Meu Eterno Bebê escrita por Kashley


Capítulo 16
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

OLÁÁÁÁÁÁ PESSSSSSSSSSSSSSOAS!!! Voltei super rápido, vai dizer??? Gente, ameaças de morte até tudo bem, mas vir me ameaçar de vampiro puxar meu pé de noite daí já é maldade, né? QUE MEDO DE VOCÊS. Sem mais enrolações, vou deixar pra vocês o capítulo MAAAAAAAAIS AGUARDADO DA FIC! ALTAS EMOÇÕES!!!
BOA LEITURA!!!!!!!!!!!!!
VESTIDO DA BELLA ::::::::: http://www.perdizesrigor.com.br/imagens-fotos-vestidos-curtos/modelo-vestido-festa-curto-verde-M.jpg



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Isabella Cullen

Primeiramente, eu só conseguia enxergar várias câmeras apontadas para mim e os flashs que quase me cegavam. Só depois que os fotógrafos se contentaram com as fotos que tiraram de mim, que eu pude ver alguma coisa além de claridade.

– Eu achei que ficaria cega para sempre. - disse ao meu pai, depois de encerrada a sessão de fotos.

– Alice pediu a eles que batessem fotos de segundo em segundo.

– Acho que eles levaram a sério.

Meu pai riu, concordando.

Dando a volta de braços dados com meu pai pela enorme pista improvisada no jardim, pude ver cada rosto ali. Acho que eu conhecia apenas vinte por cento daquela multidão de pessoas.

Na mesa da minha família estavam minha mãe, Edward, meus irmãos e os meus tios, os Denali, todos eles com um sorriso quase maior que o rosto. Dei um suspiro contido ao ver que Tanya não estava ali. Eu duvidava muito que ela viesse, mas mesmo assim fiquei bem menos apreensiva ao não enxergá-la na festa.

Depois deles, eu não conhecia mais ninguém. Eu até vi alguns rostos conhecidos, amigos que ocasionalmente visitavam minha família, mas eu quase não me lembrava do nome de nenhum.

Pela primeira vez pude visualizar a decoração, e posso afirmar que ficou lindo. As cores que eu escolhi para decorar foram prata e azul, não um azul igual ao meu vestido, esse era azul bebê. Nas mesas havia toalhas dessas duas cores, e em cada cadeira havia um laço branco com um fio prateado. Por todos os lados tinha balões brancos e azuis escrito “Bella” em prateado, numa fonte super delicada.

Na mesa do bolo havia, obviamente, o bolo, branco com estrelas azuis, e uma réplica minha em cima. E ao redor do bolo de quatro andares, incontáveis docinhos, dos mais diversos tipos. Eu só não sei para onde iria toda essa comida depois, já que bem mais da metade dos convidados não iam se alimentar.

Comecei a olhar os convidados e realmente tinha muita gente desconhecida. Cada vez que eu via alguém com os olhos vermelhos, me dava um arrepio na espinha. Na verdade, eu acho que além de nós os únicos vegetarianos dali eram os Denali.

– Pai, quem é aquele?

– Aquele quem, Bella?

– O de cabelo comprido, meio loiro, com a gravata vermelha.

– Ah, aquele é o Benjamin. Por quê?

– Nada, eu só simpatizei com ele... apesar daqueles olhos que me dão calafrios. E aquela morena de vestido roxo, quem é? Ela tem feições de índia.

Carlisle deu uma leve risada antes de responder.

– Aquela é Zafrina, ela é do Brasil.

– Eu já tinha gostado dela, agora que eu descobri que ela é do Brasil eu gostei mais ainda!

– Você e sua fascinação pelo Brasil. - disse meu pai, rindo e balançado negativamente a cabeça. - Prometo que no seu próximo aniversário te levo até lá.

– E nós podemos visitá-la.

