Dedication escrita por Mandii_B


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, minha vida tá uma bagunça, estou no último semestre da faculdade e é muito tenso!
Tentarei postar mais vezes e escrever mais fics, por enquanto é só. Bjos e aproveitem o capítulo.



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 BELLA POV

O fato de Edward não sair da minha cabeça não era bem uma novidade. Mas o fato de Henri reparar no efeito de Edward em mim era o problema. Tivemos uma briga homérica quando chegamos da festa e agora ele dormia no sofá, isso não era o que eu esperar. Queria ter paz na minha relação com Henri, contudo não conseguia esquecer Edward. Como investir em alguém se meu coração já possuía as marcas de outro?

Respirei fundo, tinha que trabalhar e não deixar minha vida pessoal interferir nisso. Tentei me focar apenas nos grupos terapêuticos que eu realizava e nas atividades diárias, porém encontrar Edward sentado ao lado de Bree no grupo me deixou inquieta. Engoli seco ao vê-lo, tentando disfarçar aqueles sulcos no estomago toda vez que o via.

- Eu sou o padrinho de Bree, espero que não se incomode com isso. – A garota sorridente olhou pra mim em busca de uma resposta. O que eu podia dizer pra minha paciente? Jogo sujo Edward, jogo sujo.

- Não há nenhum problema é ótimo ver você, na verdade Edward. Você está se superando. Como vai o livro?

- Bem. Eu tento sair de casa, fazer outras coisas, me distrair pra ter criatividade para continuar. Aquele livro me suga.

- Vá devagar. – ele riu cínico.

- Seu pai já se preocupa comigo o suficiente Isabella.  – ergui minhas mãos em rendição e sentei na cadeira que me era designada.

Comecei a observar a relação entre Edward e Bree enquanto eles interagiam, Edward era todo sorridente pra ela. Pelo menos ele servia pra alguma coisa além de atormentar meus pensamentos e minha relação. Ele ficou tímido a reunião toda, após o término conversou um pouco mais com Bree e em seguida foi embora sem se despedir. Tinha trabalho pra fazer e tempo de menos para me preocupar com Edward. E assim terminou meu expediente.

O que tinha tudo pra ser um dia normal, foi embora quando percebi que meu pneu estava furado. Grunhi de raiva percebendo que não era um simples estrago, e que eu não sabia trocar um pneu e que não havia nenhum homem por perto. Podia perdir para Henri vir aqui, mas nós estávamos chateados demais um com o outro e eu tinha meu orgulho. Maldito orgulho. Jasper estava numa reunião com a gravadora da banda e não poderia me ajudar.

- Problemas no paraíso? – revirei os olhos ao ouvir a voz rouca que tanto me atormentava e me deixava louca.

- Olá Edward. – sorri tentando ser simpática, ele era um homem, homens sabiam trocar pneus, certo? Edward estava encostado no seu carro modelo antigo o qual não consegui identificar qual era. – pensei que já tinha ido embora.

- Voltei pois estava com uma dúvida sobre o medicamento que deveria tomar e a dosagem, mas doutor Cullen já me esclareceu.

- E então, problemas no paraíso? – ele se pôs ao meu lado.

- Sim, meu pneu furou.

- Não é um grande problema.

- Você sabe trocar? – faça algo que presto ao invés de cheirar tão maravilhosamente bem e sorrir pra mim.

- Nãããão, mas eu posso oferecer uma carona. Aí você pede a alguém que saiba trocar, quem sabe, seu namorado perfeito. – titubeei com a possibilidade de Edward me dar uma carona. Afinal, ele era Edward, tudo que minha mente gritava era “beije-o” assim que eu o via. Ficar num carro com ele seria uma tortura.

- Vamos? – ele girava a chave com o dedo indicador. Revirei os olhos pensando na possibilidade de pegar um táxi, mas não sei o que me deu pois entrei no carro com Edward. Ele riu de algo que eu não consegui identificar.

- Sem gracinhas e minha casa fica...

- Eu sei onde você mora baby, relaxe.

- Baby?

- Estou tentando descontrair. Dia cheio?

- Sim.

Edward ligou o som para deixar o clima menos tenso entre nós. Não sabia que ele gostava de Amy Winehouse e era bem irônico o fato, mas nada comentei. Percebi que ele fazia o caminho para rodovia e não para minha casa, era o caminho contrário.

- Edward? Pensei que você sabia o caminho.

- E eu sei.

- Está errado.

- Não, estamos indo por um caminho bem mais interessante.

Ele sorriu de canto sem tirar os olhos da estrada. Seu olhar me assustou. Era meio que diabólico.

- Edward! Pare esse carro agora! – seja lá o que ele estava planejando não podia ser bom.

Ele soltou uma gargalhada.

- Bem que eu pensei em te amordaçar e fazer suspense, mas não sou bom nisso.

- O quê?

- Sabe, como nos filmes. Assisto Dexter também, peguei umas idéias, mas nada aplicável. Seu comportamento está me fazendo questionar meus métodos. – ele nunca olhava pra mim. Então fiz o inevitável enquanto a raiva me consumia, bati nele. Sei que poderia matar nós dois com o meu comportamento, contudo não vi outra solução.

