Meu Eterno Bebê escrita por Kashley


Capítulo 11
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Oláááá meus amoresssssssss! Que saudade de vocês! :B
Bem, não posso demorar muito porque eu tenho pouco tempo. Eu fiquei tããão feliz, porque a fic passou dos 100 leitores, e está com mais de 200 comentários, UHUL! Muito obrigada a todos vocês que deixam um comentário, eles me fazem super feliz ♥
Esse capítulo é dedicado à três pessoas: à Erica Mccarty Salvatore Cullen e Manuzinha que recomendaram a fic, e à NandaMarieCullen que fez uma sinopse liiiiinda pra mim (obrigada, flor! Eu só alterei algumas coisas pra não ficar muito spoiler, tá? ♥). Obrigada de coração a todas vocês, ok? Eu tive que dividir o capítulo porque se não ia ficar ENORME, então por isso que ele não tá acabado. Mais avisos lá embaixo! Sem mais, BOA LEITURA!



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Isabella Cullen

Quinze anos

– Eu estou bonita? - perguntei, rodopiando no meio do meu quarto pela milésima vez.

– Você está linda, florzinha. - disse Rose, sorrindo.

– Minha maquiagem não está borrada?

– Não, Bella. - dessa vez quem respondeu foi mamãe.

– E meu vestido, não está amassado?

– Filha, querida. Se acalme.

Ela diz isso porque não é a formatura dela. Eu estava tão nervosa!

Olhei meu vestido longo mais uma vez, analisando-o minuciosamente. Eu estava me formando e tudo tinha que ser perfeito! Afinal, a gente só se forma uma vez, não?

Bem, pelo menos, tecnicamente.

– Cadê a Lice? - perguntei para as vampiras à minha frente.

– Alguém me chamou? - disse minha irmã, entrando graciosamente no quarto.

– Eu vou de pés descalços? - zombei, apontando para os meus pés.

– Ainda falta dez minutos para nós sairmos. Tente se acalmar, Bellinha, ou eu vou chamar o Jazz para vir acalmar você.

– Como se ele conseguisse. - disse, rolando os olhos.

– Não custa nada tentar. Às vezes dá certo. - ela disse, dando um sorrisinho sapeca.

O fato é que às vezes os poderes não funcionam em mim. Edward nunca conseguiu ler minha mente, Alice tem dificuldades de ver meu futuro de vez em quando e Jasper nem sempre consegue me controlar. Isso há um tempo atrás foi uma preocupação, eles estavam incomodados que algo pudesse estar errado comigo. Mas o meu veredicto era o que eu mais aceitava: eu era uma aberração, uma humana anormal.

– Vá logo, Alice! - disse pra ela, apressada. Ela riu e saiu do meu quarto, provavelmente indo buscar meu calçado que deveria estar escondido no seu closet.

– Nós vamos te esperar lá em baixo, Bella. - disse Rose, saindo pela porta. Minha mãe ficou para trás e me deu um beijo na testa.

– Meu bebê. Se formando! - disse ela, visivelmente emocionada.

– Mãe, eu não sou mais nenhum bebê. - disse, mesmo sabendo que pra ela eu sempre seria o bebezinho que apareceu na sua porta.

– Você sempre vai ser minha filha caçula. A criancinha que eu criei.

– Mãe, não me faça borrar a maquiagem. - disse, me segurando para não chorar. Ela riu antes de me dar um abraço apertado.

– Eu te amo, Bella.

– Eu te amo muito, mamãe. - disse, me aconchegando nos seus braços frios e acolhedores.

– Ok, eu realmente não queria acabar com o momento mãe e filha, mas se nós ficarmos aqui por muito tempo, essa mocinha vai se atrasar. - disse Alice, invadindo o quarto.

Minha mãe me soltou do seu abraço, e depois de me olhar mais uma vez como se eu fosse a mais bela criatura do mundo, saiu do meu quarto.

– Coloque. - disse a baixinha, esticando a sandália prateada de salto alto na minha frente.

