Caroline A Bruxa escrita por DamaDaNoite


Capítulo 6
Lembranças de um passado que não se pode apagar.


Notas iniciais do capítulo

Aqui está mais um cap. espero que gostem. E agradeço a
joycce andrade,
just a renegade e
Daiana Borrego,
pelos comentarios. E também a
Leh Linhares que esta um pouco afastada mas que acompanhou a fic des do inicio.



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Se você fosse um aluno do 7° ano da lufa-lufa e da corvinal acharia a cena um tanto engraçada. Uma jovem estava ofegante na porta, depois de tê-la escancarado, mas pelo visto isso não era engraçado para Dumbledore. Para que lhe olhasse atentamente veria que seu semblante estava sério e preocupado, ele se levantou e saiu com a jovem.

***

lá estava eu de frente para o professor arfando e sem saber o que fazer.

– o que ouve? – ele perguntou, mas eu não respondi de imediato. Eu me sentia fraca, com o se meu chão tivesse deixado de existir, “extinto” era a palavra que rondava a minha mente, palavra que insistia em me lembrar que eu era uma aberração que não deveria existir.

– magia elemental existe não é, me diz que eles não estão extintos por favor.- as palavras saíram de minha boca como um furacão mas ele entendeu.

– eu sinto muito, mas até que se prove o contrario, bruxos assim jamais pisaram neste mundo. – e finalmente meu mundo desabou, “extintos” essa palavra ecoava na minha mente como se todas as pessoas que riram de mim no passado, que me esquivavam ou que brincavam com meu coração, estivessem apontando pra mim agora dizendo que eu sou uma aberração que nem ao menos deveria existir.

– me desculpe perguntar, mas será que eu posso saber o motivo desta pergunta Caroline? – seus olhos debaixo do óculos meia lua me olhavam curiosos.

– Alvo, se eu lhe disser algo, você promete guardar isso em segredo? – perguntei, eu tinha que lhe falar, não podia manter isso somente para mim assim, meu coração não agüenta mais tanta tristeza, tanta dor.

– é claro, pode confiar em mim.

– Dumbledore, é impossível que nenhum bruxo elemental tenha pisado neste mundo. – eu disse olhando para baixo.

– porque você diz isso Caroline?

– simples Alvo. – eu disse agora olhando para seus olhos – porque eu sou uma bruxa elemental. – terminei enquanto via a face de Dumbledore se alterar entre descrença, tristeza e alegria.

Ele iria falar algo mas dera o horário de começar sua nova aula então simplesmente me despedi e me virei, agora eu teria que encarar Tom Riddle e sua curiosidade do porque que eu sai correndo daquele jeito durante 2 tempos de DCAT (com a grifinoria). Acabei achando Minerva e Charlus no meio do caminho e fui com eles para a aula. Ao chegar lá percebi que as cadeiras eram separadas emas das outras.

– a professora Galatea prefere que tudo seja feito individualmente. – disse Minerva.

Me sentei atraz da mesma enquanto os outros alunos iam chegando, pouco tempo depois, eu me vi cercada por grifinorios enquanto os sonserinos me encaravam com raiva.

– bom dia crianças. – disse a professora enquanto entrava. E devo dizer que ela me lembrou o professor Lupin,sempre sorrindo. – Caroline é bom vê-la em minha aula.- disse ela virada para mim, enquanto me olhava com olhos curiosos, pois eu sou uma sonserina e estou cercada de grifinorios. Acho que ninguém esperava por isso.

– digo o mesmo professora.

– bem então vamos começar. Hoje teremos uma aula um pouco diferente. – então ela retirou uma toalha de cima de um armário que se encontrava no meio da sala (as cadeiras estão em circulo), e o mesmo começou a se sacudir como se o que estivesse ali, lutasse para sair. Todos se entre olharam já com um pouco de receio de o que quer que fosse conseguisse o que queria.

– quem pode me dizer o que esta aqui dentro?