No exato momento em que eu disse isso, a tal Zafrina sorriu, e concordou com a cabeça, como se estivesse ouvindo toda a nossa conversa... Como eu sou idiota!

– Ai. Meu. Deus. Como eu sou burra! - exclamei, querendo me matar internamente. Já podia sentir meu rosto queimando de tão constrangida que eu estava.

– O que foi, Bella?

– Eles estavam escutando o tempo todo! Que vergonha.

Meu pai gargalhou alto, e eu pude escutar vários risinhos das pessoas - ou melhor, dos vampiros.

– Às vezes eu esqueço que eu sou a única normal aqui. - sem nem um pingo de coragem para olhar para as pessoas, eu caminhava olhando para o chão.

– Vamos lá, Bella! Está na hora de dançar.

– Pelo menos dançar não vai me fazer passar vergonha.

Eu amava dançar. Era a melhor forma que eu tinha para conseguir me expressar. Quando eu dançava, eu me sentia livre. Era como se eu pudesse qualquer coisa, até mesmo voar.

– Pai, não me rodopie muito! Meu vestido é curto. - meu pai riu.

– Ok.

Passaram-se mais alguns segundos até que nós fomos interrompidos.

– Está na hora de trocar o par, pai. - disse Edward. Meu coração acelerou assim que eu ouvi a sua voz.

Porque meu coração tinha que ser tão besta?

Meu pai me deu um singelo beijo na bochecha antes de ir. Edward pegou minha mão e com sua outra mão livre, agarrou minha cintura, colando nossos corpos.

– Nem se atreva a rir de mim. - disse, assim que eu vi ele com uma cara de quem segura o riso. Óbvio que ele estava se divertindo às minhas custas por causa do episódio de minutos atrás.

– A sua cara foi muito engraçada.

– Seu bobo.

– Sua linda.

Encostei minha cabeça no seu peito, escondendo meu rosto que tinha um sorriso maior que a minha cara.

– Porque você faz isso comigo?

– Isso o quê?

– Ficar me deslumbrando.

– Eu não tenho culpa de ser irresistível.

Abri a boca em descrença. O que foi que eu ouvi?

– Edward Cullen, seu convencido! - disse, dando um tapa no seu braço. Como se fosse doer alguma coisa.

– Eu apenas causo em você a mesma reação que você causa em mim.

Devo ter ficado com cara de idiota, e com a boca aberta.

– Hora de trocar, maninho. - ouvi Emmett falando. Edward me deu um beijo na testa e saiu, dando lugar ao meu outro irmão.

– Fecha essa boca e para de babar, Bellinha.

– Cala a boca, Emmett.

Ele só deu aquele sorriso que mostra todos os dentes, típico de Emmett.

– Você tá linda, Bella.

– Obrigada, Memet. Eu já ouvi isso tantas vezes hoje que eu acho que vou começar a acreditar.

– Isso quer dizer que você está duvidando do que seu irmão Emmett Cullen, lindo e maravilhoso está dizendo?

– Eu moro com uma família de convencidos, só pode... Emmett, nem pense em pisar no meu pé!

– Assim você me ofende. Eu sou o Cullen mais pé de valsa.

– Você é um péssimo dançarino e um ótimo mentiroso, isso sim.

Nós dois rimos. Quer dizer, eu ri, meu irmão praticamente rugia.

– Já acabou o seu tempo, Emmett. - disse Jasper.

– Eu sei que todo mundo já te disse isso, mas... Você está linda, Bella. - disse Jasper, assim que começamos a dançar.

– É, eu percebi. - eu disse, piscando um olho.

– Quem diria que aquele bebezinho chorão ia se transformar na mulher que você é hoje?

– Jasper, não dá pra perceber que eu estou constrangida? - eu podia sentir meu rosto pegando fogo.

– Perceber não dá, mas eu posso ver. - disse Jasper, rindo da sua própria piada. Eu só rolei os olhos.

– Edward teve sorte. - disse meu irmão.

