Posena escrita por Filha de Apolo


Capítulo 41
XLI - Love or War?


Notas iniciais do capítulo

Who wins?
~~Eu demorei
só 2 semanas pra postar
como eu sou linda
E O CAPÍTULO FICOU GRANDINHO!
Tá, n ficou enorme como os d'ALdT, mas deu 3 folhas do word eu acho
o q é muito, pra quem estava sem tempo e sem inspiração
então espero que gostem
e continuem mandando reviewsssss ♥33333



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 -O que queres agora? - A deusa murmurou, fingindo estar lendo o mesmo livro que pegara há duas horas, que insistia em tentar reler, mesmo que sua cabeça estivesse a anos-luz de sua biblioteca. Sentir aquele cheiro – a maresia se tornava presente no ar assim que ele passava pela porta, sempre –, era como se ele soubesse que ela estava pensando nele.

-Te incomodar. O que mais seria? - Ele sentou na poltrona ao lado da de Atena. Aproveitou o movimento e colocou para trás da orelha dela uma mecha do cabelo que se soltara do coque, fazendo corar violentamente.

-Não sei, às vezes tenho esperança que você vai fazer algo produtivo. - Atena tentou disfarçar seu rubor com o sarcasmo.

-Eu fiz um filho que salvou o Olimpo. O que me diz disso?

-E eu fiz uma filha. Estamos quites. - A deusa começava a voltar para a sua cor normal.

-Não é uma competição.

-Tudo é uma competição entre nós. - Atena fechou o livro, inquieta. Podia sentir o peso do olhar dele sobre si. Poseidon pareceu refletir por um momento, para então roubar o livro da mão de Atena. - Hey!

-O que está lendo?

-Um livro. Agora me devolve!

-Calma, Ateninha, não vou rasgar seu precioso livro. Sobre o que é?

-Os mortais.

-Hum – Poseidon observou a capa e depois devolveu o livro para Atena. - Sobre as Grandes Guerras?

-Sim. É engraçado como eles veem as coisas. Se eles soubessem que a culpa dessas coisas é sempre nossa ou dos semideuses...

-Daí não teria graça.

Atena sorriu involuntariamente, lembrando de alguém.

-Não me diga que está lendo isso por causa dele?

-Quê? - Atena olhou Poseidon, pasma. – Ele quem?

-Fernando.

-Ãn?

-Ah, você sabe, o pai da loirinha.

-Frederick?

-Mesma coisa.

Atena rolou os olhos, sorrindo.

-Como chamar sua mulher de Afrodite? Os mortais fazem bastante isso.

-Sério?! Bah, eu queria trocar Anfitrite pela Afrodite, as coisas iam ser bem melhores.

Atena franziu o cenho, se sentando de frente para o deus.

-Achei que vocês estivessem bem.

-Por quê?

-Ah... - Atena desviou o olhar, fitando o interessante carpete do chão.

-Por causa daquele dia?

-Que dia?

-Não se faça de louca, Atena. Você e Anfitrite estavam prontas para se engalfinharem na minha frente.

-Não seria por sua causa, convencido.

-Hey, eu não falei nada! - Ele sorriu, jogando os braços para cima.

-Mas pensou!

-Então admite que eu penso!?

-Não! Quer dizer... - Atena bateu com o livro (pesado, por sinal) na cabeça do deus, sem controlar a risada.

-Te peguei! - Poseidon sorriu, adorava o som da risada da inimiga, era o equivalente a acertar um ataque. Suas defesas desmoronavam e ela se deixava vulnerável. Era raro de acontecer, mas quando ele conseguia valia até a pena os machucados depois das piadinhas.

-Besta.

-Sou besta mas eu penso.

-Vai me incomodar pra sempre com isso, certo?

-Uhum. Nem é a primeira vez que você diz isso, mas eu só me toquei agora.

-Ah sim, você pensa mas é lentamente, eu esqueço desse detalhe.

-Eu não sou lerdo! Não sei de onde vocês tiram isso.

-Você acabou de me dar um exemplo. - Atena se arrumou na cadeira novamente e deixou o livro em cima da mesa.

