Olhos Cor De Âmbar escrita por maga


Capítulo 15
Primeiro encontro - PARTE II


Notas iniciais do capítulo

Desculpe.



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Saímos do cinema, Fred pareceu satisfeito com o filme e eu estava me divertindo, ao menos desde que “ganhei” meus livros, no plural, cinco livros belíssimos que eu escolhera com cuidado durante uma hora. Haveria sexo no final da noite.

Durante há outra hora antes do filme deveríamos fazer algo que Fred gostasse, eu tinha ideia do que ele gostaria de fazer e também gostava, não queria gostar, não tanto.

***

- Você vai adorar – disse quando desaparatamos em um beco, estávamos de volta ao apartamento.

- Vamos fazer o que eu acho que nós vamos fazer? – olhei para ele, ele retribuiu, um olhar pervertido foi dirigido a mim.

- Não – abri a boca para dizer algo mas não havia nada a ser dito. Talvez algo como “por essa eu não esperava” – vamos fazer algo que eu como um romântico incorrigível sempre quis fazer com uma garota. Agora feche os olhos – hesitei – Feche logo. Ótimo. Agora vou andar com você – andamos pelo corredor, ele abriu uma porta – esse é o nosso quarto – um arrepio passou pela minha espinha, abri os olhos.

- É enorme! – meus olhos se arregalaram. Estava vazio, as paredes estavam pintadas em um tom estranho de rosa salmão, o chão era de madeira escura, me apaixonei por ele, no canto duas latas de tinta – Vamos pintar o quarto? – ideia estranha.

- Sim nós vamos, e como eu sou um cara que planeja tudo pesquisei um feitiço que faz com eu suas roupas não sujem, vou usar no chão também – o fez. Sentia-me tão normal quanto antes – o legal é poder fazer isso – abriu uma das latas de tinta e com um movimento de varinha uma quantidade considerável de tinta voou em minha direção, não tive tempo de gritar, fechei os olhos, mas não senti a tinta me atingindo, os abri.

Olhei para trás, a tinta havia desviado e agora podia ver minha silueta encolhida estampada na parede. Incrível.

- Você tem que me ensinar! – ele riu, abriu a outra lata de tinta, com o mesmo tom acinzentado da outra.

- Essa é sua lata. É bem fácil, é só mentalizar a tinta saindo e fazer o movimento com... – não permiti terminar, joguei desajeitadamente a tinta em seu rosto, ela desviou magicamente. Realmente fantástico.

Eu ri simplesmente porque parecia um bom momento para isso. Não sei se ri mais do que deveria, talvez um sinal disso fosse minha barriga doendo mortalmente.

- Isso é extremamente divertido – fiz outra vez, e outra, e outra, até que ele me olhou zangado rindo logo em seguida.

- Não devia ter ensinado isso a você – começamos uma guerra cheia de raiva e risos, não tenho ideia de quanto tempo ela durou, porém, acabou com ambos deitados no chão, rindo, ao menos as paredes estavam pintadas.

- Era para o teto ser dessa cor também? – virei-me para ele deitando de lado, ele fez o mesmo, mordeu o lábio inferior pensativo.

- Agora vai – estava bem perto dele, apoiei minha cabeça em seu braço.

- E os moveis? – perguntei, minha voz era baixa, me sentia extremamente confortável.

- Coloquei no quarto de George.

- Quando vamos nos mudar? – de repente aquela situação pareceu estranha.

- Na semana que vem já vai estar tudo aqui, eu espero – beijou a ponta do meu nariz –podemos deixar Vera na loja e então eu, você e George podemos organizar tudo.

- Vou adorar morar com você. – tentei chegar ainda mais perto dele, me sentia segura, completa.

- Eu vou adorar dormir com você.

- Dormir ou transar? – ri brevemente.

- Posso ter os dois, não posso? –amorosamente provocante.

- Depende.

-Do que? – encostou nossas cabeças, seu nariz frio na minha bochecha.

- Do meu humor – rosei nossas bocas.

- E o que mais? – sorriu.

- Da tensão sexual, como agora – ele riu.

- Você pode falar sacanagem para eu curtir mais intensamente?

- Não sei falar sacanagem – corei.

- Vai, é só falar alguma merda sobre sexo. Você consegue – ele tinha que insistir.

