Olhos Cor De Âmbar escrita por maga


Capítulo 9
Bipolar


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Estou super feliz.
A fic recebeu sua terceira recomendação!
Helena esse capítulo é dedicado totalmente a você. ;D
Capítulo cheio de grandes emoções se preparem!
Música pro capítulo: http://www.vagalume.com.br/coldplay/the-scientist-traducao.html
Acho que um pouco a ver com o capítulo, mas só um pouco x-x



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POV Hermione

Sentei-me novamente a mesa onde todos voltavam a conversar. O problema estava resolvido.

Mal eu sabia que o pior problema daquela relação só estava começando, tudo pareceu pior quando Molly se levantou para abrir a porta da Toca e a voz daquelazinha entrou pelos meus ouvidos.

- Oi, eu sou Angelina, a namorada do Fred, ele está? – Angelina Johnson havia vindo atrás dos problemas.

Novamente todos pareciam não saber o que fazer, Molly olhava de mim para Angelina pensando claramente que aquilo ia dar muito errado.

Eu me permitia somente a observar tudo pensando em algo para fazer, aparentemente lançar um Avada Kedavra nela não era uma opção.

Lembra quando eu disse que havia ficado pior? Esqueça, tudo ficou realmente ruim quando ela entrou na casa empurrando Molly pro lado e pulou em Fred que descia as escadas tranquilamente, agora devidamente vestido e o dando um daqueles beijos desentupidor de pia, exatamente como no fim da batalha.

A única diferença era que Fred não fazia parte dele, ele tinha os olhos arregalados e fazia de tudo para afasta-la dele, o que fez com que o beijo não durasse mais do que alguns segundos antes dele conseguir afasta-la.

Dessa vez ninguém ria, afinal não havia graça nenhuma naquela situação no mínimo embaraçosa. Fred olhou pra mim buscando ajuda e eu repirei fundo para não repensar naquele Avada Kedavra.

Levantei-me calmamente e fiquei ao lado dele.

- Acho melhor nós três conversarmos pacificamente e sozinhos. – Fred concordou e Angelina parecia confusa demais para recusar e subimos a escadas até o quarto dos gêmeos.

Fred se sentou em sua cama calmamente, mas podia ver em seus olhos que estava extremamente nervoso, meu sangue queimou quando ela foi em sua direção e se sentou no colo dele descaradamente.

O rosto de Fred ficou tão branco que ele parecia um fantasma e eu estava tão vermelha de raiva que devia estar parecendo à filha de um tomate que teve um caso com um pimentão.

- Nossa Fred é incrível pensar no que já fizemos nessa cama, cada coisa só Merlin – ela riu e Fred deu um salto enorme se levantando fazendo com que ela caísse no chão assustada, posso dizer, que como vocês imaginam a opção da maldição imperdoável parecia a mais plausível.

Senti meu coração ser pisoteado e quebrado em milhares de minúsculos pedaços que nunca poderiam ser totalmente recolhidos, aquilo era totalmente obvio, claro que ele havia feito aquilo com ela, claro que havia feito aquilo com ela ali, milhares de vezes, ele havia dito isso, mas a forma como ela dizia parecia tão sujo, eu senti nojo de mim mesma, senti nojo de ter me deitado com ele naquela cama e de ter me entregado a ele tão facilmente. E se fosse mentira? E se ele não quisesse nada de verdade? Ele não parecia estar mentindo. Eu sei quando ele mente. Então porque eu me sentia tão insegura tão errada?

Senti as lagrimas se formarem em meus olhos e me puni internamente por isso, não podia chorar, não poderia demonstrar ser tão fraca, ela não me faria chorar.

Cobri o rosto com as duas mãos e respirei fundo retirando as mãos do rosto lentamente. Quando o fiz ela já havia se levantado e falava algo banal a Fred que me encarava preocupado, como se pedisse milhares de desculpas mentalmente.

De repente todo o nojo peculiar e estranho pareceu totalmente idiota, ele me amava. Respirei fundo mais umas cinco vezes antes de falar novamente.

