Alice escrita por Brus


Capítulo 16
Cap. 15 Troca de Comprimidos.


Notas iniciais do capítulo

Então povo, antes que me matem, deixe eu fazer meus agradecimentos:
Esse capítulo é em homenagem à Reet, que me ajudou a escrever. Mas aí ela renunciou o título de homenageada (like como?) e mandou em pôr a homenagem no guy que ela gosta, meu amigo lá philippe gomes. Ela disse que tinha alguma coisa a ver com ela sempre falar "pessoa" se referindo aos outros. Louca ela. (essas são palavras dela, notem como ela se chama de louca KKKKK)



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Alguns dias se passaram e eu e Brian ficamos inseparáveis. Realmente inseparáveis. Depois que ele me deixou no flat, naquele dia em que eu quase matei a Melissa, nós começamos a sair e conversar, e fomos descobrindo coisas em comum. Ele ia muito ao flat me ver. Nós saíamos muito também, mas eram coisas mais tranquilas... Como um cinema, ou tomar um sorvete... Nada agitado como baladas ou festas. Só fui duas vezes em sua casa, mas em nenhuma delas eu vi os pais dele. Só passávamos lá pra pegar algo que ele havia esquecido ou alguma coisa do tipo.

Acabei pegando uma gripe forte, um dia que nós fomos caminhar na praia e começou a chover. Na hora, não me importei com a chuva, mas depois, quando cheguei em casa comecei a sentir uma dor de cabeça do caralho. Bem, a partir daí você já sabe. Febre, dor no corpo, nada de sair de casa... E sabe quem ficou comigo esse tempo todo? Se você pensa que foi o Hagen, acertou.

Ele não aparecia durante o dia. Brian ficava o dia inteiro comigo, vendo filmes e se entupindo de pipoca, chocolate e coca cola. Mas quando eram seis horas e ele tinha que ir embora, mais ou menos vinte minutos depois o Hagen batia na minha porta pra perguntar se eu estava bem. Às vezes eu estava meio que dormindo, mas tremendo de frio e eu sentia ele me tapar.

Brian e Noah não se falavam.

Só um dia, que o Brian ainda não tinha ido embora, porque estava caindo uma chuva filha da mãe lá fora.

Estávamos enroscados em edredons no meu quarto naquele dia, com a janela fechada e a cortina aberta. Bem, eu estava enroscada. Brian afirmou que estava calor, mesmo com aquela chuvinha fina e "fresca" que estava me fazendo tremer.

– Ali, está muito quente aqui, posso tirar a camisa? - Brian perguntou inocentemente.

Eu revirei os olhos. Queria deixar um ar mais tranquilo, mas eu estava tremendo e passando um ar de nervosa.

– Faz o que você quiser. - Eu ri.

E ele tirou a camisa. Não mantenha contato visual, não mantenha contato visual... e também não olhe para esses músculos, porra.

– É sério que você está com frio? - Ele sorriu carinhosamente. Fiz que sim. Brian encostou a palma da sua mão na minha testa. Ele viu minha temperatura e riu, dizendo que eu estava mais quente que fogão à lenha. Foi buscar um remédio no banheiro e voltou.

– Eu achei esse comprimido pra você.

– Ela é alérgica a esse remédio. – Noah interrompeu Brian. Fiquei chocada por ele lembrar que eu era alérgica àquele remédio, se eu só tinha falado isso uma mísera vez. Ele estava na porta do meu quarto, totalmente molhado, com uma sacola de farmácia na mão. – Eu vi que o comprimido que você pode tomar tinha acabado, então eu comprei esse pra você. E a chuva já diminuiu.

Ele disse pra mim, porém olhando para Brian. Disse a última parte com grande entonação para Brian ir embora. Deu a sacola para ele. Assim que Brian pegou o saco com o remédio, Noah saiu do quarto. Brian se virou para mim com uma sobrancelha erguida.

– Ele gosta de você.

– Não gosta, nada! – eu disse meio surpresa.

– Ali, eu vejo como ele te olha. Não adianta disfarçar. – ele disse pegando a água pra eu beber com o remédio. Terminei de beber e ele pegou o copo e colocou na cozinha. Quando voltou, deitou do meu lado me abraçando e me olhou nos olhos – Mas eu quero saber se você gosta dele também.

