Corpus Inversion escrita por Miller


Capítulo 7
Sirius decide arruinar minha vida - Capítulo Seis.


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoinhas lindas do meu heart ♥ Como vocês estão?
Então, era para eu ter postado esse capítulo ontem, mas como minha faculdade é de noite eu não tive tempo e quando cheguei estava morta de cansada. Por isso não consegui escrever para vocês, mas aqui está o capítulo :3
Ele está curtinho e tals, mas é importante para a fic da mesma forma :3
Espero que gostem!



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Lily Evans

Ainda estava bufando feito um rinoceronte enquanto caminhava para a sala comunal da Grifinória. Como era possível que aquele idiota do Black fosse tão estupidamente estúpido?

Ah, por Merlin, sabia que ficava um pouquinho intratável quando estava na TPM, mas Black estava extrapolando todos os limites, aproveitando-se daquilo para poder agir feito o idiota que era.

Suspirei.

É claro que ele não faria mesmo o que tinha dito, certo? Por que seria extremamente ridículo se Sirius começasse a andar pela escola denegrindo minha imagem imaculada! Jamais tinha feito qualquer coisa para ele que justificasse uma ação daquelas!

Por Merlin, ele não poderia estar contando uma ou duas – ou vinte – detenções que tinha dado para ele, certo? Afinal de contas ele merecera! Qualquer um que desrespeitasse o regulamento deveria ser punido e qual era minha culpa se eu estava presente quando Sirius infringia-o?

Isto para não falar que aquela coisa toda de “Nerd Gay” era uma completa mentira. Que problema havia em Sirius prestar atenção na aula? Era algum tipo de crime constitucional? Por que, pelo que me lembrava, não havia nada demais naquilo.

Afinal, apesar de todos os pesares, Sirius também era um dos melhores alunos. E isso só podia significar que ele tinha de prestar atenção em aula em algum momento.

Não, ele não faria nada contra mim. Era apenas o estresse.

Suspirei mais uma vez e continuei meu caminho.

Bem, eu teria continuado meu caminho se Potter não tivesse achado aquele um momento propício para aparecer em minha frente fuzilando-me com os olhos, como se estivesse pensando seriamente em pular no meu pescoço.

Foi simplesmente muito mais forte do que eu sentir um arrepio de medo, afinal nunca antes ele havia me encarado daquela forma. Normalmente, Potter ficava sorrindo como um idiota quando aparecia em sua frente, gritando a plenos pulmões para quem quisesse ouvir que queria apenas uma chance para sair comigo.

Como eu poderia se ele não passava de um babaca egocêntrico, petulante e extremamente insuportável?

– Po... James? – perguntei tentando parecer leve e divertido, imaginando quanto tempo mais eu teria de viver para me torturar daquela forma. Vendo que seus olhos apenas estreitavam cada vez mais, desatei a falar: – Pensei que estivesse na sala comunal. Eu estava indo para lá agora e...

– O que você estava fazendo com a Evans? – ele perguntou lentamente, como se cada palavra estivesse queimando ao sair. Como se quisesse me queimar caso eu respondesse algo errado.

– Huh – tentei pensar em alguma coisa para dizer, mas nada parecia fluir em minha mente... Até que... – Ela perguntou por você – eu disse e quis me bater no mesmo segundo.

Que merda eu estava pensando? Dizer para o POTTER, que EU estava perguntando por ELE?

O desespero realmente levava as pessoas à loucura, mas, francamente, onde, por Merlin, eu estava com a cabeça?

Falar aquilo era praticamente cometer suicídio. Algo que certamente faria assim que chegasse perto da janela mais alta de Hogwarts.

Francamente, Lily, repreendi-me.

Os olhos de Potter brilharam como se o Natal houvesse chegado mais cedo e a vontade de me matar somente aumentou. O imbecil deveria estar regozijando-se por dentro, imaginando que eu deveria estar louca para beijá-lo e imaginando quão bonito ficaria meu nome em sua lista de garotas que já havia beijado.

Estúpido. Aquele tipo de garoto – galinha e insuportavelmente mimado – era somente a pior espécime já criada. E eu não o suportava.

Ah, Merlin, que droga eu tinha feito?

– Perguntando sobre mim? – ele repetiu como se as palavras tivessem gosto bom e fosse música para seus ouvidos.

Já para os meus era mais como tortura mesmo.

– Huh, sim – eu disse, imaginando como seria maravilhoso se minha boca parasse de ser tão idiota e falar coisas absolutamente desnecessárias.

– O que ela perguntou? – Potter me encarou com mais seriedade, seus olhos perscrutando-me.

Parabéns, Lily! Agora se vire!

Até mesmo minha consciência parecera me abandonar naquele momento crítico, que grande maravilha!

– Ãhn – comecei, imaginando que diabos eu iria falar, mas sem oportunidade de concluir, pois, naquele momento Sirius/Lily apareceu no final do corredor e caminhava diretamente em nossa direção.

Oh, meu Merlin! Afinal de contas, que droga ele estava pensando?

E eu podia jurar que minha saia não era curta daquele jeito, por Merlin!

Seus/meus cabelos estavam presos em um longo rabo de cavalo no ato da cabeça e seu/minha expressão era provocadora enquanto continuava a fazer seu caminho até onde estávamos – e, sim, aquela coisa toda de “sua/minha” ainda me faria ter um colapso.

Mas o foco não era aquele, mas sim: minha expressão era provocadora. P-R-O-V-O-C-A-D-O-R-A.

– O que ele está fazendo? – resmunguei e Potter imediatamente seguiu o meu olhar, parecendo ficar completamente sem palavras enquanto seus olhos brilhavam ainda mais do que anteriormente ao me... Ver Sirius.

