Beijos Roubados E Sorrisos Marotos. escrita por Ketlen Evans


Capítulo 25
O primeiro jogo da temporada


Notas iniciais do capítulo

Cheguei ai seus lindos. Sentiram minha falta ou necas?
Como prometi ontem no twitter aqui está o cap. Não venho tão rápido como eu sei que vocês gostariam, mas venho mais rápido que a última vez.
Digamos que agora que estou pegando o ritmo de escrever novamente e não me esganem se minha narração de jogo não tiver ficado boa, fiz o possível.



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Na manhã seguinte uma névoa quase surreal cobria os terrenos de Hogwarts. Uma brisa fria vinha do norte, anunciando que o frio se aproximava e fazendo com que as folhas douradas se desprendessem das árvores e cobrissem o chão.

    O movimento demorou a começar na torre da Grifinória. Já eram quase nove da manhã quando as primeiras caras amassadas começaram a surgir no salão comunal e mesmo os que já estavam de pé navegavam em uma gostosa névoa de preguiça. O primeiro dia frio depois de meses de um calor intenso fez com que algumas meninas trouxessem mantas para o salão comunal e várias pessoas sentavam-se perto da lareira para algumas partidas de xadrez. No geral era uma manhã muito agradável no castelo.

    Lilian foi uma das primeiras a se levantar e o movimento logo fez com as outras três despertassem. Dorcas, encantada com o leve frio que fazia, Alice, feliz por não ter dormido até muito tarde e Marlene reclamando por ter sido acordada tão cedo em pleno sábado.

    Não demoraram a descer para a sala comunal e lá encontraram poucas pessoas. Resolveram ir tomar café da manhã um pouco mais cedo que o costume, uma vez que estavam sem nada para fazer.

    No salão principal também havia pouca agitação, mas os poucos rostos que apareciam por lá tinham uma expressão feliz e relaxada. Parecia que a mudança de clima havia mudado até mesmo as emoções no castelo simplesmente por significar algum tipo de mudança.

    O café da manhã foi calmo e demorado, então quando finalmente as meninas se consideraram bem alimentadas James, Sirius e Remo apareceram.

    - Bom dia, flores do meu dia! – Disse Sirius no seu típico bom humor matinal deslizando para um lugar ao lado de Marlene. – Como sempre vocês parecem ótimas.

    - Bom dia pra você também Black. – Respondeu Marlene no seu habitual azedume. – Nós não precisamos “parecer” ótimas, afinal, somos mais que ótimas, somos super incríveis na verdade.

   - Incrivelmente modestas, com certeza. – Disse James sentando-se também.

   - Só eu que vejo algo de errado nessa cena? – Perguntou Alice.

   - Não Lice, com certeza eu também vejo que tem algo de estranho no ar. – Respondeu Remo.

   - O que aconteceu? – Perguntaram Marlene e James juntos.

   - Vocês estão com as falas todas trocadas, é isso que aconteceu. – Disse Dorcas. – Lene roubou a fala do James que por sua vez roubou a fala da Lily.

   - É a mudança no ar. – Falou Sirius sorrindo para o nada.

   - E Sirius acaba de roubar uma fala típica da Dorcas. – Disse Alice sorrindo e contagiando todos os outros.

   Os meninos começaram a comer e entediadas, Lilian e Marlene levantaram-se.

    - Já vão indo? - Perguntou Remo. – Vocês ainda nem comeram.

    - Na verdade já comemos sim. – Respondeu Lilian rindo. – Enquanto vocês provavelmente ainda estavam dormindo.

    - Falando em dormir, parece que o Frank não teve muita sorte em tirar o Rabicho da cama. – Disse Sirius empenhado em cortar uma fatia de bolo de chocolate.

    - Quem foi que não teve sucesso? – Disse alguém atrás deles, e então todos se viraram pra ver um sorridente Frank acompanhado de um emburrado Pedro.