Quando eu digo salto alto, eu quero dizer alto mesmo. Aquilo devia ter uns quinze centímetros de altura!

– Alice, você tem certeza que eu não vou levar um tombo com isso? Esse negócio deve ter uns quinze centímetros de altura! - verbalizei meus pensamentos.

– São dezesseis. E eu tenho absoluta certeza que você vai se dar muito bem com ela. Agora coloque de uma vez! - disse ela, me empurrando delicadamente até a cama para eu colocar aquele andaime para pés.

Coloquei a sandália e me levantei, andando de uma lado para outro tentando ser graciosa. Olhei para Alice esperando ver uma careta de desgosto na cara dela, mas ao contrário do que eu pensava, ela me olhava fascinada.

– Ficou magnífica! Você está linda e nem um pouco desajeitada! - disse ela, levantando em um pulo da cama.

Ela veio ficar ao meu lado e eu tive que olhar para baixo para olhar nos seus olhos. Ri quando constatei que estava bem mais alta que ela.

– Agora eu entendo porque todos te chamam de baixinha. - disse, dando uma risada.

– Você está quase do tamanho do Edward com esse salto. - ela disse, fazendo um biquinho.

Automaticamente meu coração deu uma descompassada ao ouvir o nome de Edward. É sempre assim, basta eu ouvir esse nome, ou só pensar nele, que meu coração parece que vai explodir.

Fazia mais ou menos um ano que meus sentimentos por Edward começaram a aparecer. E fazia mais ou menos um ano que eu tentava esconder de todos essa paixão que supria meu ser. O que eles pensariam de mim? O que Edward pensaria de mim? Eu tenho só quinze anos, uma criança para os olhos dele!

Eu tinha certeza que meus sentimentos não eram recíprocos.

Edward é sempre tão carinhoso, tão atencioso, tão... Edward. Desde que eu me conheço por gente ele é assim. Eu acho que foi esse jeito cavalheiro e encantador dele que me conquistou. Ele me surpreendia cada dia mais.

É claro que eu nunca contei para ninguém tudo isso. Mas eu sabia que eles desconfiavam de algo, afinal, todos ali podiam escutar meu coração dando pulos dentro do meu peito.

– Talvez isso facilite as coisas... - resmungou Alice para si mesma, interrompendo meus pensamentos.

– Facilite o quê? - perguntei, curiosa. Ela me olhou e pareceu perceber que havia falado aquilo em voz alta.

– Nada. Já está quase na hora! Vamos descer, Bellota, se não você vai se atrasar! - ela disse, saindo correndo do meu quarto.

Dei uma última respirada antes de sair do quarto, reunindo toda a minha coragem para enfrentar as escadas. Não ousei tirar os olhos do chão até que eu chegasse ao último degrau. Assim que eu levantei meu rosto, encontrei sete pares de olhares orgulhosos, assim como sete sorrisos grandiosos voltados para mim. Senti minhas bochechas queimarem por ser o centro das atenções.

Alice estava em um delicado vestido lilás que ia até acima dos joelhos. Mamãe estava de verde e Rose de vermelho, ambas de longo. Eu, obviamente, estava de azul. Eu não sei por que Alice insiste tanto em me vestir de azul. Um dia eu ainda vou descobrir.

Os homens estavam todos de smoking, muito lindos. Mas tenho que confessar que quem mais chamava a atenção era Edward. Naturalmente ele já é lindo, mas com o smoking preto contrastando com sua pele branca o deixou magnífico.

Ele, percebendo que eu o admirava, me lançou um dos seus sorrisos tortos, o meu sorriso. Meu coração estava quase dando cambalhotas dentro de mim ao perceber que ele sorria pra mim, e me olhava de um jeito... Que eu não consegui identificar.

– Bella, você está linda. - disse papai, quebrando o silêncio que estava na sala.

Eu poderia passar horas admirando Edward, mas quebrei o nosso contato pelos olhos, dando atenção ao meu pai.

– Obrigada. Vocês todos, estão lindos! Belo trabalho, Alice.