Vi que o Riddle olhava atentamente para o armário com o cenho franzido tentando achar a resposta, mas não era capaz de descobrir o que ali se encontrava. Com um suspiro que chamou a atenção de todos eu levantei a mão.

– sim senhorita Caroline.

– o que esta ai professora é um bicho papão, também chamado de ser sem forma, é um ser que se transforma no seu pior medo.

– e a senhorita saberia me dizer qual o feitiço que se é utilizado contra um bicho papão?

– o feitiço é muito simples, Riddikulos.

– sim excelente, 20 pontos para a sonserina. Agora por favor façam uma fila. Ótimo agora eu quero que todos vocês digam em voz alta Riddikulos.

– RIDDIKULOS. – o grito ecoou pela sala.

– ótimo, agora eu irei abrir a porta e um por um ele ira se transformar no seu medo, eu quero que vocês imaginem a coisa mais engraçada e então aponte a varinha para ele e grite Riddikulos, todos entenderam?

– sim.

– ótimo, então vamos começar. – ela abriu a porta. O primeiro aluno era um grifinorio, o bicho papão se transformou em... uma aranha?

– Riddikulos – o garoto gritou e um laço se enroscou no animal e fazendo-a levar um belo tombo, o que causou um acesso de riso em todos da sala. Quando o garoto passou por mim notei algo: cabelos ruivos e sardas. “Só podia ser parente do Ron mesmo”, pensei.

Logo depois dele foi uma menina da sonserina, seu bicho papão era, ... a ta de brincadera, só podia ser sonserina mesmo. O bicho papão dela era um leão, e tadinho ela deixou o pobre coitado de trancinhas e com um vestido rosa.

As “crianças” foram sendo testadas com seus medos bobos e infantis de quem não sabe como é o mundo real. Até que chegou o momento que eu mais temia, era a minha vez. me postei de frente para aquele ser que é capaz de olhar no fundo da sua alma e tomar a forma do seu pior medo.

De repente o ar da sala começou a se resfriar, o bicho papão que antes era uma serpente presa em um perfeito nó feito em si mesma ( essa é da Minerva) agora mudava de forma, seu corpo coberto por uma capa negra, sua face totalmente oculta por um capuz, mãos brilhantes e de um brilho cinzento, de aparência viscosa e coberta de feridas, como uma coisa morta que se decompusera na água, apenas uma enorme boca aberta com dentes pequenos e de aparência velha. Ele mais parecia um espectro flutuando. Mas essa não foi a pior parte e sim a jovem que apareceu na sua frente. Uma menina de 9 anos cabelos castanhos que mal batiam nos ombros e olhos da cor do mel. Agora sim a imagem estava completa, a minha pior lembrança, o dia em que meu maior medo se tornou real.

– não pode ser... – sussurrou Galatea – um dementador, como é possível...

***

– Riddikulos – gritou Caroline, enquanto uma lágrima escorria de seu olho direito. Um ventilador apareceu e assoprou a dementador e a menina que antes de ser levada olhou nos olhos de Caroline e sussurrou: foi sua culpa.

A mesma então saiu da sala sob o olhar espantado da professora, sem dizer uma só palavra. E somente quando o som da porta batendo ecoou pela sala que todos despertaram do susto. – estão despensados. – disse a professora ainda perdida em pensamentos.

***

o lago da lula gigante é muito gelado nesta época (na verdade em todas), mas não me importei e mergulhei meu pé na água, entrei no lago até que a água batesse em meus joelhos, sem me importar com a saia que havia se molhado também, e tampoco com o quão fria ela está. Apenas fiquei ali olhando para o céu e deixando que as lágrimas caisem livremente tentando em vão trancar novamente aquelas memórias que tanto me pertubam.

– o diretor deseja falar com você. – novamente aquela voz atraz de mim, não me virei mas mesmo assim eu perguntei.

– você sabe o que ele quer?

– não eu não sei, mas parece ser importante. – disse Tom, me virei com a cabeça baixa enquanto soltava um suspiro pesaroso, andei até ele. Com a varinha eu me sequei e calcei meus sapatos.