-Mas então, se sentindo como um herói? - Ela disse, o sorriso permanecia e uma sobrancelha se erguera em seu rosto.

-Eu não preciso me sentir como um herói, eu sou um herói. - Ele cruzou os braços e ergueu a cabeça com um ar de superioridade.

-Ah, certo, eu havia esquecido. - Disse, o sarcasmo transbordando de suas palavras, como sempre acontecia perto dele.

-Tsc. Deve exercitar sua memória de vez em quando, Ateninha. - Poseidon sorriu ao vê-la rolar os olhos.

-Enfim, meus parabéns. - Ela iniciou um sorriso novamente .- Mesmo que tudo isso seja “um pouco” por minha causa. - Ela completou, fazendo questão de desdenhar do “pouco”. Agora era a vez dele rolar os olhos.

-Por favor, Atena, eu fiz o que fiz por causa de meu filho.

-Claro, eu sei. Pode deixar que eu sei. - Ela piscou do modo mais irritante que conseguiu e arrumou o cabelo, soltado-o e deixando os cachos caírem por cima dos ombros.

Eles ficaram em silêncio por um tempo. A deusa sentia como se estivesse fazendo algo de errado, mas logo se perdia nos olhos de Poseidon e nem se preocupava com a sensação. Era como se não pudesse conviver calmamente com ele por causa de alguma lei antiga. E ele se sentia do mesmo jeito.

Queria parar de encará-la, iria acabar falando besteira, mas o olhar dela era penetrante demais. Dessa vez não era como se ela estivesse tentando entrar em sua mente e descobrir seus planos, ou fazê-lo pedir desculpas por um comentário sujo. Ela estava simplesmente... o observando. E era muito estranho. Não estava acostumado com aquele tipo de olhar. Ou era raiva vinda de Atena ou de seus irmãos, ou era indiferença vinda das mulheres que ele não podia nem queria ter, como Perséfone, Deméter, Hera, Héstia e Ártemis, ou então era o desejo das mulheres que queriam tê-lo.

Mas não. Ela estava realmente o analisando, apenas ali, parada o fitando.

Ela o olhava como Sally já o olhara.

X--X--X--X--X

Ela se amaldiçoaria para o resto de sua existência.

Atena andava apressada pelas passarelas do Olimpo, que ligavam um castelo ao outro. Os caminhos eram estreitos e confusos, mas Atena conseguia sentir o perfume da deusa de longe, sem contar que seu senso de direção era impecável.

Apenas esperava não encontrar seu irmão por lá, seria traumatizante, principalmente para ela.

Mas não importava. Precisava ver Afrodite. Depois da imbecilidade que fizera, só a deusa do amor poderia ajudá-la. E ninguém poderia saber. Ninguém.

Assim que entrara no castelo de Afrodite, Atena fora abordada por uma ninfa (quase isenta de vestimentas) e levada para o salão principal, já que a passarela levava à uma entrada secundária.

Infelizmente, Afrodite não estava em seu trono. A ninfa saiu, se desculpando, para procurar sua mestra. Enquanto isso, Atena observava o ambiente.

Finalmente Afrodite havia saído de sua fase rosa-pink, então a Sala do Trono estava decorada com vermelho, a cor da paixão, e tons de vinho. O trono era a coisa mais clara da sala, sendo de mármore, com detalhes extravagantes ao bom e velho estilo de Afrodite.

Atena se perguntava quem projetara a sala para a deusa, já que essa não estava tão desordenada como a deusa da sabedoria imaginara. Não teria sido Annabeth, já que a parte do Olimpo com os Palácios havia sido pouco abalada, Cronos se focara no que importava para Zeus e nos templos dos deuses, não em suas respectivas moradas, o que fora um alívio para Atena, que não poderia perder sua biblioteca.

-Atena, é bom que tenhas uma boa razão pra me atrapalhar. - A voz de Ares ecoou pela sala, despertando a deusa.

-Não vim para falar contigo, Ares, vim por Afrodite. - Atena se virou, se arrependendo ao encontrar o irmão apenas de cueca. Atena corou por instinto, desviando os olhos para o cabelo do deus.

