Caroline A Bruxa escrita por DamaDaNoite


Capítulo 3
O diário




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Do lado de fora da seção secreta pode se ouvir um baque, e quem se atrevesse a entrar iria ver uma menina ajoelhada no chão com a face espantada e um livro na sua frente aberto na primeira pagina com duas palavras...

                                                                                    ***

- Tom Riddle... Não pode ser este é o diário de Tom Marvolo Riddle- eu estava confusa Potter havia destruído o diário no meu primeiro ano em Hogwarts quando fechou a câmara secreta, então como é possível ele estar aqui, na minha frente.

Virei à próxima página para ver de que data era 1943 o sexto ano de Tom aqui em Hogwarts. E logo abaixo da data havia um texto escrito em uma caligrafia impecável.

Sei que estou muito velho para escrever em um diário, mas eu necessitava falar com alguém que não fossem os imprestáveis dos meus comensais. Agora imagine eu Tom Marvolo Riddle, o mais temido bruxo da escola, que possui vários seguidores, da sonserina e que odeia trouxas e nascidos trouxas, no meu sexto ano em Hogwarts, lindo e querido por todas as mulheres da escola. Ótimo. Agora imagine um comensal imprestável chamado Abraxas Malfoy e mais outros comensais incompetentes que não tem nada melhor para fazer virem até mim e perguntar se eu Tom Riddle já. Amei. Alguém. É claro que a resposta foi e sempre será Nunca! Afinal esse tal de amor não presta, quando menos você espera a pessoa que você tanto ama te abandona. E alem do mais um amor só iria atrapalhar os meus planos. Não é?

 Tristeza e confusão eram o que eu sentia em cada linha que fora escrita. Pergunto-me, será que antes de se tornar o lorde das trevas ele era assim, um garoto normal com suas duvidas sobre o amor, sobre o futuro. Será que se ele tivesse se apaixonado, será que se alguém tivesse dado carinho a ele, mostrado que ele era especial, se importado com ele, teria sido diferente? Teria mudado alguma coisa?

Minha cabeça borbulhava de perguntas, mas seriam somente isso perguntas que jamais seriam respondidas, pois não da para voltar ao passado e ver o que teria acontecido. Ou será que dá. “é claro que não da tire isso da sua cabeça.” Minha consciência me repreendia, mas meu coração me dizia para tentar. Afinal se eu lhe desse uma segunda chance quantas pessoas a mais teriam outra chance... “a vamos tire essa Idea da cabeça, você não é uma heroína, e nunca vai ser, está não é a sua batalha, então pare já de tentar lutá-la.” É ai que você se engana, eu sei bem que não sou uma heroína, e que não faria diferença nenhuma se eu estivesse aqui ou não. Mas de uma coisa eu sei algo que muitos já se esqueceram. Não importa se você derrota o mal, pois um dia outro nascerá, por que não existe luz sem as trevas, uma não sobrevive sem a outra. Muitos virão depois de Voldemort, mas isso não é motivo para que não o derrotemos agora, não é motivo para que nos esqueçamos de hoje e tenhamos medo do amanhã. Se tivermos uma chance de vencer devemos agarrá-la mesmo que essas chances sejam escassas, por que pelo menos assim você saberá que tentou e estará mais forte para inimigos futuros.

E então depois desta pequena “conversa” com a minha consciência eu resolvi o que iria fazer. Iria fazer o que Dumbledore me pediu iria treiná-los, e quando estivessem prontos eu com a ajuda de Dumbledore iria voltar no passado e iria tentar mudar o futuro. Mas caso eu não consiga pelo menos nossos heróis já saberão o que fazer, e terão chances mais elevadas do que já tinham.

E foi isso mesmo que eu fiz durante toda a férias eu os ajudei a se preparar para a batalha, ajudei Harry com a oclumência. No inicio foi um pouco estranho, afinal eu era a mais nova, mas com o tempo eles foram me aceitando, e viram que eu podia realmente ajudar. Mas as férias estavam acabando, e o momento da minha partida chegando.

                                                                          ***

É isso, uma semana para o fim das férias. Estava descendo as escadas da direção, pronta para me encontrar com Dumbledore e fazer o pedido que iria mudar minha vida completamente, não só a minha como a de milhares de pessoas.

