Esperamos  até que todos se distanciaram e então eu senti a mão de Noah entrelaçando a minha e eu me virei para ele.

- Então... eu não preciso de um biquíni agora... - eu disse ficando na ponta dos pés pra beijar seu queixo.

- E quem disse que eu vou te levar pra loja de biquínis?

- E pra onde o senhor pretende me levar?

- Eu queria te levar pra um lugar mais reservado. Mais especificamente um quarto sabe? - ele disse no  meu ouvido fazendo com que eu me arrepiasse. - Mas, - ele disse se afastando com um sorriso e ajeitando uma mecha solta do meu cabelo - ainda está muito cedo pra isso. E você não vai ganhar nada além disso - um selinho rápido - até que termine com Brian.

- E quem disse que você vai ganhar alguma coisa até dar um pé na bunda da nojenta da Melissa? - eu disse erguendo minhas sobrancelhas e cruzando os braços me afastando dele.

- Ok então temos um acordo. Um não pode tocar no outro até que terminemos com nossos relacionamentos ok? - ele falou estendendo a mão para que eu apertasse.

- Ok - eu apertei sua mão com força. Amava desafios. Quando apertei sua mão ele me puxou de encontro a ele e me deu um beijo longo e urgênte. Quando o ar se fez necessário, me separei dele - o que foi isso? Já quebrando nosso acordo Hagen?

- O trato começa a partir de agora. - ele disse sem fôlego e me deu mais um selinho. - ok, a partir de agora. - comecei a rir e ele me puxou pela mão me guiando para dentro do parque.

Bem, já que não íamos namorar, tínhamos empo suficiente para nos provocar. E foi isso que eu comecei a fazer.

- Hageeeeen meus pés estão doendo - reclamei no caminho para a loja de conveniencias mais próxima. Ele olhou pra mim superiormente.

- Problema é seu nanica. Ninguém mandou ter um cérebro pequeno e esquecer o biquíni do outro lado da França.

- Ninguém mandou você se oferecer pra me levar até a loja. Agora resolve o meu problema!

- Me dá uma arma que eu resolvo o teu e o meu problema.

- Ah que lindo, vai fazer a boa ação de se matar pra deixar metade do mundo mais feliz.

- Cala a boca e anda mais rápido Chase.

- Olha como fala comigo Hagen! - como eu amava provocar aquele garoto. - e a dor no meu pé ainda não passou!

- Cala a boca que passa.

- Mentira! Não passa nada. - ele parou de andar e eu que estava atrás dele olhando para o chão me choquei contra suas costas caindo no chão. Ele começou a gargalhar.

- Pronto... agora a dor no pé se desviou para a dor na bunda. - e deu as costas pra mim ainda rindo que nem um maluco. Eu ia resolver o minha dor, nem que pra isso ele tivesse dor. Me levantei e esperei até ele se distanciar uma pouco de mim. Saí correndo e pulei em suas costas. Por pouco ele não cai no chão me levando junto. - VOCÊ É LOUCA GAROTA? NÃO RESPONDE. EU SEI QUE É.

- Hagen, meu namorado está me esperando. Então quanto mais rápido você me levar a loja pra comprar um biquíni pra ficar linda pra ele, mais rápido eu me livro de você e vou me divertir de verdade.

- Ah, então quer dizer que você quer diversão de verdade? - ele bufou e recomeçou a andar só que dessa vez na direção contrária ao caminho da loja. Ele estava indo em direção a área das montanhas-russas. O-ou.

- Hm... Hagen, pra onde essa sua cabecinha de ervilha pensa que vai?

- Ué, você disse que queria diversão de verdade não é? Estou te levando pra ter diversão de verdade. - ele deu uma risada irônica. Me impulsionei para sair de suas costas mas suas mãos tinham se fechado em torno do meu tornozelo me prendendo a ele.

- Que ótmo. - suspirei e deitei minha cabeça em seu ombro esperando chegarmos a sei lá aonde. Levantei minha cabeça quando ele parou de andar.

