Little Red Riding Hood escrita por Susan Salvatore


Capítulo 16
Heroína e Morfina - Parte 3


Notas iniciais do capítulo

Perdão pela demora sem fim. Eu, absolutamente, esqueci de postar u-u.
Enfim, espero que gostem, essa é a última parte dessa pequena "série" Heroína e Morfina. Segui a sugestão de uma leitora. Beijos.
Ah, e pra quem ficou na dúvida, ainda está longe de acabar!



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Merda de tempo. Por que esse idiota tinha que passar tão rápido quando eu estava sendo feliz? Poxa, eu acho que mereço!

Faltava um dia para meu retorno. A semana que passara, sem dúvida, fora a melhor da minha vida. Klaus e eu fazíamos tantas coisas diferentes... Desde fazer trilha pela floresta – o que sempre acabava com ele me carregando no colo, já que eu ficava exausta – até mesmo brincar no riacho ali perto. É, eu sei, a ideia de Klaus brincando é meio sinistra, mas basicamente ele me puxava para o fundo do rio quando eu estava distraída e me dava um beijo subaquático.

Quem, em sã consciência, reclamaria disso?

Hoje ele me acordara de madrugada – eu desconfiava seriamente de quem não eram nem três horas – mas no dia anterior eu dormira muito bem, principalmente porque ele ficava cantando no meu ouvido. A voz dele... Porra, o cara era bom em tudo?

Enquanto nós caminhávamos – ou melhor, ele caminhava, já que eu estava sendo carregada nas suas costas, como se fosse uma mochila – eu observava a lua. Não estava alta no céu, já que faltavam poucas horas para o sol nascer.

Dessa vez, ele nos levou para um lugar mais distante. Não me importava que ficássemos horas ali; só de estar naquele abraço com ele, sentindo sua pele e seu perfume inebriante... Sentia-me segura. De um jeito que só ele conseguia fazer eu me sentir. De vez em quando, ele dava grandes saltos – me fazendo sentir uma adrenalina adorável – e eu ria de prazer. Ele ria junto também, o que só me fazia rir ainda mais.


– Você sabia que ri como uma criança de 5 anos? – perguntou ele, a diversão bem estampada na voz.

– Ei, isso não é verdade, vovô – respondi, rindo ainda mais. Eu só ria daquele jeito infantil quando estava feliz e realmente me divertindo. O que não acontecia há algum tempo. – Pra onde vamos?

– Você confia em mim? – ele era o melhor do mundo em me responder com outras perguntas.

– Confio. – respondi, rápida como um ninja. Teria eu dito a verdade? Não sei. Não é algo que eu goste de pensar.

– Não devia ter dito isso. – murmurou ele e então fez o inesperado. Pulou do penhasco em que estávamos. Ele pulou. O penhasco tinha cerca de uns 50 metros para baixo e ele simplesmente pulou! Senti a adrenalina – nunca o medo, não mais – me atravessar enquanto sentia o vento passar depressa demais contra minha pele. Os segundos de queda livre, eu admito, foram os melhores que eu já havia experimentado; o perigo, o risco iminente, era tudo tão prazeroso. “Como se namorar um híbrido não fosse risco o suficiente”, pensei.

Mas no fundo eu agradecia pela transformação dele. É claro, eu perdera muita coisa, mas meu coração já aceitara que, por pior que fosse a dor, era ele o único antídoto. Afastei essa linha de pensamento. Eu estava com Klaus – era hora de ser verdadeiramente feliz.

Senti um sorriso vindo à tona enquanto me lembrava dos momentos que passáramos essa semana. Não saímos da campina hora alguma, mas ele deu seu jeito de me arranjar presentes. Ah, e que presentes! Era uma caixa de madeira, pesada o suficiente para que eu não conseguisse carregá-la. Era um verdadeiro baú, daqueles dos filmes de pirata.

E o conteúdo era o melhor. Vestidos, perfumes, jóias, discos, livros, cartas... Tudo digno de um filme da época de 1920. Eram verdadeiras relíquias. Alaric amaria. Eu mesma amei. O gosto pela história e o passado sempre fora um gene muito presente em minha família.

Todas aquelas coisas tinham um toque dele. As cores, os cheiros... Tudo me fazia lembrar dele. Era ótimo, não fosse o fato de que o baú era muito grande para que eu colocasse em qualquer lugar. Preciso pensar nessa questão mais tarde. Klaus me dissera que isso era em parte um presente e em parte uma desculpa. Eu dissera à Alaric que tinha ido à uma cidade histórica, procurar por relatos. Precisava trazer algumas provas disso, não é mesmo?

Bem, uma coisa em que eu posso pensar agora é o fato de que a gente se aproxima rápido demais do chão. Mas, é claro, antes do impacto, ele se prende – de algum jeito – na parede do penhasco. Suavemente. Ainda estava chocada demais para olhar para baixo.


