Beijos Roubados E Sorrisos Marotos. escrita por Ketlen Evans


Capítulo 9
O começo das travessuras.


Notas iniciais do capítulo

Mais um cap! o/ e agora vamos começar a ver os marotos em ação. Gente eu queria saber quem foram os dois lindos que adicionaram a história aos favoritos. Por favor quem quer que seja me manda um review contando? Eu ficaria muuuuuuito feliz sabe.



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      - Vamos Lílian, acorda. – Dizia Marlene sacudindo a amiga e puxando as cobertas.

       - O que foi? – Lílian disse se desembolando das cobertas e encarando a morena com cara amassada.

      - Já são sete e quinze. As aulas começam em 45 minutos.

      Foi o que bastou para Lílian entrar em desespero. Havia dormido demais e não queria de jeito nenhum se atrasar no seu primeiro dia. Tomou um banho rápido e foi vestir seu uniforme.

     - O que é isso? – Disse surpresa apontando para a própria capa onde agora estava bordado um brasão vermelho e ouro com um grifo sobre as cores.

     - É o brasão Grifinória. – Disse Alice sorrindo. – Os elfos domésticos bordam na primeira noite em Hogwarts para que os professores sempre saibam diferenciar os alunos. E também ganhamos isso, - disse estendendo uma gravata vermelha e amarela para Lílian, - que é para usar no verão, e isso, - apontou para um lindo cachecol nas mesmas cores da gravata, - que é para o inverno.

    Lílian vestiu seu uniforme, com Marlene lhe ajudando a dar um nó na gravata, prendeu o cabelo em um coque desajeitado e junto com as outras meninas começou a descer as escadas. Passaram rapidamente pelo buraco do retrato e deixaram a mulher gorda falando sozinha.

    Dobraram um corredor e iam começar a descer as escadas quando Lílian e Marlene foram atingidas nos cabelos por uma coisa gelatinosa e verde.

    - Mas o que... – começou Marlene, mas foi interrompida por sonoras gargalhadas que vinham de trás de uma armadura. Lílian jogou sua mochila no chão e marchou até o local de onde saiam as risadas.

    - Você! – Lílian estava começando a ficar muito vermelha enquanto encarava o rosto sapeca na sua frente.

   - Não ruiva. Nós! – Disse James Potter tirando Sirius de um canto mais afastado e deixando-o bem a vista.

    - Eu devia ter imaginado. – A voz de Lílian era um sibilo raivoso, mas os garotos ainda estavam rindo audivelmente. – Seus...

    Mas do que Lílian ia chamá-los nunca souberam, porque nesse exato momento o furacão em forma de Marlene McKinnon chegou onde os meninos estavam.

    - JAMES POTTER! – gritou com tamanha potencia que seu grito poderia ser ouvido por todo o castelo. – COMO VOCÊ OUSA FAZER ISSO COMIGO NO PRIMEIRO DIA DE AULA?

    - Calma Lene. – James parecia ter um visível medo da menina. – Eu só queria acertar a ruiva, mas você estava junto com ela e Sirius disse que seria divertido ver as duas indo para a aula com gelatina no cabelo.

    - GELATINA!? – Marlene parecia ainda mais fora de si. – Você vai se arrepender por isso Potter. – Disse agora num sussurro raivoso. – Vou escrever para sua mãe e garantir que você tenha um péssimo Natal.

    - Isso é golpe baixo. – Sirius resolveu intervir.

    - Cala a boca Black se você não quiser descobrir o quão baixo eu posso jogar.

    - Você não tem direito de me mandar calar a boca Mckinnon.

    - Quer que eu escreva para sua mãe também?

    - Vai fundo. – Sirius disse sorrindo agora. – Depois que ela souber que eu fui para a Grifinória, provavelmente jogar gelatina no cabelo de duas meninas não vai ser problema nenhum.

    Tanto Lílian quanto Marlene estavam visivelmente iradas. Lílian estava na verdade, prestes a socar a cara dos dois quando Dorcas e Alice começaram a arrastá-las de volta para o corredor.

    - Vem vamos para um banheiro limpar isso. – Disse Dorcas. – Se formos rápidas ainda pegamos o café, faltam vinte e cinco minutos para as aulas.

    Não puderam fazer muita coisa para melhorar o estrago nos cabelos. Deram uma lavada com água da torneira e prenderam as madeixas firmemente, mas ainda parecia que elas tinham usado uma grande quantidade de gel para cabelo.