– Eu sempre faço um belo trabalho. - ela disse, se vangloriando. Me arrependi na hora de ter elogiado aquela baixinha convencida.

– Você nunca mais vai ganhar elogios meus! Sua convencida. - disse, lhe mostrando a língua, como uma criança birrenta de cinco anos de idade. Todos riram de mim.

– Eu não sou convencida, só me garanto. - bufei e rolei os olhos, sabendo que de nada adiantaria discutir com ela.

– Vamos logo antes que eu bata na Alice. - disse, me direcionando à porta da frente. Todos me seguiram.

Rose e Emm foram no jipe. Alice e Jasper foram junto com meus pais. E eu, bem, eu sobrei para ir junto com Edward no seu novo carro, um Volvo prata. Fui sozinha com ele, felizmente ou infelizmente.

Meus dedos tamborilavam sem parar no meu colo. Eu estava nervosa demais, e estar ali sozinha com Edward (não que eu nunca tenha ficado sozinha com ele no carro. Mas agora é diferente) me deixava mais apreensiva ainda.

– Nervosa? - perguntou ele, quebrando o silêncio.

Eu quase, quase dei uma resposta bem irônica pra ele, mas resolvi ser educada.

– Um pouco. - respondi, deixando minhas mãos paradas. Cinco segundos depois eu sacudia as pernas. Mas o que estava acontecendo comigo?

– Bella, anjinho, se acalme. - disse Edward, tirando uma mão do volante e pegando uma das minhas mãos que repousavam no meu colo.

Nem me importei com o fato de que ele me chamou pelo meu apelido de infância, e que isso fazia eu me sentir mais criança ainda.

Sentir sua mão entrelaçada na minha era o paraíso. A calma veio instantaneamente, e aquela carga elétrica agradável que sempre acontecia quando nós nos tocamos, percorreu todo o meu corpo. Foi impossível não fechar os olhos sob o seu toque, e o meu suspiro certamente foi audível.

Corei segundos depois quando fui encará-lo e constatei que ele já fazia isso. É claro que ele não estava de olho na estrada, ele nunca está.

– Você não sabe o quão fica tentadoramente linda com as bochechas rosadas. - ele disse, como se fosse a coisa mais natural do mundo.

Eu, se possível, corei mais ainda. Elogios vindos dele sempre me causavam essa reação.

– Apesar de que você é linda o tempo todo... - ele resmungou.

– Como disse? - a pergunta escapou de mim antes que eu sequer pensasse o que eu ia falar. Eu tenho a mínima impressão que não era pra eu ter ouvido isso.

Ele não me respondeu. Mas também não largou minha mão o resto do caminho, que foi feito em silêncio.

Chegamos ao auditório da escola e só de olhar a quantidade de carros já dava para perceber que estava lotado. O resto da minha família já tinha chegado e estava na rua esperando por nós.

Edward teve que deixar minha mão quando nós descemos do carro. Eu instantaneamente senti a falta do nosso contato físico, mas tentei não demonstrar nas minhas feições. Mas ele, me surpreendendo, pôs o braço sobre os meus ombros assim que estava do meu lado. Eu olhei surpresa pra ele, mas não consegui dizer nada, pois ele estava me lançando um daqueles sorrisos de tirar o fôlego. Eu involuntariamente sorri de volta.

Não preciso nem comentar do meu coração batendo feito louco.

Chegamos perto dos outros e Jasper nos olhava estranho. Fiquei curiosa por saber quais sentimentos ele estava sentindo.

– Vamos, Bella! Mais alguns minutos e você estará atrasada! - disse Rose, me puxando dos braços do Edward. Ele simplesmente me deu um beijo na testa e não falou nada, me deixando com cara de idiota, sendo rebocada por ela.

– Bellinha, Bellinha... - disse Rose, quando já estávamos bem próximas da fila dos formandos.

– O quê? - eu perguntei, confusa.

– Seu coração te denuncia, sabia? - ela perguntou, me fazendo corar.