– Por quê?

– Por ter você.

Antes que eu tivesse tempo de formular algo para dizer, ouvi a voz do Zack.

– Ei, cara. Eu acho que já acabou o seu tempo.

– Zack! - dei um abraço super apertado no meu amigo.

Eu não o via fazia quase dois anos. Apesar de eu ter me mudado, nós - eu, a Hannah e o Zack - continuamos nos falando, e também nos víamos sempre que possível.

– Ok, agora eu vou largar você antes que a Hannah fique com ciúmes e queira me matar.

Há dois meses atrás, Hannah me ligou enlouquecida dizendo que finalmente o Zack havia criado vergonha na cara e pedido ela em namoro. Os dois sempre se gostaram, mas não admitiam de jeito nenhum. Sinceramente eu achei que eles não dariam certo nunca.

– Garanto que já disseram inúmeras vezes que você está bonita.

– É, você está certo. E como está Seattle?

– A mesma coisa de sempre. Como eu e a Hannah não temos a mente super dotada como a sua... - eu ri das suas palavras - Estamos no ensino médio ainda.

– E para qual faculdade vocês vão?

– Não sabemos ainda. Mas para a que ela for eu vou, porque eu não vou conseguir suportar ficar longe dela.

Suspirei. Isso é tão frase de filmes de romance.

– Quem diria, hein? Hannah Simon finalmente fisgou o coração de Zack Montgomery.

Ele riu, com certeza envergonhado.

– Ei, agora é minha vez de dançar com essa gatinha aí.

– Derek! Que saudade!

Eu não via o cabeça oca do meu amigo desde que ele veio se despedir de mim no ano passado, quando ele estava de malas prontas para ir pra Yale.

– E aí, Bella! Nossa, você está linda demais! Será que você pode me dar uma segunda chance hoje?

Eu gargalhei alto e atirei os meus braços ao redor do seu pescoço, o abraçando. Eu realmente sentia falta dele.

– Saudade das suas piadas sem graça!

– Ei, isso não foi uma piada! Mas eu também sinto saudades da minha amiga nerd mais chata.

– Que perfume é esse que você está usando? - eu estava sentindo um cheiro muito bom, e descobri que o cheiro vinha do pescoço do Derek.

– Perfume? É natural, baby!

– Não, é doce... Tem cheiro de bebê.

O que estava acontecendo comigo? Aquele perfume dele era muito bom. Maravilhoso. Fascinante. Envolvente.

– Hã, Bella... Acho melhor você parar de cheirar meu pescoço antes que o seu irmão me mate com os olhos.

Saí do meu pequeno transe, e nem tive coragem de olhar para a cara do Edward... É claro que o Derek só podia estar falando dele.

– Então... Como está a faculdade? - perguntei, tentando me concentrar.

– Bem. É mais fácil do que eu pensava, apesar de que é cansativo ter que ir nas festas à noite...

– Seu idiota! - eu disse, rindo. Derek nunca iria deixar de ser o Derek.

– E você... Como está não fazer nada?

– Um tédio total. Mas depois das férias vou começar a estudar de novo... - disse uma meia verdade.

Antes que o Derek pudesse fazer mais perguntas, a música parou significando que a parte da dança já havia acabado. Agradeci fervorosamente aos céus por não precisar mentir para ele.

Comecei a me preparar internamente ao lembrar que agora eu tinha cerca de 200 pessoas para abraçar. É, receber felicitações de aniversário não é fácil.

– Bella! Bella! - um furacão apareceu na minha frente antes que eu pudesse dar um passo sequer.

– Hannah! Que saudades, amiga!

Hannah é linda, loira, com o cabelo ultra cacheado e com os olhos verdes, e mais todos aqueles atributos que toda garota típica líder de torcida quer ter. Eu lembro que todos os rapazes do colégio babavam por ela, e o Zack morria de ciúmes. Um bobo, só ele não via que ela só tinha olhos para ele.