    - Você conseguiu! – Exclamaram os três meninos juntos. – Mas como foi que você realizou essa proeza? – Perguntou Remo.

    - Com um bem realizado Levicorpos, é claro, afinal, depois de cinco anos dormindo no mesmo quarto que vocês era de se esperar que eu tivesse aprendido alguma coisa. – Respondeu ainda sorrindo.

   - Eu bem queria ter visto isso. – Disse Sirius enquanto Frank sentava-se ao lado de Alice cumprimentando a namorada com um leve beijo.

  - Bom, acho que vou dar um volta por ai. – Disse Marlene. – Você vem Lils?

  - É claro, esse dia está tão sem graça que até caminhar é melhor que nada.

  As duas saíram do salão e foram em direção ao jardim, mas assim que chegaram lá lembraram que não era um bom dia para caminhadas. A densa névoa espiralava por sobre as árvores e fazia com que tudo ficasse levemente molhado. Não foi preciso olhar duas vezes para que Marlene decidisse que jamais sairia no nevoeiro, uma vez que ele arruinaria seu cabelo.

   Sem outras opções elas acabaram voltando para a sala comunal e como tudo ainda estava meio vazio deduziram que os outros deviam estar terminando o café da manhã. O sábado agradável começava a se transformar em algo tão entediante que Lily já estava considerando pegar uns livros e começar a ler. Sem nenhuma boa perspectiva as duas sentaram-se próximas a lareira.

    - Que dia mais... lerdo. – Disse Marlene observando o fogo baixo.

    - Acho que estão todos querendo poupar energias pra amanhã. – Falou Lilian. – Primeiro jogo da temporada hein? Deve ser algo grande.

    - Realmente é. – Respondeu Marlene. – E somos praticamente obrigados a ganhar.

    - Pelo menos o Potter ficou livre de encrencas.

    - Não graças a você, pelo que eu fiquei sabendo Ruiva. – Lilian virou-se para o som conhecido da voz risonha e deparou-se com Sirius cercado por todos os outros. – Ah, não faça essa cara de espanto, você realmente achou que eu não ia obrigar o Pontas a me contar por que ele estava aceitando desculpas suas em plena sala comunal? Francamente.

   - Na verdade, não esperava nada. – Respondeu. – E eu apenas fiz o certo. Fui grossa naquele dia e resolvi pedir desculpas, afinal, é o que pessoas educadas fazem.

   - E é claro, ela ficou extremamente agradecida e encantada, porque eu tirei ela de uma enorme confusão. – Disse James.

   - Caso não se lembre, primeiramente você me colocou na confusão Potter. – Respondeu. – O que foi uma atitude muito burra, porque eu não precisava fugir, uma vez que sou monitora e estava no meu dia de ronda.

   - Ah, não seja tão chata Evans. – Reclamou James. – Eu sei que no fundo você adorou dar uma voltinha de noite na minha adorável companhia, e gostou mais ainda de ficar comigo embaixo da capa. – Disse ele sorrindo marotamente.

   - Seu... – Lilian começou a ficar absolutamente vermelha com as palavras de James. Fazia muito tempo que ele não a provocava e já tinha até esquecido o quanto era bonitinho vê-la irritada. – Seu... seu...

   - Que tal você parar de gastar energias procurando um xingamento adequado e dizer sim pra minha próxima pergunta?

   - E que pergunta idiota seria essa? – Perguntou parecendo um pouco mais do que muito brava.

   - Você fala como se não soubesse Lils. – Disse Marlene rindo.

   - Que tal você sair comigo Lírio? – James disse sorrindo lindamente e fazendo que o estômago de Lily desse um pequeno pulo.

    Lírio. Qual fora a última vez que alguém havia chamado-a desse jeito mesmo? Havia sido nas férias é claro, seu pai sempre a chamava assim.

    - Olha só Pontas, ela está pensando, é um bom sinal. – Disse Sirius dando tapinhas nas costas do amigo.