– Princesa, abra os olhos – disse ele, sorrindo.


Abri.

Um rio fluía a poucos centímetros de nós. Ele parara no momento certo.


– Então sua intenção era me matar do coração? – perguntei, respirando com dificuldade. A velocidade, a suavidade... Era tudo tão incrível!

– Não ainda – respondeu Klaus, sorrindo torto. Ok, agora ele queria me matar do coração. – Vem eu quero te mostrar um lugar que eu visitava... No século 16.

– Eu ainda não me acostumei com sua idade – falei, balançando a cabeça. Intrigava-me só de pensar no quanto ele sabia, o quanto conhecera...

– Tem tanta coisa que eu quero fazer com você! Tantos lugares pra te levar. Eu prometo, eu te levarei para onde quiser – disse ele, abaixando a cabeça, como se confessasse algo em que pensara muito.

– Estarei aguardando ansiosamente, Mr. Klaus. – respondi.


Ele pegou minha mão, ainda sorrindo, e me fez segui-lo. Nós contornamos a margem do rio durante vários minutos, até que ele achou uma abertura na parede e nós entramos. Havia um túnel muito extenso e assim que passamos pela primeira curva, não consegui enxergar mais nada. Continuamos andando e só quando eu tropecei e caí no chão é que ele se lembrou de que meus olhos não eram tão desenvolvidos quando os de um vampiro.

De repente, luzes espalhadas periodicamente pelo teto da caverna se acenderam. Uma mina – devia ser isso.

Nós andamos por mais ou menos 30 minutos. Até que o túnel se abriu em uma caverna – na verdade, mas parecia um quarto. Havia uma cama de casal, velas, uma mesa e duas cadeiras de madeira. Tudo bem simples... E a seu modo encantador.

Klaus me pegou no colo e colocou-me na cama.


– Desta vez, eu farei tudo certo. Sem machucá-la. – disse, me empurrando suavemente para que eu deitasse.

Ah, eu entendi.

Era uma despedida, não é mesmo? Eu não ficaria com ele, pelo menos não por enquanto. Por isso ele fora tão gentil, tão amável... Para que eu só me lembrasse dos bons momentos.

Ele me beijava suavemente. Bem, ele tentava. Porque o desejo consumia fervorosamente a nós dois, então ele não podia ter controle sobre isso. Desceu os lábios até meu pescoço. Um arrepio que não era inteiramente de prazer percorreu meu corpo. E se ele mudasse de ideia? Ao mesmo tempo, uma ânsia de sentir seus dentes em minha pele me assolou novamente. Como eu disse, irremediavelmente viciada.

Pegando-me eu seu colo novamente, ajoelhando-se na cama, ele entrelaçou minhas pernas em sua cintura, sem interromper o beijo. A sensação dos lábios dele nos meus era maravilhosa. Surreal. Uma fonte inesgotável de prazer. Então um novo pensamento invadiu minha mente. Nós já fizéramos isso. Em uma noite qualquer, eu já fora inteiramente dele. Claro, a experiência fora muito dolorosa, mas eu já fora dele uma vez. Seria por isso que eu ansiava por esse encontro em meus mais pecaminosos sonhos?

Klaus seguia com suas carícias e, até aquele momento, eu estava completamente submissa às suas vontades. Mas era a hora de eu dar prazer a ele. Afastando levemente meu rosto, tomando cuidado para que ele não tomasse isso como um sinal de rejeição, eu comecei a beijar seu queixo, descendo até seu pescoço. Lá, entre risos, dei uma mordida nele, fazendo-o grunhir. De prazer ou de humor, não saberia dizer.

Desci até seu peito, agora completamente nu, e fui traçando com os dedos seus contornos. Como era humana e indiscutivelmente mais fraca, meus chupões e mordidas não causavam a ele mais do que excitação. Passei as unhas por sua barriga, arranhando-o, o que fez com que ele suspirasse meu novo. Ah, então ele gostava de arranhões. Partindo desse pressuposto, empurrei-o até que se deitasse na cama e comecei a beijar sua barriga enquanto minhas unhas trabalhavam em seus ombros. Ele revirava os olhos de prazer. Finalmente, cheguei em sua calça. Abri o zíper, mas não a removi de imediato. Pouco acima da bainha da calça, comecei a distribuir lambidas e percebi, maliciosamente, que ele se arrepiava.