    Chegaram ao salão principal faltando dez minutos para o fim do café.

    - Senhoritas. – Disse McGonagall vindo em direção a elas. – Pensei que teria que ir até o dormitório tirar vocês da cama. – Ela parecia bastante irritada. – Tomem aqui seus horários e procurem não se atrasar.

    Lílian murmurou um baixo “sim senhora” e correu para a mesa comer alguma coisa. Teve tempo apenas de pegar uma torrada e tomar um pouco de suco então todas as coisas sumiram da mesa e as meninas correram para sua primeira aula que seria de transfiguração justamente com a professora McGonagall. Caso se atrasassem estariam muito ferradas.

    Conseguiram encontrar a sala sem se perderem o que foi simplesmente perfeito porque assim que se sentaram a professora entrou.

     - Bom dia primeiranistas. – Disse como sempre com seu tom sério. – Antes quero desejar a vocês que tenham um bom primeiro ano e bons próximos anos em Hogwarts. Como todos devem saber, serão sete anos de educação mágica e espero que não me dêem muito trabalho. – Ao dizer isso ela olhou diretamente para a mesa onde estavam Black e Potter e depois deu uma olhada fugaz para Marlene.

    - A transfiguração é um tipo de magia muito complexa que exige o máximo de concentração. Se vocês não levarem o assunto a sério não poderei ajudá-los. – Ela fez uma pausa e começou a andar pela classe distribuindo pequenos fios transparentes. – Hoje vocês deverão tentar transfigurar esse fio em uma agulha. O feitiço está no quadro. – Ela apontou sua varinha e o giz começou a escrever no quadro negro formando o feitiço. – Pronunciem corretamente e se concentrem que não haverá erros. – E então a professora começou a andar pela turma observando os alunos trabalharem.

      Lílian nunca havia tentado usar sua varinha e achou particularmente difícil. Não era apenas dizer o feitiço e ver a mágica acontecer. Exigia uma concentração tão grande que ela pensou que sua cabeça fosse explodir. Marlene parecia estar tendo tanta dificuldade quanto Lílian e isso fazia com que ela não se sentisse tão mal. Era uma coisa que Lílian sempre dizia a si mesma, se você tiver um amigo para se dar mal junto com você, as coisas acabam não parecendo tão ruins.

      Lá pela metade da aula um pequeno pedaço de pergaminho amassado foi arremessado na mesa onde Lílian e Marlene estavam. Lene abriu o papel e ficou vermelha, não de vergonha, mas de irritação. Ela passou o pergaminho a Lílian que identificou uma caligrafia fina desleixada, mas ainda assim bonita.

     Se viraram bem com os cabelos, mas devo dizer que ainda estão horríveis e nada sexis Na próxima vez vamos tentar acerta-las com algo menos nojento.

      J. Potter, S. Black.

      Sim, Lílian iria matá-los dolorosamente e ao que parecia teria o apoio de Marlene.

                                                              ****

      Os dias em Hogwarts passavam tão rápido que Lílian se surpreendeu imensamente ao constatar que já faziam três semanas que ela estava na escola. Lily adorava imensamente o lugar e as aulas. Era bastante boa em quase todas as matérias com apenas uma notável exceção: Transfiguração. A garota havia demorado três aulas para finalmente conseguir transfigurar o fio em agulha enquanto Sirius e James haviam conseguido com apenas algumas tentativas. “Talentos natos para transfiguração” McGonagall dizia sem cansar referindo-se aos dois baderneiros.

     Em compensação Lílian era ótima em todas as outras matérias sendo as melhores feitiços e poções onde perdia apenas para Severo que era um verdadeiro gênio das misturas.

     Herbologia era fácil e calmante, uma vez que mexer com terra e plantas sempre foi uma espécie de terapia para Lílian controlar o seu gênio explosivo. Defesa contra as artes das trevas era muito interessante porem dificílima e por enquanto eles apenas estudavam com o auxilio dos livros, nada de aulas praticas. História da Magia era ensinada por um fantasma - sim existiam fantasmas em Hogwarts - e era tão tediosa que o maior esforço que Lilian fazia era para não dormir.

     A convivência com as colegas era ótima e a essa altura já estavam imensamente amigas e Lílian havia contado a elas em detalhes todas as coisas mais importantes para ela, assim com as outras fizeram.

