Corpus Inversion escrita por Miller


Capítulo 6
Emoção à flor da pele - Capítulo Cinco.


Notas iniciais do capítulo

Huh, então, vocês provavelmente estão querendo me matar. Isto é, se ainda houver alguém lendo isso aqui.
Primeiramente, mil perdões pela imensa demora em postar nessa fanfic. Eu tive uma fase NADA criativa e logo alguns problemas pessoais. Eu voltei não faz muito a escrever e terminei algumas fanfics que também estavam paradas há algum tempo.
Agora estou completa e totalmente inspirada para postar aqui em Corpus Inversion.
Estava com uma saudade gigantesca de escrever para essa fic, vocês não tem noção!
Eu espero que gostem desse capítulo, ele está bem grandinho até :3

Enjoy!



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Sirius Black

– Será que dá para você parar de rebolar enquanto caminha?– eu resmunguei enquanto passava por Lily no corredor.

Ela só estava fazendo parecer como se estivesse caminhando com um pedaço de pau enfiado... Naquele lugar.

Ela me encarou (Eu me encarei – Ah! Que se dane), e suspirou, começando a caminhar um pouco melhor.

Cara, aquilo era simplesmente a coisa mais absurdamente ridícula que já havia acontecido em minha vida. Como era possível que toda aquela bomba de bosta tivesse estourado justamente em mim?

Por Merlin! Eu sabia que não era um garoto exemplar e tudo o mais, mas James e Remus também não eram! Porque eu então, Senhor?

Tenho certeza de que James ficaria bem mais feliz com aquela troca de corpos do que eu.

E então eu tinha de ficar usando uma saia que fazia um vento incomodo entrar pelo meio das minhas pernas, sem falar em ter de pentear o cabelo e esses milhares de outros frufrus que as garotas usavam.

Merlin, realmente, era difícil ser mulher.

Homens eram muito mais descomplicados, sem precisar pentear o cabelo, depilar as pernas e todas essas frescurites ridículas.

Mais uma vez senti falta do meu corpo.

Suspirei.

– Black, pare de andar desse jeito – McKinnon resmungou para mim e eu a encarei sem entender.

– De que jeito? – perguntei.

– Parecendo um robô – ela resmungou e olhou para os lados. – Você tem que andar como se estivesse deslizando – ela disse. – Você já viu alguma garota andar como se tivesse alguma coisa enfiada na... – ela não concluiu.

– Na verdade, a Professora McGonagall – eu comentei e ela me encarou de forma indignada antes de cair na gargalhada.

– Tem razão – ela murmurou um pouco ofegante. – Mas isso não vem ao caso – e me encarou. – Estamos falando de garotas normais, não da professora McGonagall – ela suspirou. – Merlin, deve ser algum tipo de castigo isso estar acontecendo comigo.

Bufei e a encarei de forma incrédula.

– Com você? – perguntei indignado. – Que eu me lembre sou eu quem trocou a droga do corpo com uma mulher por causa de um feitiço imbecil.

– Mas sou eu quem vai ter de aturar você – ela falou como se aquilo fosse algum castigo horroroso.

Ofendi-me.

– Ah, qual é Lene. Muitas garotas gostariam de estar em seu lugar – eu sorri maliciosamente para ela.

Ela estreitou os olhos.

– E eu não sou uma delas – disse e continuou a andar, deixando-me para trás.

Não não agi por mim, para falar a verdade. Podia muito bem culpar os malditos hormônios em ebulição dentro do maldito corpo de Evans por me fazerem agir daquela forma.

Mas, de repente, eu estava prensando Marlene contra a parede, fazendo-a me encarar com os olhos arregalados.

– O que você pensa que está fazendo? – ela perguntou de forma histérica encarando-me furiosamente.

As pessoas à nossa volta encaravam-nos com os olhos arregalados. Alguns davam risinhos como se achassem a cena engraçada.

Não entendi.

Ninguém dizia não para Sirius Black.

– Acho que é por isso que ela fica renegando o Potter – uma voz falou em meio à multidão fazendo boa parte dos presentes gargalharem.

Do que eles estavam falando?

Olhei para os lados tentando entender. Foi quando meus olhos encontraram com os meus, huh, isso foi estranho. Foi quando eu vi a Evans no meu corpo. Pronto.

Ela me encarava de boca aberta, seus olhos brilhavam furiosamente como se estivesse prestes a pular e me matar.

Fiquei com medo. E, não podia negar, um pouco de orgulho por ser capaz de fazer uma expressão assombrosa daquelas.

Só não gostei do fato de ela ser direcionada para mim.

