Alice escrita por Brus


Capítulo 3
Cap. 2 Molho Extra


Notas iniciais do capítulo

Gente desculpa a demora... '-' eu não tive muito tempo pra escrever essa semana e acabou saindo meio atrasado. rs Espero que gostem.



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– É o entregador. – empurrei-o para que ele saísse de cima de mim (fazendo-o cair no chão) e ele foi atender a porta. Voltou bufando.

– A próxima é você que paga, Chase.

– Sou uma dama! Cadê o seu cavalheirismo? - brinquei.

Pegamos nossos lanches e eu peguei um saquinho de ketchup. Um único problema: o ketchup não queria sair. Meus dentes não eram cortantes o suficiente para abrir a merda do saquinho.

– Se eu fosse você tomaria cuid... – BUM! Meu Ketchup estourou todinho. Mas não no hambúrguer. Na cara do Hangen (que desperdício...).

– Haha! Ops. Desculpa... – eu levantei e comecei a tirar ketchup do rosto dele com papel. Ele me afastou, pegou um refil de maionese – Olha, desculpa mesmo ok? Foi sem querer.

– Ah, mas assim não vale! Tudo o que vem, volta! – Ele espremeu a maionese toda no meu rosto e no meu cabelo. Fiquei paralisada pelo susto. Mas logo peguei todos os refis de ketchup e comecei a estourar todos em cima dele, enquanto me desviava de alguns de maionese que ele mandava. Mas nossas munições, quer dizer... nossos molhos acabaram. Meu estado: da cabeça aos pés cheia de maionese. O Hagen? Não muito diferente de mim, só que mais vermelhinho.

– Acho que vou ter que tomar outro banho... – eu disse sentando para terminar de comer (e constatando o óbvio).

Nós vamos ter que tomar outro banho. – Ele me corrigiu sorrindo. – E só pra registrar EU ganhei a guerra.

– Como eu estou muito boazinha hoje, vou deixar você ganhar. Mas SÓ essa.

– Hm... Queria ver essa Alice boazinha mais vezes sabia? – Ele falou se aproximando e tirando maionese dos meus lábios com a ponta dos dedos. Não tive nem tempo de reagir, a campainha tocou de novo. Mas dessa vez era a Cath.

– Ali! Abre a porta! É urgente! – Ela falava e batia na porta ao mesmo tempo. O Hagen fez uma careta e xingou baixinho.

– Já vai Cath! – Olhei pro Hagen – Vai pro banho. Vai, vai, vai! Anda! – falei baixinho empurrando ele.

– Que isso, garota! Que pervertimento é esse? – Ele disse rindo.

– Ah, você entendeu, Noah! – A Cath continuava batendo descontroladamente na porta.

Quando eu me virei pra ir abrir a porta, ele segurou minha cintura por trás, encostou seus lábios no meu ouvido e sussurrou:

– Continua boazinha? Me chamou de Noah, não de Hagen.

Quando eu me virei, ele já tinha fechado a porta do quarto dele. Sacudi minha cabeça para me livrar dos malditos arrepios e fui atender a porta.

– Oi Cath...

– Ali, cara, tenho a nov... Isso é maionese no seu cabelo?

– Hm... Mais ou menos. Depois eu te explico. - acenei dando pouca importância ao fato de estar completamente coberta por aquela pasta gordurosa.

– Ok, então, a novidade do ano...

– Cath, olha, não é a melhor hora para novidades... – apontei para o meu corpo.

– Ok, ok.. Mais tarde. Cinema. No meu quarto... Chama o Noah. Lá eu te conto. Não ouse não aparecer!

– Ta, ta. – fechei a porta rápido. Já sabia qual era a novidade. A Julia já tinha me contado que a Cath estava namorando o Gabriel.

Depois de arrumar tudo e tomar um banho bem demorado, eu peguei meu laptop e fui pra cama. Fiquei de bobeira atualizando as minhas redes sociais (porque eu realmente era uma pessoa cujas redes sociais estavam sempre cheias de novidades...) e lendo até a hora que meu celular vibra com uma mensagem:

“Apareçam em três minutos ou eu arrombo a porta do quarto de vocês e os arrasto pelos cabelos.

Xoxo Jus”

Julia, delicada como um elefante.

Saí do quarto e bati na porta do Hagen.

– Hagen! – Bati na porta várias e várias vezes. Cansei de bater e chamar e entrei no quarto. Para minha surpresa estava todo arrumado – ainda -. Ele estava esparramado na cama, de barriga para baixo e um pé pra fora da cama. Estava meio enrolado com o cobertor. Era... fofo. Me aproximei com muito cuidado. Cheguei pertinho do ouvido dele e falei:

– Hey, Hagen, acorda! – Por que eu estava sussurrando? Eu queria acordá-lo, não fazê-lo dormir. – HAGEN! – Eu esqueci que estava tão perto do ouvindo dele. Ele pulou da cama caindo no chão.

– Porra, Chase! - Comecei a gargalhar compulsivamente.

Senti uma mão no meu tornozelo e só tive tempo de gritar de susto quando o Hagen puxou meu pé me fazendo cair em cima dele. Minha cabeça bateu forte em seu peito e ele gemeu de dor me fazendo rir ainda mais. Quando fui me levantar, ele me puxou e me colocou no chão, ficando de quatro sobre mim. Eu sempre me perdia naqueles olhos azuis. Sempre. Eles eram tão bonitos... um azul diferente. Os olhos que eram delineados por cílios castanhos muito claros. Quase loiros. Como seus cabelos, que agora estavam encostados na minha testa devido à posição e a proximidade. Ele se aproximou um pouco mais e eu estava fechando meus olhos quando o celular toca “When i Grow Up” do Mayday Parade. Era o toque da Cath. Suspirando, eu o empurrei pra que ele saísse de cima de mim. Foi o que ele fez (senti que era sempre assim que terminávamos). Peguei o celular no bolso e atendi com a minha melhor voz de desgosto.

– Cath eu estava acordando o Noah... Eu já estou indo.

– Te dou um minuto. Nada mais. – desliguei o telefone e me virei para o Hagen.

– A Cath chamou a gente para ver um filme com os outros no quarto dela.

– Não, passo.

– Qual é o teu problema, garoto? Eu vi que você fez cara feia hoje quando a Cath veio aqui.

Ele suspirou e disse baixinho:

– Você também iria odiar se sua prima estivesse querendo pegar seu melhor amigo e esse seu melhor amigo babaca só viesse para essa viagem estúpida se o priminho que aparentemente não teria nada melhor para fazer nas férias viesse junto. Então, caso você não ainda não tenha entendido, eu quero ter mínimo contato possível com essa aproveitadora de primos alheios.

Ah! Agora eu entendi.

– Olha, eu também não queria estar aqui, meus pais viajaram e eu não quis ir, então eles me obrigaram a vir para cá. Basicamente, era isso aqui, ou o mundo de gelo, vulgo, Alemanha. E agora eu não vou ser a única a segurar vela para aquele monte de casais grudentos, não mesmo.

Ele tinha colocado uma camisa e agora podia colocar minhas mãos em seu peito para empurrá-lo.

Ele suspirou cansado.

– Eu só vou porque perdi o sono, ouviu ser inferior?


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Notas finais do capítulo

Então gente, mereço rewiews????
Xoxo até o próximo cap. ;)