– Eu não sei do que você está falando. - eu disse, tentando enrolá-la. Agradeci aos céus por não gaguejar.

– É claro que sabe, bobinha. Não se faça de desentendida. - disse, me dando um beijo na bochecha e saindo, indo para a entrada do auditório.

Eu não sei quanto tempo fiquei com cara de idiota olhando na direção em que minha irmã tinha ido. Só sei que acordei do meu transe com uma voz me chamando.

– Bella! Aqui! - gritou.

Me virei e Derek acenava enlouquecido pra mim. Fui até ele e esse me olhou dos pés à cabeça.

– Uau! Você está uma gata! - disse ele, enquanto eu ficava na minha posição da fila. Como a chamada é pelos sobrenomes e o sobrenome do Derek é Cohen, eu fiquei logo atrás dele.

– Obrigada. Você também não está nada mal. - eu disse, o analisando também.

– Eu sempre sou gostoso! - ele disse, se vangloriando. Eu ri dele, o Derek não tinha jeito.

Depois do desastroso incidente do ano passado, eu e Derek concordamos que o nosso relacionamento era só amizade mesmo. E somos amigos até hoje.

– E então, para quê universidade você vai? - eu perguntei.

– Acho que vou para Yale fazer comunicação. E você, para onde vai?

– Eu não vou para a faculdade ainda. Sou muito nova. - eu disse, e era verdade. Por mais que eu quisesse ir para a faculdade, eu não queria ficar longe da minha família.

– Ah é, eu às vezes esqueço que você ainda é um bebê.

– Cala a boca! - eu disse, dando um tapa de brincadeira no braço bombado dele.

Logo depois nos chamaram e nós entramos no auditório, sendo ovacionados pelas palmas.

Depois disso, toda a cerimônia passou como um borrão. Só me lembro da minha família me aplaudindo, orgulhosos e emocionados, enquanto eu pegava meu diploma.

Do palco eu pude ver o sorriso do Edward. Eu poderia ver seu sorriso há quilômetros de distância.

Eu só fui acordar do meu transe quando eu estava sendo sufocada em um abraço pela minha mãe.

– Oh, Bella, parabéns! - disse ela. Eu tenho certeza que se ela pudesse chorar, estaria se desmanchando em lágrimas agora.

– Filha querida, parabéns! Estou tão orgulhoso de você... - disse meu pai, me dando um abraço apertado. Eu me aconcheguei nos seus braços, feliz por ele ter orgulho de mim.

Jasper, Alice e Rose também me deram parabéns, até que eu fui agarrada por um brutamonte (vulgo Emmett), me sufocando.

– Emmett... Eu... Respirar... Preciso! - Eu disse, aprisionada nos seus braços. Ele deu sua risada de estremecer as paredes.

– Parabéns, criaturinha! - ele disse, bagunçando meus cabelos.

– Memet, criaturinha ninguém merece. - eu disse, o chamando pelo seu apelido que eu criei quando criança. Ele só riu, e eu sabia que nem adiantava discutir com ele, porque ele continuaria me chamando pelo resto da minha vida por esses apelidos carinhosos dele.

Edward ficou por último. Mas não menos importante.

– Parabéns, amorzinho. - ele disse, com aquele maldito sorriso na cara que quase me fazia desmaiar.

Ele me abraçou, mas não foi eufórico ou sufocante como os outros, foi calmo e delicado. Dei um gritinho de surpresa quando ele me ergueu minimamente no ar, me rodopiando.

Ele me colocou no chão e ficamos apenas nos olhando por um tempo, desfrutando do nosso contato visual. Nenhuma palavra precisava ser dita, nossos olhos diziam tudo.

Edward me olhava de um modo estranho, seu olhar sobre mim estava diferente. Era quase um olhar de... Veneração.

Ri internamente das minhas ideias absurdas.