- Eu cordialmente gostaria que seu órgão sexual masculino dentro do meu órgão sexual feminino e sentir espasmos musculares prazerosos com você – ri.

- Eu vou continuar insistindo – suspirei. Faça isso certo. Faça como uma garota safada. Faça de uma forma que sua mãe se envergonharia. Faça com perfeição.

Empurrei seu corpo para que ele ficasse deitado no chão, me sentei na área de seu pênis, posição familiar. Sussurrei provocante em seu ouvido o mais sexy possível para os meus padrões, não sei de onde tirei aquelas palavras nem julgava conhecê-las.

- Eu quero seu pau duro e grosso, quero ele na minha boca para poder chupar bem gostoso, quero seu cacete duro agora na minha buceta – não acredito que eu disse buceta. [N/A: não acredito que eu escrevi buceta].

- Por Merlin Hermione isso me deixou muito excitado – eu sei, estou sentindo – agora só consigo imaginar você de óculos, gravata e meia ¾. Me chupando toda NERD daquele jeito gostoso que só você sabe, toda gostosa com esses seus peitos deliciosos – escondi meu rosto na curva de seu pescoço para que ele não visse meu rosto sendo consumido por vermelho – Temos que fazer isso um dia. – eu nunca mais vou fazer algo assim na minha vida.

- Talvez um dia – minha voz continuava provocante o tom de voz parecia ter grudado em mim. Agora eu estava com o corpo reto, formando um ângulo de 90º com o corpo de Fred.

- Só quero saber como eu vou resolver essa ereção ele se apoiou sobre os antebraços erguendo o corpo – posso contar com você? – sorriu de lado sacana e malicioso.

- Uma hora do que o Fred quiser – eu devia ter ficado quieta. Seus olhos do âmbar mais profundo mostraram surpresa por um décimo de segundo.

- Pode começar colocando esses peitos para fora dessa camiseta – nop. Uma careta se encampou involuntariamente em meu rosto.

- Só vou chupar seu cacete Fred, chupar seu cacete gostoso, delicioso – umedeci os lábios com a língua – chupar meu sabor favorito de pirulito.

- Você está ficando boa nisso rata de biblioteca – mordi meu lábio inferior e sorri para ele.

Um primeiro encontro fora dos padrões.

***

- Ainda são 17:00 horas e já fixemos quase tudo – comentei enquanto passávamos ironicamente por uma loja de relógios.

- Podemos ir ao London Eye – ele parecia calmo, mas apertou minha mão ligeiramente mais forte.

- Esse é o próximo item da lista? – continuávamos andando sem um destino certo.

- Na verdade é um Parque de Diversões, mas temos tempo – deu de ombros – vamos?

Mentalizei um ponto cego, já havia estado lá algumas vezes, aparatamos.

- Você nunca esteve aqui certo?

- Certo. – ele parecia nervoso, ele fica nervoso com qualquer coisa trouxa que não conheça. Sorri me lembrando dele apontando as coisas que considerava extraordinárias no cinema, como um garotinho.

- Podemos ver toda a cidade de lá de cima, realmente fantástico – ainda parecia nervoso – deve ser como andar de vassoura para você – ficou mais calmo – você realmente gosta de voar – concordou. Nossa vez chegou, entramos com um pequeno grupo de turistas que usavam camisetas exageradas com o escrito “I ♥ LONDON”.

Fred passou um dos braços pelos meus ombros, vislumbramos a doce satisfação de ver o mundo, o telhado dos edifícios, cassas, o rio Tamisa se estendendo lindamente entre eles. Perfeito.

- Eu te amo – beijei carinhosamente minha testa.

- Eu amo mais.

- Eu amo muito mais – ouvi o som dos clicks quando o grupo de turistas que amavam Londres começou a tirar fotos de nós.

- Um lindo casal londrino – explicou uma garota que devia ter uns 16 anos em um inglês quase perfeito.

- obrigado – Fred disse sorrindo para a garota que corou até o dedão do pé e por pouco não desmaiou. Lembrei-me do que ele disse “Garotas mais novas”, o monstrinho do ciúme me fez afastá-lo dela o máximo possível.

- É lindo – comentou, concordei com a cabeça – não sei se é um bom momento, mas eu quero te pedir uma coisa – meu coração disparou – um dia, no futuro, quando chegar o momento certo, você quer se casar comigo? – ele falhou uma batida.

