Amar Você escrita por Marcela


Capítulo 24
Estrelas


Notas iniciais do capítulo

A música que acompanhará esse capítulo é:
Galera Coração - Edson e Hudson
Pra quem quiser escuta-la no youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=J54k7tnQCNU



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- Calma gata! - Ele olhou profundamente nos meus olhos negros - Temos a noite toda! - Depois riu maliciosamente.

 

- Cala a boca Renato! - Berrei furiosa.

 

- Como assim sua doida? - O moreno franziu as sobrancelhas - Você me traz aqui e depois grita comigo? Não to te entendendo...

 

- Me beija! - Ordenei impaciente.

 

- Não precisa nem pedir. - Disse se aproximando de mim.

 

Vai galera coração!
Solta a voz
Bate na palma da mão
Vai galera coração!
Diz que sim pra emoção!

 

Suas mãos másculas envolveram minhas costas em um amasso caloroso e não demorou muito para sua boca encostar na minha. A língua do garoto pediu permissão para poder entrar e eu deixei, hesitar. Renato me prensou, não bruscamente, na parede gelada e começamos uma dança sincronizada com ambas as línguas. O quarto sem ventilador, acabou nos deixando bastante molhados, literalmente. O moreno retirou meu chapéu e o jogou no chão, mas sem parar de me beijar com selvageria.

 

Por Deus! Não conhecia esse lado no meu amigo de infância - tudo bem que ele era lindo, maravilhoso e além do mais... MUITO sexy - não tanto quando o Cê - mas não era de se jogar fora - credo, pareço aquelas meninas que pegam todos os meninos do universo - soltei um riso abafado, fazendo o Renatinho rir junto e escorregar as suas mãos, das minhas costas para minhas coxas aveludadas. Uma descarga de adrelalina percorreu pela minha coluna, me fazendo estremecer.

 

Envolvi a cintura do moreno com minhas pernas e segurei com força os cabelos negros dele, enquanto ele me segurava no colo e mordiscava meus lábios, com prazer. Estava ficando louca, quando coloquei minhas mãos por dentro da camisa dele, acariciando seu peitoral definido e dedilhando seu corpo perfeito. Logo arranquei a sua peça de cima, jogando-a no chão também. Ele riu maliciosamente e nosso beijo ficou mais intenso e quente quando ele me levou até a cama, me deitando e permanecendo em cima de mim.

 

A galera tá no pique
Todo mundo animado
A festa começou
Ninguém vai ficar parado!
A música no ar
O clima contagia!
O show é pra você...
Liberar a energia!

 

Estremeci, pensando na possibilidade daquilo avançar ainda mais. Eu não podia deixar, é claro que não, ah, mas ele era tão... Tão... TÃO MARAVILHOSO MAMÃE! Me interna por favor! Estou ficando louca com esse morenão aqui na mesma cama que eu! Brincadeira, deixa eu me divertir mais um pouquinho, para esquecer aquele traste do Cebobinho. Ele pode ficar lá com a babaca da Irene que eu não ligo. Quer dizer... Ligo sim... AH, CEBOBINHO! VOLTA PRA MIM E ME PEGA DE JEITO! - Ta parei.

 

As mãos de Renato correram até meu peito, o acariciando e seus dedos não hesitaram em tentar abrir meus botões. Descolei nossos corpos rapidamente e ele franziu o cenho e me fitou estranhando, mas não quis parar e tentou colar nossas bocas novamente. Coloquei o dedo indicador em seus lábios e sussurrei:

 

- É melhor... Bem melhor... Pararmos por aqui. - Disse, emendando as palavras.

 

- Qual é? Não gostou? - Ele me interrogou.

 

- Gostei... É claro que gostei, mas é que... É melhor não. - Me levantei ao conseguir sair de baixo daquele corpo. E que corpo.

 

E aqui tá bom demais!
Todo mundo no embalo
É tanta emoção
Que nem cabe no meu coração!
Eu quero ouvir vocês
Nessa troca de energia
Vai galera coração
Quero ouvir a multidão!
Iê-oh! Iê-oh!
Iê - iê - oh! Iê - iê - oh!
Iê-oh! Iê-oh!
Iê - iê - oh! Iê - iê - oh!

 

Me dirigi até o banheiro, pois os quartos eram suítes, e joguei um pouco de água no meu rosto, depois de abrir rapidamente a torneira. Apoiei os cotovelos na pia e segurei meu queixo, me fitando no espelho. Estava tão acaba e... Suada! Ui, que pega nervoso que aconteceu ali, naquela cama. Nem o Cebolinha me pegava daquela jeito, mas pra falar bem a verdade seus beijos eram mais gostosos, pois era dele que eu gostava, e não do Renatinho.

 

- Não fuja de mim, Môniquinha. - Ele entrou no banheiro, rindo maliciosamente - Eu não mordo não.

 

- Não é? - Encarei-o - Olha aqui pra minha boca! Ta toda vermelha. - Disse, tocando os meus lábios.

 

- Er, não quis dizer nesse sentido. - Ele riu sem graça e depois me abraçou por trás - não pense besteira - Vem aqui vem...

 

- O-olha R-renatinho... - Gaguejei - Sabe... S-sabe o que é?

