Caroline A Bruxa escrita por DamaDaNoite


Capítulo 10
Constelações, uma aposta e


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, estou passando por problemas. Minha vó está internada prestes a botar um marca-passo, meu gato resolveu aparecer com um "rombo" abaixo da orelha que ficou infestado de bicheira. E estou na fase final da escola, então espero que compreendam.



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Constelações, uma aposta e

1° treino


Depois do quase surto na aula de Runas Caroline e Tom subiram juntos para aula de astronomia, todo o caminho até lá nenhum dos dois disseram uma palavra sequer, nesse meio tempo Caroline ficou perdida em pensamentos “sei que esse não é o meu tempo, mas já que essa sera a minha casa a partir de agora então porque não fazer valer a pena. Porque não deixar minha marca como muitos já fizeram”. Quando chegaram apesar de todos terem se assustado ao verem eles juntos, logo voltaram sua atenção para a professora que havia acabado de chegar.

– porque demorou tanto? – perguntou Charlus quando Caroline se aproximou deles.

– Não foi nada, só o professor querendo falar conosco. – respondeu ela ainda um pouco avoada.

– me desculpem ter chegado um pouco tarde, mas é que tive uma pequena reunião com o diretor. Bem vamos começar a aula. – disse a professora Aurora Sinistra. – esta noite iremos presenciar um fato histórico, uma chuva de meteoros (Caros leitores, este acontecimento não é um fato histórico (pelo menos não que eu saiba), e sim criado por mim). Bem ela deve acontecer dentro de alguns instantes então, por favor, todos tomem suas posições.

***

Logo todos os alunos estavam sentados em seus devidos lugares para presenciar aquele acontecimento. Então o céu se encheu de riscos, alguns brancos, outros vermelhos, e milhares de outras cores. Era um espetáculo, daqueles que você só pode ver uma vez na vida Foi quando parei e prestei atenção, a chuva parecia que desaparecia atrás do lago, era realmente um maravilhoso espetáculo. Durou alguns minutos, mas logo teve fim, e a chuva de meteoros deu lugar ao céu mais estrelado que eu já vi na vida, as estrelas pareciam querer brilhar como nunca e acima das árvores da floresta parecia haver uma aurora boreal.

Então me lembrei de algo, algo que havia escutado há muito tempo, mas não me lembrava quando e nem de quem...

– Os pensamentos do mar se unem aos desejos das estrelas e se fundem em um só. Dizem que em uma noite estrelada como está, até os amantes que estão separados como o céu e o mar podem reunir-se de formas misteriosas. – só depois de ver os rostos de Charlus e de Minerva me olhando é que percebi que havia pensado aquilo em voz alta.

– o que foi isso? – perguntou minerva.

– algo que eu ouvi, há muito tempo atrás.

– bem alunos, por hoje chega. Mas gostaria que como vocês me trouxessem um trabalho de 30 cm sobre as chuvas de meteoros. – disse a professora antes de dispensar a turma.

Me despedi de meus amigos e fui andando até a parede de pedra que marcava a entrada do salão comunal da sonserina. Passei pela passagem e dei de cara com os seguidores de Tom, mas o mesmo parecia não se encontrar, eles pareciam estar me esperando, e pela cara deles não era boa coisa.

–Caroline... – disse um deles com a voz arranhada como se tivesse dificuldade para dizer meu nome, como se ele não passasse do pior lixo.

– o que querem?- disse sem me deixar levar pela provocação.

– você acha que pode derrotar o nosso amigo, fazer-lo passar vergonha ao ser rebaixado por alguém como você, uma simples sangue ruim. E passar impune? – perguntou o Malfoy.

– A luta foi ontem, porque estão fazendo isso hoje? – perguntei não entendendo.

– simples, queríamos pensar muito bem na sua punição. – disse outro garoto.

– muito bem e qual seria ela?- perguntei com os braços cruzados e o olhar que quem não está nem ai para o que eles vão dizer.

– uma luta. – disse Malfoy.

– contra quem?

– contra mim. – o grupo abriu passagem para que o garoto passasse. Ele devia possuir 1,75, moreno de cabelos e olhos negros. Estava vestindo apenas parte do uniforme, sem a caba e nem a gravata. – meu nome é Jonathan.

– interessante, e você seria de qual ano? – perguntei, e ele deu um sorrisinho.

– 7° ano.

– mais interessante ainda. Está bem Jonathan, lutaremos amanhã a meia noite no lago. Pode levar quem quiser para presenciar a luta, mas só lutaremos eu e você, sem trapaças. Será que um sonserino é capaz de fazer isso?

– não se preocupe, não necessito de trapaças para vencer alguém como você. – disse ele parecendo estar com o ego afetado.

– muito bem então. Mas que tal tornarmos as coisas um pouco mais emocionantes? – perguntou Malfoy.

– como? – Jonathan pelo visto estava curioso pelo que Malfoy iria dizer, mas devo afirmar que não estava nem um pouco. Afinal pelo que já conheço dos Malfoy’s, é que nada que saia da boca deles presta.

