Cheguei em casa e entrei em meu quarto que nem estava pintado, depois de quase 1 ano de mudança. Bom, depois da morte do meu pai, Vitor, passou de mal para pior. Nenhum psquiatra sabia o que ele tinha, muito menos nós. Eu só sei que, o doutor que ele estava indo recentemente disse á mim que, não aceitando a morte de papai, ele reecriou o mesmo em sua cabeça. Aquilo definitivamente doia. Ele sabia completamente de tudo que havia acontecido, apenas não aceitava, e isso doia, tinhamos que colocar um prato de comida a mais nas horas das refeições, e Vitor, ah! Ele conversava com meu pai como se ele estivesse realmente ali. Minha mãe também não estava muito bem, desde que meu pai morreu, ela não fala mais nada com nada e fica quieta o tempo inteiro. Minha familia estava desmoronando, novamente, porém eu tinha que conviver com isso.

(...)

O tempo passou bem rápido, e já estava esperando o Syn na sala, Vitor, falava com meu pai e minha mãe ficava quieta observando, ouvi o som da bozina do carro dele. Me levantei e me despedi de todos, inclusive meu pai,

Fomos para a praia, afinal, era o melhor lugar para ambos de nós. Já era tarde e não tinha ninguém la, apenas estava eu e ele conversando.

– Lizzie. - Ele disse me passando a cerveja.

– Fala. - Falei tomando um gole da cerveja.

– Namora comigo? - Ta, ok, fudeu, isso foi o suficiente para que eu cuspisse toda a cerveja que tava na minha boca, mas também não erapra tanto, por que falar em um momento desses? Custa deixar eu terminar de tomar a cerveja pra falar isso? Ou não, ele quer me ver dando uma cusparada?

– Ta brincando né? - Disse irônica, claro que era mais uma brincadeira sem graça dele, depois do Jimmy ele era o mais retardado de nós, isso quando não bebia.

– Não. - Ele riu.

– Colocaram alguma coisa nessa porra né? - Falei levando a cerveja para o meu nariz para que eu pudesse examinar aquela coisa, de verdade, tinha alguma coisa errada, ou é só eu que to pensando isso?

– Também não. - Brian colocou a mão na boca da cerveja impedindo para que eu examinasse. - Olha, é sério, eu realmente gosto de você e eu senti aquilo no beijo, é idiota, eu sei, mas por favor me da essa chance. - Ele me olhava sério.

– Sem brincadeira? - Perguntei ainda desconfiada.

– Nenhuma. - Ele afirmou decidido.

– Bom, o meu plano era viver essa paixão platônica por tempos, mas já que quer assim... tudo bem. - Sorri, ok, não estava falando nada com nada, mas de certa forma, isso na minha cabeça fez sentido.

– Bom... - Ele riu da minha explicação. - Eu não tenho a aliança aqui então... - Ele tirou seu chapéu e arrancou a fitinha que nele tinha, cortou-a na metade e enrolou no meu dedo anelar direito e fiz o mesmo com ele. - Eu vou comprar as alianças, mas quando eu tiver dinheiro. - Ele riu sendo acompanhado por mim.

Bom, a partir de agora essa seria minha nova vida, seria estranho tudo bem, eu sei, mas eu tinha que me acostumar afinal, a quase um ano eu estava namorando a maior vadia do mundo sem saber disso. E de repente, tudo mudou; eu estava namorando com um cara que sempre imaginei que odiava, agora eu o amo, e faz parte da minha vida...