- Chegamos. - estávamos na fila para a maior montanha-russa do parque. Engoli em seco. Eu já mencionei que tenho medo de quedas? Não tenho problemas com alturas, mas só de pensar nas quedas que as alturas proporcionam me arrepio toda.

- Para a palhaçada e me leva logo pra porra da loja de biquínis Noah. - estava comçando a ficar nervosa. Não queria admitir que tinha medo de quedas para ele. Era como admitir que eu era fraca ou algo assim. Como dar um trunfo para Noah na próxima briga.

- Algum problema Chase?

- Não seu panaca. Mas acho que você não entendeu a minha definição de diversão de verdade. A minha diversão de verdade, vai ser longe de você!

- Hm... Não hoje. - ele disse apertando as mãos em volta do meu tornozelo mostrando o que queria dizer. Prendi o riso.

- Olha o trato Hagen... - eu disse em seu ouvido.

- Não gosto desse trato. - ele disse fazendo uma careta.

- Não posso fazer nada por isso. Você mesmo que criou esse trato!

- É, talvez você tenha razão e eu seja mesmo estúpido algumas horas.

- Obrigada Santa Vodka. Finalmente ele me ouviu!

- Cala a boca Alice. - dessa vez não prendi minha risada.

Continuei nas costas de Noah até chegar nossa vez de entrar na máquina mortífera. O idiota escolheu justo um dos primeiros bancos. Ah, isso ia ser lindo. Sentei do lado de Noah e tentei colocar meu sinto. Só senti que estava tremendo quandi as mãos de Noah se fecharam em torno das minhas pra ele colocar o sinto em mim.

- Você tá bem Ali? - Ah não. Não, não, não um milhão de vezes. Tudo bem eu implicar com ele até o ponto em que ele implicasse comigo também. Mas aí ele começa a ficar fofo e a situação muda, porque eu não sei ser fofa e acabo não resistindo a fofura dele. Nossa, isso soa tão gay. - Vai querer sair agora e correr pro colo do seu namoradinho? - Ufa. Melhorou.

- Não obrigada. Só estou nervosa porque estou com medo de ficar surda com os gritos que você vai dar.

- Hm... Sei.

A montanha-russa deu um tranco pra trás e depois começou a subir e eu dei um pulo de susto. Ele olhou pra mim com uma sobrancelha erguida e reprimiu um sorriso.

- Ok, talvez eu tenha um poquinho de medo de montanhas-russas. Mas isso é algo imperceptível. - dei uma risada nervosa.

- Haha. Grite se sentir medo. - assenti já pronta pra gritar.

A montanha-russa estava em um dos pontos mais altos. Ela deu aquela típica parada dramática só pros nossos corações acelerarem mais ainda e finalmente começou a caír. Honestamente nunca gritei tanto em toda a minha vida. A unhas - que eu não tinha - começaram a perfurar o braço de Noah e consequentemente ele começou a chingar.

Toda aquela situação estava tão engraçada que esquecemos nossos problemas e começamos a rir descontroladamente no meio da gritaria das pessoas. Chegamos finalmente ao final e a montanha-russa começou a desacelerar finalmente parando na plataforma onde tínhamos subido.

E assim continou a minha tarde. Quando saímos da montanha-russa Noah me puxou pra um zoológico onde qualquer animal era maior que eu (menos as cobras, porque estavam enroladas). Depois fomos a vários outros brinquedos malucos e a casas assustadoras.

Quando já estava no final da tarde, me sentei em uma das mesinhas de um starbucks que tinha a aparência da casa do Mickey. Era bonitinho e os banquinhos eram altos, o que não ajudou muito por eu já estar tonta. Me sentei no banco mas tudo começou a rodar. Então senti as mãos de Noah na minha cintura me firmando ali na cadeira.

- E então, se divertiu? - sua boca estava em meu ouvido.