Senti um toque gelado no meu lado esquerdo. Constatei que eram os dedos finos e frios de Edward, tocando minha bochecha. Meu coração parecia que podia ser ouvido por qualquer um naquele lugar de tão forte que batia. Sem pensar o quê aquilo significava ou o quê acarretaria, eu simplesmente fechei meus olhos e desfrutei a sensação dos seus dedos na minha pele. O contraste era imenso: frio no quente.

– Prontos para a festa? - disse Rose, bem ao meu lado, me assustando.

Quis matar minha irmã por ter estragado meu momento feliz. Olhei para ela pronta para xingá-la e vi sua expressão de que obviamente eu teria que dar explicações depois. Droga!

Como a festa seria no ginásio da escola, a gente quase nem precisou andar pra chegar lá. A música já tocava alta e as pessoas já haviam invadido a pista de dança. Meus pais escolheram uma mesa e eu não via a hora de comer, estava faminta.

Graças a Deus tinha um vasto coquetel que eu pude me abastecer. Eu era a única a comer na mesa, obviamente. Edward não saia do meu lado um minuto sequer, e eu já estava começando a ficar com esperanças de que talvez, só talvez, ele gostasse de mim também.

Durante todo o tempo em que eu comi ele ficou me observando. Umas duas ou três vezes aconteceu aquele momento constrangedor para mim em que eu fui olhá-lo e ele já me encarava. Eu só sorria e voltava os olhos para o prato a minha frente.

– Bella, vamos ao banheiro? - Rose perguntou logo após eu ter terminado de comer.

– Eu não quero ir ao banheiro.

– Claro que quer.

– Rose, você não vai ao banheiro. - eu disse, rolando os olhos. Eu não queria sair dali. Eu não queria sair de perto do Edward.

– Mas os humanos não sabem disso. E além do mais, nós temos que retocar a maquiagem.

– A sua maquiagem está perfeita. - realmente, ela não suava e a maquiagem dela não tinha nem um borrão.

– Mas a sua não, bebê.

– Não me chame de bebê, eu tenho quinze anos! - eu disse, revoltada. Ela tinha que me chamar de bebê na frente dele?

– Vou te chamar de bebê por vinte anos se você não for ao banheiro comigo.

Bufei. Eu vou estrangular a Rose quando estivermos no banheiro!

Me levantei, concordando de má vontade. Dei uma última olhada no Edward, eu tinha impressão de que ele ia sumir. Ele sorriu pra mim, me passando segurança.

– Vamos, Alice! - chamou-a Rose. Alice mais do que depressa se levantou e se juntou a nós.

– A Lice tem que ir também? - eu perguntei. Essas duas estavam aprontando alguma coisa.

– Claro, as meninas sempre vão juntas ao banheiro! Francamente Bella, você não vê filmes? - eu ri, sendo rebocada pelas minhas irmãs doidas até o banheiro.

– Conta tudo! - disse Rose, eufórica, segundos depois de a Alice fechar a porta do banheiro. Como se o destino estivesse a favor delas, só nos três estávamos lá dentro. Se tivesse mais alguém talvez elas não falassem nada. Talvez.

– Contar o quê, sua doida? - eu brinquei. Ela não desviou o foco mesmo eu tendo quase xingado ela.

– O que tá rolando entre você e o Edward?

Eu estaquei. Será que era tão visível assim, que eu quase me derreto quando ele está perto de mim?

– Nada! - respondi, prontamente. Rose e Alice não disseram nada, com certeza não satisfeitas com a minha resposta vaga. - Bem... Por que a pergunta? - perguntei, para escapar de falar alguma coisa.

– O seu rosto está diferente. E o seu coração parece que está saltitando de felicidade. - Alice disse.

– Você saltita de felicidade e isso é super normal.

– É normal pra mim. - ela disse, apontando para si. - Não para você.

– Ai Bella, conta logo. A gente só quer que você diga o que a gente já sabe. - disse Rose, impaciente. Eu arregalei os olhos.

– Como assim já sabem? Claro que não sabem! - eu disse. Mas é claro que elas sabiam.

– Nós temos cara de quê? De idiotas? - perguntou Alice.