– uma aposta. – ele disse.

– que tipo de aposta? – perguntou Jonathan.

– se Caroline vencer, o que eu acho difícil. – dei o meu “melhor” sorriso para ele. – nós – disse apontando para todos, até mesmo Jonathan. – nos tornaremos seus servos durante uma semana. MAS se Jonathan vencer... você Caroline fará tudo que quisermos durante uma semana. Todas as nossas vontades. E digo logo, nós sonserinos somos exigentes. – terminou ele com um sorriso no rosto de quem tem certeza de que vai vencer, e estava ansioso por isso.

– muito bem, se todos os outros concordarem com isso, eu aceito. – falei sem receio algum. E creio que foi isso que fez os outros concordarem, afinal o que eles mais queriam era me ver no fundo do posso. – mas tenho uma pergunta para fazer.

– faça. – disse Malfoy.

– o Riddle, por acaso sabe disso? – perguntei sorrindo sarcasticamente já sabendo a resposta.

– não, e se você abrir a boca... - disse Malfoy deixando a ameaça no ar.

– não se preocupe Malfoy, eu quero essa luta. Então não vejo motivos para sair por ai contando para alguém que pode muito bem arruinar tudo. – eu disse antes de virar as costas e subir as escadas. Até que eu parei na metade e me virei. – nos vemos em Hogsmeade, amanhã. – então para meu quarto, onde encontrei as meninas dormindo. Fiz minha higiene botei meu pijama e fui dormir. Mas eu tinha me esquecido que hoje seria o meu primeiro dia de treino com Morgana...

***

Quando Caroline acordou novamente ela se encontrou na mesma campina, mas diferente da ultima vez, agora era o sol que permanecia no céu.

– ola Caroline. Espero que esteja descansada por que como prometi, irei lhe treinar esta noite.

– e como vai ser o treinamento? – perguntou Caroline um pouco temerosa.

– já lhe digo, será pesado e desgastante. Primeiro irei treinar seu corpo, um bruxo jamais pensa nele, então você terá uma arma valiosa. Em seguida irei treinar a sua mente, você deve estar preparada para qualquer situação, e com a mente sempre clara para preparar as melhores estratégias até mesmo nas piores horas. Por ultimo e não menos importante irei treinar a sua magia. No fim, você a melhor bruxa de todos os tempos.

– só tem uma coisa que eu não entendo, por quê? Eu sei que você disse que eu sou a escolhida, mas sinceramente eu acho que você pode estar enganada. Eu nunca fiz nada de bom, na verdade eu perdi tudo aquilo que um dia dei valor, sou órfã, nem mesmo meus pais me quiseram e a única coisa que eu sei fazer é ter medo. Apesar de não demonstrar, e sempre me fazer de forte na frente dos outros e tenho medo. Tenho medo de ficar sozinha de novo, tenho medo de decepcionar as pessoas, de ser fraca, e pior de tudo, o meu maior medo é o meu passado. – Caroline pela primeira vez desde que tinha 12 anos, se permitira chorar, com a cabeça baixa e ajoelhada no chão de terra.

O lugar a sua volta comovido pelo sofrimento da jovem fez com que o lago refletisse o sol de tal maneira, que tudo ao seu redor parecia ter as cores do arco-íres, o vento passou levemente pela face da menina como se fizesse um casto carinho. Para Morgana aquela cena e as palavras da jovem eram tão tristes que prometeu a si mesma que iria mudar aquilo, que iria mudar o pensamento da jovem e mostrar que seu passado não é o pesadelo que ela tanto teme.

Morgana se aproximou de Caroline e se agachou em sua frente, levantou seu queixo e a fez olhar dentro de seus olhos, os olhos da lua por instantes que pareceram durar séculos, se viu refletido em olhos misteriosos e nebulosos como uma tempestade. E me atrevo a dizer que o mesmo aconteceu com a jovem. Olhos irmãos se chocaram por um breve instante, antes que Morgana resolvesse falar.

– você perdeu tudo o que tinha e até o que não tinha, durante anos pensou que não merecia ter ninguém ao seu lado, pensou que esse era o seu destino. Mas isso mudou, chegou a hora de ser quem você sempre deveria ser.

Então sem mais nem menos, o treino começou. Caroline descobriu que aquele lugar na verdade era uma ilha, protegida por magia. Ela teve que dar 5 voltas ao redor da ilha, e olha que ela não é pequena; teve que se esquivar dos diversos feitiços aleatórios que Morgana lançava em si, e pela bruxa mais velha não ter varinha, era meio difícil saber de onde o feitiço vinha. Mas Morgana lhe deu umas dicas que realmente salvariam a sua pele se ela estivesse em uma guerra:”nunca tente ver de onde o ataque vem, sinta o ataque, sinta a magia. Fazendo isso você nunca será atingida não importa de onde ele venha.” O treino foi longo e extremamente puxado. E Caroline nem acreditou quando finalmente Morgana a liberou permitindo que a jovem entrasse em um sono sem sonhos...



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Notas finais do capítulo

Até a próxima...