    Incrivelmente Lilian tinha esquecido de responder.

    - É claro que não estou pensando Black. – Falou. – Apenas achei que a resposta fosse tão obvia que nem fosse necessário responder. Não.

    Completamente a surpreendendo James não reagiu com os por quês de sempre. Sentado diretamente em frente a Lily, ele apenas apoiou seus braços nas próprias pernas e inclinou o tronco mais para frente encarando Lilian diretamente nos olhos.

    - Você sabe que um dia vai dizer sim. – Declarou simplesmente. – No fundo você tem certeza que não vai conseguir negar pra sempre.

    - Negar o que? – Perguntou surpresa.

    - Você sabe Evans, que desde o primeiro dia você quis responder sim e eu sei que um dia você vai ceder. – James se levantou do sofá e esticou os braços. – E é por isso que eu insisto tanto.

    - Está absolutamente errado Potter. – Retrucou, agora com a face completamente corada de irritação.

    - É o que veremos. – Disse sorrindo e sem dar tempo algum para qualquer reação ele se aproximou rapidamente de Lils e chapou-lhe um selinho estalado nos lábios.

   Para Alice, Dorcas e Marlene sobrou apenas rirem da cara assassina que Lilian fazia enquanto Pedro, Remo, Sirius e Frank tentavam impedir a ruiva de matar James que correu desabalado para o dormitório masculino.

   - Sabe que eu ainda posso matar você ai em cima Potter! – Gritou enquanto era segurada pelos meninos.

   - Não se eu sair voando de vassoura pela janela amor! – Respondeu rindo, enquanto desaparecia nas escadas.

   - Aquele... – Lils parecia tão furiosa que era até dificil formular uma frase concreta. – hurg!!! – Rosnou ela jogando-se no sofá e cruzando os braços como uma criança birrenta. – Espero que ele se arrebente com aquela vassoura.

   - Se isso acontecer a culpa vai ser toda da sua praga Evans, e então você será nossa apanhadora amanhã. – Provocou Sirius.

    - Não de bola para ele Lilian. – Disse Pedro. – Pontas apenas é... um pouco feliz demais.

    - Um pouco irritante demais também. – Acrescentou Marlene que ainda ria.

    - Realmente, não sei como pensei que podia ser um dia tedioso. – Disse Alice. – Estamos em Hogwarts afinal.

                                                            ****

    O resto do sábado foi exatamente o oposto de tedioso. Demorou, mas lá pelo meio dia pareceu que todos começaram a se lembrar que no dia seguinte tinha quadribol e então tensão, provocação e confusão se misturaram com a névoa que cobria o castelo, porque em Hogwarts as coisas eram assim. Em fim de semana de jogo os corvinais largavam os livros, lufanos participavam ativamente de discussões “quadribolisticas”, sonserinos se arrependiam por não terem investido mais no time da casa, grifinórios badernavam e todos se esqueciam dos problemas no lado de fora dos muros do castelo.

    Gritos de incentivo foram ouvidos pelos corredores da escola até a hora de cada qual ir para sua sala comunal. Corvinal torcia pela Lufa e Sonserina torceria para qualquer um, desde que fosse contra a Grifinória. Mesmo tendo a torcida menor o time não perdia o ânimo. Todos ficaram na sala comunal até tarde naquele sábado e de hora em outra um coro de “vai vai Grifinória” surgia de algum canto e logo todos estavam cantando. Já passava da meia noite quando McGonagall apareceu de camisola verde e touca de pijama para mandar todos para cama.

    “Onde já se viu, ficarem badernando tanto por causa de um simples jogo que ainda nem foi jogado. Vocês deviam é ir para cama para estarem bem dispostos amanhã, principalmente os jogadores do time, francamente, que falta de responsabilidade”.

    Minerva esperou até que o ultimo aluno fosse para o dormitório e então voltou para seu quarto pensando em como seria chato perder 10 galeões na aposta com a professora Stout se a Grifinória perdesse.

