Meu Eterno Bebê escrita por Kashley


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Vocês querem me matar? Fiquei de queixo caído quando eu vi que bastante gente gostou! Bem, como prometido, está aí o primeiro capítulo! Ele não tá muuuito grande, eu pretendo fazer maiores (sim, eu sou exagerada). Aproveitem!



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Edward Cullen

- Rose, você não acha que já está na hora de nós irmos fazer compras de novo?

- Claro, Alice. Faz quanto tempo que nós vamos ao shopping mesmo? Nossa, faz um tempão! Nem me lembro direito da última vez.

- Meninas, vocês foram no shopping há menos de uma semana. - disse Emmett.

- Mas já estão me faltando roupas.

- Rose, seu closet está cheio de roupas que você nunca se quer tocou! - questionou Jasper.

- Alguém pediu a opinião de vocês? - perguntou Rosalie, furiosa, fazendo Jasper e Emmett se calarem. Eu, é claro, nem abri minha boca. Não ia me meter no assunto das duas malucas, que agora falavam animadamente do que iriam comprar.

Era mais um dia normal. Ou seja, tédio total, pelo menos pra mim. Nós estávamos voltando da escola, o ano letivo havia acabado de começar, e eu já não via a hora de chegar ao fim. Eu estava dirigindo enquanto Alice ia ao meu lado no banco passageiro, e Rose, Emmett e Jasper iam atrás. Estava perdido em pensamentos e prestando atenção na bela música que tocava quando uma baixinha irritante me perturba. Leia-se Alice.

- Edward, você não cansa de ouvir essas músicas do tempo da pedra? - perguntou ela, brava. Ela sempre reclamou do tipo de música que eu escuto.

- Eu não tenho culpa se você tem um péssimo gosto musical, Alice.

- Mas é que é tãããão calmo. Você não enjoa?

- Não. E se a música é calma, é porque é pra acalmar.

- E você quer se acalmar porque, seu estressadinho? Mais calmo do que você já é, só morto!

- Porque você não continua tagarelando com a Rose ao invés de me encher minha paciência? - eu já estava irritado desde hoje de manhã, e acabei por descontar na minha irmã baixinha. Ela fez o que eu pedi e não conversou mais comigo, mas ficou com um bico enorme olhando para fora da janela.

Será que o Edward está com TPM? Esse pensamento imbecil só podia vir de uma pessoa igualmente imbecil: Emmett. Lhe lancei um olhar de dar medo pelo espelho retrovisor e ele apenas levantou as sobrancelhas, como se não tivesse dito nada demais. Qualé, Edward! TPM é tempo para matar! Não me olha desse jeito não, hein, eu não disse nada demais! E depois disso começou a gargalhar feito uma hiena, o que chamou a atenção de todos os outros.

- Conversas particulares entre eu e o Edward, gente. Eu não sou louco.

- Oh, claro. Ninguém duvidava disso, Emmett. - disse Jasper, irônico.

Revirei os olhos pro meu irmão besta, e dobrei na estradinha de terra que nos faria chegar em nossa casa.

Estávamos quase avistando a casa quando eu sinto cheiro de sangue. Sangue humano. Mas não era um sangue humano normal, era um sangue doce, totalmente inebriante e convidativo... Era o melhor cheiro que eu já havia sentido na vida, e aquilo ficava mais forte quanto mais perto de casa nós ficávamos. Estava ficando insuportável, eu apertava com todas as forças o volante do carro para não sair dali e atacar imediatamente quem quer que fosse essa pessoa.

- Vocês estão sentindo esse cheiro? - perguntou Alice.

- Humanos? Nunca teve humanos tão perto da nossa casa antes! - disse Jasper.

- Será que é alguém com Carlisle? - questionou Rose.

- Nem Carlisle nem Esme chegaram ainda, a casa está vazia... Edward, o que está acontecendo com você? - Alice reparou que eu não estava nada bem, o que fez todos prestarem atenção em mim.

O que será que deu nele?

O Edward pirou? Ou será que ele está muito bravo pelo o que eu falei?

Pela mente deles eu pude ver que meu estado não era dos melhores. Minhas mãos quase quebravam o volante, minha cara estava retorcida em uma careta que era pura dor e meu olhos estavam mais negros que a escuridão.

- Edward...? - perguntou novamente Alice, com um tom de preocupação na voz.

- Está... impossível... de aguentar. - falei entre dentes, tentando respirar o mínimo possível.

- Quando você caçou, Edward?

- Ele foi comigo, ontem! - disse Emmett.

- Então, o que...?

- Esse cheiro é... doce demais! - será que eu estava ficando louco? Porque só eu sentia esse cheiro tentador? Tão adocicado, e tentador, e doce, e maravilhoso, e tentador...

É como daquela vez, Edward? Perguntou Emmett, e relembrou a vez em que ele cruzou com o caminho daquela moça que tinha o sangue doce e tentador pra ele. Bem, ele não se segurou e a matou. Eu estava fazendo de tudo para não me deixar levar pelo meu lado instintivo.

- É Emmett, é como daquela vez. - o respondi.

- Jasper, cara, é melhor você segurar o Edward.

Estacionei o carro na garagem e me permiti dar uma leve puxada no ar. O cheiro estava um pouco mais ameno ali, mas mesmo assim minha garganta queimava como fogo.

