Posena escrita por Filha de Apolo


Capítulo 40
XL - Only Friendship?


Notas iniciais do capítulo

EU SOU UMA PUTA
SÉRIO
FAZ O QUÊ? UMAS TRÊS EXISTÊNCIAS QUE EU NÃO POSTO NADA?
Sério, não sei como vocês me aguentam.
E o capítulo ficou uma bosta também
Masssss, pra alegria de vocês (e a minha)
e por um motivo muito lindo e especial rialto
eu estou mto fofa então Posena vai tomar um rumo mais fofo agora, eu acho scoanisdbcnlsads
até porque tá chegando no final K
awnawnawnananwanwnanawnanwawn, love is in the air
porque eu simplesmente precisava de alguma coisa que me empurrasse pra frente com minhas escritas
e uma inspiração
e amar dá uma criatividade do caralho :3



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Atena respirou fundo. Odiava aquela mulher. Principalmente depois do que ela havia visto, não tinha como simplesmente fingir que ela era agradável. Ela achava que tinha mais poder do que Atena, o que sempre foi um absurdo. Atena podia não controlar diretamente a água, o fogo ou as pessoas, mas ela se virava muito bem usando seus próprios meios para isso.

Aquele cabelo descolorido e desidratado por causa do sol e aqueles olhos verdes vazios, sem conteúdo nenhum, também irritavam Atena profundamente. Também havia sua voz. Como conseguia ser tão irritante! Falava com as pessoas como se fossem seus empregados e constantemente usava um tom de voz agudo, como se estivesse falando com crianças ou animais.

Por alguma razão – que Atena fingia desconhecer -, a deusa nunca gostara dela e quase sempre que as duas se encontravam acabava em briga.

O bom é que Ares sempre estava lá para apartar a discussão ou então Atena sessaria sua dúvida sobre a imortalidade de alguns tipos de deuses.

–Querida, está tudo bem? - A falsidade da deusa era quase palpável. Atena percebeu que estava quieta há alguns minutos já, fitando os músculos dos braços do deus. Mesmo depois de todo o tempo passado com ele, Atena só reparara naquele momento o quão forte ele realmente era. Não era o que aparentava quando ele perdia para ela.

–Eu estou ótima, e vocês? - Atena largou um sorriso claramente forçado, piscando como se fosse um anjo. O deus largou a deusa e cruzou os braços – com bastante esforço -, depois se apoiou em um pilar próximo. Ela soltou um gritinho agudo em protesto e se posicionou na frente de Atena.

Estava usando um salto que mais parecia uma perna de pau, ficando alguns centímetros maior do que Atena, já a dando mais uma razão para se achar superior.

–Estamos ótimos. - Ela retribuiu o sorriso de Atena, arrumando o vestido. Se é que aquele retalho podia ser chamado de vestido. E ainda por cima tinha decote!

O deus passou a mãos pelos cabelos, revirando os olhos. Odiava quando aquelas duas se encontravam, nunca dava boa coisa.

–Anfitrite, vamos? - Poseidon resmungou. As duas deusas olharam para ele. - Eu estou cansado e não aguento mais esse lugar. - Ele complementou, olhando de sua esposa para Atena e depois para os deuses menores que passavam por eles.

–Claro, meu bem. - Se a ninfa conseguisse forçar mais suas palavras, Atena vomitaria. Sorte que a deusa da sabedoria nem estava prestando atenção, seus olhos perdidos nos de Poseidon. Travavam uma batalha mental, sem deixar nenhum vestígio. Anfitrite nem percebera e continuara falando besteiras, provavelmente frases que eram pra irritar Atena, mas ela nem se importava.

Os olhos do tom de cinza tempestade pareciam trovejar em conexão com os olhos de Poseidon, num tom único que de verde que Atena nem conseguia encaixar em alguma cor única, pois eles mudavam de cor freneticamente, dependendo do humor de seu dono e da intensidade de suas palavras.

Há minutos que estavam em silêncio, Anfitrite cruzou os braços, apenas então percebendo o porquê de estarem quietos.

–Vamos, Poseidon – O tom dela era rude, quase como uma ordem. Atena queria rir vendo a cena. Poseidon, que se dizia e se achava tão poderoso sendo mandado por uma ninfa. Eles se mereciam mesmo, eram farinha do mesmo saco.

–Vamos então, estou cansado de te esperar. - Ele quebrou a conexão com Atena e virou as costas, sem nem dar tchau. Anfitrite, que não poderia perder a oportunidade, virou e deu um sorrisinho falso na direção de Atena, com uma glória sem motivo estampada nos olhos cor d'água.

Ah, como ela odiava aquela mulher. Se ao menos pudesse brigar com ela, ao invés de Poseidon. Era tão menos doloroso ter um outro alguém pra descontar sua frustração, mais um inimigo. Odiava também ter de brigar com Poseidon. Como se fosse já uma lei, não podiam conviver em harmonia, se não se xingassem um silêncio confortável se erguia no ar, mas algo comprimia Atena, como se a dissesse que aquilo era errado.

Ela até já estava perdendo as memórias dos tempos que passara com Poseidon. Os reais, não as ilusões. O tempo antes de Medusa, quando os dois realmente conseguiam se entender.

Se tudo fosse como antes, ele não a xingaria ao chegar, a abraçaria e beijaria seu rosto ou sua testa, murmuraria uma ou duas piadinhas maldosas, como sempre, e eles conversariam como amigos. Verdadeiros amigos.

Ele brincaria com o cabelo dela e ela com seus dedos. Ficaria vermelha cada vez que se aproximassem demais, mas isso era parte, não?

Algo dentro de Atena a dizia que não, aquilo tudo não era amizade. Não era de um amigo que ela precisava.

Talvez já estivesse, há muito, cansada de ter de cuidar de si própria. Por orgulho, nunca deixara que ninguém a protegesse, Poseidon e Ares apenas o faziam por birra, sem pedi-la autorização prévia.

Ah, como ela sentia falta disso. De ser amada realmente. Não apenas de ser a estrategista, o “cérebro” do Olimpo. Crescendo, perdera as duas pessoas que mais se importavam com ela. Ares, pela preferência que Zeus dava à Atena, crescera amargurado, afastando-se da irmã, mas não a abandonara.

E Poseidon. Parecia que ninguém os queria juntos. As Parcas conspiravam contra eles, colocando milhões de coisas em seu caminho. Antes as coisas eram mais simples, agora tudo que Atena conseguia mentalizar era atrapalhado pela sua cidade, Atenas, pela Górgona, por Anfitrite, pelo seu juramento.

Se ao menos ela pudesse achar, dentre as milhões de possibilidades que sua cabeça formara, ao menos um jeito de arrumar tudo isso sem machucar a si mesma e aos outros.



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Notas finais do capítulo

Sugestões para tortura de certas ninfas estão abertas
ganha 1bjo quem der a melhor sugestão.
Ahhhhhhhh, e essa capítulo é para o Anony do tumblr que não desistiu nunca de me pedir pra escrever Posena.
E pro Rodrigo s2, mas ele não vai ler isso aqui, então não conta.
Não me odeiem, por favor, eu fiz o Enem esse feriado, não deu nem pra chegar perto do computador direito, meu sono tá todo desregulado ainda.
E eu voltei de viagem agora e tenho que colocar a matéria em dia chora~