Alice escrita por Brus


Capítulo 15
Cap. 14 I'll Attack


Notas iniciais do capítulo

Oi gente ~-~ td bem? Desculpem a demora... Mas eu tive muitos deveres e tals.. e não tive tempo de escrevr TODO o cap. no prazo... então... ta um pouquinho atrasado hehe.



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Minha raiva acumulada por todos aqueles dias veio à tona e eu só pude ouvir o Hagen falar “O-ou” antes de me jogar na piscina em cima daquela víbora.

Ela deu um grito típico de vadias e eu subi em cima dela tentando afoga-la. O Hagen tentou me separar dela, mas eu dei uma cotovelada forte, descontando a raiva que estava dele também.

Puxei seu cabelo o mais forte que consegui, mas não ia me contentar com pouco. Ah não mesmo. Ela tinha unhas grandes e me arranhava com força, deu um arranhão que fez meu braço sangrar. Ao fundo eu ouvia os gritos de Jus e Cath. Se essa vadia pensava que eu ia brigar com unhas tapas e puxões de cabelo ela estava muito enganada. Dei um soco no olho dela que com certeza mais tarde ficaria roxo. Ela cambaleou e mergulhou. Achei que tivesse desmaiado ou sei lá.

Virei de costas para sair da piscina, mas ela surgiu por traz de mim arranhando minhas costas e puxando meu cabelo junto. Dei um grito de susto e dor e mergulhei. Puxei suas pernas - o que ela não esperava que eu fizesse – e submergi ficando em pé em cima dela.

Torci pra que ela tivesse se afogado, mas ela puxou minhas pernas e eu mergulhei novamente. Quando submergi ela estava tossindo no colo do Adrik. Ele saiu com ela da piscina e a colocou na borda. Noah foi até lá e se ajoelhou do lado dela. Ela não parava de tossir. Ah... Como ela devia estar amando toda aquela atenção...

- Faça alguma coisa! – Cath gritou.

- Faz respiração boca-a-boca. – Júlia deu a ideia brilhante.

OI? CADÊ O AR? ELE IA FAZER ISSO MESMO? Noah olhou pra mim. Não entendi sua expressão. Se era de ódio ou se se desculpava pelo que ia fazer agora. Eu também não queria saber. Ele ia beijá-la. E por minha culpa.

Saí da piscina de fininho, mas quando olhei pra traz ele estava ‘salvando’ a Melidiota. Ele se afastou, mas ela levantou a cabeça e voltou a beijar ele. ELA ESTAVA BEM PORRA. E ELA O BEIJOU. E ELE RESPONDEU.

(n/a: Créditos à minha linda leitora YasmimCullen ao apelido Melidiota k’ amo você e obrigada pelo apelido U_U)

Ah, que lindo, o reencontro do casal perfeito. Olhando de longe, Cath e Jus rindo de alívio e Adrik e Gabriel na pulando na piscina... E Noah e Melissa se beijando... Eles pareciam o grupo perfeito de amigos. Enxuguei algumas lágrimas, peguei minhas coisas e fui ao banheiro perto da churrasqueira. Enxuguei-me, e coloquei minhas roupas. Não sabia como ia embora, mas eu tinha que sair dali. Não para voltar pro flat. Lá estava cheio de lembranças de todo mundo. Principalmente do Noah.

Peguei no bolso da frente da camisa do Noah a chave do carro que ele alugou. Só tinha um problema. Eu não sabia dirigir. Fui em direção ao jardim da frente da casa, onde o carro estava estacionado. Olhei para a roda do pneu e dei um chute para extravasar a minha raiva.

Depois de tentar achar alguma forma de ir embora sem precisar do Hagen, desisti e comecei a voltar para a casa. A entrada da casa da Melissa era cheia de pedras. A junção de raiva, pressa e lágrimas nos olhos resultou em um tombo feio de cara no chão.

- Ai! – reclamei tentando me levantar.

Do nada, um ser de cabelos pretos e olhos castanhos, quase verdes, se materializou do meu lado. Ele estendeu a mão e eu a segurei levantando com dificuldade.

- Etes-vous d'accord? – olhei pra ele com uma cara de ‘What the fuck ?’ e ele tentou de novo – Você está bem ? – dessa vez em inglês.

- Ah... sim. – senti algo quente e com cheiro de ferrugem escorrer na minha testa. Passei a mão e vi aquele líquido vermelho.

- Vamos, eu moro aqui perto. Faço um curativo nisso em dois minutos.

- Ok. – O QUE EU ESTAVA FAZENDO ? EU IA PRA CASA DE UM GAROTO MAIS ALTO E MAIS FORTE QUE EU SEM NEM CONHECÊ-LO ? Sim, eu vou.

A casa do garoto-sem-nome ficava em uma parte afastada da casa da Melissa.  Era bem menor, mas era muito bonita. Ele me guiou pelo jardinzinho que tinha na entrada e quando abriu a porta me espantei. Era uma casa perfeita. Moderna, mas ao mesmo tempo aconchegante. E extremamente masculina.

O menino me guiou até a cozinha e me sentou em uma banqueta alta.

- Espera um minuto que eu já volto.

- Ok.