– Você quer mesmo que eu responda? - perguntei, levantando uma sobrancelha.

– Bella! - as duas me repreenderam ao mesmo tempo.

– Ok, ok! O quê vocês querem que eu diga? - eu perguntei, enrolando ao máximo. Rose revirou os olhos.

– Você sabe!

Suspirei. Eu não iria conseguir me livrar delas. Mas até que era bom. Eu precisava de alguém pra conversar e não havia pessoas melhores para isso do que minhas irmãs.

– Bem, eu... Hã... Eu... E... Edward...

– Oh, meu Deus, você gosta mesmo dele! - gritou Alice, jogando as mãos para o alto.

– Alice, era pra ela falar!

– Ah, Rose, nós já sabíamos mesmo. Você gosta do Edward! - ela gritou essa última frase, e eu fiquei apavorada.

– Cala a boca, Alice! Ele vai escutar.

– Nós estamos do outro lado do ginásio, tem centenas de mentes berrantes lá dentro e a música está alta. Impossível ele nos escutar! - disse Alice, pulando, aparentemente feliz demais para conseguir manter os pés no chão.

– Rose, dê um jeito nela! - eu disse, mas Rose se juntou à Alice, e agora eram duas vampiras pulando dentro do banheiro.

– Ela está gostando do Edward! A Bella gosta do Edward! - as duas cantarolavam. Eu bati a mão na testa, bestificada com a cena à minha frente.

– Shiii, falem baixo! - eu ainda estava preocupada com o fato dele poder nos ouvir.

– Porque essa preocupação toda, Bellinha? E daí se ele souber?

– Como assim e daí, Rose? - perguntei, indignada. - E daí que ele provavelmente vai rir da minha cara! Eu tenho só quinze anos!

– E ele tem 17. - disse Alice, como se eu não soubesse.

– Mas eu tenho certeza que pra ele eu sempre vou ser uma criança, aquele bebezinho que apareceu na cestinha.

As duas trocaram um olhar de cumplicidade, e eu achei melhor nem perguntar nada.

– Desde quando você gosta dele? - perguntou Alice. Eu sabia que não escaparia das perguntas, então resolvi dizer de uma vez.

– Desde aquela vez que eu... Beijei o Derek.

– Ah, o amor está no ar... - disse Rose, com uma voz sonhadora. Foi impossível não rir.

– Vocês falam como se tudo fosse fácil e lindo.

– E não é? - disse Alice, sincera. Lancei o meu melhor olhar mortal para ela.

– Alice, o Edward é meu... Irmão! - eu disse, fazendo uma careta interna para aquela palavra.

– O Jasper também é meu irmão. - disse ela, e eu rolei os olhos com o seu argumento.

– Com vocês é totalmente diferente.

– Sabe Bella, eu sempre notei que desde sempre você chama a todos nós de irmãos, menos Edward. Você nunca o viu como um irmão, e eu garanto que ele nunca te viu como uma irmã também.

– Rose, faça-me rir. - eu disse, totalmente descrente das suas palavras.

– Ok, talvez o tempo te mostre isso. Mas vamos voltar para a festa?

– Vamos. E vocês duas, - disse, apontando para elas com o dedo. - boca fechada! E nem sequer pensem no que nós conversamos.

– Bella, e nós alguma vez já fizemos algo contra a sua vontade? - Alice disse, sorrindo, lançando a Rose outro daqueles olhares de quem está tramando.

Ok, agora eu tinha certeza que elas estavam aprontando alguma coisa!


Continua...



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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Capítulo que vem tem duas surpresas: a primeira é vai ser a última passagem de idade, e a outra surpresa eu não vou contar! Alguém quer tentar adivinhar? KKKKKKKKKKKKK AVISO IMPORTANTE: eu só vou postar depois do Carnaval, porque eu vou viajar. Então, eu JURO que vou fazer de tudo pra postar na quarta feira, ok? Beijosssss meus amores, e bom feriado! Não esqueçam do meu review, e nem da minha recomendação ♥