- Vamos fazer assim: eu, Rose e Emmett vamos ver onde está esse humano. Jasper, você fica aqui controlando o Edward. - Alice deu as coordenadas e todos nós assentimos. Eles saíram enquanto eu e Jasper ficamos na garagem.

- Me sinto tão fraco. - disse. Eu realmente me sentia fraco. Fraco por não poder suportar esse sangue convidativo, e doce, e... Balancei a cabeça e tentei pensar em outra coisa.

- Eu sei bem o que você está sentindo, Edward. - disse Jasper. Eu entendi o que ele quis dizer com isso. Jasper era o nosso mais novo vegetariano da família, e bem, pra ele era mais difícil do que para nós essa questão de autocontrole, tanto é que ele já cometeu alguns deslizes, se é que  me entende. Resolvi prestar atenção nas mentes do pessoal que havia ido lá fora, curioso demais para saber que humano era aquele que tanto me tentava.

Aparentemente, o cheiro vinha, realmente, de casa. Não precisamente dentro, mas sim, fora. Na porta, para ser mais exato.

Mas que diabos...? Pensou Rose, olhando para um embrulho que se mexia dentro de uma cesta, em frente à nossa porta.

Espera aí, um embrulho que se mexe?

Oh, meu Deus! É um bebê! Pensou Alice, se abaixando e levantando a cestinha, retirando um cobertor de cima do embrulho que tapava um minúsculo bebê. É uma menina, que coisa mais linda! Como você veio parar aqui, mocinha?

- Jasper, ligue imediatamente para Carlisle. Nós temos um bebê em casa.

Um bebê? Oh, meu Deus, eu sonhei tanto com isso! Será que seria possível... Pensou Rose, já se imaginando cuidando da criança, dando banho, dando comida, ensinando a caminhar, vendo-a crescer... Espera, ela está pensando em criar essa criança aqui em casa? Impossível! Será que a Rose esqueceu que somos vampiros?

- Como? Edward, um bebê? - perguntou Jasper, confuso.

- Sim, um bebê! Ligue para Carlisle e o peça para vir depressa, rápido! - disse e ele prontamente pegou o telefone e falou com Carlisle. Nosso pai já estava a caminho e chegaria em torno de dez minutos.

As meninas estavam eufóricas em roda da criança, e o Emmett estava indiferente. Ele só pensava em ver a Rose feliz, e qualquer coisa que a deixasse feliz ele faria.

Edward, venha aqui! Olhe que coisa mais linda! Traga o Jazz também!  Pensou Alice. Ela achava mesmo que eu iria lá? Só de lembrar daquele cheiro... Minha garganta queimava descontroladamente. Eu queria era distância daquela criatura!

- Jasper, Alice está nos chamando lá. Eu acho melhor você ir sozinho. Vou ficar aqui até Carlisle chegar e se livrar dessa criatura.

- Deixa de ser covarde, cara! Qualquer coisa eu acalmo você. - dito isso, ele saiu me empurrando garagem afora. Foi só sair da garagem e aquele cheiro nauseante me atingiu novamente. Agora eu já estava um pouco mais acostumado e, surpresamente até para mim, a tentação não era mais tanta assim. Mas a queimação na minha garganta não havia diminuído nem um pouco.

Quanto mais perto eu chegava da criança, mais nervoso eu ficava. Eu não queria atacá-la! Como eu viveria numa casa em que essa criança estivesse? Insuportável! Eu teria que ir embora.

Chegamos na frente de casa onde estavam todos cercando a criatura. Alice a embalava no colo enquanto Rose a admirava encantada, enquanto Emmett mantinha um braço ao redor da cintura da sua mulher.

- Edward, pegue-a. - disse Alice, quebrando o silêncio. Todos nós olhamos pra ela assustados. Ela não tinha entendido ainda?

- De jeito nenhum! - recusei. Ela estava louca ou queria ver um assassinato ao vivo?

- Edward, eu sei o que estou fazendo. Você não vai machucá-la. - Alice estava me escondendo alguma coisa, pois cantarolava mentalmente o hino da Escócia em inglês. Ela sempre cantava quando queria me esconder suas visões.

- Você tem razão, Alice. Eu não vou machucá-la porque essa criança vai pra bem longe dessa casa, hoje mesmo! E o que você está escondendo de mim?

Ela apenas virou a cara, e pude vislumbrar na sua mente que ela estava brava comigo por dizer que a criança ia embora. Na verdade, todos estavam chateados pela minha afirmação convicta de que a criatura não ia ficar ali.

Edward, por favor, Rose sonha com um bebê há muito tempo, eu quero dar essa chance a ela. Sei que Carlisle vai concordar, então, me entenda, por favor. Não faça a criança ir embora. Emmett pensou, me encarando. Até Jasper estava pensando em ficar com a criança. Eu era o único que não concordava com aquilo ali, estava me sentindo o ser mais egoísta da face da Terra. Então, a melhor opção era ir embora. Como diz o ditado, “os incomodados que se retirem”. Foi só ter esse pensamento para a anãzinha me fuzilar com os olhos.

- Você não faria isso!

- Faria o quê? - perguntaram os outros, curiosos.

- Edward quer ir embora.

- Eu não quero ir embora. Mas eu vou embora, se a criança ficar. - disse isso e graças a Deus, os outros não tiveram tempo de discutir comigo, pois Carlisle e Esme haviam chegado.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Comentem! Beijos ♥