Monsters Arena escrita por Luiz Daniel


Capítulo 7
Liberdade


Notas iniciais do capítulo

finalmente consegui postar esse cap



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Eu pulei sobre o Frankenstein com os punhos cerrados e o atingi com um soco, mas foi um golpe inútil. Estávamos lutando contra esse oponente há muito tempo, e eu conseguia prever suas ações. Várias vezes eu tive que ver a mim mesmo morto, e também não conseguia suportar por muito tempo. O problema era que o inimigo além de ser mais forte, podia ver o futuro sete vezes mais rápido que eu! Em quanto a fadiga nos alcançava Vvolf veio a mim encurralada e disse

– Não está dando certo! Ele é muito resistente, eu me sinto socando a parede de um cofre forte! Aegis, nós precisamos achar outro jeito... – O nosso inimigo nos dá um soco que poderia acertar ambos, mas graças as minha previsões consegui empurrar Vvolf e desviar dele.

Eu precisava achar outra maneira, não era só sua resistência mas seus olhos eram o foco do problema, existe um ponto delicado no lado esquerdo de seu rosto e esse era o seu ponto fraco, quando Vvolf o acertou nesse ponto percebi que estava atordoado e confuso, e que vinha protegendo esse ponto a luta toda... Por um momento a minha cabeça morta começou a funcionar e eu me lembrei que os olhos só podem ver a morte!

–Vvolf! – Chamei.

– Tem um plano? – ela tinha percorrido todo o ringue cansando o Frankenstein para me dar alguns segundos de atenção.

– Os olhos... Mesmo com essa quantidade insana o poder dos olhos não é acumulativo! Ele não consegue usá-los por completo, se você acertar um, isso anularia a previsão. – Ele se voltou para nós e começou a golpear freneticamente em nossa direção como um boxeador faminto por dentes do adversário. Mesmo sendo perigoso eu sabia o que tinha que fazer: ia usar minhas habilidades regenerativas para suportar os golpes esmagadores do nosso adversário.

“Deixa comigo”, falei bem longe de Vvolf, mas ela leu meus lábios, com um tom preocupado ela acenou a cabeça como se dissesse sim.

– Ei, você tá tendo muitos problemas com duas crianças, acho que está ficando velho. Seria melhor se você parasse com as e sentasse na varando olhando o dia passar... – comecei a provocá-lo para que desse atenção para mim.

– Quem é você minha esposa? – disse ele em tom irônico.

– Não... – retruquei – e também não acho que alguém seria, não em sã consciência...

O rosto dele mudou, estava bravo e queria me espancar... E foi o que ele fez, depois de muitos socos eu estava ficando zonzo, mas a minha habilidade regenerativa podia dar conta então me concentrei em bloquear ataquea mais fatais e dar oportunidade para Vvolf, quando percebi uma abertura segurei seu braço e o puxei para mim dando uma oportunidade que Vvolf aproveitou para cutucar o olho do ombro esquerdo com suas garras.

– Malditos! Isso é o troco! – Ele grunhiu e acertou meus olhos me impossibilitando de fazer previsões, estávamos literalmente olho por olho. Ou não.

– Aegis! – Grita alguém desesperadamente e soluçando, é com certeza uma voz feminina, mas parece...

“Espera! Eu me lembro disso!”, pensei. Ainda cego levei meu corpo para a direita e ouvi um soco estrondosamente forte atingindo o chão ao meu lado.

– Isso é impossível você não pode ter visto! – disse Frankenstein, quando minha visão voltou percebi que sua mão estava presa no chão da arena.

– Acabou, finalmente acabou. – depois de dizer isso eu cerrei meus punhos e os acertei no ponto fraco dele, no pequeno ponto na parte esquerda do rosto, e por um momento eu ouvi ele dizer:

– Finalmente... eu que o diga!

A arena silenciosa observou a queda de seu campeão, surpresos e apavorados, começarão sussurros pela plateia até que começou um alerta de emergência :

– ALERTA! ALERTA! Sistemas de controles principais violados!

As grades começaram a abaixar e diversos monstros entraram ferozes e sedentos por sague. Eram muitos para os guardas, e eles foram esmados pela multidão de pessoas e não pelos monstros. O que me surpreendeu é que nenhum deles atcou nenhum humano, e depois reparei: todos os monstros eram ogros, trolls, goblins, elfos e todo tipo de monstro acostumado a viver em sociedade.

– Bunica! – exclamou Vvolf.

– Foi ela? Precisamos acha-la! – eu disse, mas o rosto dela ficou triste e assim ela disse:

– Ela não vem... pois não há vida esperando por ela lá fora.

