Little Red Riding Hood escrita por Susan Salvatore


Capítulo 8
Para Sempre


Notas iniciais do capítulo

Hey, leitores. Desculpe a demora. As aulas voltaram e eu não terei tanto tempo assim mais. Mas, prometo ao menos 2 capítulos por semana. Espero que gostem desse. A música Cut, do Plumb me inspirou.



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Traidora, vadia, idiota, louca; a parte de mim que ainda raciocinava me chamava dessas coisas a todo momentos, mas eu não ligava. Eram minhas últimas semanas de vida. Mas a outra parte, a parte idiota a quem eu sempre dava ouvidos, me dizia que aquilo era o que eu queria fazer. Ora, eu me apaixonara por ele, então não há muito mais o que fazer.

No fundo eu sabia que ele era mau, que ele queria matar a quase todo mundo; mas também ele tinha suas qualidades. Ele era protetor e engraçado. Tinha charme e era encantador. Tá, não são muitas nem as melhores qualidades, mas não posso fazer nada.

Ele estava do meu lado, dormindo. Tinha um sono bem pesado, porque estava caindo uma das piores tempestades que eu já tinha visto, e ele continuava a dormir. Quando dormia, ele fazia um pequeno bico com o lábio inferior, o que eu achava muito lindo.

Passei a mão por seus cabelos macios e ondulados, por seu rosto. Desci a mão, passando por seu pescoço; quando o toquei, ele se arrepiou. Iria acordar logo. Resolvi fazer uma surpresa pra ele. Fui até lá embaixo.

Quando voltei, ele estava acordado. Olhou para mim e para o que eu tinha nas mãos. Um ferimento e uma bandeja, com um copo de sangue e comida.


– Elena?

– Café da manhã – falei – Inclusive para o vampiro.


Ele pegou o copo. E me olhou com uma expressão estranha.

Eu ri.


– Não, bobo, o sangue não é meu – disse, mostrando a bolsa de sangue que estava comigo. Servi mais um pouco.

– Não tem cheira como seu sangue – falou ele, bebendo – E não tem o mesmo gosto também.


Ok, isso era o tipo de café da manhã romântico mais sinistro que eu já presenciara.


– Pra onde vamos agora? – perguntei, comendo meu pão com queijo.

– Pro leste. Preciso de novos recrutas, e lá existe uma colônia de lobisomens.

– Ah, hm, certo. - falei


E um ponto pra Elena Gilbert, pela inteligência de sua resposta.


– Klaus? – chamei. Um segredo: eu adoro falar o nome dele. Sério, que nome foda.

– Sim?

– Podemos, hm, sair hoje? – perguntei, desviando o olhar.


Ele me olhou com o chamado “poker face”.


– Sério? Você quer sair comigo? – falou ele. E então percebi o tom descontraído.

– Você é uma companhia legal quando quer.

– Elena Gilbert – disse ele, se levantando – hoje você vai ter uma das melhores noites da sua vida – piscou o olho. Ai, que cara lindo, meu Deus.


Veja, ele tem vários séculos de idade, então sabe como se divertir. E também é muito rico. Nós fomos para o leste, para a cidade mais próxima. Era uma cidade grande. Oh meu Deus! Nós teríamos um encontro. De verdade! Te repente, me senti como uma menina de 12 anos, encontrando pela primeira vez o namorado; ou seja, totalmente perdida.

Quando chegamos ao hotel, me surpreendi. Klaus sempre mantivera o estilo “caro e vetoriano”. Dessa vez não. Era um hotel bonito, mas não parecia caro demais. Tinha um estilo moderno, com a decoração em vários tons de azul; ia do azul céu até o azul marinho. Nosso quarto – sim, nós sempre ficávamos no mesmo quarto – seguia o estilo do hotel. Havia uma sacada, com uma cortina azul bebê como porta, com vista completa para céu. Dentro, o azul predominava, com alguns tons de prata aqui e ali. Era lindo.

Klaus não entrou comigo; disse que precisava fazer uma coisa e saiu. Quando me deitei na cama king size – também azul – percebi que havia uma mochila ao meu lado. Abri. Encontrei minhas coisas lá, desde roupas até perfumes. E incluindo meu diário.

Foi lá que eu encontrei uma agradável surpresa. Era uma foto minha, onde eu estava dormindo. E alguém passava a mão no meu rosto. Alguém não, ele. Atrás, havia um anel pregado com fita adesiva, junto com um cartão. “Para você, pequena Elena. K.. O anel era de prata, com uma pedra redonda de tamanho médio no centro. Aquamarine. Junto ao encosto da pedra, havia vários floreios de prata. Na parte interior, estavam gravados dois nomes, intercedidos por um símbolo do infinito. Elena Niklaus.

Ele havia me dado um presente após nosso primeiro beijo. Isso me vez repensar muitas coisas. Será que Klaus era realmente mau? Quero dizer, ele matou várias pessoas para conseguir chegar até aqui, mas será que não havia um motivo? Algumas pessoas importantes na minha vida tinham feito isso, e eu as perdoara. Eu podia fazer o mesmo com Klaus; afinal eu creio que estava apaixonada e ele fazia de tudo para ser gentil comigo. Não precisava ser da pior forma.

Só havia um problema nisso: ele ia me matar. Por mais que eu o perdoasse, como podia esquecer esse fato? De que adiantava amá-lo se eu não estaria aqui para ficar com ele. E depois de tudo o que ele passara pra conseguir o que quis, não hesitaria em terminar com o que havia começado há mais de 500 anos. Seria mesmo justo que eu pedisse a Klaus para não fazer, depois de todo o sofrimento dele?

Não, é claro que não.

Algo mudou. Algo doeu.

Quando você gosta de alguém, você quer vê-lo feliz, certo? Mas quando você ama essa pessoa, abdica até mesmo da vida para fazê-la feliz. Eu sentia que entraria na frente de uma bala, só para salvá-lo - e isso nem ao menos o mataria. Ceder é só mais uma das muitas coisas que você faz por amor.

Só queria saber como isso aconteceu. Eu tinha tudo o que queria. Mas me apaixonei por um vampiro original.

Olhei para a mala. Lá estava meu vestido favorito. Decidi que seria feliz com ele até quando pudesse. Amá-lo não era um erro que eu podia concertar.

Depois de uma hora, eu já estava pronta. Relativamente bonita. Meu vestido branco com pequenos detalhes azul claro ficara bom em mim. Minha maquiagem era com vários tons de azul nos olhos. Azul, eu percebera era a cor favorita dele.

Quando Klaus me viu, seus olhos se arregalaram por um momento. Ele estava lindo, é claro. Usava uma camisa azul escuro – viu, acertei - com uma calça jeans formal. Os primeiros botões da camisa estavam abertos, deixando um pouco à mostra o peitoral definido dele.


– Vamos? – perguntou ele. Balancei a cabeça. – Hoje você é minha.


Hoje e para sempre”, pensei.





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Notas finais do capítulo

Queria fazer um agradecimento especial às leitoras
TheDaughterOfYouth e Fraan-Salvatore.
Muito, muito obrigada mesmo pelos elogios. São leitoras como vocês que me fazer querer postar mais e mais. De novo, obrigada. *-*