Amar Você escrita por Marcela


Capítulo 20
Tarde




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/18474/chapter/20

Toquei a maçaneta com cuidado, mas hesitei ao abrí-la. Recuei e decidi entrar pela porta dos fundos, pois mamãe não iria gostar nem um pouco de me ver no estado o qual eu me encontrava. Tinha certeza que depois de hoje a gripe não iria me dar nenhuma trégua se quer - chuva de inverno não era tão gostosa quanto a de verão.

 

Corri até o quintal, depois de quase me matar para pular o portãozinho que se encontrava fechado. A chuva estava tão forte que parecia que a minha árvore iria cair a qualquer momento. Distraída, pisei legal em uma poça de lama, sujando meus tênis, antes limpos.

 

- Mas que droga! - Disse enquanto esfregava os pés no chão.

 

Levei meus olhos para o céu e deixei as gotas se debaterem contra meu rosto cansado - tratei de correr logo para dentro de casa. Deixei os tênis no tanque e abri a porta cuidadosamente para não chamar a atenção da minha mãe. Pisei na ponta dos pés no piso da cozinha, indo em direção ao meu quarto que ficava no final do corredor. Minha tentativa de fazer com que a Luísa não me visse falhou.

 

- Mônica? Já chegou filha? - Sua voz era serena.

 

- Ainda não mãe. - Pergunta óbivia a dela.

 

- Não se faça de engraçadinha sua boba. - Ela riu contente - Então quando chegar me avisa.

 

- Tá. - Gargalhei.

 

Corri para meu quarto deixando um caminho de água escorrida para trás, pois tinha certeza que seria obrigada a limpar aquilo depois. Joguei a roupa no cesto apropriado ao retirá-las. A água do chuveiro estava na temperatura ideal para esquentar meu corpo nu. Fechei os olhos enquanto ela lambia minha pele, agora quente. Aquela Irene não seria boa o suficiente para tirar o meu melhor amigo de mim e me abalar tão facilmente; pelo que eu me lembre ainda tenho o meu sansão para acabar com a raça dessas amebas que tentam roubar namorado dos outros. Tudo bem que o Cebola não era meu namorado - ainda.

 

Não iria chorar por causa dessa desgraçada. Preferia muito mais rir do guarda-chuva voador da Magali. Não demorou muito para eu escutar meu celular tocar. Tratei de me enrolar na toalha e pegar o objeto que vibrava feito louco - não pense besteira - em cima da ecrivaninha.

 

- Alô?

 

- Ei Mô!

 

- Oi menina da mão furada que não consegue nem segurar um guarda-chuva direito. - Disse rapidamente, rindo.

 

- Cala a boca e escuta, sua tonta. - Ela riu - Sabe nossa idéia de ir no sítio do Chico? Então, você vai poder ir mesmo? Dai eu chamo os meninos e...

 

- Vamos sim, tenho certeza de que minha mãe vai deixar.

 

- Então, eu já falei com os meus pais e eles concordaram, e ainda disseram que leva a galera na van.

 

- Que máximo Maga! Vamos quando?

 

- Esta noite. Trate de arrumar suas coisas que eu vou chamar o resto.

 

- Nossa amiga, que consideração que você tem por eles. - Ri, fazendo-a rir também.

 

- Er, para Mônica, assim você me deixa constrangida. - Ela hesitou um instante - Já não basta meu guarda-chuva ter fugido de mim, levei a maior bronca da minha mãe.

 

- Hahahaha! - Quase engasguei de tanto rir - T-tá. - Disse mais calma.

 

Nos despedimos, desligando o objeto logo em seguida. Troquei de roupa, vestindo algo confortável e quente. Calçei minha pantufas fofas e andei até a cozinha. Meu pai estava no trabalho - coitado, ainda não havia tirado férias - e minha mãe assistindo televisão. Peguei uma fruta e me juntei à ela. É claro que ela percebeu que eu estava ali, pois o sofá afundou com meu peso.

 

- Ah... Oi filha! Já chegou? - Ela riu.

 

- Agora sim. - Ri também.

 

Não dissemos mais nada, apenas assistimos o filme que estava passando aquela tarde. A história era sobre um casal que vivia sendo atormentado por uma mulher loira e chata - pensei na Irene na hora. Aquilo tudo parecia comigo e se encaixava perfeitamente em minha vida. Não agüentando mais ver o sofrimento dos personagens, eu cruzei os braços e as pernas, em cima do sofá. Não demorou muito para minha mãe notar meu constrangimento.

 

-O que você tem, amor?

 

- Nada não mãe, só estou um pouco cansada.

 

- Hum. - Seus braços envolveram meu ombro de lado. - Você parece triste.

 

- Não é nada. - Suspirei - Mãe... A turma vai para o sítio do Chico, posso ir?

 

É claro que, depois de me fazer milhões de perguntas sobre a viagem, ela acabou concordando. Sorri agradecendo e lhe entreguei um cálido beijo nas bochechas, indo até meu quarto arrumar as coisas. Uma semana no sítio pedia muitas roupas, me fazendo quase levar meu guarda-roupa inteiro.

 

Pelo que eu fiquei sabendo o Pai do Chico, construíu alguns quartos lá, para os hóspedes, assim poderíamos nos acomodar bem tranqüilamente. A tarde passou rapidamente, e quando acabei de arrumar todas as malas, pude ouvir o soar da busina da van ecoar lá fora. Me despedi de meus pais com um beijo no rosto e um até mais, correndo, logo em seguida, para a van.

 

Fim do 20º Capítulo.

Espero que tenham gostado! UIAHSUIHSAH *O* Bom, eu pretendo fazer os próximos capítulo BEM legais (6) AUISHAHSUAHSHAUS, em todos os sentidos :x (: Comentem beibes :*


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amar Você" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.