- Bella, chega! – ele enfim parou o carro. A porta continuou trancada. – Você enlouqueceu?

- Enlouqueci quando aceitei sua carona!

Edward respirou fundo e pegou a água no seu porta garrafa.

- Bebe isso e se acalma. Eu vou te levar de volta sã e salva ok? E ainda vou mandar um borracheiro de minha confiança trocar seu pneu, por minha conta. – seu sorriso cínico me deixava ainda mais nervosa. Bebi a água sem pensar duas vezes sentindo o liquido acariciar minha garganta. Continuamos o caminho, o retorno segundo a placa era há cem quilômetros.

O sono inevitável me dominou, bocejei várias vezes tentando me manter acordada. Minhas pálpebras pesavam, meu corpo amolecido e anestesiado. Então adormeci.

- Sim, eu sei que eu não devia ter feito isso, mas era a única solução. – A voz distante parecia irritada. – Olha eu vou cuidar dela ta? Não estou sendo louco, psicopata ou paranóico, estou apaixonado. Pessoas apaixonadas fazem besteiras, certo? Depois nos falamos Gigi, tenho que olhar Bella.

Os passos me fizeram tentar mexer alguma parte do meu corpo, porém não consegui. Estava amolecida, cansada e sonolenta. O que quer que Edward tenha me dado fez efeito. Olhei ao redor, já era noite, estávamos numa casa de pedras parecia perdida em alguma colina, mas era vintage.

- Edward? – chamei ainda grogue o desgraçado pelo nome. Eu fui seqüestrada.

- Bella. – Edward correu até a cama sentando-se na ponta. – Olha, antes que você tente me agredir, te dopar foi a única maneira de trazê-la pra cá.

- Por quê? – foi o que consegui perguntar. Nem argumentar eu podia.

Entregue-se - Tiê

- Você me disse pra lutar por você, eu sei que estou metendo os pés pelas mãos, mas quero por todos os pingos nos is entre a gente. E isso não pode ser feito enquanto vivemos nosso presente. Temos que ser apenas eu e você. Vou buscar um café pra você.

Rendi-me pois nada poderia fazer, o remédio ainda fazia efeito. E por mais que eu quisesse esganá-lo Edward tinha razão, de uma forma louca ele tinha razão em querer acertar as coisas entre nós, afinal tudo estava inacabado. Ele pôs a xícara de café na minha boca virando lentamente, deixei o liquido quente atingir minha garganta, aos poucos fui voltando ao normal.

- Pode começar...

- Começar o quê? – ele se pôs ao meu lado. Fui levantando aos poucos e sentando na cama, nunca desejei tanto um espelho para avaliar meu rosto provavelmente amassado.  – você fica linda quando acorda.

- Edward por favor! – Disse sabendo do efeito do seu jeito doce de falar sobre mim.

- Você disse pra lutar por você e é o que estou fazendo Bella!

- Explique-se desde o começo. – Respirei fundo.

- Eu sempre amei você, tá? É isso que você queria ouvir?Fui fraco pra assumir, por isso usei toda minha energia pra atormentá-la. Fui egoísta. E eu te amo, não posso e não quero mais fugir disso. – se fez silêncio, eu não tinha nada a dizer. Além desse desejo imenso de diminuir os espaços entre nós e foi o que eu fiz. Eu o beijei com uma intensidade que eu nunca senti antes, como se eu me sentisse jovem de novo. Com dezessete anos e os hormônios em plena elevação.

Minhas mãos percorreram seu peito até chegar a barra da camisa, arranquei completamente irracional e cegada pela voracidade do momento. Edward sorriu olhando em meus olhos que refletiam felicidade. Nosso momento feliz. Então ele fez o mesmo, tirando a blusa que eu vestia. Em menos de cinco minutos nossas roupas estavam no chão e nos beijávamos interrompendo apenas para tomar ar. Sua boca alcançou meu pescoço, seus quadris se ligavam a minha virilha e eu sentia nossas peles queimarem. Ele percorreu o vão dos meus seios com a língua e deu atenção aos dois, massageando-os com delicadeza. Então ele me penetrou com cuidado, ligando nossos corpos mais ainda, éramos um só por um longo momento que perdurou entre os movimentos que fazíamos. E eu cheguei facilmente ao céu, ao ápice da felicidade e pelo sorriso no seu rosto quando debruçou-se sobre meu corpo, ele também.

- Então é assim que é ser normal. – ele riu.

- Como assim?

- Eu pouco concretizei meus desejos sentimentais, dava muito mais valor aos carnais. Agora que percebi isso.

- Então Carlisle não foi tão competente, afinal?

- Ele é muito competente, eu que sou cabeça dura, não aceito as coisas que ele me faz ver.

- Você sempre teve mecanismos de defesas fortalecidos, nunca baixou a guarda.

- Estou abaixando pra você.

- Então seremos dois, porque também estou abaixando a guarda pra você. Eu te amo, Edward Masen. 


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Notas finais do capítulo

Calma, não acabou, o mundo real tá aí pra lembra aos dois que existem problemas. hahahaha
Espero que gostem e comentem!



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