Little Red Riding Hood escrita por Susan Salvatore


Capítulo 19
O Retorno


Notas iniciais do capítulo

Voltei - finalmente né? Eu sei que fiquei meses sem postar, e agradeço a cada um que ainda acompanhe. Imensas desculpas, mesmo. Bem, a fic está nos últimos capítulos. Aproveitem !



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SEIS MESES DEPOIS


Fico imaginando quando alguém finalmente irá perceber minha barriga crescendo. É claro, minhas viagens com o Alaric pelo interior dos Estados Unidos e as roupas execissavamente largas têm ajudado muito. Nunca mais estive com nenhum vampiro, e a propósito Stefan também se foi.

Hoje eu completo dezoito anos e estou retornando à Mystic Falls. Não, eu não estou bem.

– Elena? - chamou Alaric

– Sim?

– Tem uma farmácia aqui perto. Hm, precisa de alguma coisa?


É claro que ele teria notado, mas nunca me perguntou quem era o pai. Com a vida que eu tenho levado, talvez ele pense que nem eu mesma saiba.

– Não. Ele ficará bem, Alaric. Tomo meus cuidados.

– Talvez não tão bem quanto deveria - comentou ele.

– Melhor do que poderia - respondi


Ficamos em silêncio. Alaric era meu responsável, até um dia atrás, e com certeza estava preocupado com meus planos. Que planos? Eu nem sei se vou sobreviver ao parto.


– Já sabe o que é?

– São gêmeos. Um casal.

– Pensa em algum nome? - disse, tentando esconder a surpresa.

– Anthony e Rosalie.

– Belos nomes. Um pouco antiquados também.

– Combina - falei, e nessa hora tenho certeza de que ele passou perto de descobrir a verdade.


Chegamos na Pensão. Eu já esperava: Damon preparara uma festa para mim. Sem convidados. Sorri de gratidão. E então respirei fundo, porque seria nesse momento que ele descobriria a verdade. O que será que Damon Salvatore faria com os filhos de Klaus? Pensando nisso, foi que eu montei meu álibe.

Assim que entrei na sala, ele correu para mim. Mas antes de chegar a cinco metros, Damon percebeu. Olhando minhas roupas, minha aparência doente e esquelética, ele percebeu.


– Batidas de três corações diferentes vêm de você - disse, fitando o vazio - Dois deles são mais rápidos que corações humanos.

– Porque não são humanos.


Teria sido melhor se ele tivesse gritado, porque o tom baixo e frio que usou fez gelar meu sangue.


– Filhotes de híbrido? É isso mesmo? Do Klaus?! Você virou a égua reprodutora dele?

– Damon! - censurou Alaric, incerto de que lado ficar.

– São de Tyler Lockwood - respondi com a voz fraca

– O quê?! - disseram os dois homens juntos.

– No perído que estive com Klaus, Tyler visitava meu quarto todos os dias. Estas crianças são dele.

– Eu... - começou Damon, mas não continuou. Estava desolado. - Tyler.

Dizendo isso saiu e alguns minutos depois, retornou com meu velho colega, que não dirigiu sequer um olhar a mim.


– Explique - disse o vampiro.

– Você sabe como funciona - disse o detestável Tyler, dando de ombros. Damon o olhou furioso - Sim, eles são meus. Posso ir agora? Não quero ficar na mesma sala do namorado da mulher que eu comi.


Se ele não tivesse ido naquele momento, teria tido a cabeça arrancada.


– Eu vou para um dos quartos. Resolvam suas coisas sem mim.


No meu quarto, sentei e chorei. Minha vida estava acabada; teria dois bebês que eu ignorada veemente, cujo pai havia fugido há meses. Quem cuidaria do nascimento deles? Ninguém nunca deu à luz bebês híbridos antes! E mesmo que eu sobrevivesse, o que eu faria com eles? Todos os contatos que eu consiguira nos meus últimos meses com um caçador, agora iriam atrás de mim. Monstros nas minhas entranhas; não há sentimento algum por eles.

Mas são meus filhos mesmo assim, me dei conta. Não importa que criaturas fossem, eles eram meus bebês também. Eu devia sentir algo por eles.

E nesse momento, com as duas mão na barriga, eu senti um movimento dentro dela. Olhei para baixo e duas formas, parecidas com mãos pequeninas, estavam se sobressaindo. Meus bebês. Uma onda de ternura desesperada me envolveu. Eles eram meus.

Horas depois, ouvi os dois homens saindo da casa. Eu estava deitada no chão, sentindo as duas criaturas dentro de mim. Um repentino vento soprou para dentro do quarto e me levantei para fechar a janela.

Havia um homem lá.

Havia Klaus lá.


– Você - falei, perplexa.

– Pequena Elena - disse ele, evitando olhar para mim.


Pensei em fazer várias coisas naquele momento. Pensei em gritar, em bater nele, em dizer para ele ir embora. Mas na segunda batida do meu coração, eu me joguei em seus braços.


– Ah, Elena - falou e então me abraçou apertado, como se nunca mais fosse me soltar. Não importava. Eu me fascinei com a saudade que estava sentido dele - talvez não tivesse percebido por repreender qualquer pensamento sobre ele. - Me desculpe, me desculpe, me desculpe. Eu... Eu não devia tê-la deixado. Me desculpe.

– Você voltou. O que ficou para trás, ficou para trás. O que importa é você, aqui e agora.

– Eu tinha de ir. Descobrir mais sobre o que fazer com você. É uma situação complexa.


Ah, como eu o amava. Cada expressão dele, cada músculo do rosto que se movia quando ele falava, cada movimento invonlutário de seus braços ao meu redor. Cada nota da voz dele. Tudo.

Nem me importava o fato de que passamos meses separados. Não havia tempo o bastante que me fizesse deixar de querê-lo. E vá ao inferno se ele é um monstro.


– O que faremos? - perguntei, sem jamais deixar de olhar para seus olhos.

– Eu não deixarei vocês morrerem. Tenho a solução. Mas também não há tempo. Existe um homem que me persegue e ele sabe sobre sua existência. Ele virá até aqui.

– Um homem? Quem?

– Meu pai - disse ele, olhando para um dos bebês chutando minha barriga. Não doía, para minha surpresa.

– O quê?

– Não há tempo para explicar. Você deve vir comigo agora. Em pouco tempo, eles nascerão e se Mikael descobrir, ele os matará.


Então deixei minha vida para trás, de novo. Mas dessa vez, era por aqueles seres dentro de mim, pelos quais eu descobri que queria proteger furiosamente.


– São gêmeos, sabia? Um casal.

– Anthony e Rosalie, correto? - perguntou ele, me estendendo a mão. Balancei a cabeça positivamente.

– Para onde vamos? - perguntei subindo, não em um carro, mas nas costas de Klaus, enquanto ele subia no peitoril da janela.

– Ver meus irmãos.


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