Ele sumiu da cozinha e me deixou lá sozinha. Alguns minutos depois voltou com uma maleta branca na mão. Tirou de lá o material para cuidar do meu machucado e se inclinou para começar.

- Então, qual é o seu nome? – perguntei meio envergonhada para quebrar o silêncio. Ele se afastou e me olhou nos olhos com um sorriso.

- Brian. E o seu?

- Alice. Prazer – estendi minha mão. Estendeu o braço dele também e apertou minha mão.

- Hm... vamos ter que cuidar disso também. – disse apontando pro meu arranhão sangrando. A obra de arte da Melidiota.

- Ah... Isso foi obra da idiota da Melissa. Eu expliquei. – ele voltou a cuidar do meu machucado na minha testa. Ele limpava e colocava os curativos com tanta delicadeza que fiquei impressionada por um garoto ser tão delicado assim. Ele era gay. Só podia.

- Desculpa perguntar... Mas se você não gosta da Melissa, por que veio na casa dela?

- Na verdade fui forçada a vir. Por causa de uns amigos. Que são cegos o suficiente para serem amigos dela também.

- Ah... – mais alguns minutos de silêncio, ele terminou o trabalho na minha testa e se afastou para avaliar o que tinha feito. – pronto. Nova em folha em alguns dias. Agora deixa eu ver esse braço.

Estendi meu braço pra ele.

- Como você sabe minha língua tão bem? – perguntei não me aguentando de curiosidade.

- Eu morei em Nova York cinco por anos. Mas voltei pra cá. – ele falou terminando com o meu braço.

- Obrigada. – falei corando.

- Sem problemas. – uma pausa enquanto ele decidia se falava ou não algo - Gostei de você. Você é diferente das outras amigas da Melissa.

- Ah é? Sou diferente em que?

- Você não é metida, pelo menos não aparenta ser. É simpática e bonita naturalmente. Não é cheia de maquiagem como as outras. – ele disse rindo e me fazendo corar mais ainda.

- Ham... Brian, eu mal te conheço. E vai parecer loucura o que eu vou te pedir agora. Mas você poderia me dar uma carona pra casa? É que eu vim com um amigo meu, mas eu briguei com ele. E se eu voltar pra casa da Melissa, ela vai me expulsar de lá com certeza. Então eu tenho duas opções: implorar por uma carona ou voltar a pé.

- Ok. Espera só um minuto. Ele disse sumindo da cozinha de novo.

Dessa vez levantei da banqueta e fui para a sala. A sala era de um tom azul escuro, e o meio da parede, do teto ao chão era de pedra. Tinha uma TV LSD embutida e uma lareira logo abaixo. Tinha um tapete cinza peludo e um sofá enorme de couro preto. Do lado do sofá tinha uma ‘cadeira do papai’ também de couro preta e um abajur moderno do lado.

Espalhado pela parede tinham vários porta retratos. Me aproximei para ver as fotos. Uma era do Brian quando criança no colo de uma mulher de cabelos pretos e olhos azuis e um homem loiro de olhos cor de mel quase verdes assim como o Brian. Estavam em um parque.

A outra era do Brian um pouco mais velho, com um sorriso gigante segurando um troféu.

E a última eram o Brian – já da minha idade - e o homem de cabelos loiros – que agora já estavam meio prateados – abraçados de lado.

- Gostou das fotos? – uma voz atrás de mim me assustou. Noah estava na porta.

- O que você está fazendo aqui? – disse me virando.

- Você sumiu da piscina então depois de vasculhar a casa inteira, a Melissa disse que você poderia estar aqui.

- Você quer dizer depois de beijar a Melissa você foi me procurar. – corrigi.

- O que eu podia fazer? Você afogou a menina, Alice.

- Ah é, ela parecia muito afogada enquanto enfiava a língua na sua boca. – bufei.

- Oi? – ouvi uma voz do outro lado da sala. Brian estava com o cabelo molhado e com um jeans largo e uma blusa polo. Estava lindo, tenho que admitir.

- Ah, entendi porque você veio pra cá. – Noah disse indo embora.

- Ham... quem era ele? – Brian perguntou se aproximando.

- Aquele amigo que eu te falei.

- Ele não parecia um amigo agora. Parecia estar com ciúmes. Como se fossem namorados. – ele disse erguendo a sobrancelha e olhando pra mim.

- A última coisa que Noah Hagen vai ser na minha vida é meu namorado – eu disse meio incerta.

- Fico feliz em saber disso. – ele falou. – vamos?

- Ham... ér... v-vamos. – gaguejei, corei e abaixei a cabeça.

- Vamos. – ele disse com um sorriso na voz e estendeu a mão para que eu me apoiasse.

- Vamos. – eu disse segurando em sua mão. Ainda estava mancando.

I would've kept you forever, but we had to sever. It ended for both of us

(Eu teria ficado com você pra sempre, mas tivemos que nos distanciar. Acabou pra nós dois).


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Notas finais do capítulo

Então gente, como vocês perceberam, eu mudei a capa da fafic ^^ mas eu não perguntei a opinião de vocês sobre o que vocês acharam da capa... Então nos reviews, quero que me mandem:
A: para a capa anterior a essa.
B: para essa capa nova.
Bjxx e até o próx cap.