Eu morria de saudades da Hannah. Apesar de termos passado a maior parte da infância juntas, todos os meus dramas de adolescente eu contava para ela, porque nós sempre conversávamos pela internet. Ela é minha melhor amiga desde sempre.

– Você está linda demais! Que inveja de você! - ela exclamou, me fazendo rir.

– Por favor, né? Você com inveja de mim?

– Ah, sim. Às vezes eu me esqueço que eu sou linda demais também.

Eu gargalhei. Ela não tinha jeito mesmo!

– Sai daqui, sua convencida! Eu ainda tenho muita gente para abraçar, depois a gente se fala.

– Como se fosse muito sacrifício você abraçar todo mundo, né? - ela chegou mais perto de mim e sussurrou. - Tem cada homem lindo aqui nessa sua festa que, Jesus...

Sabendo que todos os vampiros estavam ouvindo o que ela falava, eu corei de vergonha pela minha amiga maluca.

– Cala a boca, Hannah! - eu disse, empurrando ela para o lado. Ela saiu rindo e eu resolvi que era hora de encarar a fila que já se formava a minha frente.

...

Pelo que se pareceram horas depois, a fila finalmente estava acabando. As únicas que estavam na fila eram as morenas que meu pai disse que eram do Brasil. Instantaneamente corei ao lembrar o mico que eu paguei antes.

– Olá, Bella... Posso dizer que também simpatizei com você. - Zafrina disse. Eu ri envergonhada.

– Me desculpe por aquilo.

– Imagina, não é todo dia que os humanos simpatizam com vampiros. Na verdade, acho que você é a primeira que eu já vi sem instinto de proteção nenhuma, e olha que eu já vivi muitos séculos.

– Meus pais acham que é a convivência.

– Pode ser, mas mesmo assim é incrível. Tem mais de cento e cinquenta vampiros nesse lugar e você não sente nem um pingo de medo, enquanto os seus amigos humanos estão quase correndo para longe.

– Eu já disse para o meu pai que ele tem que me levar ao hospital e fazer uns exames na minha cabeça. - eu disse, rindo, e Zafrina me acompanhou nas risadas.

– Oh, nem me apresentei formalmente! Eu sou Zafrina, e essas são Senna e Kachiri. - abanei timidamente para as outras vampiras, que retribuíram. - Como você já sabe nós somos do Brasil, e sim, você pode nos visitar quantas vezes quiser. Eu realmente gostei de você, garota.

– Eu amo o Brasil! Acho lindo! - falei em português. Elas aparentemente se surpreenderam.

– Realmente é lindo, e cheio de cores. - respondeu Senna também em português, nos fazendo rir.

Eu me sentia à vontade com elas, diferentemente de outros vampiros que me davam arrepios.

– Não monopolizem a aniversariante! - disse Alice, se metendo na nossa conversa.

– Oh, me desculpe, Alice. - disse, Zafrina.

– Não dêem bola para a Alice... Ela é muito ciumenta. - nós quatro rimos da tentativa de cara de brava que a Alice fez.

– Não é ciúmes não, senhorita Cullen, mas é que está na hora do parabéns!

– Ok, eu vou lá antes que ela me bata. - eu disse, antes de ser rebocada pela Alice.

– As pessoas não teriam que comer antes de cantar o parabéns?

– Primeiro o parabéns, depois o buffet será servido.

E assim foi, com um coral de parabéns, eu assoprei as milhares de velinhas piscantes em cima do bolo. Fogos de artifício iluminaram o céu, e é claro que eu tive que fazer inúmeras poses para as fotos. E depois, tive que tirar fotos com muitas pessoas, e isso levou muito tempo.

Quando eu finalmente tive um descanso das fotos, meu estômago roncava alto. A única coisa que eu queria fazer era comer.

– Está gostando da festa, filha? - disse minha mãe, sentada ao meu lado enquanto eu comia.

