Meu Eterno Bebê escrita por Kashley


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Hello, amores! Tudo bem? E aqui vai mais um capítulo da fic saindo do forno! Vou parar de enrolar e deixar vocês lerem, BOA LEITURA!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/184080/chapter/3

Edward Cullen

- O que está acontecendo aqui? - perguntou nosso pai.

- Nós estávamos chegando da escola e sentimos cheiro de sangue humano por perto. - disse Jasper.

- E Edward começou a dar um piti. - disse Emmett. Bufei alto. Eu não dei piti!

- Como assim? - perguntou Carlisle, visivelmente e mentalmente confuso. - Edward...? - se direcionou a mim, querendo explicações.

- Ela cheira bem demais para mim.

- Como assim cheira bem demais pra você? Ela é uma humana, e todos os humanos tem um cheiro tentador par nós, principalmente quando nós ficamos muito tempo sem caçar. E esses olhos estão te denunciando.

- Carlisle, eu fui caçar ontem. Meus olhos estão assim por causa do... desejo.

- Ele disse que é como daquela vez. - disse Emmett, fazendo Carlisle erguer as sobrancelhas, compreendendo.

Oh, meu querido! Deve estar sofrendo tanto... Pensou Esme.

- Bem, podemos deixar esse problema para depois. Mas alguém sabe como essa criança foi parar aqui?

- Não, pai. Nós estávamos chegando da escola quando sentimos seu cheiro, assim como Jasper disse. Eu vim até aqui e a encontrei naquele cestinho. - disse Alice, apontando com o queixo para o mesmo, pois suas mão estavam ocupadas segurando a criaturinha. - Podemos ficar com ela? - perguntou, fazendo um biquinho.

- Alice, querida, eu não sei se será possível... Precisamos investigar, saber quem são os pais biológicos dela, da onde veio... Nós não sabemos de nada, é como se ela tivesse caído do céu. - disse Esme. No momento em que ela disse aquilo eu tive esperanças que a criança não ficasse na nossa casa, então eu poderia respirar livremente de novo...

Apesar de eu querer muito que ela fique. Gostaria tanto de cuidar de uma criança desde bebê, como se fosse meu próprio filho... Pensou Esme, maravilhada com a ideia de ser mãe.

E lá se vão minhas esperanças e meu oxigênio filtrado.

- E, além do mais, temos o Edward. - disse Carlisle. - Não podemos fazer seu irmão sofrer dess...

- Não, pai! Por favor, eu não vou ficar e estragar a felicidade de todos! Eu vejo na mente de todos vocês o quanto querem que a criança fique. Então sou eu que devo me afastar.

Como para testar, dei uma pequena fungada no ar. Era terrível! Mas não tanto quanto antes. Era como se eu estivesse me acostumando com a queimação, pois o cheiro continuava doce e encantador como antes.

- Eu não vou discutir isso ainda, não temos nada decidido. Alice, onde mesmo que você disse ter achado a criança?

- Nesse cestinho. - disse Rose, já com o cesto em mãos. Carlisle o pegou dela e em sua mente vi que ele queria averiguar se não tinha alguma carta, documento, algo que explicasse o aparecimento repentino de uma criança na nossa porta. Ele revirou os cobertores que continham na cesta e realmente achou um papel dobrado. Prontamente ele o abriu e pude ler a carta através de sua mente.

Sr. E Sra. Cullen:

Peço encarecidamente que cuidem bem da minha pequena Isabella. Ela precisa de um lar, com uma família bem estruturada, que lhe dê amor, carinho e atenção, coisas que eu não posso proporcionar a ela. Um lugar onde ela cresça rodeada de pessoas que a amam e querem o seu bem. Eu tenho certeza que ela será muito feliz com vocês. Peço desculpas pela surpresa na sua porta, mas, por favor, eu suplico, eu imploro que cuidem dela, e não a dêem para a adoção. Eu só a deixo aqui porque tenho plena confiança em vocês para cuidar da minha Isabella, pois eu sei que com vocês ela irá ter uma família de verdade, que é o que ela merece. E por último, novamente peço que cuidem dela, como se ela fosse realmente de vocês.

Obrigada por tudo desde já,

R.S.

Carlisle virou o papel e atrás continha sua data de nascimento: 13 de setembro. A criança tinha menos de uma semana!

Depois disso todos também queriam ler a tal carta.

- Quem será essa pessoa? - questionou Esme, passando a carta à Jasper.

- E como assim, ela tem confiança em nós? Será que sabe o que nós somos? - Oh, meu Deus, vamos ter que nos mudar de novo? Rose odiava nossas mudanças. Na verdade, todos nós odiamos, mas era necessário.

- Impossível. Essa confiança toda deve ser pelo fato de que todos na cidade sabem que vocês são adotados. - disse Carlisle. Na mente dele ele tentava lembrar-se de todas as mulheres e os bebês que deram entrada na maternidade do hospital em que ele trabalha, mas nenhuma criança era aquela que estava conosco.

- E que mãe é essa que larga a filha na porta de um estranho? Desnaturada e totalmente sem coração! Isso é um ato que chega a ser desumano! - xingou Rose. Com isso eu tinha que concordar com ela.

- Uma criança dessas que teve um começo de vida assim merece é ser feliz. E não há lugar no mundo melhor do que a nossa família para ela. - disse Alice, obviamente tentando convencer Carlisle a deixar a criaturinha viver conosco.

- Carlisle, querido... - Esme tocou o seu ombro e olhou no fundo dos seus olhos. Se eu não soubesse que era o único com a habilidade de ler pensamentos ali, podia jurar que eles estavam conversando mentalmente agora mesmo.

- Vamos resolver isso lá dentro. - disse meu pai, nos fazendo entrar em casa.