                                                          ****

    A manhã de domingo foi diferente da de sábado apenas nos ânimos, uma vez que novamente o dia se revelava enevoado e com uma péssima visibilidade, o que preocupava os jogadores quanto ao rumo do jogo.

    Na mesa do café o clima era de animação misturada com nervosismo. Toda vez que algum jogador – tanto da Grifinória quanto da Lufa-Lufa – adentrava o salão era recebido com aplausos, assobios e é claro, com vaias da torcida adversária.

     O time parecia bastante relaxado, apenas Emily demonstrava algum nervosismo, uma vez que era a única estreante da equipe. Marlene estava, como sempre, parecendo um tanto fria, como se nada pudesse abatê-la. Dora gastava seu tempo rindo das palhaçadas de Sirius, David se emprenhava em comer e tanto James quanto Fábio pareciam completamente sossegados e confiantes.

     Fábio Prewett, assim como James e Sirius, tinha um charme natural que tornava impossível se passar despercebido. Tinha um jeito meio calado que fazia com que as meninas gostassem dele por considerá-lo um rapaz misterioso, mas não havia nenhum mistério nele. Assim como qualquer grifinório, ele era simpático quase que inconscientemente e era dificil não gostar da maneira simples e transparente com que ele falava e agia. Mas é claro que não é possível ser completamente livre de segredos, e ele também tinha um. Um lindo segredo, acalentado no fundo do seu coração, que doía cada vez que ele via ela. Um segredo que apenas o irmão mais velho, Gideão Prewett tinha conhecimento. Um segredo que não demoraria tanto assim para ser revelado.

    Quando todos terminaram o café, a equipe se retirou junta para o estádio de quadribol deixando para trás a zoeira de vozes. Logo que chegaram ao vestiário puderam ouvir os alunos começando a chegar ao campo e foram tomados por aquele gostoso frio na barriga que antecedia cada uma das partidas de quadribol.

    Assim que todos já estavam vestindo seus uniformes, James deu as últimas instruções e então os sete se dirigiram para o campo, cada qual com sua vassoura na mão, Sirius e Marlene levando os bastões.

    Logo que apareceram o habitual locutor Macon Riverich, um grifinório loiro e franzino que usava uns estranhos óclinhos redondos, começou a apresentá-los ao público.

    - E aqui temos o time da Grifinória. – Anunciou no megafone. – Os artilheiros, Staudt, Prewett e Young que é a única novidade do time. Black e McKinnon vêm como batedores, Fitzpatrick é o goleiro e Potter o apanhador e capitão da equipe.

    A zoeira nas arquibancadas era enorme e ficou maior ainda quando o time da Lufa-Lufa entrou vestindo os uniformes amarelos.

    “E entram em campo os Lufanos, Bones, Vance e Digory são os artilheitos, Linch e Smith os batedores, Milber é o goleiro e capitão e Mayer é a apanhadora.”

    O professor Gwin já estava em meio ao gramado com o caixote que continha as quatro bolas do jogo. Em meio a torcida vermelha e dourada da Grifinória, Lily, Dorcas e Alice gritavam incentivando Marlene que parecia extremamente concentrada, enquanto que Remo, Pedro e Frank misturavam suas vozes ao imenso coro do resto da torcida.

    - Capitães, dêem as mãos. – Gwin pediu, e James se dirigiu ao meio do campo onde se encontrou com o goleiro Frederick Milber. Os dois apertaram as mãos amistosamente e então o professor soltou os balaços juntamente com o pomo que em questão de segundos já havia desapareciado na névoa.

    Cada um dos jogadores montou em sua vassoura e assim que o apito soou eles decolaram.