-Eu sei, mas ainda assim me atrapalhaste. - Ele sorriu, vendo o desconforto da irmã. - Ela está no quarto, te esperando. Giselle – Ares chamou uma das servas com a mão -, vai te levar até ela.

A moça apenas assentiu, de cabeça baixa, e esperou que Atena viesse para perto de si. Aproveitando a demora da deusa, a ninfa desviou o olhar para o corpo do deus da guerra, sorrindo maliciosa e involuntariamente.

Atena pigarreou e esperou que a ninfa a guiasse pelos corredores. Não se incomodou de se despedir de Ares, provavelmente o deus ficaria por perto até Afrodite estar livre.

Parando em frente a porta aberta do quarto principal, a deusa da sabedoria se questionava mais uma vez sobre a importância de falar com a deusa do amor. Não sabia se conseguiria se abrir corretamente para Afrodite, as duas não eram exatamente muito compatíveis. E se a deusa a levasse mal? E se a julgasse como os outros o fariam?

Não que ela tivesse base para julgar alguém, principalmente por recém ter traído seu marido, mas Afrodite era Afrodite e Atena era Atena. Talvez as mesmas leis não eram aplicadas as duas. E Afrodite nunca jurara fidelidade a Hefesto, isso não estava presente nos votos do casamento.

A ninfa que a acompanhara agora já estava longe, voltando para onde estava Ares, provavelmente. Afrodite devia se cuidar a respeito disso, possessiva como sempre fora. Atena percebeu, pelo canto do olho, uma movimentação vinda do banheiro. A deusa saía vestindo um robe branco de seda por cima de uma camisola curtíssima, também de seda branca, ambos quase totalmente transparentes.

-Atena, o que a traz aqui? - A voz de Afrodite preencheu o quarto, quase como uma melodia. Estava de bom humor, então trazia um ritmo suave e um sorriso brilhante nos lábios, vermelhos do recém uso.

Elas eram tão diferentes. Atena percebia isso sempre que se encontravam. Até mesmo seus olhares as denunciavam. A deusa da sabedoria trazia frieza e seu olhar era esquematizado, ela analisava o alvo, seus pontos fortes e fracos, sempre que se encontrava com alguém. Acontecia a tanto tempo que as análises iam direto para seu subconsciente, principalmente às das pessoas que ela já conhecia.

Afrodite, pelo contrário, trazia ternura em seus olhos. Encantava todos que a olhavam para que eles mesmos denunciassem seus pontos fracos, ou tomassem uma posição vulnerável. Atena não podia dizer que ela era burra, como muitos insistiam. Não mesmo, a deusa do amor era traiçoeira, muito esperta e poderosa. Com os anos, Atena aprendera que não era bom brincar com Afrodite. Da experiência toda que ela tinha, de ter convivido com os banais titãs e passado pela transferência do poder de Cronos para os filhos, Afrodite aprendera, e muito bem, a usar seus truques sem que ninguém percebesse.

Mas não funcionava com Atena, e elas continuavam sempre um mistério para ambas. Afrodite não podia manipular a deusa da sabedoria perfeitamente, e Atena sempre tinha suas dúvidas sobre as conclusões das posturas e gestos de Afrodite. Ela era muito transparente quando queria, mas também sabia se esconder atrás de sorrisos e carícias.

-Precisamos conversar. - Atena disse, depois do súbito momento de análise. Apostava que Afrodite havia feito o mesmo, observando Atena e adicionando, provavelmente, algumas críticas e elogios esquecidos.

-Já era em tempo! - Afrodite abriu um sorriso espontâneo, assustando Atena com o modo que falara.

A última coisa que a deusa precisava era de mais confusões sem resposta em sua cabeça, e tudo indicava que se abrir com Afrodite apenas pioraria as coisas.


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Notas finais do capítulo

Uma coisa que faz tempo que eu não vejo é recomendação nova
complicado isso aí produção
xcknaoisdbcnakdscçibadc
mas eu ainda amo vocês
e vocês me odeiam agora, sdkconbasdiçnclksndkc



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