- Bem, Johnson você deve estar se perguntando por que estamos aqui. – ela me encarou como se eu fosse patética e voltou a falar banalidades para Fred que ainda me encarava, fato que ela pareceu não dar a mínima importância enquanto continuava seu monologo.

Precisei contar até 10 para que meu rosto saísse do vermelho cheio de raiva para a cor normal, andei calmamente até Angelina, podia ver o terror das minhas ações aumentar cada vez mais nos olhos de Fred, peguei-a lentamente pelo cabelo a jogando no chão para longe de Fred.

- Mione calma, isso não é necessário. – Fred parecia muito mais preocupado comigo do que com Angelina caída no chão me olhando assustada. Ele ia continuar falando quando ele foi impedido por uma Angelina insana.

- Sua sangue ruim maldita, rata-de-biblioteca nojenta, como ousa me tocar? – ela gritou fazendo minha raiva aumentar ainda mais. – Você não é digna de me tocar sua garota nojenta e patética.

Fred a olhou chocado sem dizer nada, nenhum de nós dois esperava por aquilo.

 - Quem sabe sua morada é a Grifinória, casa onde habitam os corações indômitos. Ousadia e sangue-frio e nobreza destacam os alunos da Grifinória dos demais. Você se lembra disso? Seu primeiro ano, você acha que está honrando isso agora? Você acha que o que você disse foi nobre? – ela alcançou sua varinha que havia caído perto dela e a apontou pra mim.

- Expelliarmus – Fred pronunciou e a varinha dela foi para algum canto do quarto.

- Você se acha tão digna, tão melhor que eu nascida trouxa e não é capaz de brigar comigo sem magia? Como um trouxa faria? – dei ênfase na palavra e a encarei esperando sua resposta, mas só o que ela fez foi se debulhar em lagrimas olhando para Fred.

- Como você pode deixar essa rata-de-biblioteca patética me tratar assim? Ajude-me Fred, ela vai me machucar! – Fred continuou a encarando e podia ver em seus olhos que ele queria rir.

- Não tem porque eu te defender Angelina, você veio atrás de encrenca e foi o que você conseguiu, ignorou totalmente a coruja que eu te mandei dizendo que estava tudo acabado, chegou aqui como se eu te amasse e como se tivéssemos algo serio, isso é patético na verdade, você não consegue ver? – Fred a encarava serio, ela limpou as lagrimas do rosto e se levantou.

- Eu não vim aqui para ser humilhada, só saiba Fred que ela nunca vai ser metade da mulher que eu sou. – ela estava virando as costas quando se virou novamente dessa vez se dirigindo a mim – só quero que você saiba as várias vezes que depois de tranzar conversamos e rimos de você, do seu jeito sabe-tudo-irritante, pode perguntar pra ele.

Eu fiquei paralisada, não podia ser verdade, não podia. Ouvi a porta da Toca abrindo para ser fechada com força. Foi ai que a barreira explodiu todas as lagrimas que eu segurei caíram e eu me encostei-me à parede escorregando até estar sentada no chão, elas caiam desenfreadamente, eu ignorava a presença de Fred, tudo a minha volta, meu peito doía eu me sentia patética, assim como ela havia dito.

Rata-de-biblioca, Sabe-tudo-irritante, Sangue-Ruim, naquele momento a cicatriz que eu tentava ignorar começou a doer profundamente, você achou realmente que ele iria gostar de você? Que você o conhecia o bastante para ver nos olhos dele? Realmente, não há nada mais patético que você, ele é Fred Weasley você não é mais do que um troféu pra ele. Acorde.

- Hermione, Hermione, olhe pra mim, por favor. – Fred estava ajoelhado na minha frente me segurando pelos ombros.

- Mentiu, você mentiu pra mim – foi só o que eu consegui sussurrar, olhava para um ponto além dele tentando ignorar a dor cortante e o vazio que tomava conta de todo meu corpo, a dor da guerra parecia finalmente ter tomado conta de mim.