Eu parecia uma meretriz, é verdade. Ok, não é hora de ser uma boa moça, então direi o que eu realmente parecia: uma vadia experiente, crente que poderia dar o seu melhor. Levantando-me de cima dele rapidamente, fui até a mesa e peguei uma garrafa de vinho. Feito em 1890, observei. Deliciosamente provocador como Klaus. Abri a garrafa com pouca dificuldade e tomei um longo gole. Depois joguei um pouco na boca dele. Ora, ora, o que a luxúria não faz conosco, não é mesmo? Talvez tenha sido por isso que o Diabo deixou de ser anjo. A tentação do pecado é forte demais e está longe de mim resistir. Mas eu estava sendo uma menina muito má, fazendo Klaus esperar desse jeito e sorri quando vi em seus olhos que ele se vingaria. Tomando mais um gole da garrafa, ele a colocou no chão e concentrou suas atenções em mim. O diabinho no meu ombro esquerdo conjecturou o quanto ele sabia dar prazer. Afinal, um milênio aprendendo sobre sedução é uma coisa consideravelmente deliciosa.


– Ah, Elena, não posso ser bonzinho com você, não é? – disse ele, sorrindo torto.

– Gosto da maldade – respondi, provocando-o.


O sorriso torto se abriu um pouco mais.

Em menos de dois segundos, nós invertemos de posição, e agora era ele que me prendia contra a cama. Sem precisar de muita atenção, ele rasgou minha blusa rapidamente, me deixando apenas de sutiã e short. Klaus se posicionou entre mim, passando a mão por minhas coxas vigorosamente. Com os dentes, ele abriu os botões de meu short e também o retirou. Ah, ele era rápido. Repetindo meus movimentos, ele lambia minha barriga, mas a língua dele era áspera, o que fazia eu ter pequenos espasmos de prazer que faziam meu corpo se curvar à ele, implorando por mais.

Ele atendeu rapidamente.

Retirando o que restava de lingerie em meu corpo, ele parou por um momento, observando-me nua. Corei, mas recusei-me a parecer envergonhada diante dele. Com um gesto provocador, mas não desrespeitoso, passei meu pé lentamente pela lateral de seu rosto, arrancando mais um sorriso dele. Ponto pra mim.

Klaus desceu até minha virilha, trabalhando ali. Torturando-me, melhor dizendo. Acho que entre meus gemidos, devo ter implorado para ele, porque, rindo, passou a dar atenção a minha intimidade. Começou com beijos leves, mas depois a sucção se prolongou, tirando de mim, não gemidos, mas genuínos gritos. Provocando-me com a língua em minha entrada, ele não passou mais do que cinco minutos ali. Cinco minutos do melhor de prazer e tortura que se pode ter. Mas o recado era claro. Era a minha vez.

Enquanto ele se ajustava na melhor posição, apertava meus seios, deixando-me completamente arrepiada. Ajoelhei no chão e abri as pernas dele, pronta para começar o “trabalho”. Ele já estava semi-rígido, o que tornou tudo mais delicioso.

Puxei sua mão para meus cabelos, deixando que ele ditasse o ritmo. No início, eu o chupava vagarosamente, descendo por toda a extensão de seu membro com cautela. Mas depois ele começou com um ritmo mais vigoroso, até eu sentir dificuldade de respirar. Quero dizer, ele não era exatamente pequeno. Muito pelo contrário...

Quando senti que ele começava a chegar a um prazer mais intenso, dei uma última lambida e parei. Contornei o quarto lentamente, ciente de que ele me observava com muito desejo. Deitei-me na cama, olhando-o se aproximar de mim com igual lentidão. Se posicionou entre mim novamente e dessa vez seria pra valer. Sentia-me como uma prostituta experiente há alguns minutos, mas agora eu era como uma virgem de 15 anos. Não sabia o que esperar.

Klaus acariciou meu rosto uma última vez e então prosseguiu. Rápido. Uma onda de eletricidade me consumiu. Ele se movia com precisão, fazendo nossos corpos se mexerem em um só ritmo. Parecia impossível, mas ele ia cada vez mais fundo, enquanto minhas unhas o arranhavam. Qualquer humano teria parado imediatamente e reclamado, mas Klaus adorava. Vantagens de imortais.

Eu já não respirava direito. Variávamos de posição e ele parecia sempre o que fazer para me enlouquecer. Quando começou a gemer meu nome, não agüentei e comecei a gritar de prazer. Era único, era mágico. Era demoníaco.

Demoníaca. A sensação de ele se movendo dentro de mim, de seu corpo conectado ao meu o máximo possível, era exatamente essa. Os braços fortes dele me prendiam em um abraço permanente, reproduzindo o que minhas pernas faziam em sua cintura. Prendendo-nos um ao outro.

Com tantos estímulos, não demorou mais do que uma hora para que chegássemos ao ponto máximo de prazer, juntos. O desejo, a paixão, o amor... Tudo o que ele me dava era incrível. E o melhor era saber que eu provocava o mesmo efeito nele. Ofegante, subi em cima de Klaus novamente.


– Eu amo você. Sempre e para sempre. - disse, com os cabelos caindo como uma cortina sobre nós, evidenciando o nosso segredo.

– Eu sempre amei. Posso dizer que ainda mais. Agora você é minha, anjo.



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