Em segundos já estávamos todos devidamente acomodados na mesa de jantar, que só é utilizada quando temos essas conversas em família. Eu, obviamente, não respirava desde antes de entrarmos em casa.

- Bem, primeiramente, vamos fazer uma votação. Quem vota para que Isabella viva conosco? - como esperado, fui o único que não ergueu o braço. A pequena criatura, que agora sabíamos que se chamava Isabella, se mexia inquietamente nos braços da minha irmã caçula.

Edward vai ficar... Isabella vai ficar... Bellinha vai morar conosco... Eu desejava furtivamente que Alice estivesse supondo, e não comemorando alguma visão que teve.

Eu sei, a baixinha nunca supõe nada.

Espera aí, Bellinha? Da onde ela tirou isso? A criança já tinha até apelido?

- Mas como essa criança vai morar conosco? Afinal, somos vampiros! - essa frase veio da pessoa que eu menos esperava: Emmett! Ele pensa?

O Emmett pensa? O pensamento de Jasper chegou até mim. Ele estava tão surpreso quanto o eu.

A questão que Emmett desencadeou parecia que não tinha sido pensada por ninguém ainda. E confesso, que nem por mim. Como essa criança iria crescer numa casa cheia de vampiros?

- Ela irá nos aceitar. - disse Alice, quebrando o silêncio.

- Como? - perguntou Carlisle.

- Ela irá nos aceitar, eu vi isso.

- Mas a questão não é se ela vai nos aceitar ou não, Alice. Nós precisamos pensar nas prioridades dessa criança. Nós não somos uma família que se pode ser chamada de normal.

- Bem... Será que é porque nós não somos normais?

- É verdade, Emmett, você é muito burro, não pode ser considerado normal. - disse Jasper, fazendo com que Emmett cruzasse os braços e fechasse a cara, como uma criança de cinco anos.

- Pai, o que você considera uma família normal? - questionou Rose. - Nós só precisamos dar a Isabella o que ela precisa. Se nós dermos amor, carinho, atenção, isto é, tudo que uma criança necessita, vai ser uma família sim, como qualquer outra! Família é feita de sentimentos, de emoções. E nós podemos ser vampiros, mas ainda temos sentimentos. E, além do mais, se a fizermos feliz, ela vai nos amar do jeito que nós somos, não vai reparar nas diferenças. Pai, por favor, a deixe ficar. Você sabe o quanto eu quero isso.

Confesso que o discurso de Rosalie me emocionou. E, pelo visto, todos se sentiam como eu, pois encaravam Rose e pensavam nas palavras que ela proferiu nesse instante. Ninguém tinha coragem de quebrar o silêncio imposto e podíamos sentir a tensão quase palpável no ar, esperando por uma decisão do nosso pai.

- Edward, filho, - Carlisle se dirigiu a mim, me tirando dos meus pensamentos. - Você tem certeza que não aguenta?

- Pai, é quase... Insuportável.

- É insuportável quando não se tem força de vontade. Eu tenho certeza que você consegue.

- Carlisle, você não pode ter tanta confiança em mim! - disse, começando a me alterar. - E se, por um descuido, eu matá-la?

- Eu sei que você nunca faria isso.

Fingi que não o ouvi falando aquilo e continuei o meu discurso.

- Como você acha que eu vou ficar? Como eu vou conseguir viver com o peso da culpa na minha mente? Não, Carlisle, eu prefiro não arriscar. - disse, passando as mãos pelos meus cabelos e suspirando. O que foi um erro, pois todo aquele cheiro adocicado entrou como rastros de fogo pelas minhas narinas.

- Um tempo. É isso que você precisa, de um tempo para se acostumar com isso. Ou melhor, com o cheiro. Porque você não faz um... teste, querido? - disse Esme, amavelmente. - Faça um teste e prove a si mesmo que você consegue conviver com a criança. Depois de um tempo, talvez ele vai deixar de ser tão... Tentador.

- Mãe, é muito compromisso. É muito arriscado.

- Eu confio plenamente em você, meu filho. - disse Esme, acolhendo minha mão entre as suas.

Era isso que acabava comigo. Essa confiança toda que eles têm em mim. Tudo bem que eu era o mais velho, e consequentemente o que tinha mais autocontrole depois de Carlisle, mas essa era uma situação totalmente diferente. Esse sangue era... bom demais.

Pensei, pensei e pensei mais um pouco. Pensei nos prós e nos contras, no que eu podia ganhar com isso, e no que eu podia perder. Bem, para a mente de um vampiro, como a minha, isso não durou nem dois segundos. Por fim, decidi dar uma chance à minha família, pois eu não fazia questão alguma de ir embora mesmo. Alice abriu um sorriso de orelha a orelha antes mesmo de eu dizer uma palavra sequer.

- Uma semana, nem um dia a mais e nem um dia a menos. Uma semana é o meu tempo de teste. Se eu perceber que não posso aguentar... Eu vou embora.

- Eu sei que você consegue. - disse Esme, com aquele tom maternal e cheio de confiança que faz você se sentir capaz de qualquer coisa.

- E que assim seja. - disse Carlisle, se levantando e pegando a criança no colo. - Lhes apresento a mais nova Cullen! Isabella... Cullen! - disse, por fim, Carlisle, enquanto todos comemoravam por mais um membro na nossa família e davam as boas vindas para a mini Cullen.

É, vai ser uma semana longa e difícil.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Eu particularmente estava bem inspirada pra escrever esse capítulo, acho que ficou bom! Ah, antes que eu esqueça: os posts serão as terças, quintas e nos fins de semana, ok? Eu gostaria de postar todo dia, mas eu sei que não vou conseguir dar conta, haha. Beijosss amores, até o próximo cap! E eu quero comentários, hein? *cara de labrador na vitrine de pet shop* ♥