Eu já estava na sala de tronos, mais especificamente no colo do meu pai. Felix me explicava teoricamente como se lutava, e sinceramente eu já estava me irritando. Quer saber por quê? Pelo simples fato que enquanto ele falava tinha um sorriso de debochado e com um ar superior, até parece que eu vou deixar isso se prolongar. Como meu pai diz “Pequena ela SÓ tem o tamanho”. 

- Cala a boca! – falei rosnando.

Imediatamente Felix parou de falar e me olhou espantado.

-Vamos fazer o seguinte, nos dois ficamos em posição de ataque e lutamos. Que esta ficando lamentável você me explicando o que eu já sei! – em minha ultimas palavras me levantei e fiquei em sua frente.

Aro e Caius gargalhavam com prazer, já meu pai tentava a todo custo não rir. O que fazia que ele ficasse com uma cara impagável.

- Ok. – falou Felix convencido para ele a luta já estava ganha. É o que veremos!!

Dei um rosnado em resposta e o ataquei! Eu tinha certeza que ele lutava bem, mas eu não podia esperar nada menos do professor de lutas do palácio. Mas felizmente eu tenho uma coisa que ele não tem, PODERES!!!

Criei por pensamentos o poder da força, a partir daí eu era mais forte que um recém-criado.

Eu desviava todos os golpes dele, não desferi um golpe se quer, meu espírito estava bom e eu queria brincar. Uma pequena parte do meu cérebro captou um movimento do meu tio Caius, ele queria que eu atacasse e acabace logo com ele. Sempre tinha que ter um para estragar a brincadeira.

Mudei minha posição de defensiva para ataque. Primeiro lhe dei um chute nada barriga seguido por um soco, o que fez com que ele voasse para trás e batesse as costas na parede, em milésimos de segundos voei em sua direção girando em pleno ar e com cada um dos meus pés desferi um chute, antes que ele acordasse do desmaio momentâneo, arranquei um braço e mordi seu pescoço.

- Acho que terminei por aqui! Papai posso ir pintar no meu quarto? – falei o olhando com olhos pidões

- Claro meu anjo!

Mandei um beijo para ele e meus tios, e fui embora saltitando sem olhar para ninguém.

Quando cheguei ao meu quarto Carlisle não estava mais lá, fui em direção ao meu closet e vi os quadros que eu tinha pintado para dar a Carl, todos estavam empacotados e numerados exceto um.  O peguei e coloquei o mesmo no cavalete que tinha perto da minha cama. Pintei calmamente já que faltava muito pouco para terminar.

Depois de pronto, peguei o quadro que era maior que eu, o embrulhei e numerei. Logo após colocá-lo junto com os outros fui em direção a minha cama e sentei. Fiquei olhando pacientemente para a porta, esperando Carlisle. Passaram-se dois minutos e comecei a ouvir passos, quando ele chegou à frente do meu quarto, falei:

- Entre – falei antes que ele batesse na porta.

- Sabe, eu nunca vou me acostumar com isso! – falou entrando no quarto rindo.

Apenas sorri em resposta, estava triste. Ele tinha vindo me falar que ia embora, e eu iria sentir sua falta. Tirando o papai, sobrava apenas ele que cuidava de mim com afeto, sem qualquer outro motivo obscuro.

-Pela sua carinha já sabe o que eu vim fazer aqui, né! – continuei a não falar, pois não sabia o quanto minha voz podia me deletar. Já que eu estava morrendo de vontade de chorar. Então apenas balancei a cabeça, afirmando que eu sabia.

- Tomara que se realize o que você falou?! – falou tentando puxar conversa.

Limpei a garganta antes de falar – Vai se realizar. Eu sei.

Rindo ele sentou na minha cama e me puxou para o colo dele me dando um abraço apertado.

- Vou sentir saudade!

- Eu também, Carl!

Depois de alguns minutos abraçados sai do seu colo fui para o closet pegar os quadros. Os espelhei os mesmo no colo dele.

Assim que acabei fiquei em pé na frente dele e falei seria. – Carlisle, nesses sete quadros estão o teu futuro. Mas você não poderá abri-los ate eu disser que já esta na hora. Quando você estive a sua casa pode abrir o quadro 1. Os restantes eu mandarei uma carta ou telefonarei avisando que pode abrir os próximos da seqüência.