- Isso é um primeiro encontro – encarávamos Londres diante de nós – eu amaria me casar com você – apoiei a cabeça em seu peito.

Um primeiro encontro fora dos padrões.

***

- Seu algodão-doce – dei-o a Fred, estávamos em um Parque de Diversões onde eu nunca havia ido, eu nem sabia onde estávamos – em que brinquedo você quer ir? – montanha russa não, montanha russa não.

- Aquele, que quero aquele – disse apontando como uma criança a montanha russa.

- Não quero ir nesse, se você for vai sozinho – desista de ir, desista de ir.

- Por favor – seus olhos brilharam.

- Você compra os bilhetes – desista.

- Eu não sei usar dinheiro trouxa.

- Aprenda – desista.

- Me de o dinheiro que eu vou – por algum motivo cheio de maldade dei há ele muito mais do que ele iria precisar, vai demorar querido, posso me preparar espiritualmente.

Ele se dirigiu para o local onde eles estavam sendo vendidos, os braços cruzados e o pé direito batendo compassadamente no chão indicando seu total desconforto. Sentei-me em um banco de madeira para esperá-lo, tinha a sensação de ser observada. Ignorei-a totalmente.

- um dos gêmeos? Por essa eu não esperava, eu podia apostar no cachorrinho do Potter, mas não nesse – eu conhecia aquela voz e uma sensação de mal estar me possuiu assim que ela chegou aos meus ouvidos.

- Depois de ser tão covarde não esperava te ver tão cedo fora da toca Malfoy – meu olhar mostrava o meu total desprezo por ele – pensei que já tivesse adquirido um certo medo da luz do sol.

- É bom te ver também Granger – sorriu irônico.

- Como me encontrou aqui?

- Eu te segui – supernormal.

- E o que quer? – havia chegado a vez de Fred, olhei para ele brevemente.

- Como seu amiguinho Potter deu um depoimento a meu favor não fui condenado a nada, então resolvi me redimir com a sociedade e tentar me desculpar com meus principais inimigos declarados.

- Me sinto lisonjeada – meu tom de voz era duro – agora pode dizer.

- Eu já disse.

- Com todas as palavras, eu quero ouvir.

- Não force – o encarei esperando – eu quero que me desculpe por ser uma das pessoas mais desprezíveis que você conheceu, pode me perdoar? – por incrível que pareça sua voz era totalmente sincera, seus olhos completavam o que dizia. Cheguei a sentir pena dele.

- Sabe Draco, eu nunca guardei rancor, não vou começar agora, mas acho que existem coisas que ficam marcadas a ferro em nós, coisas como as que você disse e fez comigo. Da mesma forma que eu sei que você sofre todas as vezes que vê a marca em seu braço esquerdo, eu sofro quando vejo as letras no meu, elas me lembram de coisas que eu queria não ter vivido, ninguém gostaria, eu me lembro dessas letras saindo da sua boca, me lembro delas como facas embebidas em acido vindo direto para mim, perfurando minha alma, me lembro delas se fixando em mim para sempre – ele abaixara a cabeça, segurava o braço esquerdo como se ele pesasse, como se quisesse arranca-lo.

- Por favor, me perdoe –sua voz mostrava um tom de maturidade e arrependimento que eu nunca pensei ser capaz de ver saindo dos lábios finos de Draco Malfoy. De alguma forma estranha senti uma simpatia por ele.

- É claro que sim, você é realente uma das pessoas mais desprezíveis que eu já conheci, e isso é um mérito. Mas você também me ensinou a ser uma pessoa forte, a não me importar. Te agradeço por isso – não era mais rude, tentei sorrir. Sem guerra, sem motivos para cultivar inimigos.

Ele riu, sem ironia, não pude acreditar que vi humildade nas feições de um sonserino.

- Isso me lembra de algo, vou te dizer, mas fica só entre nós – concordei com um aceno de cabeça – eu gostava de você – isso foi um verdadeiro tapa na cara – no início eu achava que era só porque você era a única garota que me desprezava. Mas você é inteligente, corajosa, bonita, tem uma personalidade formidável, e não é capaz de odiar ninguém!  Isso é totalmente incrível, eu te amava, acredito eu, e ainda admiro você profundamente. Você foi meu primeiro amor Granger.

- Me chame de Hermione, as pessoas costumam fazer isso – sorri de lado.

