Meu Eterno Bebê escrita por Kashley


Capítulo 17
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Oi amorassssss! Finalmente, pra acabar com a angústia de vocês, o capítulo 16! Eu dei todo o meu suor pra escrever esse capítulo, mas mesmo assim eu achei ele MUITO diferente em relação aos que eu escrevi antes na fic. São vocês que me dirão se tá pior ou melhor :B Sem mais delongas... BOA LEITURA!



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Isabella Cullen

O mundo parecia que tinha parado.

Eu não escutava nada.

Eu não enxergava nada.

Eu não sentia nada.

Eu não conseguia me mover.

A única e considerável coisa que ficava martelando na minha mente era a palavra VOLTURI. Ficava piscando como naqueles anúncios em néon.

Por quê? Porque eu tinha que ser tão azarada? Porque eu tinha que ser um imã para os problemas?

Comecei a ouvir uma voz, muito baixa, me chamando. Será que era minha consciência?

- Bella!... Bella? Bella, você está me ouvindo?

Não, era a voz de um anjo... Um anjo me chamava. Nossa, será que eles foram tão rápidos? Já chegaram aqui, me mataram, e eu já estou indo pro céu?

- Amor, olha pra mim.

Não, não era um anjo. Era Edward. O meu Edwad. O meu anjo.

Depois do meu pequeno ataque de histeria silenciosa, retomei a consciência. Toda minha família estava ao meu redor; Edward tinha as mãos uma de cada lado do meu rosto, me olhando com aquela cara de pavor que ele sabe fazer muito bem.

- Está tudo bem?

- O que aconteceu? - perguntei, confusa. A música tocava alta no jardim, e todo mundo se esbaldava na pista de dança improvisada. Mas dava pra sentir uma coisa diferente no ar... Uma tensão.

- Você ficou minutos estática. Não falava, não piscava, não respirava. Tudo bem?

- Tudo bem, Edward? Se está tudo bem? - quase cuspi aquelas palavras na cara dele. - É óbvio que não está tudo bem! Os Volturi estão vindo pra cá! Estão vindo aqui por causa de mim!

- Não sabemos se é por sua causa, Bella. Às vezes, eles fazem visitas ocasionais para averiguarem se está tudo... Nos conformes. - disse meu pai, tentando me acalmar.

- Ah, sim. Daí eles vão chegar aqui e ver que vocês criam uma humana. Com certeza vai ficar tudo tranquilo né, pai? - zombei. Eu estava à beira do desespero, e eu já enxergava tudo embaçado.

- Filha, se acalma. - disse minha mãe.

- E além do mais, - continuei. - tem centenas de vampiros aqui. Quem garante que um deles não abriu a boca? Muita coincidência os Volturi virem aqui exatamente no dia do meu aniversário.

Vi minha família ficar quieta, talvez, só talvez, achando que eu poderia estar certa.

- Todos aqui são amigos, Bella. Eu confio que nenhum deles faria isso.

- Só se tiver sido algum recalcado que não foi convidado. - Emmett sendo apenas Emmett. Mesmo nas piores horas ele consegue fazer piada.

- Não tentem minimizar a situação, não adianta tentar me enganar! Eu sei que é por minha causa!

- Amor, chega disso. - disse Edward, sério. Seus dedos limparam minhas lágrimas que eu nem sabia que já tinham rolado pelo meu rosto. - Nós somos sua família. Vamos proteger você.

- Como se eu estivesse com medo por mim! Quantos vampiros tem aqui? Quem garante que os Volturi não estão vindo pra fazer uma matança?

- Bella, nós somos muitos. Eles não seriam burros a esse ponto. - disse Jasper.

- E os meus amigos? Hannah, Zack, Derek. Eles não tem como se defender. - eu ainda tentava convencê-los que a situação era grave. Porque eles estavam tão calmos?

- Bellinha, querida. Tente se acalmar, não vai acontecer nada com ninguém. Você pode acreditar em mim? - Alice me olhou com aquele olhar que só ela conseguia fazer, que sempre me convencia das coisas.

Eu estava tão desesperada que nem isso conseguiu me fazer relaxar. Nada conseguia. Nem a mão de Edward que fazia pequenos círculos com o polegar na minha.

- Jasper...

- Eu não consigo senti-la, Alice. - disse ele, visivelmente fazendo esforço para me acalmar.

- Ótima hora pra ficar fora de sinal, né Bellinha? Leve-a para dentro, Edward. Nós temos quatorze minutos.