- entre. – eu ouvi vindo da sala, meu coração parecia que iria parar a qualquer instante. Quando entrei percebi que não estávamos sozinhos, o chapéu seletor e Arthur também estavam lá.

- desculpe, se eu não cheguei em boa hora eu posso voltar mais tarde.

- não se preocupe e já estava de saída, vim somente para informar que dentro de três dias nó iremos embora. – disse Arthur enquanto se levantava para sair.

- Arthur espere. – eu disse antes que ele saísse – a algo que eu quero dizer, e talvez seja melhor se você também ouvir.

- e o que seria Caroline? – perguntou Alvo com uma espreção curiosa.

- Alvo eu sei que o que eu irei lhe pedir é muito perigoso, provavelmente seja maluquice. Mas eu preciso tentar.

- ora diga logo o que lhe aflige minha criança. – disse Alvo já preocupado.

- Alvo eu desejo ir ao passado. Mais necessariamente para 1943.

- espera, mas esse é o ano que...

- Tom Riddle cursou o sexto ano em Hogwarts eu sei Arthur, eu sei. –eu o interrompi

- então o que você deseja fazer lá. – perguntou Alvo.

- bem Alvo eu achei algo interessante, na seção proibida.

- na seção proibida, mas eu não disse que você não poderia ir lá nessas férias. – disse Alvo um pouco irritado, é ele não gosta quando o desobedecemos.

- bem eu sei, mas, eu achei algo pelo qual acho que você se interessaria. – eu disse.

- e o que seria. – perguntou ele levemente curioso. Eu peguei o diário em minhas mãos e o entreguei.

- o diário de Tom Riddle.

- mas como assim, Harry destruiu o diário de Tom em seu segundo ano eu lembro. – desse Arthur um pouco alterado.

- eu sei Arthur. Acha que eu também não pensei nisso, era impossível, mas veja você mesmo, vamos abra na primeira pagina. – e Alvo fez o que eu disse. – viram. – eu falei apontando para as duas palavras escritas em tinta preta.

- Tom Riddle. Este é o verdadeiro diário de Tom Marvolo Riddle. – esta foi a vez de Alvo falar, ele parecia o mais alterado dos dois. Sua face era de descrença, como se estivesse vendo um monstro e não acreditasse em seus olhos.

- sim. E é isso que me fez querer voltar ao passado. Pelo que eu li Tom era um menino solitário, sem amigos verdadeiros, sem ninguém que dissesse que ele era especial e que lhe mostrasse outro caminho. E eu quero tentar.

- Por quê? Você sabe o quanto estará se arriscando? E se ele não lhe ouvir? – perguntou Arthur enquanto me encarava como se eu fosse uma louca. Acho que ele não sabe o quanto eu estou acostumada com isso.

- ele vai ouvir, afinal temos mais incomum do que parece. – eu lhe respondi com um sorriso triste no rosto.

- o que você quer dizer com isso. – ele perguntou sem entender.

- eu assim como ele também cresci em um orfanato dês de que nasci, mas minha vida foi um pouco diferente, pois com sete anos quando começaram a acontecer coisas “estranhas”, eles me botaram em um hospício. Onde eu fiquei ate ter 11 anos quando Dumbledore me encontrou.

- entendo. – ele disse com a cabeça baixa, como se pedisse desculpa por ter tocado no assunto.

- é mais não acaba por ai. – Dumbledore falou enquanto me olhava.

- como assim? – perguntou Arthur.

- eu também falo com cobras Arthur.

- como? – ele disse e desta vez bastante assustado.

- sim e é por isso que eu acredito que poderia mudá-lo.

Alvo me olhou pesarosamente, e deu um longo suspiro antes de responder.

- muito bem, mas você tem certeza dessa escolha? – ele me perguntou.

- sim Alvo, eu tenho.

- pois bem Arthur avise aos outros o que ira acontecer, Caroline você tem ate amanhã para arrumar as suas coisas. E ao meio-dia iremos abrir um portal para lhe levar ao passado. – ele disse com os olhos fechados, como se esta fosse a coisa mais difícil para ele fazer.

***

No dia seguinte quando acordei a primeira coisa que fiz foi pegar o diário. E abri novamente na primeira pagina. Tom Riddle, um nome tão normal, quem diria que ele se tornaria o maior bruxo das trevas existente. Bem chegou a hora de mudar isso.


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