    - E começa a partida. – Anunciou Macon. – Lufa fica com a posse da goles e Petter Bones começa a jogada com Emelina Vance que desvia de um ótimo balaço arremessado por Black. Ela segura a goles e voa em direção aos aros de David, mas é interceptada por Young. A goles escorrega e fica com... Digory, e ele continua em direção aos aros e vai arriscar o arremesso e... Lufa marca. 10 a 0 no placar.

    A parte amarela da torcida, que incluía os alunos da Sonserina e da Corvinal, comemorou o gol entusiasmadamente, enquanto que um suspiro coletivo de lamentação vinha da torcida vermelha. James já não estava mais a vista na partida, tão alto que tinha subido acabará desaparecendo no nevoeiro.

    - Grifinória tem a posse com Dora Staudt e Digory tenta desiquilibrá-la cortando em sua frente, mas não consegue resultados. – Macon riu enquanto narrava. – Parece até que não sabe que essa jogadora tem o melhor equilíbrio da equipe, e ela desvia de um balaço arremessado por Linch e passa a bola para Young que escapa da marcação de Vance e tenta ir pra cima do goleiro Milber que está posicionado no arco da direita, ela finta pra esquerda e... droga, é atingida por um balaço jogado por Smith, e a goles fica com Digory novamente. Ele voa rápido e... POR MERLIN, um balaço perfeito de McKinnon o atinge na nuca e Fábio recupera a goles para Grifinória. Ele arrisca o arremesso de longe e... É PONTO PARA GRIFINÓRIA. 10 a 10.

    O jogo seguia equilibradíssimo e nenhuma das equipes conseguia escapar no placar. Fábio marcava a maioria dos gols da Grifinória, enquanto que Emelina se destacava no time adversário. Meia hora de jogo e o placar já estava 150 a 130 para Lufa-Lufa que parecia estar melhorando cada vez mais e começava a abrir uma vantagem.

     James basicamente não era visto. O maroto escolherá jogar mais pelo alto e era marcado constantemente pela apanhadora adversária, Katerina Mayer, que além de ser muito rápida tinha uma agilidade incrível. Como era de conhecimento geral que James era um fantástico apanhador, ela havia escolhido marca-lo ao invés de tentar jogar sozinha, uma vez que o nevoeiro tornava a missão de encontrar o pomo praticamente impossível.

    Jogar com alguém seguindo cada um dos seus movimentos era irritante. Por isso hora ou outra Potter descia para o meio da partida principal cortando o ar em alta velocidade para tentar despistar Katerina, manobra que nunca funcionava. A única coisa proveitosa que essa jogada tinha proporcionado é que havia visto Marlene lançar um balaço certeiro no estômago de Digory que quase caiu da vassoura.

    A voz de Macon era a única orientação que James tinha lá no alto. Vibrava quando ele anunciava um gol grifinório e xingava e altas vozes quando a equipe adversária era quem marcava.Várias vezes ele viu Mayer rindo dos desabafos nada educados dele.

     - E Sirius Black consegue atingir a goles com o balaço e impede o gol! – Macon anunciou entusiasmado. – Nunca vi uma jogada como essa. Lufa-Lufa tem 50 pontos de vantagem e a posse está com a grifinória nas mãos de Prewett. Ele passa para Young que finta maravilhosamente bem para cima de Vance e sai por baixo da vassoura de Bones. Digory aparece para marcá-la e ela passa para Staudt que sai na cara do aro do meio. Dora arremessa e... aah, Milber defende.

    Toda a torcida pareceu decepcionada ao ver um lance tão bom defendido. Os lufanos pareciam começar a cantar vitória ao verem o time jogando tão bem. Ninguém se importou em lembrá-los de que o time adversário tinha James Potter como apanhador.

    - E os lufanos começam a jogada com Digory que resolve tentar ir pra cima sozinho e começa a costurar pelo campo. Ele desvia um balaço jogado por Black e arrisca uma finta pra cima de Fábio. Funciona, ele sai na cara dos aros e...