Edward me rebocou da festa. Enquanto passávamos, eu podia ver vários vampiros cochichando. E era notável que várias pessoas haviam ido embora. Claro, quem seriam os loucos que ficariam aqui sabendo que o clã mais poderoso do mundo está chegando em quatorze minutos? Treze e meio, agora?

Minha noite estava sendo uma montanha russa. Festa, Edward, Volturi. Como é que o dia mais feliz da minha vida pôde se transformar no pior?

Comecei a ouvir uns barulhos estranhos, soluços. Eu não tinha notado que eles vinham da minha garganta até perceber que Edward estava sentado no sofá me abraçando em seu colo.

- Shhh, Bella... Está tudo bem, amor.

- É tu... tudo culpa mi... nha, Edward... - os soluços me impediam de falar corretamente.

Eu estava arrasada por dentro.

- Não fale assim, Bella. Sabe que não é verdade. - disse ele, firme.

- Eu estou pondo todos vocês em risco e não posso fazer nada. Eu sou uma fraca, Edward.

- Você não está nos pondo em risco, nós que estamos. Se fôssemos uma família normal, nada disso estaria acontecendo e você estaria segura. Além do mais, nós podemos nos defender. E já chega dessa história, Bella! Para de se sentir culpada por algo que ninguém tem culpa.

- Claro. É só uma visita ocasional. - disse, rolando os olhos.

Edward me abraçou mais forte, com o rosto escondido no vão do meu pescoço.

- Não tenha medo, minha Bella. Eu sempre estive do seu lado, não é?

- Já disse que não tenho medo por mim.

- Altruísta, como sempre.

Ficamos juntos, em silêncio. A cada minuto que passava, meu coração parecia que ficava um quilo mais pesado. Eu definitivamente não conseguiria ficar calma até que esse pesadelo tivesse passado.

- Alice está nos chamando. - falou Edward, quebrando o silêncio depois de algum tempo.

Meu coração acelerou, e é óbvio que isso não passou despercebido por ele. Edward se levantou me levando junto com ele, para logo após colocar as duas mãos uma de cada lado do meu rosto e olhar profundamente nos meus olhos.

Aqueles olhos cor de âmbar... Eu sempre me perdia neles.

- Eu te amo. Mais que tudo. É uma honra para mim ter você a quem proteger.

- Você está falando como se estivéssemos indo para um campo de batalha.

- Eu só estou demonstrando o meu amor por você, não interprete minhas palav...

- Tá, tá. É por isso que eu me preocupo, entende? Eu te amo demais Edwad, eu não suportaria que algo acontecesse com você. Com nenhum de vocês... Eu não suportaria...

Lutando contra as lágrimas que lutavam incessantemente em descer, me joguei contra o corpo de Edward, com meus braços ao redor de sua cintura. Mais do que depressa ele me acolheu, fazendo um leve carinho na minha cabeça. Seu cheiro me acalmava e trazia boas lembranças, de uma vida inteira vivida com ele.

Nos afastamos minimamente e ele me beijou. Eu ainda não consegui me acostumar com o beijo do Edward - e provavelmente, nunca me acostumaria. Sentir seus lábios frios de encontro aos meus, seu gosto doce, mais doce do que qualquer coisa imaginável no mundo... Sem explicações. Eu nunca conseguiria expressar em palavras.

Delicadamente ele se separou de mim, mas sem antes dar leves beijos em todo o meu rosto.

- Nada vai acontecer, acredite em mim. - disse ele, pegando minha mão.

- É, estou começando a acreditar. Vamos lá, está na hora de ter uma conversinha com alguns vampiros italianos.

...

- Mais calma, filha? - perguntou minha mãe assim que colocou os olhos em mim.

- Sim, mamãe. Mas não completamente.

- Temos dois minutos, eles vão chegar pelos fundos da casa. - ouvi Alice dizendo.

- Típico. Não querem ser vistos. - disse meu pai.

Olhei em volta, para a festa. A música ainda tocava, mas se haviam trinta pessoas que continuavam na festa, era muito.

- Ótimo dia que eles escolheram para importunar. Eu levei três meses organizando essa festa!

Alice não seria Alice se não se queixasse pela festa, que havia ido para o poço.

- Não é melhor avisar os humanos para irem embora? - cochichei para Edward.

- Alice acredita que os Volturi não irão interferir. Eles não vão sair dos fundos.

Consegui me acalmar pelo menos um pouco após ouvir isso.

Nos encaminhamos para os fundos da casa, juntos, comigo bem no meio, um pouco mais para trás. Para o meu alívio, Edward não soltava minha mão.

Outra pessoa estaria aliviada por ter sete vampiros a protegendo. Eu me sentia péssima.

