Havia se passado três meses desde o ataque que Poseidon sofrera no seu reino. Ele fora para lá e não voltara mais. Atena pensou em aparatar lá, mas ela ficaria presa por causa da pressão, e sem respirar. Ela não morreria, claro, só ficaria para sempre lá, se corroendo de dor. 

Ela estava andando pelos jardins do Olimpo, havia falado para o seu pai já, sobre ela e Poseidon. Poseidon.. ah como ela o odiava por ser tão perfeito.. tão insolente, sem jeito, engraçado, poderoso, incrível. Só havia um problema: ela tinha um juramento.

Ela jurou pelo Estige, ela não podia simplesmente quebrar esse voto, ela era uma das Donzelas.. ah céus, o que ela faria? Não havia parado para pensar nisso porque Poseidon tinha o dom de fazer ela se esquecer de todas as responsabilidades que ela tinha, mas agora que ele estava distante, ela começou a remoer coisas e a se deprimir.

-Irmãzinha - Os pensamentos de Atena foram interrompidos pela voz áspera e grossa de Ares.

-O que é que você quer, Ares? - Ela falou com desprezo, sem parar de caminhar.

-O Pai quer falar com você.

-Ah, tá. Tchau.

-Nenhum "obrigada meu irmão perfeito por me avisar sem ter gritado comigo" ?

-Não. E o único dos meus irmãos que chega perto da perfeição é o Apolo. Agora, se me deres licença, eu vou falar com o nosso pai.

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-Filha, nós vamos ser atacados, pelo que eu fui informado, e eu preciso que você fique por aqui e mobilize o pessoal, acho que vamos precisar de todos. Eu estou pensando em despachar alguns grupos para acabar com eles antes que alcancem o Olimpo. Vamos ter uma reunião de emergência mais tarde, todos nós deveremos comparecer, eu acho que até o Hades vai ter que vir.. ~na menção ao irmão, Zeus revirou os olhos.

-Ah, certo, pai. - Ela geralmente daria um discurso, mas não estava muito bem para isso. Se despediram e ela foi para o seu quarto, analisar a lista de deuses e formar exércitos fortes.

Por mais banal que isso seja, e por mais que ela não queira admitir para si mesma, Atena havia ficado feliz. Não com a guerra, mas com a reunião, significava que eleviria, Poseidon, ao menos para dizer que tinha coisas melhores a fazer do que lutar pelo Olimpo, já que Zeus sempre teve tudo sob controle. 

Ela iria vê-lo novamente, e isso bastava.