    Seus colegas de outras casas também não eram nada ofensivos e na maioria das vezes conversavam de maneira muito simpática com todos. Rapidamente Lílian descobriu que Lufandos eram extremamente simpáticos e de fácil convivência, assim como os Corvinais que apesar de serem sempre os mais inteligentes eram bastante modestos e calados. Os Sonserinos eram completamente diferentes. Como Marlene observara no primeiro dia todos tinham constante cara de mau humor e quase nunca falavam com colegas de casas diferentes, então Lílian não se importava de ser ignorada pelos habitantes da casa das serpentes uma vez que todo o resto da escola era.

    Nos finais de semana Lílian gastava o sábado colocando os deveres em dia e passava o domingo ou passeando pela propriedade com as amigas ou fazendo diferentes jogos na aconchegante sala comunal que era onde as garotas estavam no final do terceiro domingo em Hogwarts.

     - Então você tem medo de altura? – Alice perguntava para Dorcas que parecia um tanto envergonhada pelo fato.

    - Tenho sim. – Falou abaixando a cabeça. – Amanhã será um belo desastre.

    A primeira aula de vôo dos primeiranistas havia sido marcada para segunda-feira depois das três da tarde e Dorcas estava basicamente apavorada. Lílian também, mas ela não havia contado para ninguém.

    - Voar é fácil Dorquinhas. – Disse Marlene apertando as bochechas da amiga. – No começo da um medinho, mas logo você se acostuma.

    Nesse momento entraram pelo buraco do retrato, Potter e Black acompanhados por seus mais novos fiéis escudeiros, Remo Lupin e Pedro Pettigrew. Os quatro formavam um grupo terrível de bagunceiros e rapidamente toda a Grifinória havia aprendido a se manter há uma distancia consideravelmente segura.

   Os meninos passaram os olhos pelo salão provavelmente procurando algo pra aprontar até que viram as garotas sentadas no chão perto da lareira. Um sorriso diabólico se formou no rosto de Sirius enquanto caminhava despreocupadamente em direção as meninas.

   - O que as damas fazem aqui a essa hora? – Perguntou tentando ser galante.

   - Tentamos não nos meter em confusão. – Respondeu Marlene. Desde o dia em que James lhe disse que havia sido Sirius que tinha tido a idéia de jogar gelatina nela ela nutria um ódio mortal pelo garoto. – Diferente de certos meninos que eu conheço. Quantas detenções já ganharam mesmo? – Perguntou soando bastante sarcástica.

   - Sirius e eu pegamos duas. – Respondeu Tiago. Pedro esteve em uma conosco e Remo não esteve em nenhuma.

   - Porque Remo provavelmente é muito mais sensato que vocês. – Lílian disse não tirar os olhos da lareira.

    - Talvez ele seja. – Disse James com cara pensativa. – Mas eu acho que ele não foi para detenção com a gente porque no dia que aprontamos, ele estava em casa ajudando a cuidar da mãe que estava doente.

    - Acho bom você tentar colocar um pouco de juízo na cabeça desses ai Lupin. – Disse Alice sorrindo. – Do contrario Hogwarts não estará de pé quando terminarem aqui.

    - Eu tento Spineet. Pode ter certeza que tento. – Disse Lupin com um meio sorriso no rosto. – Mas esses caras não me ouvem.

     - Claro que não ouvimos. – Sirius falou. – Preferimos mil vezes jogar gelatina em cabeças desavisadas do que ir a biblioteca terminar os deveres.

     - Espera. – Disse James com cara assustada. – Hogwarts tem uma biblioteca?

     Todos riam menos Lílian e Dorcas que não estavam realmente prestando atenção na conversa.

     - Hey, Potter. – Disse Marlene. – Já que está aqui talvez consiga fazer a Dorcas perder o medo de voar.

     Os olhos de James brilharam malignos.

     - Tem medo de voar Meadowes? – Perguntou maldoso.

     A garota ficou vermelha e baixou os olhos. Lílian odiou vê-la assim, e a culpa era do maldito Potter como sempre.

      - Não é da sua conta Potter. – Lílian respondeu pela amiga. – Se ela tem medo ou não só interessa a ela.

      - Sabe ruiva, você devia encontrar um meio de controlar seu temperamento. – Disse James com um sorrisinho. – Ouvi dizer que a agricultura é ótima para formação de caráter.

      - Então talvez você devesse procurar um arado, porque ao que parece você não tem caráter nenhum. – Lílian respondeu irritada. – E é Evans para você Potter.

     - Sabe James, acho que depois dessa eu iria para a cama. – Sirius sorriu de um jeito fofo e debochado para o amigo.