E então, Black estava a poucos metros de onde estávamos e sua expressão – para nosso completo espanto – era divertida.

Soube imediatamente que nada de bom estava por vir.

– Olá, James – ele disse de forma lenta, cumprimentando o garoto. E então, eu entendi.

Aquela era a maldita da provocação. Era o maldito plano de Sirius entrando em ação.

Ele não estava brincando, o infeliz.

E, afinal de contas, qual seria a pior forma de me provocar do que usar o MEU corpo para dar em cima... Do Potter?

– Li-Lily – Potter gaguejou de forma estúpida e eu dei um tapa em suas costas, achando muito ridícula aquela reação. Por Merlin! Aquela imitação de piriguete ali na nossa frente – mesmo que estivesse em meu corpo – não era nada demais! Muito pelo contrário! Minha vontade era arrastar Sirius para longe dali e cobri-lo com todos os cobertores existentes em Hogwarts, para que ninguém pudesse ver aquela cena ultrajante.

Sirius sorriu, utilizando-se mais uma vez daquela expressão que eu jurei a mim mesma nunca mais colocar em meu rosto quando voltasse a mim.

Aproximou-se e eu estava tão espantada que somente observei quando ele se curvou um pouco, ficando alguns poucos centímetros de distância de James. Sorriu.

– O que acha de ir à Hogsmead comigo esse final de semana? – Sirius falou com um tom de voz que eu coloquei no topo da minha lista de prioridades para ‘não usar’, enquanto que minha parte assassina suplicava pelo seu pescoço.

Eu poderia jurar que Potter estava prestes a ter uma sincope.

Eu quase poderia sentir pena dele... Se o seu melhor amigo retardado não estivesse usando o meu corpo para ferrar a minha vida e fazer os dias de Potter mais feliz.

Ah, Merlin, eu queria mata-lo. Mas não conseguia me mover e, mesmo que conseguisse, que diabos iria falar depois?

– Evans, você não acha que está sendo muito atirada? – perguntei de repente, as palavras escapando de minha boca, arregalando os olhos para ele em ameaça.

Era incrível que não estivesse saindo fumaça por meus ouvidos devido à raiva que parecia borbulhar dentro de mim. Eu queria matar e picar o Black em pedaços minúsculos, fritá-los e logo em seguida dar para a Lula Gigante comer.

– Cale a boca Sirius – Potter me olhou mortalmente, pisou em meu pé de forma dolorosa e voltou sua atenção para Lily. – Não dê ouvidos a ele, não acordou bem hoje – então sorriu feito um panaca e eu senti vontade de vomitar. – Você está mesmo me convidando para sair? Que milagre é esse? – perguntou, embora parecesse estar adorando aquele tal de milagre.

Eu queria que um milagre acontecesse e alguma coisa caísse na cabeça de Potter, fazendo-o esquecer daquela maldita conversa.

Precisava fazer alguma coisa! Não podia deixar aquela palhaçada continuar. Mas o que eu poderia fazer a não ser fingir felicidade pelo me suposto melhor amigo que estava sendo convidado pela sua presa a ir à Hogsmead?

– As coisas mudam... Não é mesmo, Sirius? – Sirius olhou para mim deixando implícito que sua vingança estava apenas começando.

Estreitei meus olhos, os punhos cerrados ao meu lado, controlando-me para não pular em seu pescoço.

– Claro – eu concordei tentando demonstrar todo meu desprezo e desejo de vingança em meu olhar.

Ah Black, você só estava tão ferrado comigo!

– Então eu acharia ótimo ir à Hogsmead com você, Lily – James disse então, sorrindo como o panaca que era enquanto observava Sirius retribuir o sorriso.

A bile subiu por minha traqueia e eu precisei me controlar para não vomitar logo ali.

– Ótimo! – e parecia mesmo estar achando ótimo. – Bem, Potter, nos vemos por ai – Sirius sorriu para ele um pouco mais e passou por nós, subindo as escadas com sua saia muito curta deixando minhas pernas completamente à mostra enquanto eu bufava e, internamente, imaginava diversas cenas potencialmente destrutivas e mortíferas para realizar com ele assim que pusesse as mãos de volta em meu corpo.

– Me belisca! – Potter falou, arrancando-me de meus devaneios.

– Quê? – perguntei sem entender, ainda alheia.

– Isso foi um sonho não foi? Quero dizer, eu bebi cerveja amanteigada demais e subiu para o meu cérebro? – ele sorria feito um panaca enquanto me encarava.

Minhas cenas mortíferas se estenderam até ele, embora tivesse colocado um sorriso forçado em meus lábios e rolado os olhos.

– Não, não foi isso – disse. – Seu dia de sorte, aparentemente, James.

Infelizmente não fora nenhum sonho. Apenas o meu pior pesadelo.

Mas, é claro, Black não iria escapar assim tão fácil.

Ah, com certeza o faria pagar. Com juros.

E ele certamente se arrependeria.

Mas o que Sirius Black detestava mais do que eu detestava a ideia de sair com Potter?

Um sorriso maroto estendeu-se por meus lábios quando uma ideia surgiu em minha mente.

Sabia que ele não aprovaria nem um pouco, mas quem é que se importava, afinal de contas?

Não eu, certamente.


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Notas finais do capítulo

Ahh, fiquei tão feliz em saber que vocês não me abandonaram apesar de eu ter demorado para postar *-*
Obrigada mesmo por todos os reviews seus lindos! Não tem noção do quanto isso me faz feliz *-*
Espero que tenham gostado do cap :3
Beijooos :*