Havia apenas árvores a nossa frente. Estava escuro, e os meus olhos humanos não conseguiam distinguir muita coisa. Mas de repente, pude perceber uma movimentação. Eles estavam chegando.

Cinco, ao todo. Organizados em fileira, um ao lado do outro. Usavam manto longo, preto, e tinham os típicos olhos vermelhos que denunciavam sua dieta.

O primeiro deles, o da ponta, aparentava ser o mais velho. Quase que instantaneamente eu deduzi que ele devia ser o líder. Tinha a pele tão clara, que chegava a ser quase translúcida. Enquanto ele caminhava, parecia que seus pés não tocavam o chão, como se ele estivesse flutuando. Quando olhei diretamente nos seus olhos, tive um calafrio.

Edward apertou ainda mais minha mão, me passando segurança.

A vampira ao lado dele provavelmente devia ser sua guarda pessoal, já que estava quase colada no homem. Ela encarava todos ameaçadoramente, como se a qualquer movimento nosso ela partisse para o ataque.

Se eu já estava apavorada, agora estava mais ainda. Porque Aro traria uma guarda com ele se não estivesse pensando em brigar? Tentei, em vão, chutar a ideia para a fora da minha mente.

O homem ao lado da vampira era tipo um... Super vampiro. E não digo super em quesito poderes, mas sim, relacionado ao tamanho. Ele era tão grande e forte quanto Emmett, cheio de músculos. A única diferença é que meu irmão não tinha aquela cara de mau estampada na cara.

Ao lado dele, estava uma vampira que aparentava ser mais nova que eu. Loira, baixinha. Ao lado dela, um vampiro do mesmo tamanho, aparentando ter a mesma idade, também loiro. Pelas semelhanças, podia apostar que eles eram gêmeos. E ambos tinham olhos que me davam medo.

Aliás, todos tinham.

O vampiro de pele translúcida sorriu, abrindo os braços.

- Amigo Carlisle! Há quanto tempo!

- Olá, Aro. - disse meu pai, não demonstrando tanta alegria quanto o primeiro. - Já se passaram séculos.

- Vejo que ainda continua com sua dieta diferenciada... E que conseguiu novos adeptos.

Aro perpassou os olhos por cada um, dando um sorriso maquiavélico quando seus olhos pararam em mim.

- Acho que devo apresentar-lhe minha família. Essa é minha esposa, Esme, e esses são meus filhos: Emmett, Rosalie, Jasper, Alice, Edward e Bella.

Ao ouvir meu nome, a loirinha baixinha sibilou.

- Jane, querida. Paz. Nós viemos apenas conversar.

Eu não olhava para ela, mas podia sentir a garota - que agora eu sabia que se chamava Jane - me fulminando com os seus olhos vermelhos.

- Creio que já conhece aqueles que me são leais. Renata, Felix, e os gêmeos Jane e Alec.

- Acho que agora estamos todos devidamente apresentados. Ao que devo a honra de sua visita à minha casa, Aro?

- Não posso mais visitar meu amigo? Preciso de motivos?

Era quase palpável o cinismo na voz do vampiro, mas ele continuou falando.

- Estávamos apenas voltando de uma missão pela redondeza, e decidimos fazer uma visita... E que bela surpresa tivemos ao ver que tudo indica que está abrigando uma humana com vocês.

Esse vampiro não enganava ninguém. Era um péssimo mentiroso. Quem acreditaria nessa história de missão? É óbvio que ele já sabia da minha existência. Óbvio que veio aqui apenas e exclusivamente por mim.

Para me matar.

Senti Edward apertar mais forte minha mão. Entendi isso como um “estou aqui do seu lado”.

Pouco me importava se eles quisessem me matar. Que me matem, mas deixem minha família em paz.

- Esta é Isabella, minha filha. - Aro fez uma careta ao ouvir aquilo.

- Filha? Vocês criam uma humana?

- Ou só estão aguardando um momento propício para fazê-la de refeição? - ouvi Felix, o grandão, zombar.

Senti o vampiro ao meu lado ficar rígido. E então foi minha vez de fazer um leve carinho com o polegar na sua mão, tentando acalmá-lo.

Carlisle apenas o ignorou, respondendo a pergunta de Aro.

- Nós a adotamos quando tinha poucos dias de vida. Agora ela está com 16 anos.

Aro me analisou, especulosamente. Só de olhar pra ele eu já tinha pensamentos terríveis.

- Acredito que já saiba que vocês cometeram um crime aqui, velho amigo.