- Foi bom te ver Hermione – com um aceno de cabeça como despedida ele se virou.

- Draco – chamei, ele se virou – talvez, um dia, nossos filhos possam namorar ou algo assim, como nos livros – sorri.

 - Você acha mesmo que vou deixar um filho meu se envolver com um Weasley? – surpreendentemente ele sorria. Virou-se e continuou seu caminho, as mãos nos bolsos da calça, o vi se afastar e sumir na multidão.

- Quem era? – perguntou Fred voltando mais rápido do que eu esperava.

- Só um velho amigo, um grande velho amigo – permiti a mim mesma sorrir abertamente e perdoar tudo o que devia ser perdoado. Estava tudo da maneira que devia ser.

- Eu comprei o que o dinheiro me permitia – e o tiro saiu pela culatra – tem uns 40 tickets e uma ficha que a atendente me disse que serve para furar fila. Podemos ir nesse brinquedo várias vezes.

Eu realmente não sirvo para ser má.

***

Estava quase vomitando quando saímos de um brinquedo que eu não conhecia e que dava mais voltas, virava, ficava de ponta-cabeça do que me era permitido aguentar.

-Temos que ir mais uma vez! – Fred parecia tão animado que eu planejava mata-lo.

-Já fomos duas vezes, já é o suficiente – tentava respirar profundamente e devolver um pouco da cor ao meu rosto.

-Então agora é aquele – apontou para o lugar onde um brinquedo acabara de parar de cabeça para baixo, corri para uma lixeira e despejei meus órgãos internos. – Isso é um não? – quanta preocupação.

-Se você me fizer em uma coisa daquelas de novo pode ter certeza que eu vomito em você com todo o prazer. – me encarou ligeiramente enojado.

-Eu criei as vomitilhas, isso não é uma ameaça valida.

-não me desafie.

-Tudo bem então. O que você quer? – por algum motivo ele deu ênfase na palavra por puro despeito.

-Algo romântico como o túnel do amor – abracei-o.

-sai de perto de mim você acabou de vomitar – ele me apertou em seus braços fortes. – Vamos lá.

Essa foi a experiência mais tediosa da minha vida.

-Não consigo acreditar que gastamos nossas ultimas fichas nisso – ele estava indignado.

-Só tem graça se você ficar se pegando com seu companheiro em questão, no caso eu, mas você ficou olhando os duendes do cenário do casamento da Princesa e do Príncipe o tempo todo – ele fechou a cara.

-Nunca mais diga nada sobre isso.

-Não diga a Gina que eu vomitei.

-Combinado – batemos as mãos para selar nosso acordo.

-Vamos comer agora? Estou com fome – depois de ter posto tudo para fora.

-Podemos comprar hambúrgueres e comer em casa.

-Hambúrgueres? Que romântico.

-Algo contra? – segurou minha mão e andamos para onde havíamos aparatado inicialmente.

-Eu quero uma porção grande de batatas fritas – desaparatamos na esquina de um McDonalds.

-Onde estamos? – perguntei preocupada.

-Bem perto do apartamento, estudei bem as redondezas – esse apartamento parece perto de tudo.

-O que você quer?- era nossa vez de pedir.

-O que vem brinquedo – ri.

-Um MCLANCHE FELIZ e um BIGMAC e duas cocas. Para viagem. – esperamos – obrigado – disse quando a atendente sorridente me entregou o pedido.

Andamos até o apartamento em silencio.

-Podemos só comer e transar? – perguntei assim que fechamos a porta –Estou com sono – não deviam ser nem 20:00 horas.

-Que amorzinho, mas posso dar um jeito – ele apontou a varinha para o teto e murmurou um feitiço que não ouvi, ponto a ponto ele se transformou em um céu estrelado.

Ver estrelas. Gina entende das coisas.

Comemos praticamente calados a não ser por algumas anedotas que ele contava às vezes me fazendo rir como nunca.

-Agora você finalmente vai por esses peitos para fora? – seu sorriso malicioso havia voltado.

Levantamos-nos e tiramos a roupa a deixando no chão. Fred estava visivelmente excitado. Tirei o soutien, ele mordeu o lábio inferior mais uma vez.

-Quer quicar no meu cacete? – sorriu. Meu sono sumiu.

-Eu adoraria –uma noite longa pela frente.


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Notas finais do capítulo

Desculpe.