     - Eu não me abalo muito fácil Black. – Disse James olhando para o amigo e depois se virou para Lílian. – Vai ter que fazer melhor para se livrar de mim Evans.

     Lílian já estava ficando tão vermelha quanto seu cabelo e Marlene viu nisso um sinal de alerta. Se não interferisse a amiga provavelmente iria socar James até ele implorar pela morte. Olhou para os lados procurando um outro assunto e então reparou em Pedro.

     - Por que tão calado Pettigrew? – Perguntou Marlene cutucando Alice para que ela entrasse na jogada.

     Mas não foi Alice quem ajudou Marlene a desviar a atenção de Lílian do Potter, mas sim o irritante Black.

     - Verdade Pedrinho. – Disse enquanto piscava para Marlene. – Ta quietinho hoje. Não vai me dizer que fica tímido perto das garotas?

     O menino parecia encabulado e não falou nada.

     Dorcas aproveitou o momento de distração e subiu para o dormitório levando Lílian consigo e deixando Alice e Marlene com os meninos.

     - Agora pode me agradecer McKinnon. – Disse Sirius sorrindo.

    - Pelo que Black? – Perguntou irritada.

    - Ajudei você a impedir que James falasse mais alguma merda que fizesse a Evans mata-lo.

    - Sabe, não me importo nenhum pouco em ver a Lily irritada com o Potter. Seria ótimo vê-lo com um olho roxo.

    - Para com isso Lene. – Disse James com cara de pidão. – Foi só um pouco de gelatina! Vai ficar brava comigo até quando? Sei que você odeia chamar as pessoas pelo sobrenome.

    - Potter. Black. Lupin. Pettigrew. – Disse olhando para cada um ao pronunciar os nomes. – Boa noite. – E saiu junto com Alice subindo as escadas para o dormitório.

    Os quatro garotos ficaram em silêncio por um tempo até que James bufou.

    - Garotas! Tudo por causa de um pouco de gelatina.

    - Não deviam ter jogado nos cabelos delas. – Disse Lupin com cara séria. – Meninas odeiam que mecham nos seus cabelos.

    - Cara. – James disse sério olhando para Sirius. – Imagine o que teria acontecido se tivéssemos seguido com o plano original e jogado bombas de bosta.

    Sirius começou a rolar pelo chão dando risada acompanhado de Pedro.

    - Provavelmente vocês dois teriam três detenções agora ao invés de duas. – Remo disse sério e depois acrescentou com um sorriso. – E ainda estariam com os olhos roxos.

                                                         ****

     A segunda-feira seguinte estava nublada e o vento frio trazia respingos de uma garoa gelada para os rostos dos alunos do primeiro ano que rumavam para o campo da escola para terem sua primeira aula de vôo. A maioria usava cachecóis e outros traziam as capas para mais perto do corpo tentando se aquecer melhor.

   O campo da escola era projetado para a pratica de quadribol, um famoso esporte bruxo onde os participantes jogavam montados em vassouras. O lugar era bem grande, cercado por arquibancadas, e em cada extremidade tinha três grandes arcos a uns 15 metros do chão. Lílian não gostava de esportes, então não havia se aprofundado no assunto. O livro que ela havia comprado sobre quadribol tinha dado para Marlene logo que descobriu que a amiga era louca por esse jogo.

    A aula de vôo seria dada por um bruxo magro de cabelos castanhos e olhos ativos. Professor Gwin. Nesse momento ele estava no meio do campo cercado por vassouras de aparências decrépitas esperando os alunos da Grifinória e da Sonserina chegarem.

     Logo que Lílian descobriu que teriam aula de vôo compartilhada com os Sonserinos, soube que iria dar em confusão. Black e Potter tinham desenvolvido uma espécie de inimizade com Severo desde o dia em que haviam se encontrado no trem e desde então utilizavam cada oportunidade que tinham para atormentar Snape. No começo Lílian havia tentado defende-lo, mas então Severo disse que não se importava com isso e que Lílian também não devia se incomodar, então ela passará apenas a observar a constante troca de insultos entre os três em cada aula onde Sonserina e Grifinória estavam juntas.

    - Cada um pegue uma vassoura e façam uma fila aqui. – Foi dizendo o professor logo que os alunos estavam próximos o suficiente.

    Lílian pegou uma vassoura e sentiu uma pequena vibração no cabo que a deixou assustada. Eles realmente esperavam que ela voasse em uma vassoura! Dirigiu-se para a fila ficando entre Dorcas, que estava ficando meio pálida e Frank Longbottom que olhava para o céu como se estivesse vendo algo interessantíssimo.