– Há quanto tempo ela está aqui? – perguntei

– Desde que eu tinha quatro anos... há treze anos. Ela me ensinou a esconder meu sexo para sobreviver aqui, por bastante tempo me considerei um homem até você chegar. – ela entrelaçou seus dedos nos meus e juntos assistimos os monstros tomarem todo o complexo da arena.

– É eu sei que vocês são jovens, estão apaixonados, etecetera e tal, mas é melhor vocês removerem o meu marca-passo antes que cheguem reforços! – Era Frankenstein que estava dizendo isso, para nossa surpresa ele ainda estava vivo jogado no chão.

– Frankenstein!? Você... como pode.. – estava confuso, se ele estava vivo porque não tentou um contra-ataque?

– Aegis e Vvolf, há muito eu esperava alguém que pudesse me derrotar, alguém forte o suficiente para quebrar o pilar de Monsters Arena, e então eu encontro vocês, os únicos capazes de libertar os monstros! – disse o nosso adversário derrotado tossindo e sangrando. Isso significava que ele tinha esse plano desde o início ele não era o vilão, mas sim a nossa prova.

– Se você quer libertar os monstros por que criou essa loucura pra inicio de conversa? – perguntou Vvolf confusa.

– Para protegê-los dos humanos! – respondeu ele.

– Você matou centenas! – exclamei.

– Para proteger milhares. – ele respondeu. – Eu tive criar essa loucura para torna-los fortes, foi isso o que ela queria.

– Ela? – eu perguntei.

– Os alarmes já soaram não? – perguntou o coitado semimorto.

– Sim – respondemos.

– Então a minha função aqui já acabou... – ele enfiou a mão no peito tirando seu coração com um chip metálico. – Vão rápido ele tem que estar batendo para funcionar. Ah, e Aegis... eu tenho um presente para você... a minha antena direita nas minhas costas, considere um troféu – nas costas ele tinha duas antenas que pareciam pequenos para-raios o esquerdo estava fortemente preso nas costas da criatura, mas o direito saía, e como se estivesse desembainhando uma espada tiro a peça de metal com lamina dupla de seu corpo.

Nós pegamos o coração e a “espada” e corremos para o litoral onde a multidão de monstros encarava os portões, Na verdade não havia nada os im pedindo de passar, mas um passo além daquela linha e eles seriam churrasquinho de monstro.

– E agora? – pergunta um líder ogro para mim.

– nós vamos usar isso – mostrei para ele o coração mas ele estava parado e gelado.

– Não pode ser! – Exclamou Vvolf – nossa última esperança!

– Vamos voltar – sugeriu um troll.

E assim todos começaram uma marcha melancólica de volta para a arena, até que eu me lembrei do presente que havia ganhado de Frankenstein. Puxei o para-raios de ferro e toquei com sua ponta afiada no coração adormecido, o para-raios lançou uma corrente elétrica no coração, o suficiente para reanimá-lo, o fazendo pulsar e saltar ao mesmo tempo para a entrada da ilha, desabilitando todo o sistema de defesa da ilha.

– Conseguimos... – murmurou um líder orc – CONSEGUIMOS! A vitória é nossa!

Todos os monstros comemoraram eufóricos, não duvido que em todos esses anos abunica tenha escolhido a dedo as comunidades de monstros que sairiam de Monsters Arena, eram todos honrosos e justos, e havia até mulheres entre eles, mulheres que eram respeitadas e protegidas, que vieram de gerações que nunca conheceram o mundo de fora, uma geração com uma sede inesgotável por liberdade.

Prosseguimos em direção aos barcos que estavam ancorados nas docas, devíamos ser cerca de trezentos monstros ou mais, e estávamos prontos para embarcar quando ouvimos vozes humanas.

– Então, graças ao erro daquela criatura abominável, vamos ter que mostrar para essas criaturas o lugar delas! – disse um homem atrás de nós, devia ter trinta e tantos anos e tinha uma postura arrogante e ereta. – Acharam que seria tão fácil? Acharam que nós iriamos colocar milhares de monstros sob os cuidados de outro monstro?

– Acabou, nós vencemos, foi uma luta justa! – Eu gritei para ele, assim todos os monstros começaram a se exaltar atrás de mim, alguns gritavam velhas canções de guerra em sua língua nativa, e outros simplesmente gritavam eufóricos, a tensão começou a nos atingir quando os soldados que vieram com o homem marcharam em nossa direção.