- Eu não vejo crime algum. Bella sabe perfeitamente o que somos e nunca trairia nossa confiança.

- O que não deixa de ser um crime. Vocês nos revelaram a ela.

- Mas ela não nos revelará para ninguém.

- Humanos... São tão instáveis.

Eu queria falar. Queria dizer àquele vampiro que eu nunca denunciaria a minha família, nunca denunciaria o homem que eu não viveria sem. Mas meu corpo estava desconectado da mente, então nem conseguir abrir a boca eu conseguia; e temia que se caso conseguisse, provavelmente não acharia minha voz.

- Isabella.

Quase dei um pulo quando ouvi aquela voz chamando o meu nome.

- Será que você me daria a honra de me estender sua mão? - continuou Aro.

Hã? Primeiro me odeia, e agora quer dar um aperto de mão?

- O poder de Aro é ler todas as lembranças que a pessoa já teve durante a vida apenas com o toque. - respondeu Edward, como se tivesse lido minha mente.

Explicado.

- Aro, acho que isso não é precis...

- Tudo bem, pai. - falei pela primeira vez, finalmente achando minha voz. - Nós não temos nada pra esconder.

Fiz menção de caminhar, porém Edward não soltou minha mão. Olhei para ele e antes que tivesse a chance de falar, ouvi a voz de Alice.

- Se importaria de vir até aqui, Aro?

O grupo todo do outro lado demonstrou desaprovação, mas Aro continuou com o rosto impassível. Ele deu um passo para frente e sua amiguinha Renata caminhou junto, como se eles estivessem conectados.

- Renata, querida. Estamos entre amigos, eu não tenho nada a temer.

A mulher não ficou contente, mas recuou. Aro atravessou a distância de mais ou menos 6 metros que nos separava.

- A chamam de Bella? - questionou o vampiro, quando já estava na minha frente. Seus olhos, agora que eu os podia ver de perto, pareciam meio nebulosos; como se uma camada de nuvens estivesse tapando o vermelho.

- Sim.

- O nome se adequa à sua beleza. É muito bela... Para uma humana.

- Acho que posso aceitar isso como um elogio.

- Fico imaginando como a imortalidade cairia bem a você.

Aro sorriu e me estendeu a mão. Retirei coragem não sei da onde e encostei minha mão na pele fria dele.

Um segundo. Três segundos. Sete segundos. Doze segundos. Dezesseis segundos.

A cada segundo que passava, eu podia ver o sorriso de Aro se transformar numa cara séria, diria que até preocupada. Ele soltou minha mão sem nada dizer, e deu um sorrisinho falso depois.

- Edward?

Meu namorado (apesar de toda situação, consegui ficar feliz ao pensar no Edward como meu namorado) parecia bem mais tranquilo, e prontamente estendeu a mão à Aro. Fiquei imaginando o que ele teria lido na mente dele.

Logo após que soltou a mão de Edward, Aro voltou para o lado de sua guarda.

- Interessante... Muito interessante. Acho que sabe, amigo Carlisle, que sua filha é imune aos poderes de seus outros filhos.

- Sim, Aro.

- E acho que sabe, ou pelo menos imagina, que ela também foi imune ao meu.

- Não, isso é uma surpresa para mim.

Então Aro não conseguiu ler minha mente? Por isso aquela cara de descontentamento?

- Tenho uma teoria. É provável que ela seja imune a ataques mentais e telepáticos. Fico imaginando se ela seria imune à minha querida Jane...

Edward puxou minha mão, se colocando protetoramente à minha frente.

- Nem pense nis... - ele nem havia terminado de falar e já se retorcia de dor no chão.

Ele não estava gritando, mas só pela sua expressão eu sabia o quanto ele estava se esforçando pra isso. Sua cara era pura dor.

Me lembrei de Aro falando da tal Jane e olhei para ela. A vampira fulminava Edward com os olhos. Mas era eu quem ela queria fulminar com os olhos... Edward se colocou na minha frente bem na hora.

Eu estava apavorada. Meio desorientada. Eu quase conseguia sentir a dor que ele sentia... O sofrimento dele era o meu também. E era Jane quem estava fazendo ele sofrer.

E foi então que eu senti raiva.

Quem ela era pra pensar que podia vir até minha casa, e ficar causando mal à minha família? Quem ela era pra machucar o meu Edward?

- Pare! - gritei, olhando nos olhos da vampira. Mas ela não estava me enxergando, estava muito ocupada fulminando Edward.

Algo dentro de mim estava ameaçando explodir. Cada milésimo de segundo que corria, a coisa crescia dentro de mim. Como se fosse um balão se enchendo de água, enchendo e enchendo até que ele não suportasse mais e estourasse.