 

- O que? - Ele levantou as sobrancelhas.

 

- É que... Que... É... - Droga, não conseguia falar - É que a Magali ta me esperando... Sacomé né? - Juntei as palavras - Ta sozinha, coitadinha...

 

- Mas a Magali não tem namorado, Mônica? - Ele me fitou nos olhos.

 

- Pois é... - Soltei um sorriso amarelado - Mas a Denise não tem! Que coisa né? - Que desculpa péssima! - A gente... Se... Vê. Tchauzinho. - Disse, desgrudando nossos corpos e correndo pra fora daquele quarto.

 

Vai galera coração!
Solta a voz
Bate na palma da mão
Vai galera coração!
Diz que sim pra emoção!

 

***

A noite lá fora estava muito estrelada e animada. Tocava uma música country e o povo dançava que nem doido. Sorri ao ver Magali, com um copinho de quentão na mão, mexer o corpo ao lado do namorado. Joaquim, que parecia estar sem graça, pois dançava ali no centro do espaço, saiu depois de dar um beijinho na bochecha da minha amiga. Corri até ela, deixando minha respiração mais ofegante do que já estava.

 

- Parece que o Joaquim não gosta de dançar, né amiga? - Perguntei, sorrindo.

 

- O Quinzo está cansado. - Ela hesitou, parecendo pensar e depois continuou, animada - Onde você estava alguns minutos atrás, Mônica safada? - Riu maliciosamente.

 

- Podemos ir à um lugar mais... Reservado, assim digamos. Não quero falar disso aqui, no meio de todo mundo.

 

Ela concordou e caminhamos calmas, mas apressadamente, até o parquinho que ficava ali perto. Ela se sentou no balanço da direita e eu ao seu lado. Relaxei os pés e deslizei os dedos na corrente de ferro do brinquedo. Magali riu - provavelmente pensando em que eu estava fazendo algum tempo atrás.

 

A galera tá no pique
Todo mundo animado
A festa começou
Ninguém vai ficar parado
A música no ar
O clima contagia
O show é pra você...
Liberar a energia!

 

- Me conta TUDO, amiga! - Ela se entusiasmou.

 

- Ah... Não tem o que falar. - Disse monotonamente.

 

- Tem sim! Eu te conheço muito bem, Dona Mônica!

 

- Bom... Eu fiquei com o...

 

- O... - Ela me pressionou.

 

- O Renato. - Abaixei a cabeça e fitei o chão.

 

- Ahhhhhh! Eu sabia! - Ela gargalhou - Sabia que tinha algo entre vocês dois!

 

- Por que não grita mais? - Encarei-a, enjoada.

 

- Desculpinha... - Ela riu sem graça - Mas Mô...

 

- Oi?

 

- E o Cebola? - Sua face entristeceu.

 

- O que tem ele? - Minha voz agora era seca.

 

- Para de se fazer de fingida, mulher! Você gosta dele que eu sei!

 

- E daí? - Segurei as lágrimas - Ele... Não... Gosta... De mim.

 

- O Renato também não, amiga. - Ela pegou uma de minhas mãos. - Vou pra lá ta? Você precisa pensar, por isso vou te deixar sozinha. Beijinhos.

 

Não respondi, apenas olhei para cima, quando uma gota gelada beijou minha testa - suspirei, pois a chuva havia voltado. Permaneci sentada no balanço, tendo alguns flashes backs do passado.

 

E aqui tá bom demais!
Todo mundo no embalo
É tanta emoção
Que nem cabe no meu coração!
Eu quero ouvir vocês
Nessa troca de energia
Vai galera coração
Quero ouvir a multidão!
iêo (iêo)
iêiêo (iêiêo)
iêo (iêo)
iêiêo (iêiêo)

 

Flash Back

 

Subi em cima de seu corpo e abocanhei seu queixo, subindo para sua boca molhada de prazer. Ele riu enquanto me beijava; ri também. Cebola puxou meu corpo para mais perto do seu. Sua respiração era ofegante e excitada, a minha já estava mais nervosa. Eu estava tremendo de frio e as gotas da chuva lambiam meu corpo. Olhei para o relógio de pulso do Cê e notei que estava atrasada para o almoço. Levantei-me rapidamente e ele me segurou com suas mãos.

 

- Onde você vai Mô?

 

- Embora, estou atrasada.

 

Peguei meu material e me despedi dele com um selinho no canto dos lábios, o meia lua, retribuindo ao de semana passada. Ele sorriu contente. Corri em direção à minha casa; não estava tão longe quando ouvi ele gritar.

 

- Eu te amo Mônica! - Morri com essa.

 

Fim do Flash Back

 

- Você não me ama nada, né Cebolinha? - Disse para mim mesma.

 

As lágrimas de um choro dolorido, não cessavam em cair dos meus olhos negros, me fazendo apertar as pálpebras e morder os lábios inferiores da boca. Rolei meus olhos para o balanço do lado, quando ouvi o mesmo fazer um barulho. Ele estava sentado ali, com o rosto lúgubre e o cabelo grudado na face molhada.

 

- Falando de mim, Mô?

 

Fim do 24º Capítulo.

 

Espero que tenham gostado :) Ficarei feliz com os reviews :D Beijos Mil ;*


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