Então lembrei-me que estava segurando Marlene daquela forma enquanto estava no corpo da Evans e que o motivo para as pessoas parecerem tão chocadas ao nosso redor se devia ao fato de aquela ser uma cena extremamente inusitada, isto para não falar em completamente louca e que seria impossível nos encarar sem acabar imaginando... Merdas.

Imediatamente me afastei da morena que também me encarava com uma expressão mortífera.

– Vocês não tem mais o que fazer? – eu ralhei de forma irritada encarando a pequena multidão que nos cercava de forma irritadiça.

Acho que todos conheciam Evans bem demais para fazer o que ela dizia. Claro que era eu quem estava em seu corpo, mas não era como se muita gente soubesse daquilo.

Droga.

– BLACK! – Lily gritou assim que as pessoas se dispersaram de nossa volta, deixando-nos sozinhos em meio ao corredor.

– Huh – eu respondi de forma inteligente e ela me lançou mais um dos meus olhares mortais.

– Conversamos depois – murmurou e deu as costas. Percebi que James estava entrando no corredor.

Assenti lentamente e voltei a caminhar em direção à sala enquanto Lily ficava esperando por James e McKinnon continuava a me encarar como se quisesse pular em meu pescoço.

– Desculpe – me forcei a dizer, engolindo uns bons terços de orgulho ao fazê-lo. – Acho que foram os hormônios – acrescentei e ela rolou os olhos.

– Me poupe – resmungou e então entramos na sala.



Lily Evans

Eu queria matar o Black.

Se ele não estivesse habitando o MEU corpo naquele momento eu, com certeza, teria pulado em cima dele, fatiando-o como queijo. Mas, é claro que, se ele não estivesse em meu corpo, não teria feito aquilo com Lene fazendo com que todos começassem a pensar que eu era...

ARGH!

Grande imbecil.

James Potter era outro imbecil.

O idiota ficava o tempo todo falando sobre coisas sobre as quais eu não sabia e não queria saber. Isto para não falar sobre quando ele soltava uma de suas exclamações (completamente ridículas, aliás) de "A Evans está muito gostosa hoje" ou "Cara, você já viu as pernas da Evans?". O garoto estava, praticamente, clamando por morte.

Precisei respirar muito profundamente para me controlar. Não achava que Sirius daria um soco na cara do melhor amigo por causa daquele tipo de comentário.

Mesmo que ele merecesse muito.

Caminhei com Potter pelos corredores até a sala de aula - assentindo e comentando "aham" e "sim" por todo o caminho. Assim que chegamos e adentramos o local lancei um olhar mortífero na direção por onde Sirius estava sentado com Lene, imaginando sua morte lenta e dolorosa antes de sentar-me mais ao fundo - de forma completamente desanimada -, junto de Potter e Lupin.

Era realmente um dos piores dias da minha vida! Ter de dividir a classe com dois energúmenos.

Quero dizer, Lupin até que era um cara legal e tudo o mais. Era meu parceiro de monitoria então eu sabia que ele não era tão estúpido quanto os outros dois. Mas Potter... Esse nem mesmo pintado de ouro!

O cara era um babaca. Sem mais.

Professora McGonagall entrou na sala e cumprimentou a turma em sua habitual expressão de seriedade.

– Tia Minnie! – Potter saudou-a alegremente e eu quis bater na cabeça dele.

McGonagall encarou-o de forma penetrante por alguns segundos e eu podia jurar que ela deu um meio sorriso.

COMO ASSIM? Eu passava anos me matando nas aulas de transfiguração e tinha recebido no máximo uns cinco sorrisos por notas boas. E o Potter chegava cumprimentando-a de qualquer jeito e ela sorria para ele?

Bullying.

– Turma – ela começou a falar e todos ficaram em silêncio. – Na aula de hoje nos embrenharemos por um dos temas em magia mais difíceis e desejados: começaremos a estudar animagia.

– Huh – Potter murmurou em aprovação e eu o encarei sem entender. Ele me lançou um olhar divertido, como se estivesse compartilhando um segredo comigo e eu tentei retribuir, embora continuasse sem entender de que merda se tratava.

Antes, porém, que ele pudesse comentar qualquer coisa, McGonagall começou a falar sobre o assunto de aula e eu parei completamente de prestar atenção aos energúmenos ao meu lado.

Mesmo que eu estivesse no corpo de Black – algo que eu IRIA reverter até as provas – ainda precisava estudar.

– Sirius? – Lupin me chamou e eu voltei meus olhos muito sem vontade em sua direção.

– Que é? – resmunguei de forma ríspida.

– Porque você está prestando atenção nisso? – ele perguntou com a expressão confusa.

Remus Lupin acabara de perder muitos pontos comigo. Talvez ele fosse realmente ruim o suficiente para fazer parte daquele grupo idiota.