Essa pergunta me pegou desprevenida. Eu gostava do Noah? Toda vez que eu pensava em negar, algo me fazia duvidar.

– Gosta, Ali? Porque eu não quero lutar por uma garota que o coração já pertence a outro menino. – corei e olhei pra ele.

Ele estava lutando por mim? Por uma garota que já tinha o coração de outro...

– Não, Bri. Não gosto do Hagen. Mesmo que ele goste de mim, o que eu não acho que é verdade, eu não correspondo. – senti que eu estava mentindo um pouco. Mas decidi ignorar isso.

Ele encostou seus lábios nos meus em um selinho rápido. Não tive tempo de protestar ou recuar. Só fiquei ali paralisada. Em choque. Decidi não olhar pra ele e só deitar minha cabeça em seu peito. Não queria que ele visse a minha expressão. Até mesmo porque eu não sabia como ela estava.

Alguns minutos depois, Bri se levantou.

– Eu realmente tenho que ir, mas qualquer coisa me liga! – ele disse se inclinando para me dar mais um selinho rápido demais para que eu reagisse. – Boa noite.

– Ham... Boa noite, Bri.

Fechei meus olhos quase adormecendo. Não sei se o que eu ouvi era sonho ou realidade. Mas ouvi Brian chamando Noah.

– Ei cara, obrigado. – Brian falou.

– Fiz isso por ela, e não por você. – Noah disse ríspido.

É sério, o que estava acontecendo com ele?

– Nota-se. Mas obrigado mesmo assim, ok?

Noah bateu a porta do quarto dele sem responder à Brian.

Devo ter adormecido sem sonho, e a hora passou rápido.

Três horas da manhã levantei sentindo um frio do caralho. Fui até a estante em que estava o comprimido com um copo de água que Brian deixou caso eu tivesse febre depois que ele fosse embora.

Tinham duas cartelas de comprimidos. Peguei a primeira que eu vi e destaquei um comprimido. Engoli com a água e voltei para a cama me enroscando nas cobertas.

Comecei a tossir e sentir que quando eu respirava o ar não vinha por inteiro e minha garganta se fechava cada vez mais. Minha visão começou a ser salpicada por pontos pretos. O-ou. Acho que tomei o remédio errado.

Estiquei meu braço para o celular e disquei o mais rápido possível o número de Brian, mas antes de colocar na orelha, eu já estava me vendo de pé, escorando nas paredes e tossindo freneticamente, à procura de Noah. Arrombei sua porta do quarto, mas Noah não estava na cama.

Eu iria morrer com falta de ar e ele não iria estar no flat para admirar essa proeza. Oh, felicidade. Cheguei na sala com a intenção de sair e arrombar o flat da Cath ou da Julia, mas por sorte, encontrei Noah no sofá, dormindo. Dei o tapa mais forte que consegui nele e caí sentada ao lado do sofá. Tossi mais algumas vezes, mas agora eu estava com completa falta de ar. Aguentaria um segundo ou dois.

Ele abriu os olhos nervoso, mas os revirou em um sinal banal quando me viu, revirando-se no sofá.

– Caralho, se você não percebeu ainda, nanica, eu estou irritado com você e o senhor perfeito.

Nesse momento a minha visão escureceu completamente e eu fechei meus olhos caindo e batendo a cabeça no chão. Não vi mais nada, e provavelmente não respirei mais nada.

POV Noah


É, eu estava muito irritado com aquela pessoa de baixo centímetros. Me virei e fechei os olhos. Meio segundo depois, ouvi o barulho de sua cabeça batendo no chão e me virei lentamente. Alice estava caída no chão tipo morta. Talvez ela estivesse fazendo drama.

– Pessoa, drama não funciona comigo. - Ela não respondeu. - Alice? Morreu?

Basicamente.

Saltei do sofá e a peguei no colo.


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Notas finais do capítulo

Então gente, não posso prometer que não vou demorar pra postar o próximo cap. mas eu juro que vou tentar não demorar ~~
Bjxx Brus.