    Todos estavam tão concentrados na jogada que quase caíram de suas vassouras quando aquela bola de demolição vermelha cortou na frente de Amos. Aturdido ele deixou a goles cair e surpresos ninguém se abilitou e recuperá-la. Todos apenas tinham os olhos fixos em James que em uma velocidade espantosa se recuperava do mergulho que tinha impedido o gol dos adversários.

    Marlene estava prestes a lançar um balaço no amigo por ter abandonado sua tarefa para intervir no jogo quando viu que ele fazia uma curva fechada perto das arquibancadas e voltava em direção aos aros. Perseguindo algo. Um brilho dourado fez com que ela paresse o balanço do bastão no meio do golpe.

    Todos agora tinham os olhos colados na perseguição ao pomo. Katerina também começava a persegui-lo e aflitos os torcedores todos ficaram em silêncio observando aquela nova disputa. Mesmo com a vantagem Lufa-Lufa perderia se James capturasse o pomo e com o histórico do maroto, não precisava ser um gênio para saber quem iria se dar melhor.

    - Potter e Mayer estão agora perseguindo o pomo e o jogo para. Eles vão em direção a arquibancada e parece que o pomo não tem intenção de fazer uma curva. Ou eles param ou vão ficar na enfermeria por alguns dias.

    Realmente o pomo ia em direção a parte mais sólida da arquibancada. James estreitou os olhos por detrás dos óculos. Não havia demorado tanto para encontrá-lo para acabar desistindo. O maroto pode sentir quando Katerine desacelerou e ele não pensou duas vezes antes de atiçar mais ainda a vassoura. A parede se aproximava, mas ele já estava quase alcançando o pomo. Soltou uma das mãos da vassoura e se lançou para frente, mas só pegou o vazio. Prestes a colidir e sem nenhuma outra alternativa ele freiou, mas a parada foi tão brusca que seu corpo foi arremessado da vassoura e este ficou seguro por apenas uma mão, com seu corpo pendurado no vazio.

    Os jogadores se preparavam para dar continuidade a partida quando James ergueu o mão sorrindo triunfante. Presa entre seus dedos a bolinha dourada batia as asinhas loucamente querendo escapar.

    Um urro de comemoração explodiu em meio a torcida vermelha e tanto Dorcas quanto Alice se surpreenderam ao ver Lilian comemorando exageradamente no meio da multidão.

    - Pensei que quadribol não importasse. – Disse Remo chegando ao lado da amiga.

    - Eu também pensei, mas ultimamente ando engolindo muitas das minhas palavras, não é? – Respondeu sorrindo largamente.

    A festa grifinória durou não só a tarde toda, mas se estendeu por grande parte da noite, com os alunos sendo servidos constantemente por doces e cervejas amanteigadas. Quando, pela segunda noite consecutiva, McGonagal venho mandá-los para a cama, Sirius teve que rapidamente inventar uma desculpa para todas as embalagens vazias e quando finalmente o silêncio se fez no castelo Lilian foi para cama, ainda com o coro de “vai vai Grifinória” ecoando em seus ouvidos.



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Notas finais do capítulo

Relendo o cap acabo de não acha-lo tão bom, mas estou meio enferrujadona então deem um desconto ai.
Parei pra dar uma pensada ontem e to achando que essa fic vai ficar muito longa, uma vez que eu queria escreve-la até o ultimo dia de James e Lily, com todas as coisas da ordem da fênix e tals, então tava pensando em dividir em duas fics. O que vcs acham? Eu preferia fazer apenas uma, mas se vcs quiserem eu posso dar um jeitinho
Tenho uma última perguntinha. O que vossas senhorias acharam do Fábio Prewett? No livro 5 de hp diz que ele e o irmão morreram como heróis e em a pedra filosofal o Hagrid diz que eles eram uns dos melhores bruxos da época, então pensei em dar uma história para eles, e sei que vcs vão me odiar no começo, mas acho que vão acabar gostando.