E o balão estourou.

Dei um passo pra frente, mas senti braços de ferro me segurando. Minha raiva só aumentava por ver que ela não estava dando a mínima para mim. E aumentava ainda mais por não estar conseguindo sair do lugar para soquear a cara daquela vampira loira.

- Bella, calma. - ouvi a voz de Alice no meu ouvido.

- PARE COM ISSO, SUA VAMPIRA DESGRAÇADA!

Finalmente tive a atenção da loira. Ela inicialmente me olhou como se estivesse se sentindo ofendida. Logo depois seu olhar passou para pura raiva.

Ah, ela estava com raiva? Eu também estava, e muita.

- Me solta, Alice! Me. Solta! - eu aplicava toda minha força contra os braços de Alice, ansiando por chegar do outro lado.

Jane olhava para mim como estava olhando para o Edward há segundos atrás. Será que ela estava tentando usar o seu poder contra mim?

Finalmente consegui dar um passo, e mais um logo depois. Não prestei muito atenção ao fato de que ainda tinha uma vampira me segurando.

- Você está tentando usar seu poder contra mim, é? - sorri cinicamente, desafiando. - Lamento informar que não está funcionando.

Antes que Jane desse um passo, Aro deu ordem para ela ficar quieta no lugar.

- Edward... Edward. - ouvi Alice suplicar.

Senti duas mãos firmes na minha cintura, me puxando para trás.

- Pronto, Bella. Calma.

Assim que a voz de Edward chegou aos meus ouvidos, retomei um pouco da consciência. Me senti mais calma e relaxei a força dos meus músculos, porém minha respiração ainda estava descompassada.

- Impressionante! Impressionante! - Aro gritou, batendo palmas. - Eu não sei o que me impressiona mais! Se é o fato do poder de Jane não funcionar em Bella, ou por Bella amar tanto Edward que estaria disposta a usar de todas suas forças para protegê-lo! Magnífico!

Enquanto Jane espumava de raiva, Aro ria sozinho, como uma criança. Acho que os séculos deixaram ele meio pirado.

- Aro, acho que sem mais delongas, podemos encerrar essa visita.

- Oh, claro, Carlisle. Nós realmente temos que voltar para Volterra. Mas ainda precisamos decidir o que fazer em relação à Isabella... Seria uma pena eu ter que matar a todos vocês hoje.

Claro, ele nem queria isso.

- Conforme a lei, você tem duas opções. - ele continuou. - Ou deixe ela aos nossos cuidados, ou a transforma.

Senti um arrepio ao ouvir aquilo. É claro que eu queria ser transformada. Nunca comentei sobre isso com ninguém, nem mesmo com Edward, mas acho que eles já imaginam que eu vá querer isso para mim também, ainda mais agora que eu tinha Edward. Eu o queria para sempre, e não só pelo curto período da minha vida humana. Mas... Agora? Eu ainda queria aproveitá-lo mais antes de ser uma sedenta por sangue.

- Será que eu posso pedir um tempo a você, Aro? Dois anos. É tudo o que precisamos.

Eu seria transformada em dois anos?

- Dois anos? Esse é um tempo relativamente longo.

- É até o momento dela estar formada. Bella vai voltar à escola.

- Entendo... Entendo. Não queremos levantar suspeitas, não é? - Aro sorriu, como se estivesse adorando a ideia.

- Exatamente.

- Pois bem, amigos! Acho que esse nosso trato é um adeus. Ou melhor... um até logo. - Carlisle assentiu com a cabeça, em sinal de respeito.

Todos os vampiros se viraram, retornando para a escuridão de onde tinham saído. Jane ainda se demorou mais, provavelmente tentando mais uma vez usar o poder dela contra mim. Mas eu ainda continuava de pé, sustentando o olhar dela.

- Jane, chega.

Ela obedeceu à ordem imposta e se virou, entrando na escuridão. Apenas Aro continuou no lugar dele, me encarando com aquele sorriso maquiavélico. É claro que Renata continuou colada no lugar também.

- Adeus, querida Isabella. Da próxima vez que nos vermos, espero vê-la desfrutando de sua vida imortal... Seria uma pena destruir sua beleza.


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Notas finais do capítulo

PELAMOR DE DEUS, me digam o que acharam!!! Eu realmente necessito saber se vocês gostaram do capítulo hahahahaha. Os capítulos sairão mais ou menos um por semana, ok? Até o fim de semana que vem eu posto o outro, portanto, não me ameacem muito! Beijos e até ♥