   - Agora coloquem a vassoura no chão do seu lado direito. – Disse Gwin e foi obedecido prontamente pelos alunos. – Levantem sua mão direita e ordenem claramente, suba!

    Todos começaram a fazer o que o professor pediu, alguns conseguiram na primeira tentativa, como Marlene, Potter e Longbottom. A vassoura de Lílian apenas levantava-se um pouco e voltava ao chão. Quando finalmente conseguiu faze-la subir era uma das poucas que faltava. Apenas Dorcas, Pettigrew, Severo e mais duas Sonserinas ainda não haviam conseguido.

    O professor andou até os alunos que estavam com dificuldades e começou a corrigir o que estavam fazendo de errado até que todos estavam com suas vassouras em mãos.

    Depois disso ele mostrou o jeito correto de montar e como se segurar, e então pediu para que os alunos tomassem um pequeno impulso e permanecessem alguns segundos no ar. Até ai todo mundo foi bem, mas então ele pediu que dessem uma volta voando baixo pelo estádio. Foi um pandemônio. Vários alunos caíram logo nos primeiros metros, algumas vassouras pareciam ter vontade própria e faziam com que seus ocupantes dessem giros mortais no ar. Potter sobrevoou o estádio um pouco mais alto e rápido do que o professor havia pedido e terminou muito antes que os outros, seguido por Marlene e Sirius.

    Lílian estava indo bastante bem. Meio devagar, mas bem. Então aproximadamente na metade da volta sua vassoura começou e pinotear e a subir alto demais. Com todas as forças ela tentava se segurar, mas era impossível. Quando estava a uns três metros do chão caiu, e sentiu uma dor lancinante no tornozelo ao tentar levantar-se.

    O professor mandou que todos parassem e correu até onde a garota estava com lágrimas de dor nos olhos. Ele abaixou-se e começou a examinar a perna da menina.

   - Parece que está torcido. – Disse baixo. – Consegue ficar de pé?

   Lílian tentou, mas novamente se estabacou no chão quando seu peso revelou-se demais para o pé machucado.

    - Terá que ir para a ala hospitalar. – E dizendo isso o professor ergueu-a no colo e começou a levá-la em direção ao castelo.

    Olhando por sobre o ombro do professor Lílian conseguiu ver James Potter com a varinha em punho e um sorriso nos lábios.

   - Desculpe ruiva. – Gritou sem descrição nenhuma. – Era para atingir a vassoura do Seboso não a sua.

    Lílian viu vermelho. Queria ir até onde ele estava e faze-lo se contorcer de dor, mas não podia nem se manter em pé. Por sorte, ou azar, o professor ouviu o que o menino disse e se virou para ele visivelmente bravo.

    - Ficará uma semana em detenção por isso Senhor Potter. E são 30 pontos a menos para a Grifinória.

    James ficou vermelho. Não se importava em levar detenção, mas perder pontos da sua casa era demais. Observou enquanto o professor saia do estádio levando a Evans no colo e quando ele já estava longe o suficiente subiu em sua vassoura e voou até onde Snape estava, deixando cair na cabeça de Severo um vidrinho que continha um liquido amarelo. Assim que o vidro quebrou na cabeça do menino ele foi envolto por uma fumaça esverdeada. Quando a fumaça sumiu Snape estava com os cabelos verdes.

   - Vingança Seboso. – Disse James com um sorriso pousando ao lado de Lupin. – Da próxima vez tente manter a vassoura mais estável, assim eu consigo acertar você ao invés da Evans.

    Ouve um pequeno bate boca por isso, que logo foi desfeito pelo retorno do professor que mandou todos de volta para suas salas comunais.

    Os pequenos baderneiros saíram do estádio sorrindo.

    - Você definitivamente não tem jeito James. – Disse Marlene dividida entre diversão e raiva.

    - Não mesmo Lene. – Respondeu sorrindo ainda mais abertamente. – Você verá. Hogwarts nunca mais será a mesma depois de nós. – Disse fazendo um gesto com as mãos que incluía todo o grupo de primeiranistas da Grifinória.

    Ah, se James soubesse o quanto estava certo ao afirmar isso.


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Notas finais do capítulo

Meus lindos é com pesar que informo que não vamos mais ver eles criancinhas. O próximo cap começará nas férias que antecederam o quinto ano deles em Hogwarts. Espero do fundo do coração que vocês estejam gostando. Beijos.