios dela.

Era um beijo lento, calmo. Aos poucos Murilo pede passagem com a língua e Cecília cede. Ela troca as mãos de lugar e agora envolve o pescoço de Murilo, que a abraça ainda mais forte junto a si.

A sensação de ambos naquele momento era como se o tempo tivesse parado e eles fossem às únicas pessoas no mundo.

Murilo não mostra a menor pressa, pelo contrário, aproveita cada segundo para explorar a boca de Cecília. Lábio superior, inferior, língua, absolutamente tudo. Não quer desperdiçar nada naquele momento.

Cecília já estava ficando sem ar, mas não queria acabar o beijo. Nunca havia sido beijada daquela forma e não queria que aquela sensação terminasse.

Murilo percebe que o ar de Cecília está acabando então aos poucos vai parando o beijo. Eles se olham e sorriem um para o outro.

– Boquinha gostosa. – diz ele fazendo com que Cecília ficasse sem jeito.

– Seu bobo!

– Esperei tanto por esse beijo. E pelo o que percebi eu não fui o único.

Cecília sorri timidamente. Murilo acaricia seu rosto. Tem um sorriso no rosto que deixa Cecília encantada. Eles se beijam outra vez, mas com o mesmo desejo do beijo anterior. Ela agora parece estar menos tensa, menos nervosa. Enquanto beija Murilo acaricia suas costas e nuca e pode sentir que ele está gostando daquilo tanto quanto ela, pois a cada carícia ele pressiona ainda mais seus corpos. Quando ele enfim fica sem ar, separa seus lábios dando leves mordidinhas nos de Cecília.

– Melhor irmos indo pra sua casa. – diz ele.

– Verdade. Ta todo mundo olhando pra gente aqui.

– Deixa olhar! Mas não disse pra irmos indo por isso. É que está ficando tarde, não quero complicar pro seu lado.

– Mas sinceramente? Eu não queria ir embora... Ta tão bom aqui com você...

– Quanto a isso não esquenta, faço uma horinha no portão da sua casa se você quiser. – diz mordendo o lábio dela novamente.

– Vou querer sim, claro que vou! Mas antes de irmos posso fazer uma coisa?

– Pode fazer o que você quiser.

Cecília puxa Murilo pela nuca e o beija novamente. Ele não esperava por aquilo, mas resolve fazer o jogo dela e aperta sua cintura, aprofundando o beijo. Porém logo se afasta.

– Melhor parar agora moça.

Cecília faz um biquinho, o que faz Murilo sorrir.

– Não precisa fazer manha, continuamos de onde paramos no portão da sua casa. Mas agora vamos, não quero estragar a boa impressão que deixei com seus pais.

Os dois se abraçam e saem rumo à casa de Cecília. A noite estava apenas começando.



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Notas finais do capítulo

Pronto, estão felizes?
Enfim o beijo aconteceu =)
Mas esse não será o único beijo e nem a única emoção que essa fic lhes reserva. Como disse lá em cima, muita água vai correr por debaixo dessa ponte e com certeza vai surpreender vcs.
não esqueçam de deixar seus reviews e suas recomendações ok?
Bjão a todas e até o próximo capítulo =D