– Acamem-se! – Gritei para eles. Observei o terreno cuidadosamente, era um penhasco que desembocava no oceano, com uma estreita faixa de praia atrás de nós, onde estava o cais. Quanto mais subíssemos em direção aos inimigos mais alta era a queda. Era uma luta de terrenos elevados, tínhamos que defender nosso território em um lugar menos elevado e por isso a vantagem era do inimigo, poderíamos ir para cima deles contudo mas a vantagem era deles, precisamos de uma forma de usar a baixa altitude em relação ao inimigo ao nosso favor, e por sorte, isso era a especialidade das múmias. – Goblins, usem as armas que tomaram dos guardas, e se aproximem pelo flanco esquerdo! Trolls, vocês são a nossa linha de frente, empurrem eles para o mais alto possível, e as demais raças, ataquem depois da investida dos goblins.

– Porque nós te obedeceríamos? – perguntou um goblin.

– Devemos seguir alguém! – disse um orc – e eu prefiro seguir aquele que nos deu liberdade, do que um anão verde!

O goblin se calou e se juntou ao outros em quanto o orc deu ordens aos seu guerreiro, logo a minha estratégia estava sendo executada : Pela sua estatura e agilidade os goblins subiram o flanco esquerdo do inimigo rapidamente, e os trolls com seu corpos adaptados para fiordes e penhascos lutar naquele terreno não foi um desafio, mesmo portando armas de fogo era preciso mais do que isso para nos derrubar, os goblins derrubaram os soldados pulando em seus rostos, assim eles teriam dificuldades ´para tirá-los e os outros não poderia atirar neles, os trolls haviam empurrado os humanos no ponto em que eu queria então dei a ordem :

– Atacar!

Orc, Ogros, Banshees e elfos me seguiram na eliminação dos humanos que contrariavam a nossa liberdade, os que não foram mortos foram empurrados para o penhasco. No geral, tinha sido uma batalha fácil contra inimigos enfraquecidos e eu não gastei muito a minha nova arma. O líder orc me trouxe o líder dos humanos, o mesmo homem arrogante que havia nos insultado antes.

– Você não parece mais tão superior agora! – disse a ele. Ele estava amarrado e sangrando, obviamente esperando sua execução.

– Minha morte e minha derrota não serão nada comparado ao que está por vir jovem múmia – disse – Mesmo se me matar aqui, me mate sabendo que sua morte o aguarda!

– Corte a perna dele. – Disse para o orc.

– Você vai deixa-lo viver, mesmo depois dele ter tentado nos impedir? – perguntou o orc perplexo.

–Não... quero saber se ele tem sorte, corte a perna dele e o jogue no mar. – disse.

A noite caía e todos nós entravamos nos barcos, Vvolf e eu estávamos na proa de um deles olhando a movimentação dos vampiros, que não puderam sair graças ao sol, mas anoite vinham para fugir da tirania imposta naquele calabouço. Ele estava com a cabeça no meu ombro quando o mesmo orc que havia me ajudado e batalha toda veio falar comigo.

– Desculpe interromper, mas queria falar algo em nome de meu povo. – Ele era esverdeado e tinha pequenas presa saindo de seu maxilar inferior, o cabelo crespo moicano era intensamente preto e dava um ar de guerreiro para ele. – Meu nome é Alg’ham, sou o líder dos orcs no Monsters Arena, ou melhor, era. Eu devo muito a você e espero que tenha a sua ajuda e espero que me ajude a conduzir o meu povo a liberdade.

– Eu também devo muito a vocês, se fossem todos, nós não conseguiríamos escapar. – disse eu ignorando Vvolf completamente, coisa que provavelmente estava deixando ela irritada.

– Muito obrigado e espero que possa se unir a nossas festividades– e ele se retirou.

Vvolf no meu ombro estava furiosa e começou a mudar completamente o tom de voz.

– É realmente uma habilidade única ignorar completamente uma pessoa que está praticamente colada em você, Aegis Djedefré!

– Acabou... – murmurei.

– O-o quê? V-você não está falando sério não é? Eu nem me lembro mais do que me deixou brava, não precisa tomar decisões precipitadas! – disse ela trêmula

Ela achava que eu estava falando do nosso relacionamento, mas eu me referia a isso tudo que estava acontecendo, nossa liberdade finalmente veio, e nós estávamos eufóricos.

– Não é disso que eu estou falando... – disse eu com um ar frio

– Então avise antes – Ela já tinha perdido praticamente toda a cor e o frio da noite abalava a costa, estiquei meu braço bob seu ombro para aquecê-la e ela aceitou de bom grado.

– Que zumbi quentinho – murmurou ela.


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Notas finais do capítulo

O final? Talvez. Depende de vocês, se quiserem que a história contiue deixem reviews.