- Hermione me ouve ela mentiu, eu nunca disse isso, nunca disse. – ele segurou meu rosto entre as mãos me forçando a olhar em seus olhos, uma lagrima solitária caiu por seu rosto, não resisti em seca-la com o polegar, ele não estava mentindo... Eu vi em seus olhos... Os mesmos olhos que me conquistaram os olhos que mentiram pra mim... Eu não podia mais confiar neles.

- Âmbar... – sussurrei e ele me olhou confuso enquanto mais algumas lagrimas caiam timidamente por seu rosto alvo – É a cor dos seus olhos. –Fred sorriu com o canto dos lábios, as lagrimas ainda molhando nossos rostos. – Por que você mentiu? – minha voz ainda era um sussurro fraco, nervoso eu podia sentir a tristeza e a insegurança na minha voz.

- Eu não menti você sabe disso, só parece que não confia em mim, por quê? Por que você não confia? – sua voz também mostrava tristeza, eu odiava velo assim triste, sem seu habitual sorriso, seus olhos sem nenhum brilho, se martirizando por me fazer chorar, tentando fazer com que eu o perdoasse por algo que ele não fez.

Exatamente. Algo que ele não fez. Então porque uma voz na minha cabeça dizia que sim. Que ele mentiu e riu de mim? Talvez porque apesar de tudo eu ainda me sinto patética, eu me acho patética não ele. Por fim encontrei a resposta pra tudo.

- Eu te amo – me joguei em seus braços e o abracei com toda minha força, as lagrimas molhando seu ombro, sua grande mão afagando meu cabelo, me fazendo sentir protegida e amada, o cheiro dele me lembrando do sexto ano, amortentia, o cheiro dele, estava nos que eu sentia. –Me desculpe por ser patética, me perdoe por não ser o bastante pra você – o abraço dele era tão confortável que eu me sentia uma criancinha boba protegida pelos pais, uma garotinha indefesa.

Fred se levantou me segurando no colo ainda me abraçando, passei as pernas por seu quadril querendo mante-lo perto de mim, ele parou na frente do espelho e me colocou na frente dele, eu me olhei no espelho, estava horrível, meu cabelo bagunçado, meus olhos vermelhos e inchados, meu rosto marcado pelas lagrimas, meu nariz estava tão vermelho que eu parecia uma rena do Papai-Noel.

- Está vendo esse cara ruivo no espelho? – Fred perguntou encarando a si mesmo no espelho e eu só concordei com a cabeça. – Ele é louco, pode ser extremamente atraente e divertido – ele riu brevemente – mas ele nem terminou a escola, tem um jeito maroto incurável e as garotas parecem perceber que ele não fica seriamente com ninguém, mas ele só não encontrou a garota certa. Agora ele encontrou essa garota morena linda ali no espelho, e acha que ela é demais pra ele. – eu me virei e o abracei novamente, ele me ergueu e juntou nossos lábios em um beijo calmo que transbordava amor, era como se todos aqueles micro-pedacinhos impossíveis de juntar de repente estivessem todos juntos de novo.

-Posso te pedir uma coisa? – perguntei assim que nossos lábios se separaram, eu havia voltado a passar as pernas pela cintura dele e estava um pouco mais alta que o ruivo mais perfeito da face da Terra.

- Qualquer coisa – ele respondeu dando uma leve mordida no fim do meu pescoço me fazendo ficar arrepiada e riu.

- Não me faça mais chegar perto daquela cama, por favor, acho que eu não ia aguentar. – minha voz tinha uma leve tristeza que foi embora novamente quando ele sorriu pra mm e acenou com a cabeça novamente me fazendo sorrir brevemente e passar a mar carinhosamente por seu cabelo perfeitamente bagunçado.

- Que tal uma rapidinha na cama do George? – ele sorriu maliciosamente e eu não pude evitar uma risada. Eu só podia estar virando bipolar.

- Não, acho que todos lá embaixo já acham que fizemos isso – eu ri e ele me acompanhou, eu tirei minhas pernas de sua cintura e ele me deixou no chão, passou os braços pelos meus ombros me fazendo ficar perto dele e descemos as escadas alegremente, afinal aquele problema havia sido resolvido, com toda certeza eu era bipolar.


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Notas finais do capítulo

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Até o próximo capítulo. ^-^