– você poderia me levar até ele, eu não sei a senha. – lhe pedi aindo de cabeça baixa, e sem dizer nada ele foi andando na minha frente.

O som dos nossos passos eram a única coisa que se ouvia pelos corredores de Hogwarts, pois todos os alunos e professores estavam em aula neste momento. Mas não prestei muita atenção nisto apenas segui os passos de Tom, até a diretoria tentando imaginar o que ele poderia querer falar comigo de tão serio.

Ainda estava perdida em pensamentos quando Tom parou anunciando que aviamos chegado, não ouvi a senha pois de repente senti como se sustentasse o peso do mundo sobre meus ombros, e foi quando pela primeira vez eu percebi que realmente tinha o mundo sobre os ombros, pois meus atos aqui poderiam impedir que o maior bruxo das trevas nasça.

Dispensei Tom, a partir dali era comigo. Desci as escadas e parei em frente a porta bati e somente entrei quando ouvi me chamarem. Dentro da sala encontrei o diretor, junto de Dumbledore e Galatea. A primeira coisa em que pensei foi que Dumbledore havia contado meu segredo para eles, mas a pergunta de Armando me acalmou, pelo menos um pouco.

– senhorita, sei que isso é um pouco desagradável mas eu recebi a informação de que a senhora já foi capaz de ver um dementador. Mas creio que isso seja impossível pois aos mesmos não é permitido a saída de Azkaban, por isso desejo que você me diga a verdade.

Eu fechei os olhos e soltei um longo e pesaroso suspiro, quando novamente os abri percebi que os três me olhavam com expectativa.

– isso aconteceu quando eu tinha 12 anos, era época de natal e como vocês bem sabem eu já estava no hospício, mas por ser a “melhor” paciente de lá eles me permitiam sair com tanto que eu voltasse até certo horário. Então eu resolvi dar um passeio com a minha protegida.

– a sua protegida? – perguntou Armando curioso.

– sim eu havia prometido que cuidaria dela e de sua irmã gêmea quando ambas possuíam 6 anos e eu 9. Mas coisas aconteceram e Hanna falecera um ano depois. E somente restou Sasha, eu era a única pessoa que ela tinha no orfanato depois da irmã. Estava passeando com ela pelas ruas de Londres era noite e estávamos passando por um tuneo e Sasha começou a falar palavras desconexas ela dizia que não importasse o que acontecesse ela estava feliz de ter me conhecido, que tudo valeu a pena e que não importava se ela morresse hoje ela havia cumprido o seu dever. Então as luzes começaram a piscar até se apagarem completamente, então dementadores apareceram. Eu nunca havia visto um antes, apenas havia lido sobre eles, mas sabia que eles jamais saiam de Azcaban por isso me assustei, Sasha olhava para todos os lados enquanto se contorcia do frio repentino, e me perguntava o que eu estava olhando, não percebi qundo foi mas quando me deu conta estava quase recebendo o beijo do dementador. Foi quando me lembrei do feitiço que se usa contra eles Expecto Patronum, então o usei. Agora vocês devem estar se perguntando o porque o Ministério não resolveu me prender e a resposta é: eu me defendi tarde de mais. Eles não me prenderam por que nenhum trouxa viu aquilo, pois a única que ali estava, se encontrava morta. – e assim eu terminei meu relato encarando minhas mão juntas que estavam em cima da saia, quando percebi dois pingos de água sobre minha mão e notei que estava chorando. Enxugei meus olhos com as costas da mão e olhei para eles. Armando e Dumbledore tinham na face um pedido silencioso de desculpas que eu aceitei concordando com a cabeça, já Galatea tinha nos olhos lágrimas que ela deixara rolar livremente.

Depois do relato fui dispensada e permitiram que eu faltasse as outras aulas com a desculpa de que estava doente. Então rumei diretamente para meu quarto e lá permaneci até que sono me encontrou, um sono sem sonhos...


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