– Claro, mãe! Mas e o meu presente? - eu perguntei na maior cara de pau. Por um segundo eu até pensei que minha mãe ia ficar brava e me xingar por estar pedindo tanto, mas ela riu.

– Já está em Forks.

Nós nos mudaríamos para Forks, uma cidadezinha chuvosa no meio do nada daqui a três dias. Na verdade nós já teríamos ido se não fosse minha festa de aniversário.

– Eu estava brincando, mãe. Mas fiquei feliz em saber que vou ganhar um presente.

– E desde quando você não ganha presentes?

– Mas a festa já não é um presente? - perguntei, confusa.

– Não é a mesma coisa. - ela respondeu, rolando os olhos.

– Mas mesmo assim, eu estou amando! Está tudo lindo, eu não poderia estar mais feliz nessa noite!

– E nem acabou ainda. - ela disse, rindo.

Essa festa tinha como ficar melhor? Eu sinceramente achava que não.


Edward Cullen

– Edward, será que você pode se acalmar, por favor?

– Você fala assim porque não é você.

– E você falando assim nem parece que já conhece a Bella a vida inteira.

– Não é a mesma coisa, Jasper!

Emmett gargalhou.

– Que engraçado, mano! Você tá parecendo uma menininha nervosa!

– Cala essa boca, Emmett!

– Rapazes, não zombem do seu irmão! - disse Esme, me defendendo.

Edward, você sabe que está nervoso à toa. Pensou Rosalie.

Ai, que lindo! Eu sabia! Eu sabia! Pensou Alice.

Digamos que minha família estava toda reunida, tentando dar uma de cupido. E quando eu falo todos, eu digo todos mesmo. Até o Jasper que abominava a ideia de ver eu e Bella juntos. Talvez depois de muito tempo ele pode finalmente perceber que o que nós sentíamos era verdadeiro.

– Cadê a Bella? - perguntei.

– Foi trocar o vestido. - foi Rose quem respondeu.

Bella foi trocar de vestido porque a festa iria começar. E quanto mais os minutos passavam - ou, para mim, se arrastavam - eu ficava mais nervoso.

– Eu vivi minha eternidade inteira para ver o dia que alguém deixaria Edward Cullen nervoso. Agora já posso morrer em paz. - Emmett, como sempre, fez piada. Eu só bufei enquanto todo mundo ria.

Finalmente, para a minha alegria e desespero ao mesmo tempo, pude visualizar Bella saindo de casa, linda, em outro vestido azul, agora com os cabelos soltos. Preciso agradecer Alice depois.

Bella estava surpreendentemente linda hoje. Eu não sei se era o momento, ou a ocasião, mas ela parecia que estava radiando luz de tão linda. Eu nunca me cansaria de admirar sua beleza, e nem mesmo conseguiria descrevê-la perfeitamente, com todos os mínimos detalhes.

No começo, eu tentei refrear meus sentimentos... Mas não consegui. O amor que eu nutria por Bella não era puramente fraternal, eu a queria para mim. Me amaldiçoei por vê-la desse jeito, me senti um monstro por simplesmente me apaixonar por ela. Mas nada mais podia ser feito, e eu tive que aceitar que viveria para sempre imaginando como seria se nós dois ficássemos juntos... Mas mais uma vez Bella me surpreendeu ao indiretamente dizer que gostava de mim. Aí eu tive esperanças, mas também tive receio. Mas por ela, eu faria tudo. Uma coisa era aceitar a ideia de sofrer sozinho, outra coisa bem diferente era fazê-la sofrer também.