– Porque eu ainda quero tirar boas notas nas provas – respondi. – E você? Não vai estudar?

Potter e Lupin pareceram chocados com a minha informação.

Estranhei o fato, pois, apesar de eles não serem os maiores exemplos estudantis, ainda assim sempre se sobressaiam nas aulas de transfiguração.

Qual é? Eles nunca estudavam?

Lupin ergueu a página de exercícios e eu percebi que estava toda preenchida.

Como era possível ele saber de todas as respostas?

Franzi o cenho.

– Uau – comentei de forma surpresa e um pouquinho (bem pouquinho) admirada e ele pareceu ficar ainda mais confuso com meu comportamento.

– Você está bem? – Potter perguntou e eu o encarei tentando controlar minha irritação à qualquer palavra que ele direcionava à minha pessoa.

A vontade que tinha era de falar "não, eu estou dentro desse corpo idiota tendo que aturar você", mas me controlei e disse:

– Estou.

X—X

A aula passou e os dois garotos ainda me encaravam como se um chifre de unicórnio houvesse nascido no meio da minha testa.

Sirius me lançava olhares mortais enquanto toda a sala de aula parecia me encarar estranhamente.

O que estava acontecendo com todo mundo?

Baixei os olhos para minhas roupas diversas vezes tentando perceber se eu tinha vestido alguma coisa errada ou qualquer coisa do tipo. Nada.

Dei de ombros mentalmente e ignorei a todos.

Assim que sai da sala, porém, Sirius me puxou enquanto encarava-me de forma irritada.

– Lily? – Potter perguntou com a voz surpresa ao vê-lo praticamente me arrastando para longe.

– Não é da sua conta, Potter – ele resmungou, muito parecido comigo, aliás, mas eu quis bater nele, porque ele só estava tornando as coisas completamente ruins para mim.

O que eu iria dizer para o Potter quando ele viesse me perguntar o que eu estava fazendo com Lily (Sirius, mas que se dane)?

Sirius me arrastou por dois corredores e me empurrou para dentro de uma sala, lançando dois feitiços, um para trancar e outro para que ninguém escutasse.

Eu encarava tudo sem entender bulhufas.

– O que foi? – perguntei expressando minha confusão.

Então ele bufou e apontou um dedo para mim.

– Pare de fazer isso – ele disse e eu franzi a testa.

– Do que você está falando? – perguntei.

– Isso! Você está estragando a minha vida! – ele disse e caminhou até mim enquanto eu me afastava para a parede.

Eu podia realmente assustar quando queria.

Quase senti pena do Potter. Quase.

– Eu? Estragando a SUA vida? – me descontrolei. A verdade era que eu já estava de saco cheio daquilo tudo. Ficar andando feito um robô, aturar James Potter falando sobre minha própria bunda sem poder fazer nada, ter de dividir o dormitório com três caras completamente imbecis.

Eu não conseguia aguentar.

– VOCÊ ESTÁ ME FAZENDO PARECER UM NERD GAY! – Sirius berrou com minha voz estridente fazendo-me ficar quase surda.

– E VOCÊ ESTÁ ME FAZENDO PARECER UMA LÉSBICA! – retruquei, a raiva borbulhando dentro de mim.

– Evans, você está deteriorando a minha imagem! Agora eu sou a piada da escola.

– Você que está deteriorando a minha imagem! – encarei-o enquanto estreitava os olhos.

– Ótimo, você quer guerra? – ele perguntou de repente, também estreitando os olhos. – É guerra que você vai ter. Mas escute uma coisa Evans, não vai ter ninguém nessa escola que não lembre do nome ‘Lily Evans’ sem o ‘Vadia’ depois.

Minha boca se abriu em surpresa. Como as coisas se descontrolaram tanto? E porque Black parecia estar entrando em ebulição, prestes a explodir? Então eu lembrei que eu, ou melhor, ele, estava de TPM.

Então eu bufei. ERA PARA MIM ESTAR DE TPM! Não o Black maldito!

A raiva borbulhou dentro de mim. Raiva de Black, raiva do Potter, raiva desse maldito corpo onde eu estava agora. Explodi.

– É isso então? Pois saiba que não vai ter ninguém nesta escola que não lembre do nome ‘Sirius Black’ sem o ‘Brocha’ depois – disse e dei as costas para ele, sabendo que a partir daquele momento estava nascendo a terceira guerra bruxa.




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Notas finais do capítulo

Hey pessoas que chegaram até aqui, como vão?
O que acham de deixarem um comentário aqui me contando o que acharam do capítulo, heim?
Nos vemos no próximo!
Beijoos :*