Tudo que estava programado para hoje tinha sido minimamente calculado por mim. Eu sabia que ela não tolerava a distância, eu sabia que ela achava que eu não a queria assim como ela me queria. Eu estava ciente de tudo isso, mas eu também sabia que cada coisa tem sua hora, e a nossa hora não era a um ano atrás, nem dois. Na verdade, nem eu mesmo sabia qual era o momento certo, mas depois de tudo o que aconteceu, como o episódio no Alasca, eu soube que eu precisava fazer isso. Eu precisava tirar toda aquela insegurança e inferioridade que Bella sentia, eu precisava fazê-la entender que eu estava ao lado dela para qualquer coisa... Que ela seria sempre a única para mim.

Às vezes eu me pegava pensando quando foi que Bella cresceu... Agora ela já era uma mulher. Cabelos castanhos encaracolados na altura da cintura, sua pele branca macia e suave, seus olhos castanhos cor de chocolate brilhando de emoção, o corpo esbelto e bem desenhado.

– Edward, para de babar e vai logo pegar ela pra dançar! - disse Alice, praticamente me empurrando para fora da mesa.

Caminhei em direção à Bella que já me esperava no meio da improvisada pista de dança. Era agora.


Isabella Cullen

Porque meu estômago estava dando voltas? Eu não estava entendendo meu nervosismo enquanto Edward caminhava lindamente em minha direção.

Depois de todos os convidados comerem, de falar um pouquinho com cada um e de conhecer muita gente nova, era hora de trocar de vestido para a festa começar. Troquei de vestido e, já não aguentando mais aqueles incontáveis grampos espetados na minha cabeça, soltei o cabelo. Coloquei uma sandália só para descer, porque eu sabia que logo logo já tiraria aquele tormento dos meu pés.

Edward até parecia que estava caminhando em câmera lenta até mim. Eu já ouvia a música tocando, alta e batida, e várias pessoas começaram a se levantar.

Edward pegou uma das minhas mãos e me rodopiou antes de ficar frente a frente comigo, agarrando minha cintura.

– Pronta para a festa, senhorita Cullen? - disse Edward, dando aquele maldito sorriso torto.

– Claro que sim, senhor Cullen. - falei, entrando na brincadeira.

E então, bruscamente, a música trocou. Agora tocava uma música lenta, extremamente romântica. Edward passou sua outra mão também para a minha cintura, e eu automaticamente abracei seu pescoço.

– Bella, eu espero que você entenda porque eu demorei tanto tempo...

Do que ele estava falando? Mesmo não entendendo direito suas palavras, meu coração começou a bater acelerado.

– ... Você não imagina o quanto eu me repreendi por isso. Você tem noção do que eu passei? Bella, eu vi você crescer! Você era pra ser minha irmã!

A cada palavra dita pelo Edward, meu coração batia mais forte. Eu já sentia meus olhos cheios de lágrimas.

– Você imagina como eu fiquei ao perceber que estava apaixonado por você? - Edward colocou suas mãos uma em cada lado do seu rosto, me obrigando a olhá-lo nos olhos. - Você é especial para mim, Bella. Cada detalhe seu é especial pra mim.

Nesse momento minhas lágrimas já rolavam pelo rosto, embaçando totalmente minha visão.

– Eu amo as batidas do seu coração... - dito isso, ele colocou sua mão esquerda sobre o meu coração, que sambava enlouquecidamente no peito. - Eu amo o seu cheiro, tão doce... Antes ele me fazia querer ficar longe de você, sabia? Agora eu só sinto vontade de sentir mais e mais desse delicioso aroma. É como uma droga para mim. - Edward levou seu rosto até o meu pescoço, roçando o nariz na minha pele exposta, me arrepiando toda. - Eu amo a textura da sua pele... - Ele passou a mão sobre todo o meu rosto, desenhando com os dedos todas as linhas das minhas feições. - Eu amo a forma como você fica corada quando fica com vergonha, eu amo o seu sorriso que ilumina qualquer escuridão. Eu amo os seus olhos que expressam tudo o que você está sentindo, eu amo o seu jeito doce e meigo, mas ao mesmo tempo séria quando é preciso... Eu amo tudo isso em você, Bella, e muitas outras coisas que eu precisaria da noite inteira para falar. Eu amo você, Isabella.

Sem conseguir me controlar mais, soltei um soluço alto. Pude ouvir outros soluços baixinhos ecoando pelo salão, provavelmente minha mãe, Rose e Alice emocionadas.

– Isabella Cullen, você aceita namorar comigo?

Com muita dificuldade, consegui colocar algumas palavras para fora.

– Eu seria completamente maluca se dissesse que não.

– Isso é um sim? - eu sorri em meio às lágrimas.

– Sim, Edward. Isso é um sim, um óbvio, um com certeza, o que você preferir! Sim! - pude visualizar o enorme sorriso de Edward antes de ele aproximar os lábios dos meus.

Nada, nada, simplesmente nada pode se comparar ao beijo que Edward me deu. Nenhuma das vezes - das muitas vezes, diga-se de passagem - que eu sonhava acordada com o dia que Edward iria me beijar, eu imaginei que fosse assim. Minha imaginação foi muito pobre perto da realidade.

Inicialmente, ele só encostou os lábios nos meus, exatamente como aconteceu na minha formatura. Mas para o meu total alívio, ele aprofundou o beijo, me levando ao delírio ao sentir sua língua gelada encostando na minha quente.

Frio e quente. Gelo e fogo. Inverno e verão. Totalmente incompatíveis, mas formando um perfeito equilíbrio juntos.

Depois de algum tempo, antes do que eu queria, Edward terminou o nosso beijo com vários selinhos, e eu suspirei de contentamento. Ouvi fortes palmas e assobios vindos dos presentes.

Eu realmente tinha pensado antes que a festa não poderia ficar melhor? Nunca estive tão errada na minha vida!

– Você não sabe quanto tempo eu esperei por isso. - eu disse, com minha cabeça encostada no seu peito.

– Acredite, você também não. - ele disse rindo.

Senti seu peito oscilando por causa da sua risada. Fechei meus olhos, curtindo o momento. Eu poderia ficar ali para sempre sem reclamar.

– Ah, e a propósito... Eu também amo você. - disse, olhando-o, tentando mostrar todo o meu amor através dos meus olhos. Ele sorriu e selou nossos lábios mais uma vez.

– EDWARD! - ouvi o berro estridente de Alice. É claro que a baixinha devia estar desesperada. Já comecei a me preparar para o seu abraço de quebrar os ossos.

Abracei Edward de lado e me virei para a minha família. Ao contrário do que eu achava, não foi um olhar puramente emocionado e sonhador que eu vi em Lice. Ela estava com o rosto transformado em total horror. Os outros olhavam confusos para ela, não entendendo nada. Mas no momento que Edward enrijeceu ao meu lado e apertou o abraço em volta de mim, eu tive certeza que tinha algo errado acontecendo. Bem errado.

As próximas palavras que Alice pronunciou não vão sair nunca da minha mente. Meu coração perdeu uma batida e voltou a acelerar, mas desta vez não foi de alegria, não foi de emoção, nem de expectativa... Foi de puro pavor. Eu nem sei como eu escutei ela falando naquela distância, mas o fato é que escutei. Um dos maiores medos dos meus pais estava vindo, diretamente para nós.

– Os Volturi. Estão chegando.



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Notas finais do capítulo

Eu sei que vocês vão querer me matar por causa do final então eu nem vou pedir o contrário.
Eu particularmente chorei escrevendo esse capítulo, não sei se é por causa da TPM que me deixa mais sensível ou se porque tá lindo mesmo... Gostaram da ENFIM declaração do Edward? MEREÇO REVIEWS?? MEREÇO RECOMENDAÇÕES??????? POR FAVOR GENTE :B
O próximo capítulo vai demorar um pouquinho porque eu to cheia de provas na faculdade, mas se vocês comentarem bastante eu até posso me animar e escrever mais rápido *chantagem* então...... Até! ♥